quarta-feira, 10 de abril de 2013

(pelo menos) 169 batoteiros na Meia da Ponte


Ponto prévio - Mesmo que se participe por prazer ou simples brincadeira, o respeito pelas regras e por todos os intervenientes deverá estar sempre no topo das prioridades de cada. Seja correr devidamente inscrito e com o seu dorsal,  seja cumprir o percurso na integra e sem cortar sequer pelos passeios, seja correr limpo de qualquer substância ilícita. 
É minha opinião, que o não cumprimento de qualquer destas regras é uma falta de respeito, em primeiro lugar, para o próprio.

A classificação da Meia-Maratona de Lisboa sofreu um "emagrecimento". Baixou de 8.196 classificados que apresentava na semana passada para 8.027, em virtude de 169 desclassificações. 

Aplaudo esta medida que deveria ser estendida a todas as corridas, o que não é difícil com o controlo de passagem dos chips. Quem não cumpre o percurso, não pode figurar numa classificação pois não realizou essa prova.

Efectivamente, atletas houve que passaram aos 15 kms em cerca de hora e meia, como eu por exemplo, mas enquanto demorei trinta e muitos minutos nos 6 quilómetros finais, esses atletas dizimaram todos os records possíveis e imaginários, correndo esses 6 quilómetros em pouco mais dum minuto, voando de tal maneira que nem o tapete de controlo de passagem aos 18 quilómetros os apanhou!
Ironias à parte, para muitos foi uma tentação a passagem às três léguas perto da meta. 

E assim, há quem tenha subido milhares de lugares (o termo milhares não é exagero pois entre o tempo de 1.31 e 2.07 classificaram-se 4.825 atletas).
Classificaram-se assim num lugar inalcançável, com um tempo para iludir outros.

Acredito que possa ter havido atletas cujo cansaço fosse forte e não tivessem intenção de galgar lugares, apenas cortando por não se sentirem capazes de completar a prova a correr. Mas são de igual modo culpados pois, das duas uma: Se não podiam mais correr, fossem a andar o resto do percurso, que não é vergonha para ninguém. Se também não podiam mais andar, pura e simplesmente desistiam, o que também não é vergonha alguma. Cortarem a meta, não perfazendo a distância regulamentar é que NUNCA e isso sim,  é uma vergonha! 

O artigo de estatística sobre os números da Ponte, e que pode ser lido aqui, já contempla a nova situação.

Como curiosidade, os 169 desclassificados foram 137 homens e 32 mulheres. A disparidade prende-se com a diferença de participação pois a proporcionalidade está semelhante, apesar de pior para as mulheres. A percentagem de batoteiros homens foi de 2,02% e de mulheres 2,29%.

Quanto a nacionalidades, foram 158 portugueses, 3 franceses e holandeses, 2 britânicos e 1 belga, brasileiro e polaco. Proporcionalmente, foram 2,34% dos portugueses e 0,76% de estrangeiros, o que não abona nada em nosso favor, típico da chico-espertice nacional.

No entanto, e tal como o título indica com o "(pelo menos)", existiram mais batoteiros, estes de forma mais "criativa". Efectivamente, havia um chamariz de reembolso de preço duns ténis para quem atingisse determinada marca e, segundo foi visto por outros atletas, houve quem corresse com mais do que um dorsal (de notar que o chip estava no dorsal) e perto da meta, dava o segundo dorsal a quem o esperava. Esse "iluminado", fazia assim o último quilómetro até à meta, cortando fresquinho que nem uma alface. 
E como é que a organização pode apanhar estes se têm passagem em todos os controlos e não é humanamente possível controlar mais de 8 mil atletas, visualizando um filme nesses ditos controlos?

Haja respeito por todos!


