terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Uma Maratona de sonho em Sevilha!

És minha!

Quis o acaso que nos cruzássemos. E desde então, anseio com cada teu novo reencontro.

Como explicar sensações tão intensas que nos parecem irreais? Como explicar emoções tão profundas que nos dominam por completo? Como explicar aquela que foi a minha corrida mais inteligente, divertida e emocional que alguma vez fiz? Como explicar o receio e ansiedade que me assaltaram em especial na última noite? Como explicar a felicidade extrema de ver amigos do coração conseguirem feitos sensacionais?

6 atletas medalhados, 6 atletas felizes, 6 atletas que se suplantaram!

Km 37 - Depois duma rua com esplanadas e muitos gritos de apoio, o que é uma constante nesta prova, começo a ouvir música duma banda. Ao olhar em frente vejo muita animação desses músicos a tocarem e saltarem, deixando apenas um pequeno corredor para passarmos. A música é do Indiana Jones, um som triunfal de herói de aventuras. Mas não é só o Indiana que é herói (fictício), eu nessa altura também me sinto um herói (real), levanto os braços e passo nesse corredor aos saltos. Sim, aos saltos! Quem me diria que alguma vez numa Maratona saltaria dessa maneira com 37 kms nas pernas? Era o estado de felicidade que mantinha desde a partida

Na feira da Maratona, já com os dorsais

3 da manhã - Acordo e não durmo mais. Faltam 6 horas para começar a Maratona e não consigo dormir. Não seria preocupante se nas anteriores 5 noites tivesse dormido mais do que 4 horas em todas com excepção duma que foram 5. O descanso é fundamental e a ansiedade traiu-me nesta semana! (a sombra de 6 de Outubro sempre presente!). A Mafalda apercebe-se que estou acordado e só ouve da minha parte "Não vou conseguir!". Estava cansado demais. Fisicamente não me sentia em condições nem para 10 kms quanto mais uma Maratona, distância que só tinha realizado uma vez, em forma e com uma preparação perfeita.
O querer era enorme mas a constatação que tinha chegado ao dia sem o trabalho mínimo feito, por um inoportuno problema pulmonar, era doloroso.
Para tentar ajudar, faz-me massagens nas pernas, mas o estado de cansaço era geral.

Um apoio de ouro. Mulher e filhos :)

Km 39 - O único em que senti cansaço forte e o que mais andei. Devo ter feito cara de dificuldade e uma espectadora aproxima-se de mim e com os dedos faz aquele gesto de pouco e diz em catalão "Podes pensar que estás esgotado mas ainda tens isto de força. Vais conseguir!" De imediato retomo a corrida levantando bem alto o punho em sinal de vitória, agradecendo as palavras. Mais do que gritos de apoio, muitos parecem que adivinham a frase ideal para nos transmitir em cada momento.

Até cartazes de apoio tínhamos!

6 e 40 da manhã - Pequeno almoço. Assusto todos os meus amigos com a cara que cheguei à mesa. Surpreendidos e meio assustados, tentam animar-me mas não estou virado para esse lado. Depois do 6 de Outubro, não posso tornar a desistir, deixando em perigo a continuação da minha carreira de maratonista. Quero muito aquela meta e tenho muitas maratonas sonhadas. Entre as quais uma daqui a ano e meio que terá um significado muito especial, mas isso são contas doutro rosário. Quero, quero, mas não estou preparado. Não fiz longos, o problema pulmonar debilitou-me fisicamente, e a tosse que mantenho não engana que a coisa ainda não está a 100%. Estou a horas de estragar outro sonho e este muito forte.

Os 4 "4 ao km" presentes. Infelizmente falta aqui alguém que não merecia a contrariedade que sofreu, naquele que foi o momento duro do fim-de-semana. Força amiga!

