Mas quem disse que nunca fomos a um pódio?!?
A HMS Sports já nos habituou que onde se mete não é para brincar. E mais uma vez provou-se ontem com uma brilhante edição inaugural da Corrida de Santo António em Lisboa.
Apesar de forçada a alterar o percurso por motivo dum futebol que condiciona tudo à sua volta (mas o Estádio da Luz nem é ali ao pé...) logo arranjaram uma solução alternativa, plano B, e foi em grande que colocaram de pé este evento.
A resposta foi dada pelos 1.375 atletas que não hesitaram em participar, divertir-se e ficar com uma excelente recordação desta tarde.
Apesar de surpreendidos com a forte chuvada menos duma hora antes da partida, isto do S.Pedro se querer meter com o Santo António tem que se lhe diga, durante a prova tudo seco.
Fartei-me de pensar, o que para um período de férias não é de bom tom, e não consigo arranjar um ponto negativo nesta prova. Ou melhor... ponto negativo relacionado com a organização pois a nível de participantes tivemos mais do mesmo. Ou seja, pessoas que iam caminhar colocarem-se lá à frente, obrigando à perigosa gincana inicial. É, ou deveria ser, uma questão de bom senso cada um conhecer o seu lugar.
Além de tudo de bom que aconteceu, destaque para o mimo final que foi o recebermos um belo vaso com um manjerico. Mas também tenho que referir a simpática "mentira" que colocaram nos dorsais com um carimbo a dizer "Super Atleta" dorsal que se diga era personalizado. Simpática "mentira" ou no fundo não o somos todos? Trabalhamos duro, arranjamos tempo onde ele não existe, para irmos treinar, em vez de descansar ao fim-de-semana levantamo-nos bem cedo da cama para irmos a uma prova, tentando competir sem termos nascido para sermos... super atletas.
Hum... se calhar até têm razão!
Os super atletas mais rápidos, deram pelo nome de Luís Baptista do Mirantense, Luís Feiteira da Garmin e António Sousa da Garmin Olímpico de Oeiras, que ocuparam o pódio masculino. O vencedor fez 32.33, menos 1 segundo que o 2º e 28 que o 3º
Quanto às super atletas, tivemos no 1º lugar Tânia Cabral do Garmin Olímpico de Oeiras (38.27), seguida pelas suas colegas Bárbara Clemente (39.37) e Paula Fernandes (42.01).
Como referi, terminaram 1.375 atletas, dos quais 327 eram do sexo feminino, o que dá a óptima e pouco habitual percentagem de 23,8%.
Em relação à minha prova, se o tempo para mim é bom, 52.47, no fundo tratou-se dum certo perder de ilusões. Digo isto pois era a última prova nesta época (considerando a época de Setembro a Julho), onde poderia chegar "àquele" tempo. É sabido que a forma que possuí durante grande parte da época, se está a esfumar por completo, mas decidi arriscar o tudo por tudo. Saí forte sabendo que para conseguir essa marca não poderia estar a perder tempo de início. Mas também consciente que o que deveria acontecer era quebrar lá para a frente por não estar com capacidades actuais para tal ritmo. Não querendo ficar com a dúvida do 'se', arrisquei e aconteceu o que tinha que acontecer. No retorno ia para um tempo na casa dos 50.50/51.05, e já não tinha força para puxar mais. Ainda me aguentei um pouco mas nos últimos 2 quilómetros comecei a sentir-me um passador. Era ultrapassado pela esquerda e direita e sem conseguir reagir.
Sonhar, bem sonho, já há 4 anos, com esse tempo abaixo de 50 minutos (49.59 chega!) mas vai ser mais uma época que passa. Que esta estive mais perto do que nunca, sim, mas mais um ano passa e a idade vai-se acumulando. Se algum dia o farei? Não sei. Mas podem ter a certeza que enquanto conseguir correr, lutarei sempre por isso. Não digam que sou teimoso que nem um burro. Chamem-me antes de persistente!
Acabada a prova, tempo para tentar descansar pois poucas horas depois era a altura da Corrida do Oriente, corrida com muito significado para mim.
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