segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Troféu de Oeiras - Dafundo

5ª prova do Troféu de Localidades de Oeiras, a 26ª edição do Grande Prémio de Atletismo do Dafundo viu classificarem-se mais 12 atletas (546) que no ano passado, apesar da proximidade da muito concorrida Corrida da Árvore.

Nos seniores femininos, Margarida Dionísio do Linda-a-Pastora continua a fazer o pleno de vitórias, desta feita à frente de Ana Pereira e Suaila Có, ambas do NucleOeiras.
No troféu, Margarida conta já com 75 pontos (o máximo) e um significativo avanço sobre Ana Pereira, 43, estando na 3ª posição Josefa Bongué e Maria Jesus Varela, ambas com 39.

Em relação aos seniores masculinos, Nuno Cardoso do NucleOeiras alcançou a 3ª vitória da época, batendo Mário Pedro do Linda-a-Pastora. Ricardo Pereira dos Leões de Porto Salvo completou o pódio.
Mário Pedro mantém a liderança, agora com 67 pontos, mais 11 que Nuno Cardoso (56). Hugo Gonçalves é o 3º com 48 pontos.

A nível colectivo o NucleOeiras conta por vitórias as provas efectuadas. Ontem alcançou 476 pontos, distanciando largamente o Linda-a-Pastora (356) que emendou o 4º lugar de Caxias para se quedar na 2ª posição. Luta árdua pelo 3ª lugar que acabou nos Leões de Porto Salvo seguidos a escassos 2 pontos pelos Fixes (287-285).
Curiosamente, a ordem das 4 primeiras equipas é a mesma do troféu. 1º NucleOeiras 2.286, 2º Linda-a-Pastora 1.687, 3º Leões de Porto Salvo 1.557 e 4º Fixes 1.414


Próxima prova, 13 de Março em Leião

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Petição Albertina Dias a crescer. Há que manter a divulgação!

A Petição Albertina Dias continua com grande adesão, sinal do que pensam todas as já largas centenas de signatários em relação a este assunto e sobre a grande Campeã e Mulher.

Há que continuar a divulgação. Temos que fazer ouvir a nossa opinião, em nome da justiça.

Para ler a petição, clicar aqui
Para ler um artigo sobre o tema, clicar aqui

Corrida da Árvore com enorme aumento de atletas, acima do milhar (mas com uma ausência...)


Quem me conhece sabe que se sou obrigado a faltar a um treino que tinha planeado, fico "doente". Imagine-se o que é se isso acontece a uma corrida e logo a uma que tão curioso estou de a fazer desde 2009. Nesse regresso da Corrida da Árvore em 2009, estive presente como espectador, ainda coxo a recuperar da fractura do pé, e fiquei com muita vontade de correr ali. Inscrevi-me em 2010 mas nessa semana tive uma violenta queda de costas, duma cadeira que se partiu enquanto trabalhava em Marrocos, e fui obrigado a faltar à corrida. 2011, nova inscrição, ainda ontem ao final do dia preparei o material todo, mas à noite aquele problema viral que me tem afectado e condicionado, disparou e fui obrigado a deslocar-me ao hospital à mesma hora que deveria estar a dirigir-me para Monsanto.
Este problema acompanha-me desde o início do mês, com mais intensidade na última quinzena e espero que agora, com a mudança de medicamentos se cure de vez.
Em Julho elaborei um ambicioso plano de preparação para atingir o pico da forma em Fevereiro e afinal saiu tudo furado. Mais uma vez estive muito perto do meu sonho de baixar dos 50 aos 10 mas, por uma razão ou outra, mais uma vez voou.
Agora há que recuperar para ver se ainda vou a tempo de poder fazer Cascais no próximo domingo.

Ora a 16ª edição da Corrida da Árvore não podia ter corrido melhor em termos de participação. O seu record era de 430 na 1ª edição, em 1993, e entre 2000 e 2006 andou sempre na casa da centena. Quando em Xistarca a reactivou em 2009, foi de imediato batido o record, 434, para no ano passado o salto ser significativo, para 662. Ora hoje registaram-se mais 362 classificados, fazendo com que a prova entre no grupo das que passam os 1.000 atletas, exactamente 1.024.

A nível de resultados, José Santos, venceu destacado em 34.01, com o 2º Luís Batista a mais dum minuto (35.04). Completou o pódio Hélder Grosso.
Carla Pinto venceu o sector feminino ao parar o relógio nos 45.50 e um avanço de 18 sobre Rute Matos, que precedeu Margarida Godinho, Isabel Rodrigues, Ana Silvia Sobreira e Paula Silva, com a curiosidade de serem todas veterenas. A primeira sénior, Maria João Lopes, classificou-se de seguida.