Km 40 - Vejo a placa 40 e mal consigo acreditar que vou tão folgado e feliz. Nesta altura, arrastava-me penosamente na Maratona de estreia. Agora estou à vontade. A táctica funcionou na perfeição! 
Não a quis divulgar a ninguém. Não queria pressões pois necessitava de estar descansado e sabia que se a divulgasse, naturalmente caiam em cima de mim pois pareceria um suicídio. Mas era a minha única hipótese.
Sem dúvida que treinos importantes que nos correm mal, acabam por nos ensinar imenso. O único que pude efectuar maiorzinho foi 3 semanas antes e foi péssimo. Mas o melhor que me poderia ter acontecido pelo que me ensinou. Sabia que a táctica tinha de ser de sobrevivência e era a que dizia que ia fazer. Mal imaginavam que para sobreviver teria que atacar. Naquele treino, vi que arrastar-me na primeira Meia para me salvaguardar, levar-me-ia até talvez perto dos 24. 24 feitos em muito tempo o que já me desgastaria (porque não é só a velocidade que desgasta mas o tempo que se está em esforço). Chegaria aí cansado e com pouca margem para, ao ter que misturar caminhada e corrida, chegar antes do limite. Mas se colocasse uma média de 6.00 (o que para mim numa distância destas é rápido), passaria aos 20 kms a bater as 2 horas. Ficaria com 4 horas para 22 kms o que de imediato me tranquilizaria. Como não sabia como reagiria a um muro ou cansaço extremo, por causa de estar ainda debilitado, entre os 20 e os 30 forçava-me a caminhar 200 metros e correr 800 em cada km. Mas tinha que ser cumprido ao metro. A partir dos 30 tentar manter este esquema mas se nalgum sentisse necessidade de em vez de andar 200, fosse 250 ou 300, tudo bem.
E foi assim, analisando todos os prós e contras que concluí que esta era a única táctica para me levar à meta e antes do controlo fechar. 

Os 6 atletas do grupo da viagem, com o Nuno na sua posição de marca :)

8 da manhã - Vamos ao carro deixar os fatos de treino. Após o primeiro contacto que me assustou ainda mais, o ar fresco (frio mesmo) teve o condão de me acalmar e mudar. Comecei a sentir o empenho, a força, a dedicação. É isto que quero, é isto pelo qual vou lutar. Vejo ao fundo a entrada do túnel. O tal momento repetido exaustivamente no meu pensamento. Entrar no túnel, passar à pista e dirigir-me à meta.
Regresso ao pé do restante pessoal e já sou outro. Venha a Maratona!

A alinhar para a partida

Km 41 - Na primeira parecia-me que faltar um quilómetro era outra Maratona em si. Agora era desfrutar. Queria chegar. Queria cortar a meta. Mas também queria prolongar o prazer de estar nesta corrida. Pelo público e pelo momento que atravessava. A táctica tinha sido perfeita. 20 kms em grande e o resto controlado. Os conhecidos que me ultrapassavam naqueles metros que andava, davam-me apoio, pensando que ia em dificuldade mas logo viam o meu sorriso rasgado a dizer que estava tudo bem controlado. 
Não imagino o número de vezes que levantava os braços para agradecer ao público, a série de gracias que dei, o sorriso que lhes fazia e que me levou a ouvir muitas vezes 'guapo!'. Foi tudo memorável, foi tudo melhor que num sonho. Nada de sofrimento exagerado, de muros. Apenas divertimento, felicidade e emoção. Muita emoção. Várias vezes o apoio era tal que me vinham as lágrimas aos olhos. Verdade seja dita, as lágrimas eram tanto pelo apoio como pela constatação que ia conseguir. 
Sou de 1960, cresci a ouvir sempre o que os miúdos dessa época ouviam. "Um homem não chora". Como se o ser homem nos transformasse num bloco de pedra e gelo sem emoções ou a superá-las com ar de matador. Se Descartes dizia 'penso, logo existo', sou pelo 'emociono-me, logo existo'.
Falta um quilómetro e já vejo o estádio. O tal túnel está à porta. Duas atletas da Açoreana estão junto à sua camioneta, vêm-me ao fundo e gritam por mim, vindo correr na minha direcção. Respondo com outro ritmo mais vivo. Ritmo que irá até à meta. Meta que desde o 2º quilómetro soube que ia ser minha.


Ao km 10 grito para a Mafalda "Eu vou conseguir" para a sossegar para o ritmo que levava. Tudo estudado, tudo controlado

