domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mem Martins mete a 5ª e acelera para record de participação

(Foto Manuela Folgado)

Dia frio, a que o vento ajudava a gelar mais, mas o calor humano característico desta organização ajudou a superar. 

Após os iniciais 280 atletas, as 3 restantes edições foram na casa das 4 centenas, com o máximo de 479 em 2009. Ora agora, comemorou-se a 5ª edição do Grande Prémio de Mem Martins com a quebra da barreira do meio milhar, 524 atletas classificados, mais 45 que o record e 81 que 2011.
Contabilizaram-se 75 atletas femininas, também aqui uma melhoria pois representaram 14,3 % contra os 11,5% de 2011.

Esta é uma prova da Associação Desportiva Real Academia, entidade que, com parcos recursos, utiliza a vontade e empenho como suas armas para fazer melhor que algumas organizações com outras possibilidades.
Hoje, mais uma vez tudo esteve ao melhor nível, apenas tendo notado que as placas quilométricas estavam um pouco adiantadas. 

Perfazendo 31.59, Jorge Miranda do Benaventense levou para casa os louros da vitória, deixando Bruno Fraga do Reboleira a 7 segundos e o seu colega de equipa Luís Pinto a 10.
Jorge Miranda é o 5º atleta masculino, em outras tantas edições, a inscrever o seu nome no livro de honra desta prova. Já no capítulo feminino, Josefa Bongue somava duas vitórias, o mesmo que Ana Mafalda Ferreira do Estreito alcançou hoje.
Os seus 35.30 são 1.05 mais rápidos que a sua vitória do ano passado e passam a constituir novo record feminino do percurso.
Na 2ª posição finalizou a outra atleta que já aqui venceu, a benfiquista Vera Nunes que marcou 37.01, com Tânia Cabral da Garmin a 7 segundos fechando o pódio.

Colectivamente, o Reboleira, colocando 4 atletas nos 11 primeiros, ganhou destacado com 29 pontos, sendo seguidos pelo Macedo Oculista e Porto Salvo que decidiram o 2º e 3º lugares por 1 ponto (67-68).


Quanto à minha prova, correu bem e bem melhor do que receei. Ontem não me poupei na Corrida Nauticampo, a que se juntou uma tarde de arrumações. À noite sentia-me cansado e, conhecedor das dificuldades deste percurso, cheguei a temer dificuldades que não apareceram pois corri com cabeça. E esse facto levou a que os 58.09 sejam, curiosamente, a 2ª melhor marca aqui, a seguir aos 55.28 de 2008 e melhores que os 58.29 de 2011 e 1.01.41 de 2010 (ano que, devido a obras, teve mais umas centenas de metros).
Para tal, fiz um primeiro quilómetro lento, comecei a impor algum ritmo no segundo, para a partir do 3º entrar na velocidade ideal que consegui levar até ao final. 
Essa táctica possibilitou fazer coincidir a melhoria de ritmo com a primeira subida, ultrapassando alguns colegas, o que tem o condão de me fazer crer que até sou melhor do que a realidade. E sabemos como os níveis de confiança são importantes para se vencer um percurso.

No final, fui entrevistado pela Saloia TV. Já há uns anos atrás, num treino da Corrida do Tejo, tinha sido entrevistado por outra televisão, conjuntamente com a Sandra. Nessa altura, balbuciámos umas coisas e após o final é que pensámos no que poderíamos ter dito. Pois hoje, aconteceu algo de similar. Aquela câmara parece uma arma apontada para quem não está habituado a estas andanças. Mesmo assim, penso que estive melhor do que da outra vez (ainda não vi a reportagem...), o que me leva a crer que com mais duas ou três já direi qualquer coisita de jeito!

No final, ainda aguardei para ver se era contemplado com os tais 10 euros para quem ficasse em lugares exactos de centena, única oportunidade para poder ter um prémio monetário, mas quedei-me pelo lugar 440. 
Enquanto esperava, aproveitei para estar à conversa com uma atleta que muito admiro, Margarida Dionísio, atleta que desde que corro, me habituei a vê-la dominar de forma arrasadora o Troféu de Oeiras

Esta foi a minha 4ª presença a correr, tendo estado como espectador na única edição que não competi. Foi em 2009 e fui agarrado às duas muletas naquela que foi a minha primeira presença como espectador numa prova após a fractura do pé.
Esta é uma corrida que não pretendo nunca faltar, até por uma questão sentimental. É que tive a honra de ser o 1º atleta a inscrever-se para a 1ª edição! Trabalho em Mem Martins e quando vi aparecer essa prova no calendário da Xistarca, nem pensei duas vezes, sem supor que iria assim ficar ligado à sua história. 
Como nunca conseguirei alguma vez ficar num primeiro lugar numa corrida, ao menos que seja rápido a inscrever-me!


  

2 comentários:

  1. Vou organizar uma prova só com dois participantes, tu e eu!
    Assim tens o primeiro lugar garantido e eu também vou ao pódio!
    Alinhas?

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  2. Vou já começar a treinar para ela, Jorge!
    É porque ter o primeiro lugar garantido... depende! Se organizares nos caminhos que habitualmente treinas... não sei, não!

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