| A sair de Nazaré para ir até Famalicão (+/- 6 Kms). Foto Nuno |
Não podia participar em corridas se não tivessem existido provas que, lutando contra todas as marés, impuseram o conceito de corrida aberta a todos, dos quais a Meia-Maratona da Nazaré foi a sua pioneira.
Mas também não fazia sentido o correr apenas por correr, sem o espírito de camaradagem tão especial de atletas de pelotão que vemos e revemos prova após prova.
Tudo isso senti ontem, num dia que terá agradado aos muitos que fizeram a visita anual à "Mãe" e ao seu ambiente tão especial e cuja história se vai confundindo com a actualidade em cada momento.
Desloquei-me até à capital das ondas com a Isa e fomos ter com a Sandra e o Nuno, que foi uma alegria tê-lo visto novamente equipado.
Fomos cruzando com muitos amigos e conhecidos. Uma referência especial ao Joaquim Costa e Natércia, simpático casal que é raro poder ter o prazer de reencontrar, devido à distância onde cada um de nós habita.
Abro aqui um parêntesis para confessar que não consigo decorar todas as caras e por vezes há quem me fale e eu não reconheça logo. Como coloco aqui muitas fotografias, é mais fácil reconhecerem-me. Pode suceder cruzar-me com atletas que comentem aqui e que depois não veja logo quem são, em especial no meio de tanta cara. Não pensem que sou mal-educado é mesmo por já serem muitas caras.
Quem ontem deu a partida, ao lado da campeã Rosa Mota, foi o famoso surfista Garrett McNamara cuja paixão pela Nazaré e suas ondas em muito está a contribuir para o quanto se tem falado desta praia.
Desde o aquecimento que me sentia bem e tal manteve-se ao longo de todo o percurso, numa prova que foi bem divertida de fazer, tendo seguido sempre com a Isa e onde estivemos muitas vezes na brincadeira mas sem descurar o ritmo, em especial após o retorno onde íamos entretidos a escolher atletas mais ao longe para os tentar apanhar.
Pelo caminho, até algumas surpresas como ver algum 007 a flutuar sobre a água, propulsionado pela força do jacto de água, como se pode ver na fotografia aqui em baixo.
| 007 em acção. Foto Nuno |
Poucas vezes terei tido uma prova com tão boa disposição e isso é impagável. O tempo é que esteve quente, foi a minha 5ª Nazaré e sem dúvida a mais quente, numa temperatura não habitual para quase meio de Novembro. A marca final (real) foi de 2.14.46 mas tornou a acontecer algo que parece que está reservado em exclusivo para a Nazaré. Costumava dizer que a caminho das quase 300 provas, apenas por uma vez tinha parado para apertar o atacador do sapato que se tinha solto. Foi na Nazaré em 2010 numa prova onde fiquei a 18 segundos do meu record da Meia, tendo demorado mais tempo a apertar-lo. Pois ontem após o primeiro quilómetro sucedeu algo que também ainda não me tinha acontecido. Tive que parar para tirar uma pedrinha do sapato, que me estava a incomodar. E passado uma centena de metros, parei novamente pois com a pressa de retomar a corrida, apertei mal o sapato e tive que parar novamente. Há coisas que parece estarem reservadas para a Nazaré!
Depois duma muito agradável prova, da excelente broa de mel que estava no saco após a meta e dum retemperador banho nos Bombeiros, cuja simpatia realço, altura para almoçarmos bom peixinho, uma volta pela vila (pronto... confesso... fui comprar mais broas de mel!) e depois a ida até ao farol para as famosas ondas.
