segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A panca das previsões meteorológicas


Uns tempos antes da minha primeira Maratona, ia todos os dias consultar as previsões meteorológicas. Mais por curiosidade de saber o que iria apanhar pois sendo em Dezembro não era expectável algo de complicado para correr. E acabou por ser um dia de sonho até no estado do tempo pois estiveram as condições perfeitas (melhor era impossível) para quem ia correr 42 kms.

Agora, a pesquisa das previsões começou muito tempo antes, desta feita por receio do que possa estar. Historicamente, nos últimos anos esse dia tem sido quente e o percurso não tem sombras, ampliando o problema de, em virtude da muito tardia hora de partida, estarmos a correr às horas que o sol está a pique.

Mais do que o calor, são os raios de sol que me assustam, pela razão que apontei (do ângulo a essa hora), portanto o meu primeiro desejo tem a forma de nuvens. 

E tempo nublado foi o que desde cedo as previsões apontavam. Os graus iam subindo ou descendo, possibilidade de chuva aparecia e desaparecia, mas as nuvens estavam sempre presentes. 

O medo com o calor excessivo deu-se a duas escassas semanas do grande dia, no domingo do Destak, mas as previsões lá continuavam com as ansiadas nuvens.

Mas previsão meteorológica é isso mesmo, previsão baseada no momento. Sabemos como é o clima, basta um parâmetro alterar ligeiramente e tudo muda, por vezes radicalmente. Recordo-me de ser miúdo e as pessoas parodiarem muito o que apelidavam de "boletim mentirológico" na TV pois se em 7 dias as previsões falhavam 1 ou 2, era o gozo generalizado, como se os técnicos garantissem aquele tempo, quando apenas apresentavam a previsão baseada nos factores existentes. Mas como tudo que se dizia na televisão era sagrado (quantas discussões acabavam com "disseram na televisão!" como se fosse a verdade suprema?) as pessoas estranhavam haver alguém que tinha ali "mentido" no que era apenas e tão somente uma previsão.

Ora o que ando a ver há semanas, é tão seguro (nada!) como até uns 3 dias antes, ou mesmo na véspera pois basta uma massa de ar quente ou fria desviar-se e tudo altera. Mas sempre se vai sofrendo ou contentado com o que se vê, mais um factor de emoção e suspense numa tarefa que já tem e muito esses factores.

E como está agora? Pois o tempo real começou a nublar, esfriar e chover e as previsões para dia 6... a aumentar a temperatura e as nuvens a darem lugar a um céu limpo... Ai, ai, ai!

Mas, ainda ontem aprendi uma lição com uma estreante em Maratona, Isa, que, apesar de ansiosa, mantêm-se serena. E serenei consciente que o trabalho (bem) feito está cá.

E querem que diga? Hoje já olhei mais de soslaio para as previsões. Esteja o tempo que estiver é para cortar a meta e o resto são pormenores. Claro que com calor será (muito) mais difícil, mas a motivação está em alta e... VENHA A MARATONA!
       

domingo, 29 de setembro de 2013

NOVO RECORD MUNDIAL DA MARATONA! (e grande estreia de Rui Silva!)


Berlin tornou a fazer história ao bater-se, pela 8ª vez nesta prova, o record mundial da Maratona. Pertencia a Patrick Makau, que a 25 de Setembro de 2011 realizou 2.03.38 também em Berlin, e foi hoje batido por Wilson Kipsang, igualmente queniano, que retirou 15 segundos a essa marca, fixando-a em 2.03.23

Ainda não foi há muito tempo que se baixou das 2.05 e já estamos a aproximar das 2.02...

Kipsang passou aos 40 kms com uma vantagem de 3 segundos sobre o tempo de Makau, apenas 1 aos 41 e teve uma ponta final fantástica, batendo pela margem de 15 segundos.

Florence Kiplagat, também queniana, venceu em femininos com 2.21.13 mas a alemã Irina Mikitenko, 3ª classificada, bateu o record mundial de veteranas ao registar 2.24.54

Esta foi a prova de estreia na mítica distância de Rui Silva, recordista nacional de 800 e 1.500 metros e que apontava como objectivo uma marca na casa das 2.12
E foi em cheio, 2.12.16, 9º lugar e melhor europeu!!! Os 5 primeiros lugares foram monopolizados por quenianos, depois um brasileiro, dois japoneses e o nosso Rui Silva em grande! Parabéns grande Rui!