Km 2 - Após a partida, as primeiras centenas de metros junto ao casal Isa & Vítor. À frente, o casal Sandra & Nuno. Sinto-me bem, as pernas respondem, a pulsação está perfeita. Aproxima-se o final do primeiro quilómetro e está na hora de fazer o teste. Um quilómetro a atacar e ver a reacção. Se boa, partia para a tal táctica. Caso contrário, ia pelo que seria lógico, calmamente, mas com o receio do falhanço. 
Sem nada dizer, deixo a Isa & Vítor, chego ao lado da Sandra & Nuno, a Sandra exclama 'gosto deste João', mas logo se assustou, tal como os restantes. Eu tinha disparado, eu tinha desaparecido fugindo pelo pelotão dentro. Consciente que iria assustar todos os presentes e o Jorge Branco que estava a acompanhar os tempos pelo site e que iria chamar-me todos os nomes nas minhas passagens. Mas era o que tinha que fazer, mesmo sabendo que esta é uma táctica que não se usa na Maratona. Mas era a única que nestas condições me poderia salvar, por mais paradoxal que possa parecer. Cada um de nós é um caso e temos momentos estranhos. Como o saber algo quando falta tanto. Na memorável Meia dos Descobrimentos, aos 5 kms já tinha a certeza que ia fazer um super tempo pois sabia que aquele ritmo não ia quebrar. Há dias que os sinais que recebemos dão-nos essa garantia. E neste domingo foi o que se passou. Aos 2 kms soube que ia aguentar bem mais 40. Só não imaginava que o tempo ia ser tão surpreendente. 
Todos nós sonhamos com o que consideramos impossível mas neste estado actual baixar das 5.30 seria mesmo impossível. 
Mas o João de domingo não conhecia essa palavra e continuei a cumprir tudo à risca. Sempre feliz, sempre divertido, sempre emocionado.


27 a caminho do 28

Km 41,7 - A volta exterior ao estádio prolongava-se. Haveria de chegar ao portão Sur, ao tal, mas continuava a percorrer o seu exterior. Curvo e de repente vejo o portão à minha frente. Com a velocidade com que o sangue salta pela carótida, as lágrimas começaram a deitar tudo cá para fora do que esteve reprimido desde 6 de Outubro, do que esteve ameaçado para esta meta. Do que temi. Oiço berros. A Sandra e o Nuno do lado direito, a Nora e Margarida do esquerdo. A respiração sempre controlada, baralhou-se por completo com a mistura de ansiedade de estar quase o tocar o céu. 
Entro no túnel e vem-me à memória a Divina Comédia de Dante. As coisas que nos lembramos em momentos limites!
Para quem não sabe, a Divina Comédia foi escrita há 700 anos. De comédia nada tem. As obras da época eram divididas em tragédia e comédia. Tragédia usava uma linguagem apenas entendida por eruditos, enquanto a comédia utilizava linguagem entendível por todos. 
Esta obra condicionou e condiciona toda a iconologia e percepção que temos de inferno e paraíso. É uma viagem dividida em 3 partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Começa-se no inferno, segue-se o purgatório onde se purga por todos os motivos que levaram ao inferno e acaba-se em pureza no paraíso. 
Porque me veio à ideia esta obra em pleno túnel, em plena convulsão de emoções? A 6 de Outubro tive o meu inferno. Desde então, passei o resto do tempo a purgar o que se passou nesse dia. Agora, vendo a claridade ao final do túnel, sentia que ia entrar no paraíso!


Uma constante nesta prova. Sempre a sorrir! :)

Km 4 - Rui Cabral, o português com maior número de Maratonas (chegará às 300 em Novembro!!!), chama-me. Ordena-me 'hoje é para acabar!' e eu feliz por o reencontrar, sentindo isso como mais um sinal, pois também estive nos primeiros quilómetros da da minha estreia a falar com ele. Olhando para ele e interrogando-me como se consegue chegar a um número destes!


Linda!

Km 41,9 - Entro no estádio. Piso o tartan, liberto toda a alegria. Levanto os braços, baixo os braços, dou as mãos a mim próprio. Falo, grito. Não sou narcisista, longe disso, mas neste momento tive uma admiração enorme por mim. Há 39 dias, escrevia um muito sentido 'Sinto-me tão triste!' aos amigos mais chegados, conhecedor que não poderia participar nesta Maratona, em virtude do problema de alguma gravidade que me apareceu. Mas o desejo era tão grande que cerrei os punhos, fui à luta recusando-me a deitar a toalha ao chão e neste momento estava em êxtase a correr de braços abertos para esta paixão chamada meta de Maratona.
Faço a última curva, estou de frente. Tento esticar mais os braços como que a agarrar já. A Mafalda filma e acena ao mesmo tempo. A Joana e o Ricardo estão nas bancadas. Não os vejo mas sinto-os. E sinto que levo um pelotão comigo. Todos vós, que sempre me apoiaram, que sempre me fizeram crer. Todos cortámos a meta. Reacção instintiva e habitual em mim, meto as mãos na cabeça, vergado pela emoção. O tempo? 5.07.59! 5.07.59! Além da corrida mais divertida, feliz e emocional, um tempo completamente impossível para o momento actual. Apenas a 5.46 dum record em momento perfeito de forma e preparação. E nessa Maratona tive sempre a preciosa ajuda de companhia e nesta sempre sozinho. Tudo fruto da corrida mais inteligente que alguma fiz.
Chego ao pé das assistentes que colocam as medalhas. Mais lágrimas e um beijo muito sentida e carinhoso na medalha, na linda medalha. 
Percorro os túneis até à saída. Lento, muito lento. Tanto queria ir ter com todos, como queria eternizar aquele momento.  

