domingo, 26 de dezembro de 2010

São Silvestre de Lisboa - Uma grande noite!

Com o João Branco e o Luís Parro, de nova mascote ao peito!

A 3ª edição da São Silvestre de Lisboa tornou a bater o record de classificados, 3.567 contra 3.065 do ano passado, e viu novamente as mulheres imporem-se aos homens na interessante "guerra dos sexos".
"Guerra" essa que teve como maiores "guerreiros" Jéssica Augusto e Hermano Ferreira. Será justo afirmar que só uma Jéssica em grande forma conseguiria bater este Hermano, tal como só um Hermano em grande forma conseguiria aproximar-se desta Jéssica.
Sendo 2.42 o avanço com que as mulheres partiram, a chegada foi quase ao sprint com Jéssica a bater Hermano por 5 segundos. Ambos fugiram e muito do seu pelotão. Jéssica terminou com a excelente marca de 31.52 (a escassos 17 segundos do record nacional de estrada fixado por Rosa Mota em 1987), sendo a sua 2ª vitória nesta prova em outras tantas participações. Em 2º terminou Dulce Félix, 33.07, sendo que Dulce nas 3 edições ficou sempre nas 2 primeiras posições (1 vitória e 2 segundos). 3º lugar para Anália Rosa, 33.48, 4º Salomé Rocha 34.05, 5ª Lucinda Moreiras, 35.36 e na 6ª posição Daniela Cunha 35.55.
No sector masculino, Hermano Ferreira parou o relógio aos 29.15, com José Ramos em 2º, 29.50, numa inversão das posições do ano transacto. Ricardo Mateus continua a dar muito boa conta de si e foi o 3º com 30.09. Seguiram-se 4º Ricardo Ribas 30.41, 5º Hélio Fumo 30.45, 6º Nuno Santos 30.49 e 7º Luís Feiteira 30.56, tendo sido estes os 7 os atletas que ficaram até à casa do minuto 30.

Os resultados completos podem ser consultados aqui.

A organização, continuando na sua luta de transformar esta prova numa grande evento internacional, tudo fez para agradar, tendo detectado apenas um ponto negativo. Na zona da separação entre a corrida dos 3 e dos 10 kms, estava bastante escuro, foi aliás a única parte escura do percurso, podendo acontecer eventuais acidentes. Mas de realçar que essa zona tinha um candeeiro que poderá ter tido algum problema no momento.
O que falhou, mas isso sem importância para a corrida, foram os sms com os tempos e classificação pois estavam completamente aleatórios, mas que foram rectificados rapidamente.
Todo o resto bem, como já nos habituaram!
E digo todo o resto relativamente apenas à organização pois de atletas faltou muito civismo. De que adianta colocar partidas por tempos se depois são os próprios atletas que aldrabam tudo? Como eu ia para 50 baixo, posicionei-me imediatamente atrás dos sub-50. Resultado, fui mais de um quilómetro a ultrapassar atletas que iam para mais duma hora e outros a caminhar, causando problemas de "tráfego". Claro que não há problema algum fazer mais duma hora, eu também já fiz algumas vezes, mas nessas alturas sabia que a minha colocação na partida era lá atrás e não à frente. Depois, e por causa desses atletas que não quiseram colocar-se no seu devido lugar de partida, outros mudavam de direcção como quem corria sozinho. Resultado, que eu tivesse visto, duas quedas em virtude desses atropelos.

Em relação à minha prova, fiz o tempo real de 51.27, o que é o meu 4º melhor tempo de sempre (ex-aequo) nos 10 kms, o melhor registo do ano nesta distância, batendo os 52.15 da Corrida do Tejo, e o melhor tempo desde Setembro de 2008, portanto desde antes da fractura do pé.
Claro que sem o cerca dum minuto perdido na confusão do primeiro quilómetro, o meu record de 50.37 em Grândola 2007 estaria ao alcance, tal como já esteve antes na Luzia Dias e G.P. Natal tivessem os 10 quilómetros, mas o sonho dos 49 está bem vivo e sinto que algures em 2011 será o dia. Queiram as lesões não me (re)visitarem.
A partir do momento que fiquei solto da confusão, tenho a consciência que dei sempre o máximo a qualquer momento, sempre muito concentrado e focado. Quando assim é, só posso estar muito orgulhoso da minha prova.
E para mim, em termos competitivos, terminou o ano. Faltam-me fazer as São Silvestres dos Olivais e da Amadora, mas essas irão ser apenas para rolar pelo prazer de correr.

2 comentários:

  1. Olá João.
    Concordo com o que disse, acerca do não cumprimento das zonas de tempos. Acontece que eu, que até gosto de respeitar essas coisas, dei por mim a desrespeitá-las. Encaminhei-me para a zona da partida, vi ali uma senhora da organização, que nada me disse e eu entrei. Só depois de lá estar e olhar em redor é que vi que estava na zona dos sub40. Rodeado de gente,como estava, entendi já não sair dali.
    Bem sei que os atletas deverão ter consciência dos seus andamentos e posicionarem-se de acordo com isso, mas a verdade é que só com o controlo por pulseiras de cor, em cancelas bem vigiadas (fazem isso em Oeiras) é que numa prova curta como esta, o problema fica solucionado.
    Infelizmente, fica provado que não adianta apelar-se ao civismo dos atletas, ainda que a maioria o possa ter, mas bastam poucos para que se instale a confusão.
    Mas foi bonito de ver a Avenida da Liberdade iluminada, replecta (que se lixe o acordo ortográfico) de gente a correr, dando-lhe um brilho humano muito mais intenso.
    Parabéns pela Prova, João.
    Talvez nos vejamos nos Olivais.
    Grande Abraço.
    FA

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  2. Olá Fernando

    É verdade que em Oeiras as cancelas são vigiadas e bem. O que não compreendo é como há atletas que têm pulseiras sem nunca terem feito tempos para tal.
    Também como não percebo como um determinado atleta que tem a mania de partir sempre na primeira linha, sem ter andamento para tal, consegue sempre intrometer-se na primeira linha da Corrida do Tejo ao lado dos grandes campeões.
    Mas enfim, há sempre os chico-espertos que, diga-se em abono da verdade, no nosso desporto não são assim tantos. Os que há são é muito falados, talvez por excepção serem.
    E como diz e bem, basta poucos para se armar a confusão.
    É que custou-me ver um atleta já com idade bem avançada, ter uma queda forte na primeira passagem pelos Restauradores, por causa de alguns pensarem que estavam a correr sozinhos e iam aos ziguezagues. Mas também se diga de passagem que nestas provas com muita gente, há muitos que não são os habituais de todos os fins-de-semana como nós e que, por isso, não sabem como se comportar num pelotão.

    Um abraço e até aos Olivais.

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