Partiram 41.120 atletas, de 199 nacionalidades (quase a totalidade do planeta!) e para quem está a uma semana da sua segunda Maratona, ver aquela mole humana impressiona. Em especial ler o pórtico a uns 500/600 metros da chegada que dizia em alemão e inglês "São todos uns heróis"!
O suficiente para me dar uma daquelas coisas que costuma dar quando não sei o que me dá. Não sei se me entendem...

sábado, 28 de setembro de 2013

Um muito agradável treino / convívio

Antes (a fotógrafa disse já está e só depois disparou)

Uma das grandes vantagens duma preparação para uma Maratona é o convívio nos treinos. 

Hoje foi dia desse convívio num treino já mais reduzido, 12 kms no Passeio Marítimo de Oeiras, tal como no sábado da semana anterior à Maratona do ano passado, na altura primeira para mim e Pedro, que faremos a segunda, enquanto a Isa e o Vítor vão estrear-se. Juntaram-se a nós o simpático casal Carla/Jaime, tal como aconteceu nalguns quantos treinos anteriores. Como se vê, tudo malta porreirinha!

Como se sabe, nas últimas 3 semanas a carga/distância começa a reduzir e agora, a 8 dias, o plano indicava apenas 12 mas uma dúzia descontraídos e ajudados por uma temperatura mais amena, chegando a cair uns pingos ocasionais.

Durante (com ex-libris do Passeio Marítimo, a cauda da baleia)

A média andou sempre pelos 6 e tal mas no último quilómetro tentámos esticar um pouco. Mas, se a intenção era de 5 e tal, entusiasmei-me e, como já há muito tempo (desde a Corrida da Lagoa de Santo André) que não baixava dos 5, acabei por realizar esse último quilómetro em 4.43, tempo nada habitual para as minhas bandas.

Sim, sei que não foi muito seguro fazer uma brincadeira dessas a uma semana da Maratona mas soube-me muito bem e, quase diria, estava a precisar disso. Pronto, estou perdoado!

Como tenho dito, estamos é numa fase em que os quilómetros vão reduzindo e os nervos aumentando. Já estou nessa fase... Que fazer? É superior a mim... Mas se uma Maratona fosse fácil, não era uma Maratona!

E para terminar, não quero deixar de falar aqui numa coisa muito, como direi?, saborosa! Mais uma vez no final tivemos um muito delicioso bolo da Isa, hoje em forma de queque de chocolate com banana. Uuuuiiii! Nem vos digo nada para não salivar!!! 

Nota - Fotos do Pedro Carvalho, com excepção da última de Jaime Beato

Depois (os sorrisos dizem tudo!)

Depois (já com as papilas gustativas aos saltos depois daquele queque!)


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jornadas Técnicas do Corredor‏


Paralelamente à feira do desporto, por altura da entrega de dorsais da Maratona de Lisboa 2013 e da Meia Maratona de Portugal, vão realizar-se acções de informação destinadas aos atletas.

Realizam-se na Sport Expo, dias 4 e 5 de Outubro, no Meo Arena (ex-Pavilhão Atlântico), no Parque das Nações, entrada livre, e têm o seguinte e aliciante programa:

Dia 4 de Outubro (sexta-feira):

                17h00 - Abertura

                17h05 – Prevenção de lesões no atletismo

   Por Ernesto Ferreira e Liane Brito (Gabinete Fisioterapia no Desporto)

                17h25 – Debate e perguntas

                17h50 – Intervalo

                18h00 – Lesões mais frequentes no atletismo

   Por Ernesto Ferreira e Liane Brito (Gabinete Fisioterapia no Desporto)

                18h25 – Debate e perguntas

                18h50 – Intervalo                

                19h00 – A experiência de treino e ultra maratona

                               Por Carlos Sá (ultramaratonista)

                19h25 – Debate e perguntas

                19h50 – Encerramento da 1ª jornada


Dia 5 de Outubro (sábado):

                17h00 – Aumentar a performance na corrida com a ajuda do treino de "força"

                               Por Miguel Lucena (Holmes Place)

                17h20 – Debate e perguntas

                17h50 – Intervalo

                18h00 – Treino postural para melhor eficácia cardiorrespiratória

                               Por Miguel Lucena (Holmes Place)

                18h20 – Debate e perguntas

                18h50 – Intervalo

                19h00 – Necessidades nutricionais nas corridas de fundo

                               Por Marco Pereira (Holmes Place)

                19h20 – Debate e perguntas

                19h50 – Encerramento da 2ª jornada

Muitos e bons temas que nos irão interessar a todos. Compareçam!