Grande Prémio Cidade de Montemor-o-Novo

Com a 1ª edição a ser disputada em 2001, o Grande Prémio Cidade de Montemor-o-Novo realizou a sua 11ª edição, com a participação de 457 atletas, mais 36 que no ano transacto, contando com todos os escalões.

O atleta do Estreito Marco Morgado, após os seus pódios no Nacional de Estrada e Nacional de Cross Longo, manteve a sua grande forma vencendo com um tempo abaixo dos 30 minutos, 29.48, batendo o record da prova, desde que se disputa em 10.000 metros, por largos 41 segundos.
Na 2ª posição, a 16 segundos, cruzou a meta Euclides Varela, precedendo Hélder Ornelas.

No sector feminino triunfou a jovem russa Eugeniya Sukhoruchenkova, que já tinha vencido em Grândola, com a marca de 36.30, menos 16 segundos que a letã Inna Polushkina que avançou Ana Mafalda Ferreira por 20 segundos.

A nível colectivo, o Reboleira ganhou com um total de 62 pontos, à frente da equipa russa Desmor, 102 e o Atibá 120.

Jéssica em grande na Meia-Maratona Roma Ostia

Decorrente da sua preparação para a Maratona de Londres a disputar a 17 de Abril, Jéssica Augusto participou hoje na Meia-Maratona Roma Ostia e com assinalável sucesso.
Numa prova marcada pelo frio que se fez sentir, Jéssica cortou a meta na 2ª posição, a 4 segundos da vencedora Anna Incerti, medalha de bronze na Maratona do último Europeu, e com o tempo de 1.09.10, oficialmente a sua melhor marca na distância, pois os 1.09.08 alcançados na sua grande vitória em Newcastle 2009 foram realizados numa prova com desnível superior em 9 metros (30,5) do que o homologado (21,1).

Anna e Jéssica chegaram distanciadas da 3ª classificada, a queniana Monica Wangari, que realizou 1.11.37

No sector masculino, excelente tempo do vencedor, o etíope Tujuda Beyu, abaixo da hora (59.56).
Também presente Hermano Ferreira que concluiu na 14ª posição com a marca de 1.06.40

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Assinem a petição Albertina Dias

Caros amigos

Há alturas que não podemos ser meros espectadores mas sim intervenientes quando alguma injustiça está a ser praticada.
É o caso da nossa grande campeã Albertina Dias.

Temos que fazer o que está ao nosso alcance e nasceu a ideia de se criar uma petição on-line alertando as entidades competentes para a situação.
A única coisa que vos peço que façam é ler a dita petição e, caso concordem com o teor, assiná-la e divulgá-la pelos vossos contactos. Apenas este pequeno gesto que pode fazer toda a diferença.
Na petição é obrigatório o nome completo e endereço de mail. Após a introdução destes dados é enviado um mail para o endereço que colocaram para confirmação da sua validade. Apenas terão que clicar no link que esse mail contêm para a vossa assinatura ficar contabilizada.

O endereço da petição é este:
(clicar em cima para entrarem).
Cliquem, entrem e leiam. O assinarem é com as vossas consciências.

Obrigado

O saudado regresso da Estafeta Cascais-Lisboa

4 anos após a última edição, a Xistarca meteu mãos à obra e faz renascer a mais antiga prova do Atletismo português, a Estafeta Cascais-Lisboa, que irá cumprir a sua 72ª edição.

A partida será junto ao Casino do Estoril e a chegada nos Jerónimos. O percurso é de 20 kms (5 kms por atleta)

As informações que possuo são apenas as que podemos ver pelo cartaz e referem que as equipas serão ou federadas (todos os elementos o terão que ser), populares (não pode ter nenhum elemento federado) ou empresas.

Em simultâneo realiza-se uma corrida aberta de 20 kms, no que é uma óptima alternativa para quem quer desfrutar deste belo percurso que apenas costumamos realizar em sentido contrário, quer na Corrida do Tejo, quer na do Destak.