Uma verdadeira romaria ao local que está a fazer que a Nazaré seja falada em todo o mundo, tendo muito a ganhar em termos turísticos.
| A ida para a meta com nova foto do Nuno e as minhas desculpas à Isa pois estou a tapar um pouco da sua cara! |
| Imaginem o que será umas 5 ou 6 vezes maior! Foto da Isa |
O fenómeno gerador das ondas gigantes, o chamado canhão, proporcionou umas ondas ontem que, não sei calcular mas as maiores deveriam andar por 5 a 7 metros (?). E já davam espectáculo pela maneira como rebentavam, em especial nas rochas. Não consigo é imaginar o que serão de 30 metros!!! Mas uma coisa é certa, com essas, não poderíamos estar no local onde estávamos... Tínhamos que ir para outro sítio, mais perto do Sítio!
| Em cima no Sítio, em baixo no farol. Olha se viesse agora uma de 30 metros?!? |
E chegou ao final um dia de Atletismo e turismo. Mesmo que a realidade de 2ª feira nos bata com força, o prazer destes momentos é um autêntico tónico para o dia a dia.
Resta dizer que se classificaram 1.266 atletas, em linha com os últimos anos, e os primeiros na meta foram, em estreia aqui, Francisco Pedro da Casa do Benfica de Torres Vedras (1.13.02) e Solange Jesus do Sporting (1.28.58). E digo primeiros na meta pois vencedores foram todos.
E são artigos como este que me fazem voltar uma e outra vez ao seu blog. É, sem dúvida, um dos corredores mais simpáticos desta blogosfera :) Beijinhos e parabéns por mais esta Meia!
ResponderExcluirE são comentários destes que me fazem ficar entre o embaraçado e o feliz! :)
ExcluirMuito obrigado Fiona!
Beijinhos e... mais uma vez...parabéns :)
ps - E ainda digo mais, é naqueles dias que a frustração aparece, que comentários destes me dão a força necessária. Mais uma vez obrigado!
Feliz, João, sempre feliz! :) E não precisa de agradecer, são comentários feitos de coração! E essa malvada da frustração... Pensa ela que pode aparecer mas estes leitores aqui deste lado fazem logo com que ela fuja a sete pés!
ExcluirObrigada quanto aos parabéns, mais um aninho :)
Parabéns, aos atletas e amigos (texto e fotos). E fizeram-me lembrar a mais de uma dúzia de participações nessa mítica prova. E não sei se não teria sido nessa época que atingiu os picos de participação (perto dos 5000 salvo erro!).
ResponderExcluirMas fico muito satisfeito por saber que ainda há tanta gente a gostar dessa prova. Abraços
Obrigado Egas
ExcluirO pico foi entre 1985 e 1987, acima dos 3 mil
Um abraço
Belo relato e quase tudo dito de um dia fantástico.
ResponderExcluirParabéns João e até à próxima festa...seja lá ela onde for.
Forte abraço
Obrigado Nuno! E desta vez não te apanhei! :)
ExcluirUm abraço e até à próxima
Que belíssimo "poste" João...a alegria e o prazer desta prova estão bem vincados na forma como o escreveste. Lindas as fotos tb...ainda não tive a possibilidade de fazer a "mãe", mas um dia...
ResponderExcluirMuitos parabéns pela prova e pela prosa.
Grande Abraço
Obrigado Carlos
ExcluirUm dia vais conhecer a "Mãe" :)
Um abraço
Tive pena de não ter ido à Nazaré mas cada vez mais, por questões orçamentais, vigora o "Não se pode ir a todas"!
ResponderExcluirParabéns por mais uma Meia feita. E sim, aliar o Turismo à Corrida, é das melhores coisas que podemos fazer na Vida!
Beijinho João (também para a Mafalda)
Obrigado Ana e beijinhos também para ti :)
ExcluirParabéns João, paulatinamente vais escrevendo a tua história na corrida com algumas pinceladas mais abrangentes mantendo-nos por dentro e por fora a par daquilo que realmente nos interessa, ora isso é fascinante da forma como o fazes, daí o muito interesse que sempre me motiva em visitar os teus sítios. Abraço
ResponderExcluirObrigado pelas palavras, caro amigo
ExcluirUm abraço
Foi com muito agrado que mais uma vez estive consigo , pena que sejam sempre por breves momentos...no final ainda o vi ao telemovel na avenida com ISA mas logo os perdi de vista.parabens mais uma vez pela excelente cronica.
