No aquecimento enquanto ainda pouco chovia
Um tempo muito agreste e o caos na partida, marcaram a 12ª edição do Grande Prémio do Atlântico, disputado na Costa da Caparica, e organizado pelo Núcleo Sportinguista local, com o apoio técnico da Xistarca.
Prova que registou um aumento significativo do número de classificados, 1.319, mais 282 que na edição passada e 174 que em 2009 que, com os seus 1.145 detinham o record.
Depois dum bonito dia de Sábado, a manhã ameaçou chuva que se começou a concretizar durante o aquecimento, indo gradualmente aumentando de intensidade, à hora da partida já era mais forte, atingindo o seu máximo durante a corrida. O problema é que foi acompanhada por muito vento, que nos 3 quilómetros do pontão se tornou uma barreira muito dura de transpor. A areia era atirada em rajada contra os atletas, conseguindo entrar em tudo que era sítio, além de magoar a bater nas pernas, braços ou cara.
No final, junto à meta, as poças formavam pequenos lagos.
Mas se em relação às condições atmosféricas, nada se pode fazer, a partida foi a mancha na organização. Desta feita a partida foi no início duma estrada de terra, estreita, em que o pórtico ocupava toda a sua largura, e quem queria passar lá para trás, encontrava a barreira de todos que já lá estavam. Em conclusão, metade do pelotão partiu à frente do pórtico.
Eu fui daqueles que conseguiu passar lá para trás, a partir daí não passaram mais atletas, ficando assim atrás de todo o pelotão aquando da partida. Como as primeiras centenas de metros são estreitos, aos 400 metros ia numa média de 8 minutos/km pois não tinha espaço para correr. Depois o pelotão começou a alongar e mesmo assim passei aos 1.000 metros em 6.00, mais um minuto do que faria nos 5 quilómetros seguintes.
Ficando logo com esse minuto de atraso em relação á média que teria de fazer, e consciente do que iria apanhar à frente, mesmo assim não baixei os braços e arranquei para uma das melhores e mais esforçadas provas que já fiz, e que os 53.40 de tempo real final não traduzem. É que chegando ao pontão, dei o máximo mas baixei de 5.00 para 5.40 por cada um dos 3 quilómetros em que uma força nos empurrava para trás.
Deixado para trás o pontão, regressei à média que vinha a efectuar, 5.00, acabando nos já referidos 53.40
Tendo perdido 1 minuto no 1º quilómetro e 2 no pontão, totalizando assim 3 minutos, e tendo ficado a 3.03 do meu record, num dia normal teria sido possível.
Tenho consciencia de ter feito uma grande prova mas não deixo de sentir uma certa frustração pois já há meses que apontava Grândola e a prova de hoje como as 2 grandes oportunidades de bater o record que conta já com 1.470 dias (4 anos e 9 dias), e por uma razão, engripado em Grândola, e pelas razões que já apontei hoje, se perderam estas oportunidades.
Os próximos tempos são de provas não adequadas a tal desiderato e com outra distância e o pico de forma, que tinha sido estudado para agora, não é eterno.
Mas já me conhecem... não abrando a luta porque... um dia será o dia!
Lá na frente, Michel Andersen da Academia do Korpo foi o destacado vencedor, cumprindo a distância em 32.40 e um avanço de 1.11 sobre Carlos Saias do Ribeirinho e 1.30 de Raul Caetano do Benaventense.
No sector feminino, a polaca Lewan Dowska cortou a meta em 37.44 e um avanço de 2.10 sobre Vera Nunes do Benfica. Completou o pódio Beatriz Cunha do Patameiras em 41.43
Colectivamente, em femininos o pódio foi constituído pelo Arrudense, Alvitejo e Amigos do Atletismo de Mafra, enquanto nos masculinos tivemos igual vitória do Arrudense, que dominou assim, seguido pelos Amigos do Atletismo de Mafra e Vale do Silêncio.
Resultados: Geral / Equipas Femininas / Equipas Masculinas
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