Para melhor lerem o cartaz, clicar em cima da foto.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Nelson Évora competiu ontem em Estocolmo

Após cerca dum ano sem competir a nível internacional, em virtude duma intervenção cirúrgica, o Campeão Mundial 2007 e Olímpico 2008, Nelson Évora, participou ontem na Suécia no XL Galan em Estocolmo e o mínimo que se pode dizer é que a coisa correu mal.
Não estou a falar da classificação, 8º entre 9 participantes com 16.37, mas pela infelicidade que perseguiu o nosso recordista do Triplo Salto. No 1º ensaio, onde realizou os tais 16.37, Nelson sentiu uma dor no calcanhar que se agravou no 2º salto (nulo), prescindindo do resto da competição.
Vai ser agora avaliado pelos médicos da Federação para se aquilatar se está em condições de continuar a competir, após este seu regresso, ou terá que parar novamente.
Da minha parte, apenas me resta desejar o melhor a este magnifico atleta que tanto já fez pelo seu país. Força Nelson!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Albertina Dias

Muito hesitei em redigir qualquer linha sobre este assunto tão delicado e penalizante do qual muito se está a falar, mas acho que a coragem que a Albertina Dias teve em denunciar a sua situação, merece o alerta e o desejo que se abanem algumas mentalidades, saindo do seu cinzento imobilismo e conforto.

Albertina Dias foi uma das atletas mais representativas do nosso país, conquistando um total de 10 medalhas, 3 individuais e 7 colectivas. As suas 3 individuais foram alcançadas no Campeonato Mundial de Corta-Mato, sendo uma de cada. Prata em 1990, bronze 1992 e o tão ambicionado ouro em 1993, sagrando-se assim Campeã Mundial.
Atente-se bem nas palavras que acabei de escrever, Campeã Mundial.

Tal como o meu amigo Fernando Andrade escreveu no seu excelente blog e que transcrevo: "O Mérito foi todo teu, o Orgulho foi teu e nosso, mas a Vergonha é nossa, pois não fomos dignos do que fizeste pelo Atletismo Português".

Recordo-me que na Meia-Maratona da SportZone no Porto, que disputei em 2008, quem me entregou o saco com a camisola e dorsal foi a Albertina. E eu saí do stand todo inchado de o ter recebido duma Campeã Mundial, além de ser uma campeã também em simpatia.

Infelizmente, o povo português e os seus responsáveis (?) são duma ingratidão e memória curta a toda a prova.

Só me resta desejar o melhor à Albertina e mais tenho dificuldade em expressar.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nacional de Corta Mato Longo

Fotos retiradas do site Atleta Digital

Felgueiras recebeu hoje o Campeonato Nacional de Corta Mato Longo, certame que vai na 88ª edição (45ª em femininos), e que ficou marcado pela chuva e vento forte que dificultaram mais a acção dos atletas.

Breve resenha da competição, cujos resultados completos podem ser consultados aqui.

Seniores Femininos - Curiosidade para o facto das 4 primeiras terem igualado os resultados da edição anterior. Dulce Félix foi a vencedora com 13 segundos sobre Sara Moreira. Ana Dias terminou em 3º pela 7ª vez na sua carreira, ficando à frente de Anália Rosa e de Daniela Cunha, grande promessa do nosso Atletismo. Colectivamente, o Maratona venceu pela 12ª vez consecutiva e 18ª nos últimos 19 anos. Hoje alcançou escassos 12 pontos, mercê de 1º/2ª/4º e 5º lugares, só não fazendo o pleno em virtude da Ana Dias. O Braga foi 2º com 39 e Senhora do Desterro 3º com 99.

Seniores Masculinos - Também aqui o campeão do ano passado tornou a vencer. Youssef el Kalai fez assim o bi, batendo o cada vez mais surpreendente Marco Morgado que, após o pódio no Nacional de Estrada, alcançou a posição de vice-campeão no Corta-Mato. Chegou mesmo a liderar isolado com cerca de 40 metros de avanço para terminar a 9 segundos de Kalai. José Rocha foi 3º numa competição onde, colectivamente, a Conforlimpa levou a melhor somando 20 pontos (1º/5º/6º e 8º) contra 28 do Maratona (3º/4º/10º e 11º), fechando o pódio o Maia com 95.

Sub-23 Femininos - Daniela Cunha a correr em casa venceu, alcançando mesmo o 5º lugar à geral apesar de contar apenas 20 anos . Bateu por 44 segundos Carla Salomé Rocha com Catarina Ribeiro em 3º.

Sub-23 Masculinos - João Silva sagrou-se campeão com 40 segundos sobre Ricardo Figueiredo com Paulo Lopes na 3ª posição.

Juniores Femininos - Vitória de Susana Godinho, seguida por Catarina Gonçalves e Catarina Carvalho. Colectivamente 1º Benfica 2º Gondomarense e 3º Zona Alta

Juniores Masculinos - Pódio individual para Rui Pinto, Diogo Lourenço e Emanuel Rolim, colectivamente Benfica, Conforlimpa e Maratona

Juvenis Femininos - 1ª Silvana Dias 2ª Ana Queiroz Alves 3ª Rita Lopes, sendo que a diferença entre as 2 primeiras foi de escassos 22 centésimos de segundo, num sprint emocionante. Colectivamente, a equipa da casa, Várzea, levou a melhor sobre o Braga e Benfica.