43 comentários:

  1. Infelizmente não fiquei nada admirado com esse número de 169 batoteiros!
    E esses são os batoteiros “oficiais” porque há todos os outros que não são apanhados.
    Já levo uns anitos de ligação com a corrida já vi, e soube, de algumas coisas muito “interessantes”!
    O que fazer?
    Na minha modesta opinião continuar a controlar o melhor possível as provas sendo que é impossível não haver sempre quem consiga fazer batota e por outro lado denunciar os batoteiros sempre que tal seja possível e os corredores tem um importante papel nessa função sempre que viriam alguém a não cumprir as regras.
    Pode parecer um bocado policial mas eu divulgava a lista desses 169 batoteiros!
    Mas o mais importante que tudo isto é dar educação às pessoas e ela começa na família e na escola mas quando temos um governo que pugna pela vigarice e não investe na educação o que podemos esperara?

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    1. Estive para publicar a lista mas acabei por ter respeito a quem não respeita nada nem ninguém!

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    2. mt simples, faz batota fica na lista negra, não corre mais na prova.

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    3. Essa é que era uma justa medida!

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    4. Para mim o mais relevante é que a grande maioria das pessoas , 98% são honestas.

      Dos batoteiros, deveria ser publicada a respetiva lista, para os induzir a não o fazerem mais e deveriam ainda ser penalizados com a exclusão, em pelo menos, a meia do próximo ano.

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    5. Exacto, caro João Ralha

      Um abraço

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  2. Muito bem! Já na Maratona de Lisboa em dezembro se ouviram relatos do género e, pelo que me recordo, não garanto e, se não for exacto as minhas desculpas, o retorno em Belém não tinha controlo de passagem, não sendo assim possivel detectar estas batotas. Não se compreende este tipo de atitude em atletas amadores...

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    1. Na Maratona, o retorno era aos 28 e não consigo recordar-me se tinha controlo. Dois quilómetros depois, aos 30, havia, mas efectivamente vi quem tivesse cortado...
      Uma Maratona é para quem faz 42.195 metros. Eu posso ter feito mais de 5 horas mas é com imenso orgulho pois fiz tudo! Há quem não possa sentir esse orgulho...

      Um abraço

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  3. Enfim não se compreende, estas pessoas não devem ter consciência. Que é que ganham com isto?

    Essa lista merecia ser divulgada, e bem divulgada.

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  4. Já no ano passado um palhaço ficou à minha frente à pala desse estratagema. Proponho electrificação das baias separadoras do percurso no CCB a Algés :P

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  5. Viva João,
    não há pior na vida que viver na mentira. Já na maratona de Lisboa (se te recordas) escrevi que vi atletas atalharem kms e com a maior cara de pau sorrirem nas fotos de chegada orgulhosos, vergonha!! podemos levar mais tempo e acabar as provas até em ultimo lugar , mas é e será sempre digno!!

    a questão da promoção dos ténis não é alheia !!

    abraço

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    1. Sim, a promoção dos ténis não é alheia mas com ou sem promoção há sempre os chico-espertos...

      Um abraço

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  6. Como estas pessoas (que de atletas não têm nada) conseguem fazer tais coisas sem sentir um pingo de vergonha é que eu não percebo. Não terão mesmo vergonha na cara? Ou convivem com o sentimento de vergonha e culpa lado a lado como se nada fosse?
    É um desrespeito para todos nós que nos esforçamos a sério e é um desrespeito para eles próprios.
    Concordo inteiramente com o Jorge Goes, podemos até levar imenso tempo para chegar à meta, podemos até ser os últimos, mas ao menos foi com respeito por todos, incluindo nós próprios.
    Beijinhos e um bom treino logo ;)

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  7. Infelizmente estas batotices acontecem em todas as provas e eu tb não consigo compreender o que se ganha com isso, no fundo é viver uma mentira e concordo, uma falta de respeito para com os outros e com eles próprios. Controlar é muito dificil, por ex. os sistemas de chips falham - eu próprio já terminei provas e depois os sistemas não marcaram um ou outro ponto de controlo....tb estou de acordo, que quem fosse apanhado deveria ser banido (pelo menos na prova em que foi apanhado) e divulgado junto das outras organizações de provas...tipo lista negra. Enfim....se fosse só nas nossas corridas estavamos bem..
    Abraço João e obrigado por divulgares estas situações

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    1. Sim, os chips falham mas se alguém passa aos 15 kms em 1.30, não tem registo nos 18 e chega aos 21 em 1.31... não há dúvida!