Mário Trindade bronze nos Jogos Mundiais!


É com muita satisfação que divulgo esta notícia, tomando a liberdade de a transcrever do site do Jornal Record (escrita por Vìtor Pinto), e endereçando os meus parabéns a Mário Trindade:

A medalha de bronze conquistada por Mário Trindade foi o melhor registo português nos Jogos Mundiais IWAS (Federação Internacional de Desporto para Amputados e em Cadeira de Rodas). que se realizaram em Stadkanaal, na Holanda. O paratleta português, de 38 anos, conquistou o seu melhor resultado de sempre na prova de 200 metros em cadeira de rodas, subindo ao pódio com a marca de 35,54 segundos apesar de utilizar uma cadeira que tinha ficado danificada na viagem e que o impediu de repetir o êxitos noutras provas.

Após uma década de prática desportiva, Mário Trindade conseguiu finalmente um resultado de vulto a nível internacional e que lhe permitiu garantir desde já os mínimos B necessários para a integração do projeto paralímpico com vista ao Brasil'2016. De resto, o corredor nacional ficou a apenas 4 milésimos de segundo dos mínimos A.

Sendo igualmente presidente da ANACR (Associação Nacional de Atletismo em Cadeira de Rodas), Trindade teve de custear a sua participação nos Jogos Internacionais IWAS. Um esforço financeiro muito complicado face à escassez dos seus rendimentos, mas que acabou por ter retorno na pista. Após ter visto as suas limitações serem reclassificadas para a classe T52, o paratleta pode ter agora garantido as condições essenciais para explorar todo o seu potencial e cumprir o sonho de competir nos Jogos Paralímpicos.

Para além do seu intenso trabalho em defesa da causa do desporto para deficientes - ele que ficou paraplégico aos 18 anos - Mário Trindade tornou-se conhecido internacionalmente pelo facto de, a 3 de dezembro de 2007, ter estabelecido em Vila Real o recorde do Guinness de resistência em cadeira de rodas, atingindo os 182,4 quilómetros percorridos em cerca de 18 horas.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Organizações enfrentam cada vez maiores obstáculos

Sejamos claros. As organizações em Portugal de provas de estrada são um bem que temos, distinguindo-se a nível internacional pela qualidade e preço. 

Com excepção daquelas super provas que se disputam pela Europa fora para muitos milhares de atletas e com patrocínios de toda a forma, as restantes ficam longe da capacidade organizativa que temos o prazer de usufruir no nosso cantinho. E a comparação preço, mesmo tendo em conta o nível de vida, é nos favorável.

Porém, as organizações enfrentam cada vez maiores obstáculos. Longe vai o tempo das facilidades e apoios de toda a forma, pois o desporto torna a população mais saudável e produtiva. Porém, com o incremento popular, as corridas começaram a ser vistas como algo muito apetecível para se ir buscar dinheiro. E em vez de apoios oficiais, passámos a ter taxas. Taxas de toda a forma e feitio. 

É necessário uma tenda para dar os dorsais? Taxa-se o espaço que essa tenda ocupa.

É necessário um locutor a dar informações? Taxa-se o ruído.

A actividade desportiva é um bem necessário? Não faz mal, as inscrições levam um corte de 23% de IVA

São necessárias autorizações? Taxa-se.

Tem que se fechar estradas? Paga-se e ao exigir polícia, fica-se nas mãos dos mesmos que elaboram o esquema que julgam necessário, chegando a cobrar vários milhares de euros.

A isto junta-se a despesa do seguro dos atletas, mais o seguro de responsabilidade civil da prova, que tem vindo a ser inflacionado. Basta ter um determinado número de atletas e estes valores como que duplicam .

