domingo, 10 de abril de 2011

Troféu de Oeiras - Joaninhas de Leião

Isto das corridas, até dá para enviar um beijinho em plena prova à fotógrafa!
Um atleta em pleno esforço numa bonita paisagem campestre à porta de Lisboa
Magui, a minha excelente professora de Educação Física há 35 anos atrás, a orientar o evento

Localidade pequena mas empreendedora, Leião tem 2 provas no calendário do Troféu das Localidades de Oeiras, uma organizada pelo Grupo Recreativo Cultural e Desportivo de Leião, e outra pelo Grupo Desportivo Joaninhas de Leião, que foi exactamente a corrida que hoje se disputou pela sua 19ª vez.

Apesar de viver a 1.000 metros desta prova, quis o acaso, que é como quem diz os calendários dos anos anteriores, que nunca coincidisse numa data que pudesse estar presente, o que não foi o caso deste ano em que, finalmente, pude conhecer a prova desta simpática colectividade e correr em estradas que conheço como a palma não das minhas mãos mas dos pneus. A parte final, recta entre o centro de Porto Salvo e Leião, é que já conheço pela palma das minhas sapatilhas pois já muito treinei nela. Mas também foi a única parte onde o vento forte se fez sentir contra.

Correu-me bem a prova, percorri-a naquele que para mim é um bom ritmo, 5.20, tendo em conta também que raras são as partes planas pois, como a maior parte deste troféu, ou se sobe ou se desce, o que é sempre do meu agrado.

Foi uma manhã muito bem passada a respirar-se Atletismo e bom ambiente e onde até tive o prazer de rever a Magui, que andava de megafone em punho a orientar o evento, ela que foi minha professora de ginástica (na altura ainda não se chamava Educação Física) há 35 anos atrás no Liceu de São João do Estoril, e que ficou sempre na minha melhor memória porque, tal como lhe disse hoje, foi a única que nos incutiu o gosto por experimentar todas as modalidades. Ao contrário dos restantes que nos davam uma bola e diziam para jogarmos, ela em cada aula explicava pormenorizadamente cada modalidade, tanto na vertante teórica como prática.

Sobre o conjunto das 5 corridas por escalões, registaram-se 476 atletas classificados, menos 50 que o record do ano passado, mas a 2ª melhor participação de sempre, o que é de assinalar pois a concorrência era forte e extensa. Desde a Corrida do Benfica, Milha da Abóboda, Corrida da Mulher em Oeiras e Corrida da Bobadela, isto para apenas falar das provas vizinhas.

Em seniores masculinos, a luta mantêm-se forte. Nuno Cardoso do NucleOeiras tornou a vencer e a reduzir a diferença pontual para Mário Pedro do Linda-a-Pastora, que foi 2º, de 7 para 5 pontos, prometendo grande emoção na luta pelo título. Hugo Gonçalves dos Leões de Porto Salvo completou o pódio.

Relativamente aos seniores femininos, e depois de 7 vitórias nas 7 primeiras provas do troféu, Margarida Dionísio não participou hoje, abrindo a luta pela vitória que foi parar à individual Catarina Lopes Ferreira, que nesta época tinha conquistado o 5º lugar por 4 vezes e o 6º numa e que teve hoje o seu dia, sendo seguida por Maria de Jesus Varela e Suaila Có, ambas do NucleOeiras.

Mas a grande nota de realce é que estas atletas seniores não foram as primeiras a cortarem a meta nesta corrida. Essa honra coube a uma atleta do Linda-a-Pastora, Catarina Carreira, que é nada menos que juvenil!

Colectivamente falando, a vitória foi pela 8ª vez em 8 para o NucleOeiras, 500 pontos exactos e um enorme avanço para os restantes 3 competidores mais próximos, que mantiveram as posições que têm sido mais ou menos habituais nos últimos tempos. 2º Linda-a-Pastora (310), 3º Leões de Porto Salvo (295) e 4º Fixes (279).

Estatisticamente falando em termos de sexo, estas provas diferem muito do habitual, tendo uma muito maior participação feminina. No caso de hoje, em 476 atletas, 145 eram femininas, o que dá uma média de 30,5%.

Curioso é se analisarmos em termos etários. Nos escalões jovens, 41%. seniores 25,6% e veteranas 22,7%. Mas isso mereceria uma análise mais profunda em termos sociais do papel a que a mulher é remetida. Especialmente se formos comparar com as médias dalguns países em que chegam mesmo aos 50%.


4 comentários:

  1. Leião... velhos tempos, em que fazia o Troféu Oeiras e essa prova.... muito boas recordações tenho.

    Beijinho João

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  2. Ah, e outra coisa João, hoje na Corrida do BEnfica, onde estive várias vezes pensei em ti. E porquê perguntarás. E eu respondo: Hoje, com o teu típico equipamento amarelo passarias perfeitamente despercebido ao contrário do habitual, pois, a camisola dada como prémio participação para todos - dada junto com o dorsal - era precisamente amarela, e foram muitos os que optaram por vesti-la na prova

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  3. Um mar amarelo! Devia ser bem bonito! :)

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