Gente feliz!

Km 15,5 - Tinha prometido a mim mesmo. Aos 15,5 fazia uma festa. Poderiam pensar o que quisessem, verem de repente um atleta festejar do nada. Mas era um festejo a enterrar um momento negro. Foi aos 15,5 a 6 de Outubro. Quis o acaso e grande coincidência que a Mafalda, Joana, Ricky, Nora e Margarida estivessem ali. Devem ter estranhado tanto euforia na minha passagem. 

Com quem me dá tudo o que sou

Após a meta - Saio do estádio. Vejo ao longe o Vítor que levanta os braços. Respondo efusivamente. A Isa é a primeira que encontro e o inevitável sucede. Abraçamo-nos a chorar. Mais quando lhe pergunto o tempo e oiço o fabuloso que ela fez. Pela 2ª vez estávamos abraçados a chorar. Naquilo que parece o mesmo acto, as razões são diametralmente opostas. A 1ª vez tinha sido ao km 15,5 a 6 de Outubro...
Segue-se um forte abraço ao Vítor e a chegada da Mafalda, para mais um muito emocional momento. 
O que a Mafalda aturou nestes dias. Com alguém que passava do receoso 'Não vou conseguir' ao convicto 'Eu vou cortar aquela meta!' num espaço de minutos.
Seguiu-se o Ricardo, a Joana. E a Sandra. A Sandra! Mais um momento muito forte e especial! Foi a sua estreia e logo de sonho com uma prova doutro mundo. Nuno, perdido de orgulho pela sua menina, Orlando extremamente feliz por quase aos 60 continuar a baixar das 4 horas, Nora, Margarida...
Tudo gente feliz, orgulhosa e unida! Um momento ímpar!

Com a Sandra que fez uma Maratona de estreia para a qual não há palavras!

O mais incrível é o que sofri na parte final da Maratona de estreia e agora acho que as 5 horas voaram rápido demais. 
Há momentos e razões que não se explicam. Sentem-se!  

Novamente junto a ti, nesta paixão que tanto tem de desejo como de lamento pelo tão escasso tempo que nos é reservado mas que deixa perdurar uma memória eterna.

Próximo reencontro: Porto, 2 de Novembro

Frente e verso dum troféu muito especial que o Nuno fez
Os 5.08.08 foram engano meu. O tempo real é 5.07.59

64 comentários:

  1. Parabéns João, pela tua persistencia, pelo teu querer e acreditar e pela tua meta! Um abraço. MLino

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  2. Espectacular e muito emocional relato!
    Estás de parabéns pela tua força e coragem e por não teres desistido.

    A tua táctica assustou-nos a todos mas quando passei por ti à meia-maratona e te vi a sorrir percebi que tudo estava bem. A partir dessa altura fiquei muito mais descansada.

    Foi uma alegria esta corrida. E este grupo que juntámos foi excelente! :) Venham mais aventuras destas! E venham mais momentos de felicidade destes! Também achei que a maratona passou demasiado depressa, quando vamos a correr assim tão felizes só apetece prolongar ao máximo esses momentos.

    Dias inesquecíveis! Maratona inesquecível!

    Beijinhos e OLÉ!!!

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    1. Isa, as tuas palavras dizem tudo o que foram estes dias e o que cada um de nós se suplantou, excedendo os seus melhores objectivos.

      Beijinhos, grande bi-maratonista :)

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  3. Excelente! Adorei o relato e fiquei muito contente por ti e pelo pessoal dos 4 ao km! Muitos parabéns João, foi uma prova perfeita, tanto na táctica como no prazer que sentiste. Muito, muito bom!

