domingo, 29 de abril de 2012

Os portugueses na Maratona de Hamburgo


Última oportunidade para mínimos olímpicos, a Maratona de Hamburgo (Alemanha) contou hoje com a presença de 4 atletas portugueses.

Numa prova de tudo ou nada, as coisas não correram de feição. Ricardo Ribas foi o único masculino a finalizar, tendo obtido um bom 12º lugar mas os 2.14.14 foram insuficientes para o sonho olímpico. Uma primeira metade em 1.06.18 dava-lhe boas hipóteses, estragadas pela 1.07.56 da 2ª parte.

Hermano Ferreira passou com Ribas a 1.06.18 à meia mas até aos 30 quilómetros a média estragou-se o suficiente para deixar de ter hipóteses reais e acabou por desistir.

Alberto Chaiça já passou aos 20 fora da média, 1.04.36, sofrendo dum problema no pé desde os 5 kms e foi forçado também a desistir.

No sector feminino, Filomena Costa realizou a sua 2ª Maratona, após a sua estreia em Praga faz em Maio um ano. Nessa altura, marcou 2.33.34, mínimo B e perto do mínimo A de 2.32.30
No entanto, Filomena teria que realizar um tempo bem melhor em virtude de já estarem 3 atletas com mínimos A (Jéssica Augusto, Dulce Félix e Marisa Barros).
Tendo passado em 1.15.57 à meia, Filomena viria a quebrar significativamente, terminado em 62ª e uma 2ª metade em 2.04.59 (total de 3.20.56), mas sendo de louvar o seu estoicismo em não abandonar.

As vitórias repartiram-se entre o etíope Shami Dawit e a queniana Rael Kiyara, respectivamente com 2.05.58 e 2.23.47

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Alberto Baptista e Alexandrino Silva em destaque em Pádova

Decorreu no passado domingo mais uma edição da Maratona de S. António na cidade italiana de Pádova onde estiveram dois atletas portugueses a competir na categoria de cadeira de rodas.

Alberto Baptista do AMVE terminou em 5º lugar com 1.37.59 e Alexandrino Silva da ANACR foi o 7º a escassos 2 segundos.

O vencedor foi Michel Filteau com 1.28.50 e um avanço de 7.06 sobre o 2º. Entre esse 2º e o 7º lugar de Alexandrino, couberam 6 atletas em 2.05, como pode ser visto na classificação geral aqui e seleccionando "carrozzine" no campo "Race"

Ambos confirmaram os mínimos para os Jogos Paraolímpicos de Londres, sendo credores das maiores felicitações.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Troféu de Oeiras - Vila Fria


(Foto NucleOeiras)


10ª prova de um total de 14 do 30º Troféu das Localidades de Oeiras, o Grande Prémio de Vila Fria  reuniu ontem 562 atletas, participação record batendo o anterior máximo de 2011 por 15 atletas.  

Colectivamente, o NucleOeiras continua a somar vitórias, alcançando 582 pontos,  seguidos dos Leões de Porto Salvo com 311, Linda-a-Pastora 306 e Os Fixes 303. Se em relação ao primeiro lugar o avanço foi enorme, a luta pelo 2º lugar foi ao ponto entre estas três formações.

Foram os seguintes os vencedores individuais: (de assinalar que o Benjamim António Teixeira continua imbatível vencendo todas as 10 provas disputadas)


Escalão
Atleta
Clube
Atletas
Benjamins B M
António Teixeira
Cá Te Espero
20
Benjamins B F
Joycelene Barros
Os Fixes
20
Infantis M
Pedro César
NucleOeiras
25
Infantis F
Adriana Varela
NucleOeiras
15
Iniciados M
André Oliveira
Ribeira da Lage
21
Iniciados F
Maria Medeiro
NucleOeiras
12
Juvenis M
Ruben Veiga
NucleOeiras
11
Juvenis F
Catarina Alves
NucleOeiras
14
Juniores M
João Bertolo
NucleOeiras
17
Juniores F
Catarina Carreira
Linda-a-Pastora
14
Sub23 M
Nuno Cardoso
NucleOeiras
13
Sub23 F
Sara Simões
Linda-a-Pastora
6
Seniores M
João Caetano
NucleOeiras
58
Seniores F
Mónica Moreiras
NucleOeiras
18
M 35
Paulo Martins
Atibá
40
F 35
Ana Pereira
NucleOeiras
16
M 40
Luís Lima
NucleOeiras
34
F 40
Helena Medeiro
NucleOeiras
14
M 45
António Maneta
Leões Porto Salvo
33
F 45
Maria Pedro
Leões Porto Salvo
15
M 50
João Caldeira
Linda-a-Pastora
44
F 50
Mª Rosa Carita
Sintrense
11
M 55
Manuel Coelho
Ribeira da Lage
19
F 55
Maria Fatuda
Ribeira da Lage
5
M 60
Joaquim Pereira
Leões Porto Salvo
22
F 60
Mª Isabel Lino
Linda-a-Pastora
13
M 65
Albino Neiva Oliveira
Benfica Mem Martins
19
M 70
Carlos Marques
Linda-a-Pastora
13



Classificações

Próxima prova - Estádio Nacional a 13 de Maio





quarta-feira, 25 de abril de 2012

A 35ª Corrida da Liberdade

Eberhard, Carlos, eu e Sandra. Os 4 ao Km a apadrinharem a (grande) estreia da Lúcia!