ResponderExcluirObrigado Joaquim, um abraço
ExcluirOlá João,
ResponderExcluirÉ muito bom quando nós sentimos bem.
A meia da Nazaré é um marco na história do atletismo em Portugal.
Um abraço
Manuel Nunes
Um verdadeiro marco
ExcluirUm abraço
Grande falha no teu artigo....não falaste das rosnadelas da zombie ;) ahahahahahah....
ResponderExcluirFoi uma óptima corrida, tirando alguns pormenores, mas divertimo-nos imenso e fartámo-nos de rir e pescar atletas :)
E depois aquela broazinha de mel e aquele peixinho bom mhan mhan mhan....
Mas o melhor foi surfar aquelas ondas com os meus amigos Miguel, Tiago e McNamara hehehehehe...=D Ainda enganamos mais uns...hihihihihi
Beijinhos
Não ia levantar o véu quando deverá ser a própria a relatar.(isto é a desculpa diplomática para o facto de ainda estar em estado de choque incapaz de falar em coisas tão temíveis!)
ExcluirE que bem surfaste a inocência de alguns (ih ih ih)
Beijinhos
Ainda não foi este ano. No próximo tentarei não falhar.
ResponderExcluirMais uma, Parabéns!
Abraço!!!
E a próxima é especial, a número 40!
ExcluirUm abraço
Excelente relato, excelente dia, excelentes amigos...
ResponderExcluirObrigada João pelo blog, pela amizade e por tudo...
Quanto a parte do surf da ISA... ainda bem que ela sabe fazê-lo com muita categoria, porque depois daquela onda que ela apanhou em que nos assustámos todos... mas ela saiu-se muito bem! ; )
Beijinhos
He he he! :)
ExcluirBeijinhos e obrigado pela vossa companhia :)
Olá João! "Futebolísticamente" falando, não hei-de encostar as chuteiras sem fazer esta.
ResponderExcluirMuitos parabéns por mais uma Meia no cv, feita com tanta boa disposição. Gosto de ver! E gostei de ler!
Parabéns, beijinhos e até breve! ;)
Ainda falta tanto tempo para encostares as chuteiras... :)
ExcluirObrigado e beijinhos :)
Não tivesse decidido que Novembro seria mês de menos provas, tinha ido à Nazaré. O teu relato apenas me fez ver que para o ano, é prova a não faltar.
ResponderExcluirAbraço e boa recuperação :)
E para o ano é especial, número 40!
ExcluirUm abraço! :)
A Meia da Nazaré está cada vez mais um símbolo e uma festa da corrida amadora. O ambiente de boa disposição descrito neste Post era bem visível em toda a gente!
ResponderExcluirPara o ano lá estaremos novamente!
Um abraço
"Uma festa da corrida amadora"
ExcluirExcelente definição!
Um abraço :)
Obrigada pelas fotos e pelo relato sempre muito bom..
ResponderExcluirAndo com saudades daí, desde que o meu filho foi morar para Leiria nunca mais fui à Nazaré.
beijinho
Beijinhos, Eugénia
ExcluirE se alguém ainda não tinha vontade ir á Meia da Nazaré, pois ao ler este artigo ficou a ter!!!
ResponderExcluirMas que belo Domingo esse :)
A Nazaré é sempre um local fantástico de se visitar.
Beijinhos
E já viste que a tua estreia na Nazaré em 2014 coincide com a edição 40?
ExcluirForça! :)
Beijinhos e até domingo
Tem tudo para ser especial!!! :)
ExcluirMais uma que terei de fazer em 2014.
ResponderExcluirAbraço
Um abraço, Vítor!
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