A bonita missiva que se recebe no final
O momento que se anseia, o corolário de todo o esforço, cortar a meta. Principalmente quando se corta bem e feliz pela prova feita
O sprint para a meta dos 2 primeiros classificados masculinos, Hélder Ornelas e Lino Barruncho
Antes da partida, as 2 atletas que viriam a ocupar os 2 primeiros lugares, Helena Sampaio e Beatriz Cunha
Nos últimos tempos, qualquer atleta a quem eu referisse que ia, pela primeira vez, à Meia-Maratona de S.João das Lampas, logo pintava um quadro muito negro em como era a mais difícil Meia do país, pior não podia haver, e outras frases "animadoras".
Que não é fácil, não é, mas também não é o "papão" que faziam dela. Mais conhecida pelas Rampas em vez de Lampas, tem um percurso muito bonito, em especial na sua parte mais dura (entre os 5 e os 7) e conta com um trajecto muito empenhativo e nada monótono. Posso ser suspeito de dizer isto pois provas muito planas e com longas rectas a perder de vista, como a Meia da Ponte 25 de Abril e como não era mas vai passar a ser a Meia da Ponte Vasco da Gama, não me correm normalmente bem. Dou-me melhor com este tipo de "ondulação".
Depois da fractura do pé, as únicas duas Meias que tinha participado, a de Lisboa e da Ponte 25 de Abril, não me correram bem. Estive inscrito para os Palácios mas um problema na véspera impediu-me de comparecer. Estava por isso apreensivo pois não podia ter outra Meia mal. Empenhei-me bastante e, tal como nos Trilhos de Monsanto, a cabeça esteve perfeita e levou-me até à meta onde fui um feliz classificado com um tempo real de 2.14.33, bem melhor do que pensava efectuar.
Estou, portanto, bastante contente por esse facto e pela excelente organização que fui encontrar. Uma organização feita para agradar a todos os atletas. 4 abastecimentos, quilómetros bem marcados, trânsito parcialmente cortado, e um rico saco final, e com a agradável missiva que está na foto e cai muito bem a qualquer atleta de pelotão.
Fiquei cliente!
Em termos competitivos, de assinalar o aumento de 71 atletas em relação ao ano passado (380 para 309) e que é a melhor participação desde 2003 (não tenho o número de classificados nos anos anteriores a 2003).
Hélder Ornelas com 1.11.51, curiosamente o pior tempo de vencedor das 34 edições, venceu pela primeira vez, numa relação onde Carlos Capítulo é o recordista com 6 triunfos (alcançados nas 7 primeiras edições). A 5 segundos chegou Lino Barruncho, com Bruno Fraga na 3ª posição.
No sector feminino, Helena Sampaio repetiu o triunfo do ano passado, alcançado a sua 4ª vitória, marca que só é batida pelos 6 triunfos de Lucília Soares. O seu tempo foi de 1.26.11, mais rápida 2.38 que a 2ª classificada, Beatriz Cunha. Josefa Bongué completou o pódio.
A nível colectivo, brilhante vitória para os Leões de Porto Salvo, seguidos do Reboleira e dos Fixes.
De assinalar que das Meias-Maratonas que se realizam actualmente, esta é a 2ª mais velha, apenas batida pela Meia da Nazaré.
Olá João,
ResponderExcluirUma Meia duríssima, está feita, por ti, e bem feita... com prazer, garra e energia que são tão próprias de alguém que luta com todas as armas para vencer todas as dificuldades que tens tido.
Confesso que estava receosa ao ver-te aparecer por volta do 13º Km, uma vez que todos os que passavam vinham com dores de burro e muuiiiittto cansados...
Mas eu e a Mafaldinha ficámos bem admiradas, porque tu vinhas completamente descontraído e ainda com 8 Kms pela frente.
Parabéns.
Venham as mais duras provas de atletismo e já a fugir para a montanha, e estarás tu nas tuas "Sete Quintas".
Sandra
Bom... parece que o segredo é assustar-me antes!
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