terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Nas Lampas com centenas a homenagearem Analice

(Foto Nuno España)

"Vamos Correr Pela Analice!" era a proposta dum treino em São João das Lampas para transmitir força à Analice. 
Quis o destino que o propósito do treino tenha sido alterado, transformando-se em homenagem.

E foram centenas que, muito justamente, compareceram. Não sendo mais porque nem todas as empresas fecharam neste dia.

Uma homenagem bonita e a melhor forma de lembrar Analice, correndo!

O percurso foi idealizado utilizando partes dos Trilhos das Lampas, com uma ida de 7 km até à Praia da Samarra e regresso de 5 km, dando assim um total de cerca de 12 km.

Desde a Corrida do Monge 2013 que não entrava em trilhos e deu para relembrar o porquê. Nem todos podemos ter jeito para tudo e eu sou um desastre neste tipo de trajecto, para mais com sapatos de estrada a passar nas partes enlameadas.
Já sabia ao que vinha e a razão era uma única, pela Analice! 
E consegui nunca cair, o que para mim foi uma proeza!

Felizmente os últimos 2 km já foram em alcatrão e pude esticar um pouco, sempre ao lado do João Branco que me acompanhou todo o percurso.

De realçar a intenção de Fernando Andrade em tornar o dia de Carnaval numa prova dedicada à Analice, sendo este treino como uma espécie de edição zero. Nada mais bonito!

Um grande louvor ao Fernando Andrade, Orlando Duarte e Cristina Guerreiro pela iniciativa!

A bonita camisola

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Analice


Muito obrigado, Analice, pelo grande exemplo, simpatia, disponibilidade e inspiração.

Vivemos a prazo sem saber quando chega o dia. Não nos podemos esquecer de nunca dar nada por adquirido e tentar aproveitar tudo o que pudermos. E esta foi mais uma lição de vida da Analice que partiu fisicamente mas viverá sempre nos nossos corações.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Sevilha: Uma maravilha a minha oitava Maratona!

Felicidade pura por uma maravilha de Maratona!
Venga, venga! Animo, animo!
Hey! Ho! Let's go!
Allez allez!
Si! Se puede!
Campeones!!!

São frases de apoio em forma de melodia que perdura nos nossos ouvidos. Incansável este público que nos acarinha durante 42 quilómetros, gritando, aplaudindo durante as horas que medeiam a passagem do primeiro ao último atleta. 
E que diferença faz na nossa prestação!

Depois da minha inesquecível presença em 2014, tornei a ser muito feliz em Sevilha. E se na altura sabia que iria regressar, que tinha de regressar, saí de Sevilha com a mesma sensação, a mesma sede de repetir aquele turbilhão de emoções que uma Maratona sempre proporciona mas sendo amplificada em Espanha por uma população que reconhece o esforço de todos e entra activamente na festa.
A somar a tudo isto, uma bonita cidade e uma organização irrepreensível. 

Comparando com 2014, o trajecto registou uma pequena alteração que vem do ano transacto. E essa alteração veio eliminar aquele que na altura pensei ser o único ponto menos positivo do trajecto. Assim, ao passarmos a ponte para reentrar na Isla de la Cartuja, víamos o estádio do lado direito mas tínhamos que lhe virar costas para uma volta de 2 km que nada trazia. E perto dos 40 ir para trás era penalizante a nível mental. 
Ora agora temos mais 2 km pela cidade e quando atravessamos a ponte dirigimo-nos logo para o estádio.
Outra vantagem, e importante, é que na altura que precisamos de (ainda mais!) apoio, 35 a 39 km, estamos a passar na zona onde os espectadores mais se acotovelam, chegando mesmo, em frente à Catedral, a estreitar a passagem, criando um corredor por onde passamos entre todo o tipo de apoio. 
E a força que isso dá!

A feira mantêm-se em muito bom estilo e até deixavam pegarmos no troféu do primeiro para uma recordação, como pode ser aqui visto.

Eu, atleta lá de trás, com o troféu do vencedor! Pesado, em prata, e com a estátua que está no topo da Giralda sevilhana. 
Quem diz que os dois 4 ao Km presentes (Orlando e eu) não são atletas de pódio?
A Pasta Party foi bem servida. Em relação às que conheço, superior a Paris (que também era boa) e Barcelona (uma decepção, a única dessa prova) mas nada chega à excelente massa do Porto! 