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    1. Obrigado Filipe. Também estás de parabéns e muito!

      Um abraço :)

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  4. É pá João...quem disse que os homens não se emocionam...estou com a lágrima no canto do olho ....que grande Maratona, que grandioso e emocionante texto.....nem sei o que dizer. Olha, mais uma vez PARABÉNS CAMPÉON e obrigado por este lindo hino à perseverança e ao acreditar em si mesmo.
    Grande abraço

    P.S. Este texto vai direitinho para o meu Top 2 de descrições de Maratonas....e sabes bem de quem é o outro neste top :)

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    1. Muito obrigado Carlos pelas tuas sempre simpáticas e divertidas palavras

      Um abraço "perneta" (hi hi hi)

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  5. Ainda tenho aqui no telemóvel um sms teu vindo de Sevilha antes da prova em que dizia as tantas: "Não esperes nada de mim. Isto não está fácil"
    Acontece que aqui o Jorge Branco (que não te chamou todos os nomes mas assustou-se!) pode não correr nada de jeito mas já anda há uns anitos nisto e sabe como é por isso a minha resposta foi: "isso são nervos pré parto!" Olha que acertei em cheio!
    Agora mais explicada a tua tática até já a entendo melhor! Há muita maneira de se correr a maratona e métodos! Se procurares na Spiridon até há um sistema com caminhada regular e devidamente programada. Mas agora" estás "tramado" a "maratonite" tomou conta de ti! Olha que é doença incurável! Para já no Porto é baixares das 5 horas ou então é que te chamo os nomes todos! E olha que vejo-te a fazer 4:45 sem grande problema (não digo que seja já no Porto mas...). Sim porque quem faz uma maratona nesse tempo e com o os problemas todos que tiveste vale um tempo muito melhor! E agora até podes passar a 4 ao km aos 5 quilómetros que eu não ligo nenhuma!
    Um abraço "Marciano"!

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    1. Apaga esse sms! Apaga-o! :)
      Olha que foi escrito convicto do que dizia, he he he

      Posso passar entre os 4 e os 5 ao km?!? Vou tentar isso numa de 10 :)))

      Um abraço e obrigado por tudo

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  6. Parabéns, João, não só pela prova inteligente que fizeste, mas pela emoção que conseguiste transmitir neste fantástico relato. E apreciei esta alternância feliz do antes e depois. Muito bom mesmo. Grande abraço.

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    1. Muito obrigado Fernando e parabéns pela 14ª sevilhana! :)

      Um abraço

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  7. Este relato é... Daqueles!!

    Alguém que corre com esta emoção... Alguém que sonha assim acordado... Alguém que luta contra a sua mente... Alguém que tem a ousadia de fazer uma maratona "diferente"... Alguém que chora a correr... Alguém que se lembra dos que o apoiaram... Alguém que é grato aos outros pelas suas conquistas...

    ... Não precisa assim tanto de boas pernas nem bons pulmões, João!

    És um exemplo! Dizer parabéns é pouco! Não encontro uma palavra para te saudar e elevar ao limite este teu feito!

    Grande abraço!

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    1. Anabela... fico sem palavras ao ler as tuas :)

      Muito obrigado!

      Beijinhos :)

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  8. Não consigo dizer nada!!! Deixaste-me com a lágrima no olho, por tudo, pelo teu relato, pela tua alegria, pela tua persistência, mas também pelo pensamento, de que também eu, deveria ter sentido essa alegria...Um beijo grande, enorme, de Parabéns...

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    1. Também não sei o que te diga Carla. Que facada!

      Um grande beijinho e FORÇA!

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  9. Um relato emocionante de um campeão. Ao ler este depoimento fiquei ainda com mais tristeza por não ter participado nesta grandiosa maratona, mas feliz por teres conseguido alcançar um objectivo a que te propuseste. Agora estou indeciso se irei a maratona de Badajoz ou não uma vez que ai o o limite máximo de controlo que dão são 5 horas, se fosse neste momento diria ja que sim uma vez que o teu texto é uma fonte de inspiração, mas.... vamos ver.

    Muitos parabéns

    Abraço Marco Lopes

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    1. Fico muito feliz que estas palavras possam servir de inspiração a outros atletas.

      Força para Badajoz!!!