Disputou-se hoje em Lisboa a Corrida da Liberdade, evento que se realiza há 35 anos, evocando o dia em que a Liberdade nos foi devolvida em 1974.

Muito se ganhou nesse dia, muito foi recuperado e tanto se perdeu neste último ano.

O que não se perdeu e continua bem vivo entre todos é comemorar a data da melhor maneira, pois a corrida é algo sempre associado a uma sensação de liberdade que a todos toca. 

 Quartel da Pontinha cheio antes da partida
 E aí vão os atletas...
 ...até preencherem por completo a Avenida da Liberdade (caminhada à esquerda, corrida à direita)

Foram cerca de 1.600 que se reuniram na Pontinha para percorrerem os aproximadamente 10.800 metros até aos Restauradores, numa prova salpicada com uma chuva miudinha que não encharcou e só incomodou na fila após a meta, mais devido ao arrefecimento. 

De resto, tudo como é habitual nesta organização que prima a participação e o convívio, não fazendo desta prova competição.

Tal como nas últimas provas, sinto-me a melhorar, após um período de quebra significativa. Coloquei um ritmo certo, perto do máximo que posso almejar actualmente, e marquei 58.17
Os 3.25 a mais que no ano passado, são prova de que estou bem mais perto duma forma normal do que desde o início do ano.

Consumada a estreia da Lúcia com grande sucesso e ladeada pela Sandra e Nuno

Esta prova serviu também para uma parceria 4 ao Km/Açoreana no apoio à estreia da Lúcia Tavares numa prova desta distância, após a sua estreia na Mini da Ponte. E que estreia, finalizando em 58.20 e passagem aos 10 em 54.57, demonstrando que, com a normal evolução inicial, cedo pode baixar dos 50 minutos na dupla légua! 

Artur Santiago, o primeiro a chegar aos Restauradores



domingo, 22 de abril de 2012

Fauja Singh conclui Maratona de Londres com record +100


Com 7.49.21, Fauja Singh concluiu aos 101 anos de idade a sua 9ª maratona, batendo por 22 minutos o seu anterior máximo dum atleta com mais de 100 anos.

Simultaneamente, ampliou o seu record de homem mais velho do mundo a finalizar uma Maratona, tendo 101 anos e 21 dias.

Chegar a uma idade respeitável não é o fim mas pode ser o início para algo maior. Recorde-se que a sua estreia na Maratona foi aos 89 anos.
Um exemplo a reflectir!

Clicar na imagem para ver detalhes da sua prova de hoje


Jéssica em grande na Maratona de Londres!

Jéssica a ir para a partida

Jéssica Augusto concluiu há poucos momentos a Maratona de Londres, um ano após o seu baptismo nesta distância, onde efectuou uma estreia de sonho com 2.24.33, a melhor estreia nacional de sempre, tornando-se de imediato a 2ª melhor portuguesa de sempre, apenas atrás de Rosa Mota.


Hoje Jéssica, apesar de não estar na melhor forma, está exactamente a construi-la, fez mais uma corrida fantástica, aproximando-se muito do seu record e proporcionando mais um grande orgulho a todos nós, portugueses.


Nada melhor para explicar como foi a prova que apresentar o relato légua a légua, escrito na altura.

Partida - Às 9 horas e efectuada apenas pela elite feminina, 45 minutos antes da partida dos muitos milhares que alinham nesta prova. Jéssica não pensa hoje em marcas mas apenas em ganhar mais experiência para os Jogos Olímpicos, nesta mesma cidade, daqui a 3 meses e meio.

5 kms - Cedo formou-se um pelotão que se isolou. Não entrando em loucuras, manteve o seu ritmo, passando em 19ª a 23 segundos da líder, marcando 17.13 (média 3.27), o que dava um tempo previsto de 2.25.10

10 kms - Realizou 17.28 (média 3.30), o seu tempo previsto passou a 2.26.19, tendo subido 6 lugares, passando em 13ª a 1.05 da primeira.

15 kms - Sempre muito certa, marcou 17.15 (média 3.28) nesta légua, subindo mais 2 lugares (11ª). A diferença para a primeira passou para 1.29 e o tempo previsto baixou para 2.26.04. Vai acompanhada pela italiana Nadia Ejjafini, que esteve presente no mês passado em Portugal, na Meia da Ponte.

20 kms - Continuando compacto na frente um grupo de 8 atletas, composto por 5 quenianas e 3 etiopes, além de 2 lebres que não contam para a classificação, Jéssica manteve o 11º lugar (a 1.48) mas fazendo a sua melhor légua, 17.06 (3.26 de média), melhorando a sua previsão de tempo para 2.25.38

Meia-Maratona - Passou em 1.12.38 e já distanciou Nadia Ejjafini em 28 segundos. Está a 30 segundos da 10ª, correndo assim completamente isolada.