E as àguas? Têm que ser previstas sempre para cima pois nunca podem faltar.

E outros valores há, numa relação que é sempre a somar, sem esquecer a necessária divulgação da prova e, por exemplo, os custos de comissão de inscrição pois é muito fácil e prático pagarmos as provas por multibanco mas é (mais uma) parcela a somar pois isso implica mais não sei quantos cêntimos de comissão a pagar. 

E os cêntimos transformam-se em euros e os euros sobem em flecha nesta soma onde apenas estou a incluir os items obrigatórios.

E os outros? Se não houver t-shirt? Cai o Carmo e a Trindade. Se não houver medalha? Mais uma crítica. E se não há prémios? Alguns boicotam.

A juntar a este bolo, e á falta de apoios oficiais, os patrocínios vão rareando. 

Por outras palavras, as despesas em alta e as receitas em baixa.

Como o panorama já não era bom, veio a notícia de que a Federação e Associações estão a receber menos do que recebiam do Estado. Ora como compensar isso? Carregando as provas. As Associações têm que autorizar as provas e, por exemplo, a de Lisboa que cobrava 100 euros, aumentou para mais do dobro, 250 euros, havendo outras, como Aveiro, que pode chegar aos 325.

Não é preciso uma máquina de calcular para, no fim de somar tudo, ver que o que pagamos não chega, várias vezes, para cobrir as despesas. Com os patrocínios a escassearem, como irão resistir as pequenas colectividades que, com muito esforço e carolice, fazem das tripas coração para ter a sua prova? E muitas vezes para serem presenteadas com críticas, pois é muito mais fácil (e até parece que sociavelmente aceite) o dizer mal, sendo custoso para muitos elogiar (muitos julgam como uma fraqueza, o que para mim é um mistério).

Ora uma coisa é inegável. Precisamos das organizações para termos corridas e os organizadores precisam de nós para terem participantes. Se ambos necessitamos do outro, porque teremos que dividir em partes e não actuar como um todo?

Para tal, nós atletas, muito temos a fazer/melhorar. E deixar de exigir o dispensável, pois o que nos move, ou o que nos deveria mover, é a corrida. A corrida e seu prazer, a corrida e o seu convívio, a corrida e nossa superação.

Não vamos deixar que estraguem um bem que é de todos. Não vamos pactuar com criticas ocas e maus feitios. Temos que ser pró-activos... pois o reactivo pode chegar tarde.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Revista Spiridon Setembro/Outubro


Chegou à minha caixa de correio o número mais recente da Revista Spiridon, como sempre um número bem recheado de assuntos e com a particularidade de abordar alguns relacionados com Maratona, numa importante altura pois estão aí as duas Maratonas nacionais.

Índice:

- Editorial - Assalta-se as provas de estrada!...
- Quais as suas possibilidades nos 42.195
- Será que os africanos têm utilizado E.P.O.?
- Respirar pela boca... ou pelo nariz?
- Usar saltos altos?
- Como recuperar depois da Maratona?
- Como ganhar resistência para provas de 10 km
- 9 exercícios para melhorar a flexibilidade dos pés
- Como são os corredores portugueses em 2013

Isto além das rubricas habituais.

Para receber esta excelente revista: Publicação exclusivamente dedicada à corrida (6 números por ano). Distribuição apenas por assinatura: Preço da assinatura anual 21 € . Por cheque, ou transferência bancária.NIB = 0010 0000 6176291000127 revista.spiridon@gmail.com

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

25 anos do título olímpico de Rosa Mota


Faz hoje 25 anos que para muitos e bons portugueses, onde me incluo, esta foi noite de directa. Foi a noite da Maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Seul. 

No pelotão, uma pequena atleta (em estatura) mas enorme em garra. Uma atleta que perfumava as ruas por onde corria com a sua passada inconfundível.

Nascida no Porto a 29 de Junho de 1958, Rosa Mota chegou à capital coreana para disputar a sua 13ª Maratona. Era uma das favoritas. Para quem não percebe nada de corridas e muito menos do muito que pode suceder numa prova com a particularidade da Maratona, exigiam-lhe a vitória. Para quem sabe como é o desporto, desejávamos-lhe a melhor das sortes.