      Um abraço

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  10. Foi uma bela corrida sim senhor, sempre gente por todo o lado aos gritos e a puxar pelos atletas, até mesmo no final havia atletas que puxavam por outros mesmo depois de já terem acabado a sua maratona, ainda davam uns passos de corrida para ajudar a acabar a mítica.

    Tenho de admitir que nos encheste de muito orgulho mas, por outro lado, também nos apetecia dar-te um pontapé no rabiosque por tanto dizeres que não conseguias e nós no fundo sabermos que isso não ía acontecer. Não desta vez. Claro que houve momentos que achámos que estavas a delirar mas também quem é que não delira de vez em quando??

    beijinho grande

    J

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    1. Delirar para um lado e para o outro...

      A tua presença foi muito importante :)))

      Beijinhos filha linda

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  11. Bom..... tive que para logo no inicio de ler e ir buscar o pacotinho de lenços.
    Foi a choradeira!!

    Resta muito pouco a dizer quando lemos algo tão enorme e tão sentido!

    Tu mereceste cada Km percorrido.

    Fizeste uma prova brilhante!

    Estás de Parabéns!!!
    E o orgulho da afilhada é enorme!

    :)

    E que linda é a Medalha!!

    E não restam dúvidas de que o povo Espanhol é de um "aconchego" extraordinário.... devíamos aprender um pouco com eles nesse aspecto :\

    Um enorme beijinho e dia 9 venha de lá esse abraço ao Padrinho!!!!!!!!!! :D

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    1. Eu não me esqueço de promessas. Dia 9 está reservado um abracinho :)
      Mas dia 16 vou ser eu que te darei um e bem forte! :)))

      Beijinhos e boa continuação de treinos

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  12. Espectacular! Parabéns também por este empolgante relato. Um abraço.

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  13. Adorei o relato. A forma como abordaste a Maratona, mesmo com uma táctica corajosa e arriscada, ainda torna o feito de maior relevo.

    Mais uma vez, muitos parabéns!

    Abraço

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  14. João,
    Estas lágrimas teimosas teimam em rolar... Descreveste tudo muito bem e de forma única...

    Foi estrondoso... adorei :)

    O dia 23 de Fevereiro de 2014 ficará nas nossas vidas como um dos dias mais importantes e maravilhosos...

    Ter amigos de verdade, é isto.... vibrar com tudo o que todos fazemos :)

    Parabéns!

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    1. A maior surpresa deu-se com uma determinada atleta que se estreou de forma monumental!!!
      Que orgulho, Sandra! Que orgulho!

      Beijinhos e não te esqueças que agora tem que haver relato teu :)

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  15. Porra pá, nem sabes as emoções que senti. Por sorte estou no trabalho e tenho que manter a postura, senão...
    Feliz, é o que estou, só isso e isso tudo. Não digo mais.

    Aquele abraço!!!

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    1. Foi um exercício de controlo leres no trabalho :)

      Um abraço Pedro e obrigado

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  16. Grande relato da tua maratona João Lima. Adorei! És um campeão. Mais uma vez, os meus PARABÉNS!

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    1. Muito obrigado e muitos parabéns pela tua prova espectacular!

      Um abraço :)

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  17. Parabéns, mais uma vez!
    Continuo no Metro, por isso;).
    Interessante a analogia da Comédia de Dante com o teu estado de espírito entre Outubro e a meta, mas o importante são as lições tiradas e a conclusão feliz.
    E é muito bonito ver tanta felicidade e tanto apoio a rodear toda esta situação, todo este acontecimento.
    Venha a próxima, Olé!
    Um abraço,

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    1. Muito obrigado!
      Por vezes os pensamentos voam para situações imprevistas e foi exactamente o que sucedeu com a Divina Comédia

      Um abraço :)

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  18. João, sabendo o significado de algumas metas...compreendo-te perfeitamente e fico super hiper mega feliz por ti! Com toda a sinceridade com que sempre utilizo as palavras. Dar-te-ia também um abraço sentido, mas estava longe fisicamente embora perto em pensamento e bem que te procurei acompanhar ao vivo e a cores pela net...

    olha, muitos Parabéns e um grande beijinho e sim, também sinto orgulho em ti. E admiração, por alguém, que luta e acredita! E tenta! E vence! Parabéns João, agora boa recuperação e continuação dos sonhos para outras Maratonas e outros voos que te façam muito feliz1

