Dulce Félix partiu hoje para Nova Iorque onde se vai estrear domingo nesta famosa Maratona para a qual recebeu honroso convite, em especial tendo em conta que ainda não correu esta mítica distância, o que comprova o reconhecimento internacional das suas potencialidades.
A partida vai ser dada às 9.10 locais, 14.10 em Lisboa, podendo a prova ser seguida em directo pelo EuroSport.
Dulce, que tem que se ambientar a uma diferença de 5 horas, diz que a sua preparação correu bem e não lhe custou muito, apesar de treinos na casa das 2 horas e 15 e um volume semanal de 200 quilómetros nas 2 semanas mais intensas.
Dulce afirma que não tem qualquer tempo como objectivo mas sim o concluir a prova e de forma confortável, o que lhe dará a experiência necessária para o futuro.
De notar que Dulce frequentou aulas de inglês para melhor se preparar para esta sua estreia, o que diz bem da forma como está a encarar a sua prova..
Esta Maratona é uma festa em si e no dia seguinte é habitual verem-se participantes irem, orgulhosos, com a medalha ao pescoço para o emprego.
Hoje abre a feira do evento, decorrendo uma pequena prova onde jovens irão correr ao lado de grandes atletas.
No dia 6 Paul Tergat vai ser homenageado pela sua brilhante carreira.
No dia D, às 5.30 é servido um pequeno-almoço especial aos atletas de pelotão, para o tiro de partida ser às 9.10 para o sector feminino e 9.40 para o masculino.
São esperados cerca de 45.000 atletas, dois terços masculinos e um terço feminino, para os quais a organização conta com 6.000 voluntários. A aplaudir todo e qualquer atleta, prevê-se uma assistência na rua de qualquer coisa como 2.500.000 de espectadores (sim, escrevi mesmo 2 milhões e meio, 1 quarto de Portugal!), a que se juntarão mais 330 milhões pela televisão.
Com números destes, quanto somarão os prémios? 800 mil dólares, mais coisa menos coisa...
Faz-me pensar que se somos peritos em importar alegremente tudo o que vem de mau deste país, porque não fazê-lo também em relação às coisas positivas? E estou a referir-me concretamente à assistência e ao seu entusiasmo nas ruas. Quem já correu nas artérias de Lisboa, sabe bem a que me refiro. Um deserto apenas cortado pelos familiares dos atletas, e quando se ouve alguém a aplaudir, invariavelmente é estrangeiro!
Mas enfim, somos um povo cinzento, e as muitas décadas de cinzentismo debaixo dum senhor ainda mais cinzento, moldaram mais negativamente o nosso povo.
Voltando ao tema deste artigo e para toda e qualquer informação sobre esta Maratona, pode consultar a página oficial aqui
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