Tangerine Dream

Hoje, e pela primeira vez, vou abordar um tema diferente do Atletismo, mais concretamente música. E a ocasião é especial pois logo à noite vou ver o concerto dos Tangerine Dream no Coliseu dos Recreios.

Fundados em 1967 por Edgar Froese, que se mantém no grupo percorrendo os seus 43 anos de história, esta banda alemã é um marco na denominada música electrónica.

Descobriu-os em 1975, na flor dos meus 15 anos, através do álbum Rubycon. Ouvir esse disco foi um momento que marcou toda a minha percepção a nível musical e de sensações, abrindo uma nova fronteira. Com um estilo muito próprio, que alguns tentaram imitar sem o mínimo sucesso, os Tangerine Dream têm uma sonoridade muito própria e que ao longo dos anos se foi mantendo e evoluindo com as diversas aparelhagens electrónicas.

Quando os conheci, os críticos musicais não sabiam definir esse novo som e foram apelidados de "rock cósmico", "música espacial", "som estratosférico", etc. Hoje, simplesmente é o som Tangerine Dream e isso define tudo.

Tenho o orgulho de os acompanhar há 35 anos e de possuir 59 discos seus, o que abrange a grande maioria da sua criatividade. Ouvir um disco de meados dos anos 70, ou década de 80 ou recente, é sempre o mesmo prazer, a mesma emoção que não se esbate com o tempo, pois a sua música é intemporal. E ouvirmos uma música, podendo preencher os nossos sentidos da mesma forma aos 15 ou aos 50, é algo de muito valioso.

Hoje, finalmente, vou ter o momento especial de os ver ao vivo.

Como dizia ao meu filho, com os mesmos 15 anos com que os conheci, "tens 15 anos, imagina que começas a seguir um grupo constantemente ao longo dos teus próximos 35 anos, para então finalmente os conseguires ver ao vivo". Abriu muitos os olhos e apenas exclamou "pois é!"

É hoje! Mal posso esperar...