quinta-feira, 4 de março de 2010

Atletas de luxo na Meia da Ponte

A 20ª edição da Meia-Maratona de Lisboa (Ponte 25 de Abril) a disputar-se a 21 de Março, com o início da ansiada primavera, regista uma forte lista de atletas de elite.

No sector masculino, o eritreu Zersenay Tadese (4 vezes campeão mundial de Meia-Maratona, em 2005, 2007, 2008 e 2009, e com um record pessoal de 58.59), o queniano Duncan Kibet, actual 2º melhor maratonista apenas batido por Haile Grebrselassie, o também queniano Sammy Kitwara (record pessoal de 58.58), o etíope Sileshi Sihine, o habitual marroquino Jaouad Gharib e ainda o queniano Emmanuel Mutai.

No sector feminino, 4 nomes brilham para já, a romena Constantina Dita, actual campeão olímpica da Maratona, numa prova onde se isolou de forma surpreendente aos 20 quilómetros, a queniana Catherine Ndereba, exactamente a 2ª nesses mesmos jogos olímpicos e campeã mundial da Maratona em 2003 e 2007, a etíope Wude Ayelew e a queniana Pamela Chepchumba.

A organização tem preparados cheques de 50 mil euros para o record mundial, seja masculino ou feminino. Recorde-se que o masculino pertence a Samuel Wanjiru com 58.33 e o feminino a Lornah Kiplagat com 1.06.25

Nos últimos 2 anos tem sido uma constante a procura de se obter o record mundial nesta prova e daí o facto de se ter alterado a partida para a elite em Algés pois o desnível entre a partida na Ponte e a chegada aos Jerónimos é superior a um metro por quilómetro o que inviabiliza a homologação dos records.

Compreende-se esta medida da organização para se evitarem as frustrações em edições passadas com atletas a quebrarem o record mundial, sem valer.
No sector masculino, foi o caso de Sammy Lelei em 1993 com 59.24 quando o record era de 1.00.46, do nosso António Pinto em 1998 que ao realizar 59.43 bateria o record mundial que estava fixado em 59.47. Paul Tergat detinha o record mundial com 59.17 quando em 2000 realizou 59.05 e em 2005 59.10, perfazendo assim 4 vezes que na Ponte se correu mais que o record mundial masculino.
Mas no sector feminino o caso ainda tem maior peso pois em 1996 Tegla Lorupe completou a prova em 1.07.12 quando o record estava fixado em 1.07.58 mas na outra altura que o record seria batido, decorria o ano de 2001, Susan Chepkemei parou o cronómetro em 1.05.44 marca que ainda hoje continuaria a ser record mundial!

A organização contratou 3 lebres de luxo para ajudar a alcançar esse desiderato. Uma para apenas os 3 primeiros quilómetros, para o ritmo começar logo desde o início a ser forte, e as outras 2 até onde for possível.

De destacar ainda a presença nesta 20ª edição do presidente da Federação Mundial de Atlletismo, IAAF, Lamine Diack, que se descola pela primeira vez ao nosso país, reflectindo toda a importância deste evento que, recorde-se, tem o estatuto de "Gold label".

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