      Um abraço Carlos (já estás recuperado da Maratona?)

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    2. Claro que sim João, nesses casos não há dúvida nenhuma, referia-me a outros casos querendo dizer apenas que não haver registo de chip não quer dizer que não se tenha cumprido o percurso - com o teu historial de certeza que tens muitos exemplos destas a reportar.
      Quanto à Maratona, já tenho as pernas num estado razoável, ontem corri 5km e hoje se puder vou fazer mais alguns nas calmas.
      Aquele abraço

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    3. Isso é recuperação de grande atleta, já a treinar após a Maratona! :)

      Um abraço

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  8. Infelizmente são muitos os "atalhantes", julgando que ganham alguma coisa com esses feitos desregrados. Para tudo há regras e o não cumprimento delas acarreta, legalmente, uma punição. Já vi pessoas do grupo a que pertencia a atalhar e depois a gabaram-se dos tempos feitos. Mal eles sabiam que visualizei a fraude. Aqui, desrespeitaram o nome do grupo e dos colegas. Estas situações devem ser divulgadas e levadas mais a sério. Quem participa deve ser coerente, respeitador e ter comportamentos cívicos.

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  9. Os batoteiros só estão a enganar-se a si próprios, pois quem a faz não é um verdadeiro atleta.

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  10. Belo texto João.

    Muito obrigado pela partilha.

    Infelizmente, esta coisa da batotice ligada à esperteza saloia, é algo que por cá, no nosso cantinho à beira mar plantado, se faz com uma naturalidade brutal.

    Nesta coisa das corridas populares, seja lá o tipo de batotice que for, com mais ou menos "imaginação", é de todo uma falta de respeito.

    Uma falta de respeito pela organização, pelos outros atletas cumpridores, pelo desporto de uma forma geral e acima de tudo pelo próprio que a faz.

    Quando estamos a tentar enganar os outros, estamos em primeiro lugar a engar-mo-nos a nós próprios.

    É verdade que este ano na 25 de Abril, existiam condicionantes muito especiais (155€s)....mas fossem lá elas quais fossem, não justificam a "batotice".

    Queriam as sapatilhas grátis e não estavam preparados para fazer o tempo?
    Arranjassem alguém que estivesse disponivel para aceitar o desafio e que de uma forma legal corresse com as sapatilhas (quando as compravam inscreviam quem as levasse).

    A minha mulher(Cris), atirou-se ao desafio e aos 9Kms teve um problema na sapatilha esquerda.
    Como a ia acompanhar, disse-lhe para desistir, mas como é dura, teimosa, corajosa e uma grande mulher, descalçou a sapatilha que lhe estava a causar problemas e terminou a prova com o desafio superado e apenas com um pé calçado.

    Eu podia ter levado o dorsal dela e dar a volta dos "6Kms"...era correcto? parece-me que não.

    À dias tive conhecimento via uma amiga "campeã veterana" das trafolhices que se fazem nas provas e adulteram o resultado final (podium), que fiquei totalmente incrédulo...como é que é possivel?
    Pessoas com este tipo de comportamento, não fazem parte seguramente do "meu pelotão".

    Abraço

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    1. Obrigado Nuno pelo óptimo depoimento.
      Gostei especialmente da última frase. Na realidade, o nosso pelotão é diferente!

      Um abraço e boa Viena!

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    2. acho que passei pela sua mulher e nem queria acreditar...

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  11. Não me surpreendeu a notícia. Mais, o número refere-se aqueles que cortaram caminho já na parte final da prova. Não estão registados todos os outros que não tiveram passagens pelos outros postos de controle. Já sabemos que os chips falham mas quando há 3/4 controles durante a prova e o atleta não passa num único...