Foi uma Maratona extremamente difícil e com muita luta até ao 38º quilómetro. Aí, aproveitando uma descida e o grito de José Pedrosa, presente nesse mesmo local e aconselhando-a a atacar, Rosa atacou. 


Recordo-me como se fosse hoje desses últimos 4 quilómetros da cavalgada para a meta, com uma vantagem sobre a 2ª que não dava sossego. A emoção. A entrada no estádio. O cortar a meta. A vitória!

2.25.39 foi o tempo final (e um avanço de 14 segundos sobre a australiana Lisa Martin) e na sua habitual humildade, Rosa explicou assim a vitória "O Pedrosa gritou 'Rosa, é agora ou nunca', e fui-me embora!"

Foi a segunda medalha de ouro portuguesa (tal como a primeira, de Carlos Lopes, na Maratona) e a primeira feminina.

23 de Setembro de 1988. Quem viu, não esquece!


domingo, 22 de setembro de 2013

Calor em Destak

Os 4 ao Km presentes: Lúcia, Eberhard, Isa e eu

A 6ª edição da Corrida da Linha - Destak, ficou marcada por um forte calor, apesar do Outono já ter começado.

Para os muitos que vão à Maratona daqui a duas semanas, este foi um aviso do que poderá suceder, apesar de acreditar que quem manda no tempo vai ser amigo (isto é uma cunha...).

Apesar da canícula, a corrida registou a 2ª maior participação de sempre, com 2.572 atletas, mais 213 que em 2012 e apenas batida pelo record de 2011 quando 2.941 cortaram a meta. Com excepção da primeira edição, todas ficaram na casa dos dois milhares de classificados, o que diz bem do sucesso popular deste evento onde a organização esteve, como habitualmente, em muito bom plano.

Quem se estreou a vencer nesta corrida foi Bruno Fraga do Reboleira / Gabinete de Fisioterapoia no Desporto, que despachou os 10 kms do percurso em 32.09, batendo ao sprint e por um segundo o sportinguista Luís Pinto. A 14 segundos chegou Emiliano Vieira do RB Running.
Bruno Fraga foi o 5º vencedor diferente numa relação onde apenas João Marques bisou (2010/2011).

Sandra Teixeira vitória com record de percurso

Já no sector feminino, Sandra Teixeira do Sporting alcançou a sua 3ª vitória após os triunfos nas duas primeira edições. E batendo o record de percurso, que já lhe pertencia, baixando-o em 39 segundos, fixando-o em 36.48!
Vera Fernandes, agora a representar o RB Running, foi a 2ª a 2.07 e Mónica Moreiras do NucleOeiras fechou o pódio a 25 segundos da 2ª

A meta para a Isa, eu e Vítor, em conjunto com outra atleta

Quanto a este vosso escriba, o plano para a Maratona indicava 8 kms mais os 10 da corrida e assim foram feitos, sempre na companhia da Isa e Vítor, que se vão estrear na mítica distância de hoje a 2 semanas (o tempo não pára!).
E como correu? Ora se na semana passada foram 27 e sempre em grande alegria, hoje foram 18 bem mais custosos. Tudo pela responsabilidade dum calor muito forte, como já referi no início, e que inclusive fez alguns estragos no nosso pelotão, mas com a entreajuda de todos lá fomos os três juntos até à meta, onde nos últimos dois quilómetros já os percorremos a uma velocidade jeitosa.

Nesta altura há que ter o máximo dos cuidados, o trabalho está feito, nada mais se poderá ganhar, muito se poderá perder, Portanto, correr com muita cabeça e fugir a loucuras é a palavra de ordem para que o dia 6 seja (e vai ser) memorável.




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Revista Atletismo de Setembro/Outubro


Já chegou a Revista Atletismo, como habitualmente nesta época do ano, em número duplo Setembro / Outubro.