Depois duma semana de boas previsões meteorológicas, os últimos dias passaram a dar chuva para a manhã de domingo, em especial para a hora da partida. Como bem sabemos, uma coisa é apanharmos durante, outra começarmos frios sem ainda termos aquecido.

Quando saímos do hotel, faltando hora e meia, chovia bem, chuva que durou até cerca duma hora antes. Depois passou e, mais uma vez, S.Pedro foi amigo dos maratonistas (ou maratonianos como se diz em castelhano). Esteve frio, sem chuva, e apenas notei vento contra numa recta aos 18 km. Portanto, boas condições para uma Maratona.

Como sempre, a minha intenção numa prova desta grandeza, e ao contrário de outras em que se me sinto em condições vou a pensar em determinadas marcas, é chegar ao final, cortar a meta. O que não significa que não dê o meu melhor. Vou a dar o que tenho e o que não tenho mas sempre com os olhos na meta e não em contas. Se vier alguma marca, é um saboroso bónus.

Por volta dos 7 km com a Torre del Oro atrás
Mas o que é certo é que desde os 30 km que senti ter novo record pessoal nas mãos. O primeiro quilómetro foi, como habitualmente, lento, a ir adaptando o organismo a uma corrida que só iria terminar várias horas depois, para no segundo começar a ir para aquele ritmo pretendido, estabilizando aí. 

Os quilómetros foram passando e comecei a preocupar-me em cada um que passava pois o ritmo ia um pouco mais rápido do que o que achava ser prudente. Tentava mas não conseguia abrandar pois sentia-me mesmo bem assim, não indo em esforço que fosse pagar adiante. 
A partir dos 11, e a constatar mais um quilómetro feito mais rápido do que pensava ser margem de segurança, deixei de me preocupar. Sentia-me bem assim, de modo algum estava a abusar, portanto mantive.

Tinha idealizado tomar os géis aos 15 e 30 mas quando passei a tripla légua adiei pois não sentia ser necessário. Apenas o fiz aos 18, única altura até aos 30 e muitos onde senti alguma dificuldade, pelo vento contra nessa recta. Mal cortámos à direita, tudo passou e não mais houve esse vento. 
Curiosamente, foi o único gel que tomei pois a banana que comi aos 25 terá substituído e não senti qualquer necessidade de tomar o segundo. Nestas últimas duas Maratonas (Porto e Sevilha), de longe as que mais e melhor treinei, foram as duas onde ingeri menos géis. E simplesmente porque não precisei.

Com metade feita  sempre a sorrir. Imagem de marca desta prova :)
Passagem à Meia sempre bem e com toda a coragem para a 2ª metade, 25 km perfeitos e aí apercebi-me pelo tempo que o meu record dos 30 km, alcançado na Maratona do Porto há 3 meses atrás, iria cair. Era de 3.08.16 e passei em 3.06.03, menos 2.13 e a sentir-me bem.

Como costumo dizer, a Maratona começa aos 30. Seria a altura de ir buscar as forças que estavam guardadas na reserva. Mas ainda me sentia bem, claro que já um pouco cansado mas ainda bem.
É giro verificar que nas primeiras 6 Maratonas era por volta dos 30/32 que chegava àquele estado de muito cansaço, com excepção da de Paris que foi apenas aos 35. Ora na sétima (Porto) foi só aos 37 e agora em Sevilha aos 38. Ainda hei-de fazer uma onde esse cansaço chegue apenas na meta.

Ora estes últimos quilómetros em Sevilha são, como disse anteriormente, em locais emblemáticos e de forte presença e apoio dum entusiasta público que só falta levar-nos ao colo. Assim, entrei no Parque Maria Luísa ainda razoável, dando a bela volta pela linda e majestosa Praça de Espanha, saindo para, depois da larga avenida, entrar na zona da Catedral e preparar os ouvidos para o fantástico apoio.

Na belíssima Praça de Espanha, 36 Km
E foi aí, pouco depois da Catedral (38 Km), que senti estar a chegar ao final da reserva. Altura de entrar em modo de sobrevivência, apesar de este estado ter sido menor do que em anteriores Maratonas e passou-se rápido.

