quarta-feira, 10 de junho de 2015

No regresso do Cabo Espichel - Cotovia

A aproximar da meta com os amigos Sandra e Nuno

Tendo-se realizado entre 1992 e 2002, o Cabo Espichel - Cotovia regressou hoje, na mesma distância de 15.500 metros.

Para quem ainda tem armazenado dentro de si o calor infernal de Alverca, chegar ao Cabo Espichel e estar fresco, foi uma dádiva. E que bem que soube ter-se mantido assim e enevoado pois caso contrário o percurso teria sido sempre à torreira do sol.

Fiz a prova toda na excelente companhia da Sandra e do Nuno, onde seguimos sempre com um apreciável ritmo regular, sem qualquer tipo ou ameaça de quebra, tendo cortado a meta bem e sem acusar esforço  O cronómetro marcou 1.31.35, o que perfez a média de 5.55

O que gostei:
- Do percurso ao meu estilo, ondulado e variado
- Da simpatia e esforços dos organizadores e voluntários
- Dos 3 reabastecimentos (4, 8 e 12 km, o que é muito bom)
- Da eficiência do transporte de camioneta desde o local da chegada (Cotovia) ao da partida (Cabo Espichel)
- Da envolvência no Cabo Espichel
- Do saco da chegada com umas bolachas, barras e um bem saboroso e comprido pão com chouriço
- Da entrega dum livrinho sobre a prova e o local
- Do ambiente em geral numa prova à antiga, sem pórtico de partida, chip e placas de quilómetros mas com vontade férrea de pôr o pessoal a fazer o que gosta, correr, respirando-se Atletismo
- De se ter recuperado esta clássica

Como se vê, uma opinião muito positiva sobre estes pontos e que faria que não hesitasse em regressar. No entanto, custa-me dizer isto mas não vai suceder. E custa-me que um ponto apenas tenha manchado todos os outros positivos mas é um ponto fundamental na segurança física dos atletas. É que, pelo menos para a 2ª metade do pelotão, o trânsito esteve completamente aberto a partir dos 7 ou 8 quilómetros!
Aquela estrada não é larga, tem uma berma escassa, por vezes inexistente, e muitos automobilistas não demonstraram a mínima consideração pois vindo um carro em sentido contrário, não hesitaram em passar no espaço entre esse carro e nós que não podíamos ir mais na berma. E é aflitivo ir com um olhar para a frente e outro para trás para certificar que nos estão a ver.
Felizmente não houve qualquer dano físico mas não nos podemos fiar na sorte. 

Repito, custa-me ter escrito isto quando gostei tanto do resto mas não podia deixar em claro algo que é fundamental e prioritário.





18 comentários:

  1. Pois é João, pode estar tudo muito bem: bolachinhas, simpatia, beleza do percurso, todo o ambiente, etc e tal, mas se falha em pontos que põem em risco a integridade, saúde e até a vida do atleta, como é o caso de abastecimentos insuficientes ou ausentes ou a insegurança no que ao trânsito diz respeito, toda a pontuação que poderíamos dar, cai drasticamente na minha óptica! Claro que cada um valoriza o que valoriza, mas para mim, pontos desses a falhar...falha quase tudo, porque falhou o verdadeiramente importante e fundamental; a segurança.

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  2. Ainda há algum tempo aconteceu-me isso numa prova na Amadora e foi para todos, vá talvez exceptuando os 2/3 primeiros que deviam seguir atrás dos batedores da PSP. É mesmo uma coisa que não pode acontecer, mais importante que qualquer abastecimento ou falta de lembrança no final.

    De qualquer forma gostava de ter ido à prova mas não conhecia ninguém que fosse e não me apetecia fazer uma distância tão grande até ao Cabo Espichel. Talvez para o ano!

    Abraço João

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    1. Vais para o ano que o percurso é bom de se fazer e o Cabo Espichel não é assim tão longe :)

      Um abraço

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  3. ...e vão 335 :) ...parabéns João. Quanto á prova já tudo foi dito ...essa falha é demasiado grave... e é pena.
    Abraço

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  4. Há coisas que nunca podem falhar e a segurança é uma delas.
    Facilita-se e depois um dia acontece alguma coisa mesmo grave!
    É pena realmente porque pelo que tu dizes a prova até é bastante interessante e bonita.

    Beijinhos

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    1. Sim, Isa, foi pena porque o resto foi tudo bom

      Beijinhos e em força para o dia 20 :)

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  5. Conheço muito bem a zona e essa estrada, que não é nada larga, e fiquei surpreendido como é que podem organizar uma prova nessas condições! Um ponto a corrigir no futuro!

    Parabéns por mais uma!
    Abraço

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    1. Como conheces a estrada, tens uma noção melhor do que foi nalgumas alturas

      Um abraço

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  6. Também considero a segurança o ponto primordial numa prova. Onde tanta coisa pode correr mal, não se pode facilitar. E, infelizmente, não nos podemos fiar no civismo alheio.
    De resto, espero que tenha sido uma bela manhã, já que a companhia foi excelente!
    Beijinhos

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    1. Sim, foi uma bela manhã em excelente companhia :)

      Beijinhos, grande Ultra! :)

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  7. Falha gravíssima na minha opinião. Tudo o resto pode ser impecável, como o disseste, mas correr com o trânsito aberto pode levar a problemas graves. Felizmente não aconteceu nada.

    Abraço

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  8. Não se comprende nem justifica!

    De resto, bela manhã em bela companhia, parabéns!

    Abraço

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  9. Realmente o transito aberto não se justifica, falha grave na minha opinião!

    Abraço

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    1. Tudo o que coloca a segurança do atleta em risco, é uma falha grave.

      Um abraço

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