Juvenis Masculinos - Pódio repartido por Miguel Lopes, Bruno Varela e João Cruz. Colectivamente 1º Braga 2º Casa Benfica Paredes 3º SFRAA

Grande Prémio de Mem Martins


João Branco, eu, Sandra e Carlos na 1ª fase do aquecimento. Ficarmos juntinhos para nos aquecermos uns aos outros!
O exacto momento em que Miguel Quaresma corta a meta

Ana Mafalda Ferreira a escassos metros de concluir a sua prova

Ao contrário da semana passada, o tempo colaborou com todos que se juntaram para a 4ª edição do Grande Prémio de Mem Martins que a Real Academia organizou, com o apoio técnico da Xistarca.
Uma prova de presença sempre agradável, cujos responsáveis tudo fazem para agradar e com um percurso selectivo que marca a diferença. E foi esta a razão que nem hesitei em estar presente apesar de bastante atacado em termos gripais, como se comprovava facilmente pela rouquidão da minha voz. Além de ser uma honra o acaso ter proporcionado que ficasse na história desta prova por ter sido o 1º atleta a inscrever-se para a 1ª edição (posso não ser rápido a correr mas vingo-me na rapidez das inscrições!).
Daí, os 58.29 que realizei me terem sabido muito bem pois até receava um tempo acima da hora. Sinto que realizei uma prova inteligente adoptando o ritmo possível para as condições em que me encontrava.

Esta edição, que contou com 443 atletas classificados, mais 7 que no ano transacto e apenas batida pelos 479 de 2009, viu serem derrubados os records em ambos os sectores. Em masculinos triunfou Miguel Quaresma do Donas que completou o percurso em 31.34 menos 18 segundos que o record de 2009 de Luís Pinto. Miguel Quaresma impediu um resultado sensacional por parte do Reboleira pois atrás de si, entre o 2º e 8º lugar, terminaram 7 atletas desse clube, com Bruno Fraga em 2º a 43 segundos e Nuno Romão 3º a 1.57
No sector feminino, Ana Mafalda Ferreira do Estreito alcançou mais uma vitória, esta tem sido uma época brilhante para esta atleta no capítulo de provas em estrada, batendo igualmente o record com 36.35. O anterior pertencia a Josefa Bongué com 38.18 realizados em 2009. Vera Nunes do Benfica, vencedora no ano passado, foi 2ª a 27 segundos e Tânia Cabral, como individual, fechou o pódio com 39.03

Marisa Barros faz história em Yokohama

Foi uma sensacional Marisa Barros que esteve hoje presente na famosa Maratona de Yokohama, Japão.

Uma das favoritas Derartu Tulu da Etiópia abandonou aos 10 kms e Marisa seguiu com o grupo da frente que ficou reduzido a 4 unidades aos 30 kms, Marisa e 3 japonesas. Marisa ainda liderou mas aos 38 kms Yoshimo Osaki isolou-se para cortar a meta em 2.23.56, seguida por Remi Nakazato com 2.24.29.
Alguns segundos depois e aparece a nossa Marisa a completar o pódio e parar o cronómetro às 2.25.04, menos 40 segundos que o seu record pessoal e batendo o melhor tempo de sempre de Manuela Machado por 5 segundos, tornando-se a 2ª melhor maratonista nacional de todos os tempos, apenas atrás da Rosa Mota que detêm o record nacional em 2.23.29, alcançados a 20 de Outubro de 1985 em Chicago. Rosa Mota 3 anos depois, também em Chicago, realizou 2.24.30
Este tempo de Marisa Barros não só a transforma na 2ª melhor maratonista nacional de sempre como é o 3º melhor registo de todos os tempos.

Os nossos mais entusiastas parabéns à Marisa que tem evoluído de forma segura e sensacional nesta sua carreira.

Não se vai realizar a Corrida do Metro

Ainda na 5ª feira escrevi o artigo que pode ser lido aqui e nova má notícia, a 20ª edição da Corrida do Metro, que estava agendada para 17 de Abril, não irá ter lugar.

Esta prova era mítica entre todo o pelotão, muitos consideravam-na uma espécie de campeonato nacional do atleta amador, e era habitual 3 a 4 semanas antes do evento já estar esgotada.
Desconheço as razões que levaram ao cancelamento, mas continuo a insistir no que anteriormente disse. Se este ano não havia verba para os óptimos prémios monetários, nem para as mochilas, camisolas de manga curta ou comprida, que não se oferecesse nada disso. Como era em Lisboa, havia espaço para aumentar o limite de participantes. Se era por isso, que fossem os anéis mas que fiquem os dedos!