    Vivemos num país onde a corrupção atinge indíces dos mais elevados da União Europeia. A corrupção verifica-se em todos os níveis da sociedade, desde a justiça, passando pelo ensino, saúde, nas relações entre as empresas e o Estado, etc, etc. Logicamente que o atletismo não é uma ilha de virtudes dentro deste panorama. Corro desde 1980 e nunca desisti numa prova, acabando algumas mesmo lesionado. Mas assisti a muita gente a fazer batota, cortando caminho. Se lhes chamamos à atenção em plena prova, somos insultados e ouvimos comentários tipo "qual é o problema?", "só estamos aqui para nos divertirmos", "em que é que o prejudicamos?", etc.

    Nesta meia maratona da Ponte 25 Abril, poucos atletas terão participado em condições físicas tão deficientes como eu. Estava com uma valente gripe mas como era totalista da prova, decidi ir. A partir do décimo quilómetro, tive de alternar a corrida com a marcha para poder completar os 21.097 metros. Fi-lo em 2h17m02s, o meu pior tempo de sempre. Mas a felicidade ao cortar a meta, era incomensuravelmente maior do que se tivesse corrido em 1h40m ou 1h45m, tempos a que muito dificilmente já chego. Cortar caminho? Antes desistir!

    Fui em tempos dirigente de uma colectividade que detectou alguns atletas do clube a cortarem caminho, precisamente na meia maratona da Ponte 25 de Abril, quando a prova ia ao Rossio e voltava ao Terreiro do Paço, seguindo até às imediações de Santa Apolónia e regresso à meta pelo percurso actual. Os 10 km eram no Rossio, pois houve quem passasse aos 15 km no Cais do Sodré em meia dúzia de minutos, recorde mundial inagualável daqui a duzentos anos por um qualquer mortal queniano ou etíope. A Direcção de que fiz parte, mandou uma carta aos prevaricadores, chamando-lhes à atenção para o que tinham feito. Pois todos eles ficaram zangados com a Direcção. Afinal, eles tinham praticado o "bem".

    Na minha opinião, a lista dos batoteiros devia ser divulgada pela Organização no site da prova. Mais, devia pôr no regulamento uma alínea que quem fosse apanhado a fazer batota, seria probido de correr a prova no futuro num espaço de tempo a definir. A CNEC se funcionasse, devia também divulgar as listas dos batoteiros detectados nas muitas provas populares que se disputam no país e proibi-los de correr num determinado período de tempo. Mas não, todos assobiam para o ar. Afinal, as Organizações preferem quase sempre manter essa gente nas listas das classificações para poderem dizer que tiveram mais participantes.
    Se a decisão da Organização em eleminar os 169 batoteiros da classificação merece ser elogiada, há que ir mais longe.
    A verdade desportiva acima de tudo.

    Manuel Sequeira

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    1. Muito obrigado Sequeira pelo excelente contributo e pelas óptimas ideias expostas.

      Um abraço

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  12. Olá João Lima
    Relacionado com o tema da verdade desportiva do teu texto, vou descrever um episódio que assisti já lá vão 34 anos mas que penso ainda existirem pessoas que encaram o desporto dessa forma fraudulenta, como número de casos referidos dessa meia maratona.

    Nos anos 70 pertencia à direção de um grupo desportivo de um clube de bairro localizado na Pontinha que organizou uma corrida com vários escalões desde miúdos infantis, juniores e seniores e veteranos.
    Tinham de realizar um percurso em que passavam duas vezes pelo mesmo local, ao fiscalizar se era cumprido na íntegra o percurso pelos atletas vi dois miúdos infantis, escondidos atrás de um carro e perguntei-lhes o que estavam a fazer ali, resposta deles, foi o nosso treinador que disse para nos escondermos um pouco e voltarmos a correr.Com este esquema não realizavam todo o percurso e possivelmente ganhariam.
    Estes miúdos são alguns os homens de hoje que podem ou não ter essas atitudes.
    Cumps
    J.Lopes

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    1. Obrigado pelo contributo, caro amigo

      Essa história diz tudo!!!