A aproximação do estádio faz-se sempre em ambiente de grande emoção e com os atletas mais rápidos já a saírem e darem também o seu apoio. 

Estádio em frente! Túnel! Já não me recordava que ainda se descia de forma um pouco íngreme e tenho uma ameaça de cãibra na perna direita. Paro por uns breves segundos, massajo, parece que passou e retomo. 

Entro no estádio! Que sensação!!! Como colocar por palavras a descrição do momento de cortarmos uma meta após 42 km? Se se dedicarem a ver as fotos que a Mafalda tirou ou doutros fotógrafos na meta, salta à vista todo o extravasar de emoções de tanto e tanto atleta num momento que ninguém consegue ficar indiferente. Seja um campeão ou alguém que dobra o tempo do primeiro mas que que é tão vencedor como ele, porque se superou numa prova que não dá espaço para falhas, porque não nasceu atleta, não é profissional, mas consegue esse seu tão pessoal triunfo, por toda a paixão que coloca.

Nesta volta ao estádio, além da emoção própria, o juntar da recordação de há 3 anos, onde rubriquei a corrida da minha vida, pelas enormes condicionantes que tinha, e permitiu ter continuado a cumprir Maratonas. 

Corto a meta, dou um berro de alegria. Sinto que dei tudo e sou recompensado com novo record pessoal. Depois de nas 6 primeiras Maratonas ter registado sempre à volta de 5 horas e pouco, no Porto há 3 meses retirei 15 minutos ao record, colocando-o em 4.47.36, para agora retirar mais 6 minutos (5.56 para ser exacto) e perfazer 4.41.40

Mais significativo foi pouco mais de metade desses 6 minutos terem sido conquistados nos últimos 7 quilómetros, habitualmente o meu sector mais frágil.   

Com a medalha ao peito e a satisfação de ter (re)conquistado Sevilha
Analisando agora os tempos de passagem, verifico que (comparando sempre com o Porto 2016 onde estava a minha anterior melhor marca) nos primeiros 10 km ganhei 1.17 (na Invicta fui um pouco conservador no início), entre os 10 e a Meia ganhei agora 1 segundo (virtualmente decalcada do Porto!), ganhei mais 55 segundos entre a Meia e os 30, 39 segundos entre os 30 e os 35, para entre os 35 e a meta ganhar 3 minutos e 4 segundos (!).

Melhor, no Porto acabei completamente nas últimas e demorei um par de dias a recuperar e agora acabei, logicamente cansado mal seria, mas bem e a recuperar agradavelmente.

Muita coisa fica para dizer pois a escrita ainda não descreve o que o coração guarda para sempre. Uma maravilha duma Maratona, criando mais um dia de felicidade pura!

Como foi a primeira Maratona com os meus "sobrinhos" já nascidos, esta Maratona foi-lhes dedicada. À Filipa e Tomás, e naturalmente aos seus pais Sandra e Nuno por tudo o que fizeram para que eles vingassem. 

Sim, são 8 Maratonas! A nona está marcada para 5 de Novembro no Porto
Grande Orlando que já soma 18 e sempre a dar-lhe!
Quero também agradecer ao Orlando e Nora pela viagem e muito agradável companhia. E, claro, a todos que me apoiam sempre, incondicionalmente. Acreditem que era em todos vós que pensava quando o cansaço queria bater à porta. Cheguei a dizer baixinho nessas alturas "o pessoal acredita em mim". São uma força imparável!

E agora, para quem tem receio de participar numa Maratona pensando que é um sofrimento atroz, há mesmo quem diga que é desumano, vou deixar estas imagens que bem o comprovam: 

Notem o ar de terror do atleta antes da prova, ao estilo dos gladiadores e a sua famosa saudação de "aqueles que vão morrer..."

  
Reparem como aos 9 km salta tão à vista o ar de pânico e tristeza de saber que ainda faltam 33 longos km...


Aos 15 cada vez mais aterrorizado


E o que dizer após 36 longos km e um ar cada vez mais desfeito?