E mais corridas estão ameaçadas. Há que fazer qualquer coisa se queremos salvar este nosso bem.

Um ano de blog

Apenas uma pequena nota para celebrar a efeméride. Faz hoje um ano que comecei este blog.
Entusiasta de estatísticas, se do site JoaoLima.net tenho-as completas, em relação a este blog apenas posso dizer que neste primeiro ano foram escritos 401 artigos, publicadas 406 fotos e feitos 202 comentários. Não tenho qualquer indicação do número de visitantes.
A todos quanto seguem estes escritos, regular ou ocasionalmente, o meu muito obrigado e a garantia que continuarei a tentar fazer o meu melhor. Se chega ou ajuda, cada um terá direito ao seu juízo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mary Keitany bate record mundial feminino da Meia-Maratona!

A queniana Mary Keitany bateu hoje o record mundial feminino da Meia-Maratona, em prova disputada nos Emirados Árabes Unidos, com o tempo de 1.05.50, menos 35 segundos que a marca que Lornah Kiplagat estabeleceu a 14 de Outubro de 2007.

Descrevo a seguir a evolução do record mundial feminino (o masculino pode ser consultado em artigo que escrevi em Março e pode ser visto aqui) e onde se destaca que o primeiro record reconhecido foi na nossa Nazaré em 1978, que dos 13 Joan Benoit coleccionou 4, e que 11 foram alcançados entre 1978 e 1987. Foram necessários 20 anos para haver um novo máximo, exactamente aquele que hoje foi batido.

Tempo

Data

Atleta

Nacionalidade

Local

1.17.48

1978-11-12

Daniele Justin

Bélgica

Nazaré, Portugal

1.15.58

1978-11-19

Michiko Gorman

E.U.A.

Pasadena, E.U.A.

1.15.01

1979-03-10

Ellison Goodall

E.U.A.

Winston-Salem, E.U.A.

1.14.03

1979-09-29

Patti Catalano

E.U.A.

Manchester, E.U.A.

1.13.59

1980-03-29

Marja Wokke

Holanda

Haia, Holanda

1.13.26

1981-01-18

Joan Benoit

E.U.A.

Nova Orleães, E.U.A.

1.11.16

1981-03-07

Joan Benoit

E.U.A.

San Diego, E.U.A.

1.09.57

1982-05-15

Grete Waitz

Noruega

Gotemburgo, Suécia

1.09.10

1983-09-18

Joan Benoit

E.U.A.

Filadélfia, E.U.A.

1.08.34

1984-09-16

Joan Benoit

E.U.A.

Filadélfia, E.U.A.

1.06.40

1987-04-05

Ingrid Kristiansen

Noruega

Sandnes

1.06.25

2007-10-14

Lornah Kiplagat

Holanda

Udine, Itália

1.05.50

2011-02-18

Mary Keitany

Quénia

Ras Al Khaimah, E.A.U.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Há que salvar as nossas corridas!

Já em 12 de Agosto passado escrevi um artigo intitulado "Cancelamento de provas. Um alerta?" (para o ler, clicar sobre o título). Nele dava conta de como vinha a engrossar a lista de provas canceladas e os cuidados que deveríamos ter para preservar este bem.
Infelizmente as coisas pioraram nos últimos tempos com os cortes que têm sido efectuados nas autarquias e o retraimento de potencias patrocinadores.
Desde essa altura, mais outras provas foram canceladas, outras estiveram em dúvida e algumas continuam com um ponto de interrogação, apesar do número de participantes vir a subir, nalguns casos de forma acentuada.

A Meia-Maratona Cego do Maio na Póvoa do Varzim foi uma das últimas vítimas, conhecendo o cancelamento a menos dum mês da data da sua realização (seria a 6 de Março). Esta prova era concorrida, ainda na última edição participaram 622 atletas, e já tinha um historial de 20 edições, o que provocou uma evidente consternação entre muitos atletas. Foi de tal maneira que está a ser preparado um encontro de quem iria participar para, no mesmo dia e à mesma hora, correrem essa prova, sem classificações nem prémios. Além do prazer de correr, também servirá como um alerta e protesto para a situação que se tem vindo a acentuar.
Para mais informações ou conselhos, ler aqui este magnifico artigo do blog Correr por Prazer.
Claro que uma manifestação desta índole poderá sofrer com algum percalço pois não terá a segurança que uma prova oficial teria, quer para atletas quer peões ou trânsito, e se acontecer qualquer acidente virar-se-á contra ela, daí ser necessário todo o cuidado.