      Um abraço

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  13. Olá João, há uma "coisa" que se chama consciência e é tramada!! Sobretudo, à noite quando deitamos a cabeça na almofada... Custa-me a crer que essas pessoas durmam tranquilos.
    Há histórias para todos os gostos. Também sei de quem fotocopiou a cores os dorsais para não pagar a meia-maratona. Não lhe interessa os tempos e não quer pagar, vai daí faz uma digitalização de um dorsal qualquer e participa.
    Enfim... Haverá sempre "chicos espertos"...
    Boas corridas!

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    1. Essa história das fotocópias a cores também se deu em Cascais, provocando grande confusão com a classificação. E depois em quem é que os atletas caem em cima? Da organização que é vítima das aldrabices!

      Essa da consciência não sei. Para nós é importante dormirmos de consciência tranquila, mas penso que quem tem essas atitudes, não terá consciência...

      Beijinhos e boas corridas

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  14. Numa prova em que existe controlo de passagem em vários locais e em que o participantes sabem que serão desclassificados caso não cumpram a totalidade do percurso, chamar batoteiros a quem chega aos 15Km e por uma qualquer razão ( cansaço, opção de treino...) vira para a meta que é o local de chegada, local do derradeiro abastecimento, ponto de encontro, etc ) é no mínimo um insulto fácil e transversal.
    Da mesma forma que sugerir que é feito por razões classificativas é uma tentativa frustada de passar um atestado de igorancia aos mesmos.
    A prova tem um regulamento para consulta e onde não consta desclassificação=batota.

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    1. Apesar de este comentário vir anónimo, não deixei de o publicar.

      É uma opinião.
      A minha é que a meta é para quem cumpre na TOTALIDADE a prova. Se por cansaço, opção de treino ou qualquer outra razão se decide ficar pelos 15, há a opção de desistência. Pode ir para a zona da chegada mas nunca cortar a meta.

      Vigorar na classificação, ao lado de quem cumpriu 21.097 metros, tendo feito apenas 15.000 é, na minha opinião, BATOTA.

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    2. A questão é essa, não deveriam ter tempo atribuido e constarem no fim da classificação como desclassificados, ou como, na sua opinião muito sui generis, que não deixa também de ser uma opinião, batoteiros.

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    3. A minha opinião "sui generis" permite-me dormir sempre tranquilo com a minha consciência

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  15. Ponto um: O Anonimato é a arma dos cobardes.
    Ponto dois: Quem não consegue concluir uma prova desiste e não corta a meta.
    Ponto três: este comentário vai ter muito peso no difícil opção que ando a ponderar tomar ou não.

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    1. Eu sabia o que este comentário iria fazer em relação ao teu ponto 3...

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  16. "Se não podiam mais correr, fossem a andar o resto do percurso, que não é vergonha para ninguém. Se também não podiam mais andar, pura e simplesmente desistiam, o que também não é vergonha alguma".

    Ou então se não fizessem a prova por inteiro, que passassem ao lado da meta.

    ... E desta prova ficou-me a lição. Embora inscrito, por não poder ir cedi o meu dorsal a um companheiro que queria ir, mas com a garantia de que quando fosse levantar o dorsal, alterar o nome.

    Quando o encontrei perguntei-lhe se tinha feito a meia maratona e ele disse-me que não, que só tinha feito a prova mais curta e o pior disto é que a fez com o meu nome. Nem alterou nem tão pouco correu os 21km.

    Não sei se o meu nome consta nessa listagem "negra" mas, como o disse, ficou-me a lição, para a próxima que não vá, fica o meu peitoral em casa.

    Procedendo assim, não haverá nada nem ninguém que poderá dizer que eu, Mário Lima, usei de subterfúgios para fazer uma meia maratona melhor que muitos atletas que a fizeram por inteiro.

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    1. Está descansado, amigo Mário, que quem utilizou o teu dorsal terá cortado a meta da Mini, o que não provoca qualquer tipo de problema na classificação da Meia, não fazendo parte, naturalmente, dessa lista.

      Um abraço

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