Aos 38, nem a Catedral lhe retira o ar tão sério e triste 


Vejam só a sequência da chegada à meta, o rastejar até à linha, mal se conseguindo mexer






E no final, a sua expressão diz tudo da desumanidade que sofreu e que não mais quer repetir


E pronto, este espaço foi reservado a todos os que receiam a Maratona e seus males! :)

Colocando a ironia de parte, para quem adora correr, uma Maratona é o que aqui em cima se reproduziu. Que se sofre, claro que sim, mas é um sofrimento bom por ser um investimento para sensações que só sentidas se entendem e que jamais nos irão largar!
  

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A uma semana da Maratona de Sevilha ou o regresso a um lugar tão especial!

Um momento especial, meta em frente

Há uma frase feita com a qual não me identifico minimamente, a de que não devemos regressar onde fomos felizes. Pelo contrário, sou da opinião que devemos sempre regressar, saborear o doce da recordação. Bastas vezes o erro é comparar, o que impede o melhor aproveitamento do momento.

Por tal razão, assim que saí de Sevilha em 2014, soube que ia regressar. Que tinha de regressar!
Em 2015 a prioridade foi cumprir o sonho de correr em Paris, "dans la plus belle ville du monde" e em 2016 Barcelona, aproveitando para conhecer a majestosa cidade.

2017 ficou assim com o desejado regresso ao local onde realizei a corrida mais especial das minhas quase 400 efectuadas.

Não gosto de estabelecer competição ou rankings no que me dá prazer. Todas as corridas são especiais. Mas as Maratonas têm um mundo à parte. Tal como alguém já disse, uma Maratona não é uma corrida é uma Maratona! E qualquer uma das 7 que concluí é muito especial. Mas Sevilha em 2014 teve algo de mágico.

A verdade é que não estava de modo algum capaz de realizar a distância, nem aproximada. 5 semanas antes sofri uma infecção pulmonar que muito me debilitou. Logo naquilo que nos dá a resistência.
Bastava subir uma rampa, mesmo que devagar, e ficava ofegante, em virtude da incapacidade dos pulmões processarem o seu habitual ritmo de troca de oxigénio.
De repente, toda a forma tinha-se eclipsado. Os poucos treinos antes, foram fracos e curtos. Apenas 3 semanas antes tentei 24 e o desastre foi total, andando mais do que correndo.

Uma Maratona de boa disposição de início ao fim
E temos que enquadrar o momento. Na altura tinha apenas uma Maratona no currículo, a memorável de estreia em Lisboa 2012. Em 2013, 4 meses antes de Sevilha, alinhei na primeira Rock'n'Roll. Muito bem preparado, sofri um duro imprevisto com a hérnia do hiato a soltar-se e como que a envenenar-me, sendo obrigado a desistir, o que já por si era doloroso e mais foi por ser uma Maratona especial a apadrinhar a Isa.

Reconheço que essa desistência afectou-me bem mais do que devia, sentimento que se prolongou por demasiado tempo, estando ainda muito presente nessa ida a Sevilha, com o espectro de novo DNF, o que, muito provavelmente, encerraria o capítulo Maratona. E o que iria perder...

Se em Lisboa 2012 tornei-me maratonista, em Sevilha 2014 ganhei uma carreira em Maratona. O que se passou então?

A verdade é que não consigo explicar o que sucedeu naquele dia. Nem estou preocupado com a razão, apenas querendo aproveitar as suas inesquecíveis sensações.

Ia ou não feliz?
Com a aproximação da data e a certeza de não recuperar, não consegui dormir mais do que umas 4 horas por noite nas últimas 5. A derradeira então, foi péssima, estando desde as 3 da manhã acordado em pânico e desespero por saber que ia partir para encostar mais à frente. O pequeno-almoço e a ida para a partida, fica na memória de quem viu o estado em que me encontrava.

Até que... chegou a hora de ir ao carro equipar. Senti o ar frio da manhã subir pelas narinas e oferecer-me uma estranha calma. A boa disposição regressou num clique inaudível. Vamos a isso!
Estranha e misteriosa transfiguração que prenunciou o que se iria passar, fazendo-me passar do nadir ao zénite.

Tinha em mente uma táctica suicida que seria a única capaz de me levar à tão ansiada meta. Nada disse para não tentarem dissuadirem-me.