Ora quem for participar sabe que não terá prémios nem classificações. E é aqui que quero chegar, aos prémios, sejam monetários, troféus ou brindes. Há organizações que não tendo possibilidade de manter o nível de prémios que era usual, prescinde de fazer a prova. Mas para, seguramente, mais de 90% do pelotão isso é importante? Sem prémios quantos atletas perderiam? Estou convencido que poucos. Ainda no passado domingo na Costa da Caparica estiveram 1.319 atletas, record da prova, apesar da intempérie. Havia troféus, t-shirts e medalhas. Mas não tendo possibilidade de assegurar este aspecto o número desceria significativamente? Estou plenamente convicto que não. Prémios ou troféus são apenas para um escasso número e ninguém corre para ter no final uma t-shirt, corre pelo prazer da corrida. Se a organização puder mimar os atletas com algo, tudo bem, mas estando em risco não será preferível abdicar de tudo menos do que interessa, a corrida em si?
Tenho conversado com vários atletas e todos concordam com este ponto e acho que é necessário passar a mensagem que não é obrigatório aqueles aspectos para a prova ser participada, o que não se pode perder são as nossas corridas, essas sim a nossa riqueza.

E se se quiser agraciar o atleta com algo mas não há verba para mais, que seja algo simbólico. E por vezes esse simbólico é o que cai melhor. Tenho recebido camisolas, algumas técnicas, medalhas, outros brindes mas talvez aquele pelo que tenho mais estima, pois diz-me muito, é um cartão com uns dizeres e duas folhas de louro. Foi dado em S. João das Lampas no passado Setembro e diz "Os louros da vitória são para si porque connosco todos são vencedores! Parabéns e obrigado por ter concluído a 34ª Meia-Maratona de S. João das Lampas".
Para o verdadeiro atleta de pelotão, este é um troféu bem valioso, que pode ser visto na foto em baixo.

Se queremos, temos que fazer ouvir a nossa voz. Haja vontade, haja imaginação, haja bom senso, porque as nossas corridas são demasiado importantes.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Correr muito ou pouco ou a vantagem de ser lento

Hoje apetece-me brincar com as palavras pois estas são entidades que podem e devem ser brincadas e não sujeitas a uma rigidez que não se compadece com a diferente carga que podem transportar ou o diferente ponto de vista consoante o prisma por onde são observadas.

Vamos pegar num atleta de pelotão daqueles que correm lá mais para trás, eu, e vamos pegar num colega meu, um daqueles que calça uns ténis, veste uns calções e camisola e começa a dar às pernas, por exemplo o Zersenay Tadese actual recordista mundial da Meia-Maratona, tempo alcançado na nossa capital. Uma comparação justa, não acham?!?
Pois o melhor tempo do Tadese numa Meia é na casa dos 58 minutos e o meu no da 1.56. Quem corre mais rápido? Hum... depois duma análise profunda chego à conclusão que é o Tadese que corre muuuuiiiito mais rápido do que eu. Quanto mais rápido? Exactamente o dobro!
Se já vimos quem é mais rápido, vamos agora descobrir quem corre muito ou pouco. O Tadese despacha uma Meia em 58 minutos, correndo assim pouco tempo. Eu, a demorar quase 2 horas, corro muito tempo. Por outras palavras, o Tadese corre pouco e eu é que corro muito! Alguém diria?

E para analisar o custo/benefício, peguemos no exemplo duma das nossas habituais corridas de 10 quilómetros. A inscrição foi, digamos, 5 euros. Os primeiros despacharam-na em meia-hora. Nós, depois de nos esfalfarmos para fazer um tempo nos 50 e pouco, chegamos e já os primeiros têm o duche tomado. Mas quem aproveitou mais tempo de corrida?
É como uns terem direito a uma semana de férias e outros, pelo mesmo preço, terem quase duas.

Em conclusão, os que corremos lá atrás aproveitamos muito mais a corrida porque corremos muito e os campeões correm pouco.
E digam lá se este ponto de vista é ou não é imbatível?
Ou haverá outro?!?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Revista Spiridon e uma frase a reter

Para quem não a conhece, a Revista Spiridon publica-se em regime bimestral desde 1978, indo no nº 194.
Não se vende nos locais habituais mas apenas por assinatura e é peça fundamental na preparação técnica dum atleta, profissional ou atleta de pelotão.
Conheço-a desde o início de 2006 e tenho aprendido e evoluído imenso com ela, sendo um autêntico prazer a sua leitura.

Para quem estiver interessado em ver duma assentada todas as suas capas, clique aqui, assistindo assim à extraordinária galeria de capas que retratam diferentes épocas, num trabalho da autoria de Jorge Branco.

