domingo, 27 de janeiro de 2013

Equipas de manutenção salvaram Fim da Europa


O artigo sobre a 23ª edição do Grande Prémio do Fim da Europa, tem que começar, obrigatoriamente, por um enorme reconhecimento a todo o trabalho que foi efectuado por muita e muita gente no sentido de desobstruir a estrada que muito afectada foi pelo temporal.
Sem esse árduo trabalho, não nos teria sido possível usufruir deste lindo trajecto para efectuarmos a prova que chegou a estar em perigo até à véspera.

Lindo trajecto, no entanto, que nos deixou consternados ao vermos a devastação que o temporal  provocou em muitas zonas, em especial as mais altas. 

Quem se estreou nesta prova, também não pode apreciar as belas paisagens no cimo da serra, em virtude do nevoeiro que, verdade seja dita, foi durante o decorrer da prova que esteve menos forte. Tal como a chuva que caiu antes e muita após, mas com tréguas dadas durante.


Após o cancelamento, por motivos financeiros, da edição de 2012, foi um prazer tornar a participar nesta prova que se tornou icónica. Em virtude dos ditos cortes, não tivemos a habitual camisola de manga comprida nem a tenda com chá e sandes mas... o que importa? O que conta foi que estiveram 16.945 metros à nossa disposição (distância oficial mas o meu GPS acusou sistematicamente 16.600 nas minhas 3 participações) e uma recordação que nos fica para sempre, o que na realidade conta para quem gosta de correr. 
É um imenso prazer desfrutar deste trajecto e a chegada ao ponto mais ocidental da Europa continental é uma sensação muito bonita.

Não vale a pena comparar a participação de hoje com o record da última edição (1.554) pois agora houve limite de inscrições. Classificaram-se 915 atletas, dos quais 120 femininas (13,1%)


Alberto Chaiça dos Amigos do Parque da Paz venceu em 58.59 sendo o único a baixar da hora, com Chantal Xhervelle do Casal Figueiras a vencer no sector feminino com 1.11.42

A minha prova foi concluída em 1.52.31 (tempo real; 1.53.04 tempo de prova) e foi muito agradável na companhia da Isa, pela 3ª prova consecutiva, e da Rute que se estreou pelos 4 ao Km.

Fomos a um ritmo prudente para poupar energias para o difícil 10º quilómetro, para depois soltarmos a passada até à meta.


Por estranho que pareça, e tal como em 2011, no Cabo da Roca não havia vento! 

Antes de terminar, de referir uma curiosidade histórica. Ao consultarem em baixo a ligação do historial da prova, podem constatar que a 11ª edição, disputada em Dezembro de 1997, teve 4 vencedores ex aequo!
Efectivamente, Pedro Pessoa, João Caldeira, Paulo Pinheiro e Eugénio Neto, todos do Galamares, chegaram juntos à meta, deram as mãos e cortaram-na assim, sendo todos considerados vencedores.
Só foi possível por ausência de chips pois hoje mesmo que se corte de mão dada, há sempre um chip que, nem que seja por milésimos, é registado primeiro. 



Uma original forma de cortar a meta!

16 comentários:

  1. Uau, essa chegada! Haja pernas! :)
    Adorei a prova. Foi talvez uma das (ou a) mais difícil em que participei até hoje, mas também das que gostei mais! Percebo porque as pessoas voltam todos os anos.
    E, apesar do nevoeiro, aquela parte no cimo da Serra, o silêncio só cortado pelo barulho das passadas e da respiração... Fantástico! Para o ano estamos lá!
    Obrigada pela vossa companhia.

    Beijinhos

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    1. O prazer da companhia foi nosso. E é bom ver-te de amarelo! :)

      Beijinhos

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  2. E ainda bem que se realizou, é uma prova difícil mas ao mesmo tempo muito bonita. Espero que continue a existir.
    João, na sua galeria há uma fotografia da minha chegada. Posso colocar essa foto no meu blogue?

    Abraço.

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    1. Claro que sim, amigo Vítor!

      Envia-me um mail para joaolima@netcabo.pt e eu na "volta do correio" envio-te a fotografia na sua qualidade original (o Picasa reduz a qualidade)

      Um abraço

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  3. As minhas palavras de louvor para com as equipes de manutenção, um abraço para ti, um beijinho para a Isa e Rute e as minhas palavras de apreço para com todos aqueles que ajudaram a montar e correram no ano passado no Treino do Fim da Europa. Um treino organizado no dia em que deveria ter sido feita a prova que foi cancelada pelos motivos que referistes.
    Nunca nos podemos esquecer que a grande participação nesse treino deve ter tido influencia directa na realização este ano da prova mesmo que com um orçamento reduzido.
    Todos os que alinharam o ano passado deram o exemplo de que a prova era viável mesmo cortando algumas mordomias.

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  4. É mesmo uma grande prova.
    O nevoeiro acaba por ter também a sua beleza mas se estivesse limpo... Lá vou ter que voltar no próximo ano. ;)
    De facto, após o temporal, tínhamos uma verdadeira "auto-estrada". Óptimo trabalho de quem tudo fez para gozarmos este trajecto magnifico.
    Abraço!!!

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  5. Caro João Lima,
    Tive hoje finalmente a grata oportunidade de o cumprimentar pessoalmente.
    Aproveito agora a oportunidade de o felicitar pela fantástica forma como exprimi a sua paixão pela corrida mas, também, pelo extraordinário serviço que presta à comunidade com o seu blog.
    Obrigado e até breve.
    Abraço,
    João Afonso

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    1. Muito obrigado pelas palavras!

      Um abraço e boas corridas!

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  6. Caros Amigos
    Apareço aqui de forma indiscreta para agradecer os vossos louvores em nome de toda a equipa que levou a cabo este grande Grande Prémio.
    Efectivamente a melhor das recompensas que podemos receber são as vossas palavras de satisfação, mesmo sem tenda nem aquelas mordomias das últimas edições.
    Quando soube do treino de 2012 cheguei a ficar comovido e lembrei-me imediatamente de Joaquim Felício Loureiro, então vereador do pelouro do Desporto da C. M. de Sintra, infelizmente, já falecido que foi quem decidiu dar corpo a este mito. Onde quer que ele esteja, há-de estar contente.
    De facto, no proprio dia da prova, pouco depois das 5 da madrugada, haviam elementos da proteção civil a desobstruir a rampa da Pena onde, durante a noite cairam 3 árvores...
    Tudo isto apenas e só para vocês... Bem hajam e até para o ano! César Calinas

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  7. Foi uma prova espectacular. A organização esteve 5* e o percurso é lindissimo. E tinham-me falado da sua dureza, que eu estava preparada para o pior. Foi custoso, mas correu melhor do que eu estava à espera. Acho que tens razão João, começo a gostar de subidas =)
    Foi muito bom correr ao teu lado e da Rute, na sua estreia pelos 4 ao km.
    Para o ano lá estaremos todos outra vez!
    Beijinhos

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    1. Gostei muito da tua frase "começo a gostar de subidas" :)

      Para o ano, lá estaremos!

      Beijinhos

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  8. Parabéns João, por mais uma prova concluída. Um dia tb hei-de fazer esta corrida...
    Abraço e boa recuperação

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