Com o nosso melhor representante no Mundial na capa, João Vieira, o seu índice é o seguinte:

Competições Internacionais
07 Campeonato do Mundo de Pista
47 Campeonato Mundial de Montanha

Competições Nacionais
Estrada
44 Meia-Maratona de São João das Lampas
45 Corrida da Decathlon
45 Corrida de Barcelos

Entrevistas / Atleta de Pelotão
24 Igor Timbalari

Reportagens / Clube de Pelotão
22 União Futebol de Degolados

Espaço Técnico
Nutrição
30 Vitamina B12
Treino
32 Existe um certo jeito de correr
34 Benefícios de correr na água
Conselhos
36 Vantagens e desvantagens de correr só

Estatística
40 Lançadores veteranos: mudanças de escalão e peso

Natureza
Trilhos
27 Trail Nocturno Lagoa de Óbidos
Montanha
28 Várias provas

Secções fixas
06 Noticiário
11 Desporto adaptado
20 Veteranos
38 Noticiário de saúde
42 Internacional
48 Agenda de corrida
50 Lazer - aniversários e puxe pela cabeça

Iniciativa / Revelação do mês
51 Ícaro Miranda

Muita e boa leitura à nossa espera!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Números e estatística do Tejo


Há provas e provas e há aquelas marcantes no calendário. É o caso vertente da Corrida do Tejo. Tendo-se iniciado em 1981, englobada no então inovador Troféu das Localidades de Oeiras, ganhou asas e tornou-se na prova portuguesa com maior número de atletas classificados.

O ano passado foi o último da parceria com a Nike, que vinha desde 2005, mas em nada se notou essa falta, no que à corrida propriamente dita se refere.

Poderá não ter havido ecran gigante na zona da partida, com um locutor conhecido da televisão a animar e guitarristas a voarem sobre os atletas, mas isso são elementos que, apesar de agradáveis para os atletas em geral, são dispensáveis. A corrida em si, sua segurança, abastecimentos e excelência do percurso é que são o fundamental e isso esteve lá tudo e bem, como de costume. E até melhorado com uma bonita medalha que substituiu o magneto do ano passado.

Tendo a primeira edição sido disputada em 1981 no dia de Oeiras, 7 de Junho, desde então todas as edições marcaram presença em Outubro. Este ano antecipou-se para o meio de Setembro, sendo assim a primeira realizada no (ainda) verão e se poderia haver dúvidas quanto à habitual presença maciça, foi dissipada com a notícia que as inscrições tinham esgotado, mesmo depois de alargadas a 10.500.

Estavam assim reunidas as condições para um provável novo record nacional de classificados numa prova, 9.346 em 2011, mas aqui deu-se o caso enigmático pois foram 7.951 que cortaram a meta.

É (tristementente) conhecido o facto das provas gratuitas terem uma quebra forte entre os inscritos e participantes, mas numa prova cara como esta, é de estranhar que cerca de 2 milhares e meio tenham efectuado a inscrição e depois não comparecido.

Assim, esta participação ficou abaixo dos últimos 5 anos, mesmo sendo muito alta para os nossos padrões.



A nível competitivo, dois novos vencedores. Sérgio Silva do Sporting, ao cortar a meta em 30.46, tornou-se no 27º vencedor masculino duma lista liderada por Rui Silva, vencedor por 4 vezes.
Sérgio Silva foi acompanhado no pódio pelo seu colega Luís Pinto a 35 segundos e João Vieira do Gabinete de Fisioterapia no Desporto com mais 1 segundo.

Em termos femininos, Cláudia Pereira, desta vez a representar o Gabinete de Fisioterapia no Desporto, venceu em 35.20, sendo a 17ª vencedora duma relação encabeçada por Lucília Soares (6 triunfos), Rita Borralho (5), Jéssica Augusto e Sandra Teixeira (4). 
E foi a mesma Sandra Teixeira do Sporting que ficou no 2º posto a 11 segundos da vencedora, com Ercília Machado em 3º a 1.59

Como curiosidade, a soma total de participação de todas as 33 edições é de 110.532 atletas, cuja sua quilometragem total nesta prova dá qualquer coisa como 1.143.454,6 kms (cerca de 28 voltas e meia ao mundo!)





domingo, 15 de setembro de 2013

Do brilhantismo do Tejo a uma manhã de grandes alegrias

Lúcia, Isa, Marta, eu, Rita, Sandra, João Branco e Orlando

Padrinhos e afilhada, antes da prova

A Corrida do Tejo é uma corrida sempre especial, diferente e única. Afirmo eu que no meu 8º ano de corridas participei pela 8ª vez. 
Os grandes sucessos trazem sempre invejas e há quem a critique por alguns pormenores que não fazem sentido no global do evento cuja finalidade é a corrida. 
E a corrida é um prazer pelo percurso, paisagem, organização e participação em massa.