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  19. Em primeiro lugar, Parabéns! Não costumo fazer comentários em blogues mas depois do teu fantástico relato tinha de ser. Também eu nasci em 1960, também fiz a 1ª maratona em Lisboa 2012, também fiz a 3ª agora em Sevilha, só foi diferente porque que fiz a 2ª no Porto (é difícil mas recomenda-se e em novembro espero lá voltar...). Sou um leitor habitual do teu incontornável blogue para quem gosta de atletismo e onde tomo nota das tuas inquietações, receios e também ambições que todos nós sentimos antes das grandes provas quaisquer que sejam os tempos que fazemos! Um amigo maratonista diz que cada maratona tem a sua história e só sabemos o argumento todo no final... Posto isto espero que continues a escrever aqui, mesmo sabendo que não estás mais do que a motivar a concorrência! Um abraço! Viva a Maratonite!
    Miguel Marques

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    1. E que bom que é motivar a "concorrência". Se tal sucede, deixa-me muito feliz :)

      Um abraço e muitos parabéns pela prova!

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  20. João, acho que já foi tudo dito, resta-me dar-te os parabéns.
    Rápida recuperação.
    abraço

    Manuel Nunes

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  21. Relato estraodinário, lindo, emocionado. Muitos parabéns!
    Where there's a will, there's a way, e essa táctica e vontade que te levaram a cruzar a meta num tempo que julgavas muito difícil, são prova disso!
    Beijinhos grandes

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  22. João, um bonito e emotivo relato!
    Foi um prazer ter partilhado esta aventura contigo e restantes amigos.
    Já disse isto, na altura a tua estratégia pareceu-me maluca :) Ainda bem que resultou, mereceste esta vitória.

    Grande abraço

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    1. Sim, poderia parecer táctica maluca por isso não a disse a ninguém :)

      Nada disto teria o mesmo significado se não tivesse sido feito com tantos amigos. Foi um espectáculo de viagem :)

      Um grande abraço

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  23. Parabéns por mais uma vitória da mente sobre o corpo!
    Tiveste a coragem suficiente para admitir que não estavas no teu melhor e adoptaste a estratégia certa para te levar até ao fim!
    Boa recuperação e que venha a próxima.
    Abraço.

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  24. Parabéns João! Fantástico post sobre esta tua (mais uma) vitória :)

    Um abraço

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  25. Pensar que fui eu que o motivei a correr...
    Acho que agora vou motivá-lo para escrever.......
    João , estou sem palavras .....

    Paula Almeida


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  26. E pensar que fui eu que o incentivei a correr...
    Acho que o vou incentivar a escrever....
    A próxima maratona a ganhar vai ser a do prémio Leya..... : )

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    1. Para isso é preciso outra pedalada :)

      Beijinhos, Paula, e obrigado por tudo :)

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  27. Relato emocionante. Muito bem João. Espectacular. Muitos Parabénssssssssss. Beijinhos :)

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    1. Muito obrigado Inês! Foi (e continua a ser) uma grande emoção!

      Beijinhos Inês

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  28. Parabéns! Como estive ausente do país só agora estou a por a leitura em dia!

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  29. Só hoje é que arranjei um tempinho para ler o relato de Sevilha e adorei a estratégia do kamikaze. Gostava de ter visto a cara dos companheiros de aventura quando o João passsou por eles a grande velocidade, eheheh.
    Muitos parabéns pelo feito e por ter limpo, de vez, o fantasma da maratona que o andava atormentar desde Outubro.
    Um abraço
    Ricardo_A

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  30. Este relato ainda não tinha lido, mas ainda vou a tempo, não vou? Que arrepio na pela a cada km que descreves. Fazes com que uma pessoa sinta que está mesmo lá. Um abraço!

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  31. Também só li este texto agora. E, sim, estou de lágrimas nos olhos. Que emoção, caramba! Já lá vai um certo tempo, mas nunca é tarde: Parabéns! Por mais que tenhas transmitido bem o que foste sentido, não consigo imaginar a sensação incrível que deve ter sido, depois de tudo, cortar a meta com esse tempo.

    Muita força para o próximo Domingo! Vai correr bem :) Já ando aqui no meu planeamento para ver onde e quando vou estar a dar força a quem vou acompanhar. E espero conseguir encontrar-te no meio daquela gente toda para te dar alguma força pessoalmente :)

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    1. Muito obrigado!
      A ver se nos conseguiremos ver no meio dos milhares que estão inscritos (14 mil!)

      Beijinhos e, quem sabe, até domingo :)

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