Estava já em pleno modo Maratona. Tudo deitado para trás. Nada de preocupações, apenas o aproveitar o momento. Uma Maratona carpe diem.

Meta!!!
E 42.195 metros depois, tive o momento mais feliz que uma corrida pode oferecer, após aquela que apelidei, e mantenho, como a corrida mais inteligente, divertida e emocional que alguma vez vivenciei.
A foto que encima este artigo é muito especial. Só eu sei o que estava a passar já dentro do estádio e com a meta em frente.

Estive a reler o artigo que escrevi na altura e, 3 anos depois, tocou-me a emoção com que o escrevi. Para quem quiser ler ou reler, clicar aqui.

Como sempre, a ambição para de hoje a uma semana, é o cortar a meta. Se, muito eventualmente, algo mais houver é um bónus, do qual, sinceramente, duvido. 
Se em cada corrida do dia a dia algo pode suceder, em Maratona tudo se amplifica e basta um pequeno nada para deitar por terra tudo o que se preparou. Portanto, a única ambição que levo na mala é ver a entrada do túnel para o estádio, dar a volta de honra e cortar a meta. 
E mal posso esperar!

Como sempre, um agradecimento especial a quem me apoia constantemente, ficando cientes que vos levo a todos comigo.

Até ao próximo artigo... com o relato da que espero seja a minha oitava Maratona! :)

Com a tão ambicionada medalha de sabor olímpico

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O último maiorzinho para Sevilha

É para chegar aqui que luto

Faltando 2 semanas para Sevilha, hoje foi dia do último treino longo, agora apenas de 20 km.

A semana correu bem a nível de treinos. Aquele problema que relatei na semana passada sobre os gémeos, atenuou, apesar de ainda sentir qualquer coisinha nos quilómetros iniciais e depois passar, mas agora sem necessidade de parar para massajar. 

O percurso foi Praia da Torre-Algés e regresso. Tempo agradável para lá, muito vento contra para cá e a intenção era tentar baixar das 2 horas. No entanto, desde o início que sentia-me meio preso e não deu para ir inicialmente a esse ritmo.

Com pouco mais de 2 km encontrei o João Branco, seguindo com ele até perto dos 6, o que foi uma ajuda preciosa porque a coisa não estava a sair como queria e, indo com ele, permitiu-me não baixar muito o ritmo a que seguia. 

Depois de ficar novamente sozinho, cerca dos 7 senti-me a soltar. A tal intenção de fazer o treino abaixo das 2 horas já estava esquecida mas decidi correr atrás do prejuízo para ver até onde daria. Nessa altura a média indicava para 2.08, mais 8 minutos portanto.

Quando fiz o retorno em Algés, 3 km depois, já a média tinha baixado para 2.05 mas ia entrar agora na parte difícil pois tinha pela frente 10 km com vento forte contra. 

Lá fui dando o que podia e aos 17 a média apontava para 2.02, o que já era uma boa recuperação mas acabei por recuperar mais e terminar em 2.00.55, fruto da primeira metade em 1 hora e 2 e a segunda, apesar do vento contra, 4 minutos melhor pois foram 58 minutos.

Cruzei-me com várias caras conhecidas como a Sofia e o José Miranda ambos por duas vezes, o Rui Soeiro que gritou qualquer coisa que me pareceu que também está a preparar Sevilha, e a Henriqueta que só a vi depois de passar e de ouvir o seu olá.

Agora... é continuar a treinar mas já sem carga e de maneira a não estragar nada do que construí.

Para terminar, uma referência a um dado que li no Facebook da Maratona e que me surpreendeu agradavelmente. Apresentam as 3 melhores marcas de sempre nas 32 edições já disputadas em Sevilha, tanto a nível feminino como masculino. E quem são as atletas que detêm as 3 melhores marcas? Pois aqui vai a relação:
1ª 2009 2.26.03 Marisa Barros, Portugal
2ª 2015 2.28.00 Filomena Costa, Portugal
3ª 1996 2.28.59 Mª Luisa Muñoz González, Espanha
Duas tugas nos dois primeiros lugares!

Uma boa semana para todos!

É isto que tenho que cumprir