Há frases e frases e a carga que encerram é por vezes diluída na voragem do dia a dia. Mas vale bem a pena parar um pouco e atentar nesta frase publicada no último número, cuja capa está retratada na foto, e que foi proferida pelo fisiologista alemão Ernst van Aaken: "O imobilismo até destrói um tanque de guerra!"

Pense-se como é construído um tanque de guerra e como é feito para aguentar ataques, inclusive explosivos. Que os aguenta. Mas parado, sem actividade, degrada-se e fica destruído.
Se isto é assim com um tanque de guerra, como será com o seu corpo se não lhe proporcionar actividade saudável?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Troféu de Oeiras - Grande Prémio de Caxias

4ª etapa de 14 que compõem o 29º Troféu das Localidades de Oeiras, a prova de Caxias sofreu duma manhã de domingo muito chuvosa e ventosa.
Apesar de ter perdido 88 atletas em relação à última edição, os 492 classificados são o 2º melhor registo deste evento que vai na 7º edição. De notar que o record de participação da última edição, 580 atletas, foi alcançado em Novembro de 2009, em dia sem outras provas por perto, enquanto a deste ano teve que ser adiada para Fevereiro, calhando concomitantemente com o Grande Prémio do Atlântico, na Costa da Caparica, o que terá impedido maior participação.

Margarida Dionísio do Linda-a-Pastora continua o seu domínio nos seniores femininos, alcançando o 4º triunfo em 4 possíveis. Soma agora 60 pontos mais 21 que a 2ª, Josefa Bongué dos Joaninhas de Leião, que também foi a 2ª na prova de ontem à frente de Maria José Varela do NucleOeiras que igualou na tabela geral a sua colega Ana Pereira que não esteve presente nesta corrida.

Nuno Cardoso, atleta do NucleOeiras, venceu pela 2ª vez esta época, terminado à frente de 2 atletas do Linda-a-Pastora, Mário Pedro e Fábio Oliveira.
No troféu, Mário Pedro continua a somar pontos regularmente, o que lhe tem dado os títulos que tem alcançado, e soma agora 54 pontos, à frente de Nuno Cardoso com 41 e Hugo Gonçalves, 4º nesta prova, com 38.

Colectivamente, o NucleOeiras continua a somar vitórias, 4 em 4, alcançando 469 pontos e um enorme avanço sobre os seus mais directos competidores que formaram uma luta muito renhida, como se pode constatar pela escassa diferença de 4 pontos entre eles, 2º Leões de Porto Salvo 301, 3º Os Fixes 300 e 4º Linda-a-Pastora 297. De destacar a posição que não tem sido habitual dos Fixes.
No acumulado das 4 provas, a natural liderança do NucleOeiras, agora com 1.810 pontos, seguido pelo Linda-a-Pastora 1.331, Leões de Porto Salvo 1.270 e os Fixes, que já demonstraram que podem lutar por um lugar final no pódio, 1.129


A próxima ronda irá disputar-se no Dafundo dia 27

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nacional de Pista Coberta - 16º título para o Sporting em dia de 2 records nacionais

O Nacional de Clubes em Pista Coberta proporcionou os 16º títulos, masculino e feminino, ao Sporting em 18 edições, subindo assim para 32 em 36 possíveis.

No sector feminino, o Sporting somou 104 pontos (16º título), o Benfica foi com 2º com 80 (2ª vez 2º) e o Braga foi 3º (2ª vez) com 70 pontos batendo por pouco a JOMA que conquistou 67 e ficou desta vez fora do pódio que já foi seu por 11 vezes.
Nos masculinos, o Sporting alcançou 107 pontos (16º título) ameaçado de muito perto pelo Benfica, 103 pontos (8ª vez 2º) com o 3º posto a ser discutido taco a taco, indo para a Juventude Vidigalense (pela primeira vez no pódio) mercê dos seus 58 pontos contra 56 do Gira Sol e 50 do Campismo de São João da Madeira.

Na 2ª divisão, Grecas (masculinos) e Donas (femininos) foram os campeões.

De destacar 2 records nacionais. Nos 60 metros barreiras Rasul Dabó ao ser cronometrado em 7.78 bateu por 1 centésimo o record de Luís Sá. No Salto à Vara, Eleanor Tavares ao saltar 4,41 acrescentou 1 centímetro ao anterior máximo, pertença de sua irmã Elisabete Tavares.

Sara Moreira em grande estilo na Alemanha


Sara Moreira participou hoje no BW-Bank Meeting em Karlsruhe, Alemanha, na corrida de 3.000 metros onde alcançou um brilhante 3º posto com melhor marca pessoal e mínimos para o Europeu de Pista Coberta que se irá disputar em Paris a 6 de Março.
Recorde-se que no anterior Europeu, Sara conquistou uma brilhante medalha de prata.