Este ano foi tudo isto outra vez, como habitualmente, com ou sem grande patrocinador. Viva esta corrida!
Uns veraneiam na praia, outros passeiam no passeio marítimo e a mole humana corre

Dito isto, que como participante senti-me na obrigação de realçar, vamos às alegrias e orgulhos da manhã:

Como se sabe, hoje era dia de a Isa e eu servirmos de padrinhos à estreia da Marta na distância. Não vou alongar-me nos pormenores, que isso caberá à própria, apenas dizer que a Marta superou e muito o que esperávamos dela, no que foi um grande orgulho para os padrinhos! É sempre um momento muito especial apadrinhar alguém.

E por falar em afilhada, a Isa continua de vento em popa e cada vez a exceder o muito que já se espera dela! O dia era de treino longo com 4 kms antes da corrida, 10 da prova e 13 após. Também não vou alongar-me para ser a Isa a contar tudo mas está imparável e cada vez mais do que pronta para a Maratona! Um grande orgulho!

E o Vítor que nos acompanhou no treino, tendo feito antes 5, totalizando 32 e estabelecido um novo record pessoal de distância? (que durará apenas 3 semanas...)

E ver a Rute a correr 20 kms com "uma perna às costas", provando a sua grande evolução e endurance que as duras provas lhe têm dado? 

E a Carla e o Jaime que, com pouca experiência, nos acompanham completamente à vontade nos longos?

E, já agora, eu, que fiquei aliviado depois dos sustos que apanhei e cumpri o treino sem problemas no pé?

O trabalho para a Maratona está feito, agora é ir descendo na carga e ter a consciência que foi tudo bem executado.

Como se viu, uma manhã em cheio, a que se junta o reencontro com muitos e bons amigos! Mas um momento muito particularmente especial, e que deixei propositadamente para último, foi o ter corrido com o João Branco. Uma enorme alegria e emoção e ele sabe bem o porquê.

Dito isto, faltam os números da prova mas isso fica para os próximos dias. 

Jaime, Carla, Marta, eu, Isa, Rute e Vítor, antes de nos despedirmos da Marta e partirmos para mais 13

sábado, 14 de setembro de 2013

Regressos e susto


Depois de mais de duas semanas de ausência do blogue, estou de regresso aos artigos. E amanhã regresso às corridas, fazendo hoje 2 meses que foi a última, no que é a maior ausência de provas desde os 6 meses por fractura do pé no final de 2008.

Começando pelo blogue, esta ausência é habitual nesta altura do ano e pelas melhores razões, férias, que bem precisava. Mas férias do trabalho, não dos treinos pois parar tão perto da Maratona seria a morte do artista. 

Assim, fiz todos os treinos planeados menos o último, entre os quais um de 25 kms, faz hoje uma semana, no que foi o meu maior treino feito em solitário. O anterior sozinho era de 22,5 e agora realizei 25. Curiosamente, treino quase sempre apenas comigo mas nos longos tenho tido companhia, seja parcial ou total. 
Também treinei na muito agradável pista de cross das Açoteias, onde em 2010 assisti ao Campeonato Europeu.

E amanhã, é dia da Corrida do Tejo, a minha 8ª em 8 anos de corridas. E vai ser uma corrida especial pois a Isa e eu vamos apadrinhar a Marta na sua estreia em corridas de 10 kms. É sempre uma grande sensação quando apadrinhamos alguém a atingir os seus sonhos.

Esta corrida vai ser englobada num treino de 27 kms para, a partir daqui, começarmos a reduzir pois ficam a faltar 3 semanas para o grande dia!

O problema que se coloca neste momento, e tive que esforçar-me para não entrar em pânico, foi após o treino de 4ª uma dor que apareceu no pé direito ao nível do tornozelo. É o meu tal eterno problema de passada "esquisita" em piso irregular. Foi por isso que não fiz o último treino planeado, ontem, mas que também não era importante, importante é amanhã e há-de correr tudo bem. Para isso, tenho feito os tratamentos e tomado as precauções adequadas à situação e a coisa parece estar a ir ao sítio.