Disputou-se hoje a 3ª edição do Grande Prémio de Mem Martins, organizada pela simpática Associação Desportiva Real Academia, conjuntamente com a sempre eficiente e profissional Xistarca, que nos brindou, uma vez mais, com uma organização acima de qualquer reparo. Dorsais entregues funcionalmente, partida a horas, trânsito cortado qb, placas quilométricas bem colocadas (a primeira reflectia o desvio inicial pelas obras), reabastecimento a meio, saco melhorado e com uma excelente t-shirt técnica, ideal para treinar de noite pela sua cor viva, prémios entregues atempadamente e o sorteio final dum GPS, situação sempre de expectativa para os atletas e que, assim, não dispersam e podem fazer a justa homenagem aos vencedores dos diversos escalões.
Com todas estas premissas, não é fácil encontrar pontos a melhorar para esta organização, ou pelo menos não são visíveis.
Quanto ao percurso, é selectivo e aí funciona o gosto de cada. No meu caso, é o tipo de traçados que aprecio, especialmente as duas passagens pela rampa, ex-líbris desta prova. Só considero mais perigosa a descida que leva ao início da segunda passagem pela rampa, principalmente quando está molhada como foi o caso de hoje, mas essa é a única sequela que guardo da fractura do pé, o receio de descidas pronunciadas e com o piso molhado...
Os resultados foram disponibilizados muito rapidamente no site da Revista Atletismo e os vencedores foram Bruno Fraga do Reboleira e Vera Nunes do Benfica.
Classificaram-se 436 atletas. Depois da grande subida da primeira para a segunda edição, de 280 para 479, uma pequena descida apesar do número de inscritos ter aumentado, mas um bom número de ausências talvez possam ser justificadas pela muita chuva que caiu de noite.
Quanto a mim, há uma relação especial com esta prova. Em Janeiro de 2008, na minha visita diária à página da Revista Atletismo, notei que tinha aparecido uma nova prova no calendário, Mem Martins. Tendo trabalhado nesta terra entre 1981 e 1987 e novamente desde 2002 até a actualidade, fiquei logo muito entusiasmado com a possibilidade de correr por esses locais que frequento amiúde e de imediato me inscrevi.
Após a realização da prova, enviei um mail felicitando a organização pela óptima prova que colocaram à nossa disposição, tendo recebido resposta através do presidente do clube, o conhecido atleta de grandes distâncias Álvaro Pinto, que me informou que eu tinha sido a primeira inscrição para o primeiro Grande Prémio de Mem Martins e que fazia questão de me oferecer um dorsal para a segunda edição. Infelizmente não pude usufruir dessa gentil oferta pois um ano após estava de baixa das corridas pela fractura do pé esquerdo. Apesar disso, essa segunda edição também foi significativa para mim porque foi onde regressei, 2 meses depois, ao tão agradável ambiente das corridas, então apenas como espectador e acompanhado por duas muletas.
Este ano, com a minha habitual pressa em me inscrever para as corridas, fi-lo logo no início de Janeiro, para umas semanas depois receber um mail do Álvaro a relembrar-me que a oferta do dorsal estava de pé. Eu já me tinha esquecido mas o Álvaro não! Não pude aproveitar mas fica o registo da intenção desta organização exemplar.
Mas a história não se fica por aqui, ainda falta a "cereja em cima do bolo"! Para um atleta do pelotão, parte de trás, o pódio e sua cerimónia é algo que nunca participaremos. Nunca? Falso! Hoje, durante a distribuição de prémios dos vários escalões, fui surpreendido com o convite do Álvaro para entregar 2 prémios, à 2ª classificada das veteranas 1, Isabel Rodrigues da Garmin e ao 2º classificado dos Veteranos 5, Mário Gonçalves dos Leões de Porto Salvo. Um momento simples para muitos que estão habituados a estes actos mas que foi muito apreciado por mim que nunca me imaginei a colaborar num momento destes!
Com todas estas atitudes, sobressai bem a gentileza e simpatia da Real Academia e do seu presidente Álvaro Pinto para com alguém que se limitou a inscrever-se de imediato para uma prova que lhe chamou a atenção.
Um sentido obrigado por tudo!
Quanto à minha corrida, há dias assim! Desde a Cruz Vermelha a meio de Novembro, corrida que não me correu muito bem, todas as corridas que tenho feito, praticamente todos os fins-de-semana, deram-me grande satisfação pois correram muito bem. A de hoje, tenho capacidade para fazer melhor. Depois duns óptimos 20 kms de Cascais e de 2 bons treinos durante a semana, o meu problema chamou-se sábado. Tive que fazer umas quantas obras em casa, que me desgastaram e onde tive que utilizar outros músculos das pernas normalmente não tão treinados pelas corridas. Depois, pintei com uma tinta com um cheiro intoxicante que me fez dormir muito pouco e mal. Resultado, ao fim do primeiro quilómetro já ia em dificuldades. E quando assim acontece, o que fazer? Das tripas coração, "aguentar-me à bronca" e sofrer até ao final. Mas por uma "questão de honra" as duas passagens pela rampa fi-las bem! Eu gosto dessa subida!
O tempo foi de 1.01 (tchi!) para os 10.370 metros que o GPS marcou, bem acima do que estou a valer agora mas, curiosamente, acabei com e à frente duns quantos companheiros que costumam ficar pelos mesmos lugares que eu e que até disseram que corri bem! Eu é que tenho consciência que posso fazer melhor, especialmente porque faltou gás para atacar.
Fica reservado para a Costa da Caparica!
Amigo João
ResponderExcluirParabéns por esta novidade.
Em relação à t-shirt técnica... é amarela.
Um abraço
catita
Obrigado Catita.
ResponderExcluirE a t-shirt técnica ser amarela, dá-lhe logo outra categoria! :)
Um abraço e até domingo
Óla João
ResponderExcluirEstou como anónimo, para não saberes quem é, mas espero que a tinta já te deixe respirar.
Parabéns pelo Blog.
Um abraço
Até Domingo
Olá anónimo... hum... deixa-me adivinhar quem és... alguém que vai chegar primeiro aos 39,59 do que eu aos 49,59! :)
ResponderExcluirObrigado e um abraço!