Na corrida de hoje, Sara aguentou-se sempre no pelotão da frente, até este ficar reduzido a si, à queniana Mercy Njoroge, a etíope Mekdes Bekele e a polaca Silwya Ejdys. A 2 voltas do final (400 metros), Sara teve mesmo a coragem de assumir a liderança para na volta final o sprint relegá-la inicialmente para o 4º lugar mas ainda indo buscar forças para ultrapassar a etíope, terminando no pódio com um brilhante 8.44.22

Depois dum início de época complicado por uma arreliadora lesão, Sara tem vindo a crescer e mostrar todo o seu enorme potencial e empenho.

Caparica - Record de participantes resistem à intempérie

No aquecimento enquanto ainda pouco chovia

Um tempo muito agreste e o caos na partida, marcaram a 12ª edição do Grande Prémio do Atlântico, disputado na Costa da Caparica, e organizado pelo Núcleo Sportinguista local, com o apoio técnico da Xistarca.
Prova que registou um aumento significativo do número de classificados, 1.319, mais 282 que na edição passada e 174 que em 2009 que, com os seus 1.145 detinham o record.

Depois dum bonito dia de Sábado, a manhã ameaçou chuva que se começou a concretizar durante o aquecimento, indo gradualmente aumentando de intensidade, à hora da partida já era mais forte, atingindo o seu máximo durante a corrida. O problema é que foi acompanhada por muito vento, que nos 3 quilómetros do pontão se tornou uma barreira muito dura de transpor. A areia era atirada em rajada contra os atletas, conseguindo entrar em tudo que era sítio, além de magoar a bater nas pernas, braços ou cara.
No final, junto à meta, as poças formavam pequenos lagos.

Mas se em relação às condições atmosféricas, nada se pode fazer, a partida foi a mancha na organização. Desta feita a partida foi no início duma estrada de terra, estreita, em que o pórtico ocupava toda a sua largura, e quem queria passar lá para trás, encontrava a barreira de todos que já lá estavam. Em conclusão, metade do pelotão partiu à frente do pórtico.
Eu fui daqueles que conseguiu passar lá para trás, a partir daí não passaram mais atletas, ficando assim atrás de todo o pelotão aquando da partida. Como as primeiras centenas de metros são estreitos, aos 400 metros ia numa média de 8 minutos/km pois não tinha espaço para correr. Depois o pelotão começou a alongar e mesmo assim passei aos 1.000 metros em 6.00, mais um minuto do que faria nos 5 quilómetros seguintes.
Ficando logo com esse minuto de atraso em relação á média que teria de fazer, e consciente do que iria apanhar à frente, mesmo assim não baixei os braços e arranquei para uma das melhores e mais esforçadas provas que já fiz, e que os 53.40 de tempo real final não traduzem. É que chegando ao pontão, dei o máximo mas baixei de 5.00 para 5.40 por cada um dos 3 quilómetros em que uma força nos empurrava para trás.
Deixado para trás o pontão, regressei à média que vinha a efectuar, 5.00, acabando nos já referidos 53.40
Tendo perdido 1 minuto no 1º quilómetro e 2 no pontão, totalizando assim 3 minutos, e tendo ficado a 3.03 do meu record, num dia normal teria sido possível.
Tenho consciencia de ter feito uma grande prova mas não deixo de sentir uma certa frustração pois já há meses que apontava Grândola e a prova de hoje como as 2 grandes oportunidades de bater o record que conta já com 1.470 dias (4 anos e 9 dias), e por uma razão, engripado em Grândola, e pelas razões que já apontei hoje, se perderam estas oportunidades.
Os próximos tempos são de provas não adequadas a tal desiderato e com outra distância e o pico de forma, que tinha sido estudado para agora, não é eterno.
Mas já me conhecem... não abrando a luta porque... um dia será o dia!

Lá na frente, Michel Andersen da Academia do Korpo foi o destacado vencedor, cumprindo a distância em 32.40 e um avanço de 1.11 sobre Carlos Saias do Ribeirinho e 1.30 de Raul Caetano do Benaventense.
No sector feminino, a polaca Lewan Dowska cortou a meta em 37.44 e um avanço de 2.10 sobre Vera Nunes do Benfica. Completou o pódio Beatriz Cunha do Patameiras em 41.43

Colectivamente, em femininos o pódio foi constituído pelo Arrudense, Alvitejo e Amigos do Atletismo de Mafra, enquanto nos masculinos tivemos igual vitória do Arrudense, que dominou assim, seguido pelos Amigos do Atletismo de Mafra e Vale do Silêncio.