Com a intenção de tornar a corrida mais rápida, o trajecto deste ano da Meia-Maratona da Ponte Vasco da Gama foi alterado, tornando-o mais plano e, com o intuito de se poderem homologar marcas, com partidas diferenciadas no espaço entre a elite e o pelotão.
Tencionava-se baixar da hora mas afinal o vencedor gastou mais 43 segundos que o primeiro do ano passado. 1.01.03 foi quanto necessitou o etíope Tadese Tola para vencer a prova, à frente de Kiprono Menjo a 39 segundos e Francis Kiprop a 44, sendo estes 2 atletas quenianos. E por falar em Quénia, foi apenas a 2ª vez em 11 edições que o vencedor não foi queniano. A outra excepção tinha sido em 2003 com o sul-africano Hendrick Ramaala.
O melhor português acabou em 6º, Hermano Ferreira que perfez a boa marca de 1.03.48, seguido de Rui Silva em 7º com 1.04.42
No sector feminino é que se notou bem a alteração do percurso com a melhor marca de sempre, 1.08.47, 1.39 melhor que em 2009. A proeza pertenceu à queniana Mary Keitany, com Dulce Félix mesmo a poupar-se por ter feito brilhantemente a Meia da semana passada em Newscatle, mas como tinha um treino programado de distância, participou e conseguiu ser a melhor portuguesa em 7º com 1.13.53, à frente de Anália Rosa, Ana Dias e Mónica Silva, que se classificaram nos lugares imediatos.
Os resultados oficiais podem ser consultados aqui.
Por estar de férias esta semana, não fui a esta prova mas a minha amiga Sandra disse-me que foi muito bem organizada, muitos abastecimentos, fruta e líquidos, diversões com muitos grupos musicais, mais público e preferiu este percurso (o que não será o meu caso).
Vi os primeiros 20 minutos na televisão e é inacreditável como passaram esse tempo todo a diferenciar, em palavras e legendas, os atletas de elite como Meia-Maratona e todos os restantes como Mini-Maratona! Mesmo na partida, os atletas da Meia na Ponte foram rotulados como Mini!
Nestas transmissões, mostram sempre apenas 2 dos 3 grupos, os campeões e quem vai apenas marchar, de preferência se estiverem "apalhaçados". Quem está em casa e não faz ideia do que é a competição, pensa que é apenas para uns quantos iluminados correrem e o resto é "carnaval". Seria muito importante focarem os atletas de pelotão para qualquer um ver que são pessoas normalíssimas, a maior parte sem aspecto de atleta, mas que conseguem correr e fazer uma Meia. Era importante esta mensagem passar e não ficar a sensação que correr é só para a elite. Todas as transmissões destas provas ignoram sempre o atleta de pelotão, exactamente aquele que pode puxar e cativar o comum mortal a aderir à corrida.
Perfeitamente de acordo ou se é atleta de elite ou se é “caminheiro palhaço”!
ResponderExcluirO corredor de pelotão (que muita vezes treina que se farta mesmo para fazer tempos ultra modestos) é completamente ignorado.
Este ano até falharam a parte mais importante da corrida das elites que é quando o vencedor consegue “dar a sapatada” e se isolar do grupo em que ia (é como dar um jogo de futebol e não mostrar os golos!).
Olá João,
ResponderExcluirObrigado pela transmissão da minha opinião, que segundo me apercebi, foi geral.
Este ano gostei muito mais do trajecto da prova da Vasco da gama, foi realmente uma mudança para bem melhor. Senti-me mais "protegida", ou seja, enquanto andávamos aqueles Kms todos no IC2 onde eu me sentia sempre "abandonada" naquela recta imensa. Agora a diferença foi exactamente essa que me fez gostar mais, é que apesar de não deixar de ser uma recta até Santa Apolónia, mas foi uma recta repleta de grupos musicais a cantarem para nós, mais publico(onde obviamente apenas estrangeiros nos aplaudem e vibram connosco), bons abastecimentos, muitos e com qualidade, boa segurança...
O Facto de partir-mos mais a frente na Ponte Vasco da Gama, não implicou que não "palmilhasse-mos" todo o percurso anterior a pé... os autocarros deixaram-nos exactamente no mesmo local dos anos anteriores, o que para nós acabou por ser melhor, porque andámos um pouco em vez de ficarmos tanto tempo "encurralados" na partida. Para a Caminhada, deixou de ser 5 Kms e foi um pouco mais.
De qualquer forma, este ano na parte em que dividia a Meia da Mini (apesar de toda a gente pensar que apenas meia duzia de atletas fizeram a meia) fiquei agradávelmente surpresa com a quantidade de heróis e heroínas que seguiram para a meia.
A minha prova correu bem melhor que a dos anos transactos, foi feita com prazer e ao lado do grande amigo Catita que continua com uma paciência de santo para me acompanhar até ao fim, sabendo que não irei muito mais além do que faço, mas que ele teima em pensar que eu faria melhor : )
Foram 2:04,34 no meu Garmin e foi muito bom, porque acabei bem.
João, acho que irás gostar, porque o percurso apesar de plano, tem as suas inclinações, tal como as duas subidas "Do Adamastor", e outra já na ponta final, junto a CUF, e na avenida do último km que também é inclinada.
Não gostei de terem dividido a Elite, para eles deixa de ser a corrida das Pontes, tanto numa como noutra e não gostei de ver pessoas como o Nelson Cruz e o Pedro Pessoa e etc na ponte, diferenciados dos outros - Não percebi qual o critério de selecçao...
Mas de resto estou contente pela alteração e pela minha prestação.
Para o Ano espero ir também contigo, João : )
Sandra