domingo, 26 de fevereiro de 2012

Atlântico banhado a sol

 (Fotografia Fábio Pio Dias)

13ª edição do Grande Prémio do Atlântico na Costa da Caparica, uma prova que vai lutando com imensas dificuldades para sobreviver às reduções de patrocínios e à escalada de custos, mas que de ano para ano vê o número de participantes aumentar com atletas de pelotão desejosos de percorrer este bonito traçado que tem na passagem pelo pontão o seu ponto maior.

E que diferença para 2011! Um ano atrás ofereceu-nos um dilúvio, com um autêntico vendaval no pontão, enchendo-nos de areia por todo o corpo, até passando pela roupa. E nas partes sem roupa, a areia picava como alfinetes.
Hoje, um sol e temperatura primaveris que mais embelezaram a corrida. É bonito correr assim, mas muita falta nos está a fazer a chuva!

Mantendo as suas características e personalidade, tivemos nova mudança de percurso, em virtude das mais recentes instalações do organizador, o Núcleo Sportinguista da Costa da Caparica, mas sendo sempre uma prova plana e rápida que 1.444 terminaram, batendo por 125 os classificados de 2011 e mais de 400 em relação a 2010. Uma prova nitidamente do agrado dos atletas de pelotão. Pelotão de que fizeram parte 214 senhoras (14,8%)


Pedro Arsénio do Vale Silêncio foi o mais lesto a percorrer os 10 quilómetros, marcando 32.59, chegando destacado com um avanço de 50 segundos sobre Carlos Santos do Vila Franca de Xira, sendo 3º Filipe Januário de Almada. 
A equipa do vencedor, Vale Silêncio, venceu a classificação colectiva masculina, seguidos pelo Sargento Armada e Macedo Oculista. 


Na vertente feminina, Lucília Soares do Benfica juntou mais uma vitória à sua extensa colecção, perfazendo 39.53, sendo seguida pelas atletas dos Amigos Atletismo Mafra, Maria José Frias e Alice Basílio, duas atletas que conjuntamente com Kristine Reis deram a vitória colectiva feminina à sua equipa, seguidas pela Açoreana Banif e Macedo Oculista.

(Fotografia Carlos Lopes)

A minha corrida foi muito complicada devido a uma indisposição que me levou a participar tonto e enjoado. Antes da partida nem sabia como iria conseguir correr mas depois, com muito esforço e sacrifício, consegui cumprir os 10 quilómetros em 55.48, tempo que é o mais fraco das 5 presenças nesta prova mas cujo valor é significativo para mim. Aliás, ter conseguido superar o estado que me sentia, nunca cedendo á tentação de parar, lutando sempre, fez-me crescer como atleta e é com esse espírito que se alcançam objectivos como realizar uma Maratona.




2 comentários:

  1. Grande campeão esses enjoos é para te ires preparando para tudo que te pode acontecer em Dezembro, assim vais ganhando "calo".
    Agora a serio vê lá o que se passa com a "maquina" e tem cuidado.
    Abraço.

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  2. Parabéns João. O corpo colocou um obstáculo, que foi ultrapassado pela vontade. Quando se planeia uma Maratona é bom conhecer os nossos obstáculos e mais importante, é bom saber vencê-los. Arriscaria mesmo a afirmar que numa Maratona, a maior parte do trabalho é mesmo desempenhado pela cabeça e pela vontade. Apenas um PS para destacar mais uma vitória para a Lucília. Exemplo de longevidade. Aqui há uns 25 anos cheguei a correr ao seu lado!!

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