Momento de descontracção antes da partida

25 kms - Com o pelotão da frente a reduzir a 7 atletas, por atraso da etíope Koren Jelela (e de duas passando a uma lebre), Jéssica voou nesta légua com 16.36 (3.20 de média) e ultrapassou a sueca Isabellah Anderson de quem estava a 30 segundos 5 quilómetros antes. A sua previsão de tempo passou a 2.24.31, o que seria record pessoal por 2 segundos.  Está a 2.01 da primeira e a 19 segundos da 9ª, a famosa alemã Irina Mikitenko

30 kms - Com as outras duas etíopes a atrasarem-se, o grupo da frente ficou reduzido a 5 quenianas (Mary Keitany, Florence Kiplagat, Lucy Kabuu, Priscah Jeptoo e Edna Kiplagat). Jéssica continua num ritmo extraordinário fazendo 17.03 (3.25 de média), passa a sua previsão para 2.24.25 e, mantendo o 10º lugar (a 2.48 da 1ª), já apanhou a Irina Mikitenko e Koren Jelela, esta em quebra. Está a superar as melhoras expectativas, entrando agora na parte mais difícil, na verdadeira parte da Maratona.


35 kms - Continua a selecção natural na frente com Mary Keitany e Edna Kiplagat a começarem a fugirem, tendo 4 segundos de avanço sobre Priscah Jeptoo e Florence Kiplagat. Lucy Kabuu passou já a 25 segundos. Mas a grande sensação nesta légua foram os 4 lugares ganhos pela nossa Jéssica, passando em 6ª, apenas atrás da armada de 5 quenianas, a 3.57 da 1ª e um avanço de 2 segundos sobre Mikitenko. A sua légua foi de 17.17 (3.28 de média) e a previsão de tempo 2.24.37. A emoção está ao rubro!


40 kms - Mary Keitany já vai completamente isolada (40 segundos de avanço) preparando-se para repetir o sucesso de 2011. Mas o que nos interessa é a nossa Jéssica. Baixou para 7ª, mas continuando a realizar uma óptima légua, 17.28, passando o tempo previsto a ser 2.24.59. Está quase a concluir de forma brilhante!




Final - Jéssica a ressentir-se do enorme esforço ao longo da prova, cerrou os dentes e cortou a meta em 8ª com 2.24.59, a apenas 26 segundos do seu record e abaixo das 2.25 
MUITO BEM JÉSSICA!!!
A prova foi ganha por Mary Keitany com a espantosa marca de 2.18.36, 43 segundos melhor que 2011.


Clicar nas duas imagens em baixo para ver a classificação final e a prova da Jéssica em detalhe


Classificação
Légua a légua




sábado, 21 de abril de 2012

Grande Prémio de São Pedro de Penaferrim


Fui hoje à tarde disputar o 4º Grande Prémio de São Pedro de Penaferrim, integrado no Troféu Sintra a Correr e gostei bastante do percurso. 

Tenho certas contradições, como podem constatar. Sou um atleta da parte de trás do pelotão mas prefiro e saiem-me melhor os trajectos durinhos. Este, começa com 3 quilómetros a descer, desde a Praça de São Pedro à Abrunheira, seguem-se-lhe 2 quilómetros planos e acaba com 3 sempre a subir, nalguns quantos pontos bem inclinado. É desta parte que gosto!


O programa iniciou-se pouco depois das 15 com as corridas para benjamins, a que se lhe seguiram mais 3 por escalões até chegar a 5ª e última, a nossa. 
De realçar positivamente que neste troféu as seniores femininas e veteranas 40 correm na prova principal.


Com o tempo para o fresquinho, ideal para correr, deu-se o tiro de partida, por volta das 16.45, para uma distância anunciada de 8.500 metros mas que tinha cerca de 400 metros menos.
Sendo os primeiros 200 metros a descer e em calçada até se entrar na estrada, quando aí curvei tinha apenas a a ambulância atrás de mim. 
Coloquei o meu ritmo ideal para descida, que é o meu ponto mais fraco, e verifiquei que o pelotão voava por aquela inclinação. Como não quero que os problemas no joelho regressem, mantive-me e acabei por ultrapassar 6 companheiros até ao início da subida. 
Aí, saiu o João que gosta de subir e até à meta ultrapassei mais 19, dum pelotão de cento e poucos atletas, cortando a meta em 44.51 de tempo real, 5.31 de média, o que é um grande salto em relação ao que andava a fazer antes da Estafeta do passado domingo. 
Nos últimos dois meses não conseguia chegar a essa média, em provas fáceis, e agora numa dura, fiz e acabei bem. Cansado mas bem e ciente que fui sempre no meu limite para cada momento.
A Estafeta funcionou como o "boost" que necessitava!


De resto, tudo bem para uma prova de Troféu e um bom ambiente entre todos.
Gostei!