domingo, 2 de outubro de 2011

Corrida da Água - Um sucesso!

Após mais de 150 anos de propostas e projectos, apenas no século 18 se materializou o Aqueduto das Águas Livres de Lisboa, pouco antes do terramoto ao qual resistiu.

A sua extensão, incluindo os tributários e a rede de distribuição dentro da capital, atinge os 58 quilómetros, recolhendo água de 58 nascentes, a maioria da Serra da Carregueira.

Sendo um monumento marcante de Lisboa, o facto da Corrida da Água o percorrer, terá sido uma forte razão para se verificar uma tão forte afluência de atletas nesta 1ª edição.

De facto, e apesar da concomitância de outros eventos, foram 888 atletas que cruzaram a meta no final duma prova elaborada para o atleta de pelotão.

Sem grandes nomes à partida, por ausência de prémios monetários, a adesão foi enorme. O que mais uma vez vem bater na tecla de não havendo dinheiro para distribuir, que se realize a corrida sem os ditos prémios pois os atletas que engrossam o pelotão não deixam de dizer, entusiasticamente, presente!

Com a garantia organizativa da Xistarca, o evento teve a qualidade esperada, sem pontos a merecerem reparo.

Apenas a partida teve que ser adiada por 10 minutos mas por uma razão forte. Efectivamente, a entidade que gere o Aqueduto ainda não tinha aberto o portão do mesmo às 10 horas, hora prevista da partida, e a organização, e bem, não quis iniciar a competição sem ter a certeza que os atletas chegavam ao Aqueduto e o encontravam aberto.

Para quem, como eu, esteve presente nas 4 edições do Grande Prémio José Araújo, a passagem de hoje revestiu-se dum particularidade inédita: Ser no sentido Amoreiras-Monsanto. Na prova que se realizou entre 2006 e 2009, e que espero fortemente que regresse, a passaem era feita Monsanto-Amoreiras. Nas duas primeiras edições, pelo lado Norte e nas duas últimas pelo Sul.

A de hoje foi também pelo Sul que, na minha opinião, tem a vista mais bonita.

Competitivamente falando, Américo Pereira, a correr como Individual, foi o mais lesto a percorrer os 10.000 metros, cumprindo-os em 35.31 e um avanço de 36 segundos sobre João António (Nave) e 59 sobre o individual Fernando Miranda.

No sector feminino, vitória para a benfiquista Vera Nunes, única a baixar dos 40 minutos (39.22), seguida pela sua colega Lucília Soares (40.15) e de Chantal Xhervelle do Casal Figueira (40.35).
Em termos colectivos a vitória sorriu ao Santander Totta, seguidos pelo Nave, com o Campolide a fechar o pódio.

Dos 888 atletas, 157 pertenceram ao escalão feminino, proporcionando a muito boa média de 17,7%

Relativamente à minha prova foi, tal como esperava, fraca.

Após ter realizado os excelentes 50.55 no Destak duas semanas antes, desloquei-me duas semanas em trabalho à Grécia. Duas semanas bastante desgastantes, a descansar insuficientemente, a treinar mal e com muitos condicionalismos (o único momento bom foi a visita ao estádio Panatináico) e, inevitavelmente hoje ressenti-me. No início da 2ª metade já ia sem energia e valeu-me a companhia da Sandra para levar o barco a bom porto, ainda abaixo da hora (tempo real de 59.13). Apenas para efeitos estatísticos, esta marca aos 10 kms é a pior dos últimos 20 meses.

Já sei que os meus amigos me vão "dar na cabeça" pois não gostam que eu diga isto, mas é o que sinto. Sou um atleta fraquinho a quem basta um ligeiro desvio do ritmo de treinos para ficar tudo estragado.

Estava a apontar a Corrida do Sporting para tentar alcançar o sonho de longos 5 anos mas vou precisar de mais tempo para regressar ao pico recente.

Quanto à equipa 4 ao Km, o Filipe foi o melhor representante, em 576º, eu e a Sandra chegámos em 631º e 632º, enquanto a Fernanda aguentou até onde lhe foi possível, tendo depois optado pela desistência.

Como eram necessários 4 elementos, desta vez não nos classificámos colectivamente.

6 comentários:

  1. Adorei a prova o que diz tudo para um não “especialista” nem na distância (curta) nem em alcatrão (que faz mal à saúde!).
    A passagem no Aqueduto é linda!
    Só faço um reparo: penso que devia haver mais colaboradores a dar abastecimento e deviam desembalar as garrafas antecipadamente do plástico onde são transportadas em paletes para tornar tudo mais rápido.
    Era uma prova que pensei fazer apenas um vez (pelo Aqueduto) e agora é uma prova com que já sonho com a próxima edição!
    Lá te vou “bater”: Fracos são os atletas de bancada! Todos o que ousam correr e terminar uma prova são gente de coragem, cada qual carregando a sua historia e as suas capacidades físicas no momento.
    Obrigado pela foto! Muito grato para com a “equipa de reportagem” do JoaoLima.net” são profissionais do melhor! Até conseguem apanhar as velhas "Raposas Mancas" no “boneco” Bem hajam!

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  2. Esse objectivo perseguido há 5 anos é ficar abaixo dos 50 minutos para os 10Km?

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  3. prestação fraca? ora ora... pois, não correste o risco de ir ao pódio, isso não e estiveste muito longe disso, como se calhar 90% de nós, mas estiveste lá, marcaste presença, correste um bocado, conviveste e ... isso é do melhor que há!

    Baixar dos 50 no Sporting? Hummmm, se tivesse mais tempo (qual tempo qual quê, tempo tenho eu, treinos e vontade para eles é que escasseiam) e ainda arriscava a dizer que ia contigo (se conseguisse claro)

    Beijinho e boa recuperação - da corrida e do trabalho (e ainda bem que há trabalho)

    Ana Pereira

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  4. Olá João,

    A prova foi extraordináriamente bonita e bem organizada, como a Xistarca já nos habituou. Estão de parabéns e eu estou desejosa da próxima corrida da água.

    Quanto a ti João... se já sabias, não escrevias e muito menos pensavas... faço das palavras do Jorge Branco as minhas :)

    João, a última prova que fizeste foi fenomenal... tens-te deparado com tantas situações de desgaste psiquico que nem o melhor atleta do Mundo iria aguentar.. és um lutador e um vencedor...

    O meu muito obrigado a nossa repórter que está sempre de parabéns pelo extraordinário trabalho : )

    Beijinhos e até 4ª feira nos Amaros

    Sandra Martins

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  5. É realmente linda a prova, também eu fui às outras do José Araújo, das quais gostei muito... Quanto a tempos? Isso é o que menos importa, o que importa de verdade é que tenhamos vontade e saúde para continuarmos a estar presentes.
    bj eugénia

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