domingo, 6 de maio de 2012

Meia-Maratona de Setúbal


Setúbal nasceu do rio e do mar. As origens do seu nome não estão definidas, coexistindo diversas teorias onde as mais conhecidas são que os árabes apelidavam de Xetubre o rio que banha e populariza a cidade, bem como o seu nome vir da bíblia pelo neto de Noé, Tubal.

Desde cedo o porto de Setúbal foi fundamental para o seu desenvolvimento, sendo utilizado por fenícios, gregos e cartagineses.


Com a queda do império romano, a localidade terá desaparecido pois não existem registos entre o sexto século e o décimo segundo, numa altura que estava, digamos, entalada entre uma Palmela cristã e uma Alcácer do Sal árabe.

Reapareceu com a conquista em 1217 de Alcácer do Sal, tendo recebido foral em 1249. No entanto, as disputas por terreno entre estas localidades e Palmela agudizaram-se e apenas um acordo em 1343 demarcou as respectivas áreas.


O auge de Setúbal deu-se no século 17 quando o sal assumiu um papel preponderante. Tendo chegado a capital de distrito em 1926, Setúbal é hoje uma cidade de personalidade muito própria, berço de nomes que vão de Bocage a Sebastião da Gama e Luísa Todi, passando pelo mundialmente conhecido José Mourinho.


Para nós, atletas, Setúbal é o palco da sua Meia-Maratona que atingiu hoje a 23ª edição duma história iniciada em 1990, certificada desde 1996.

Um ano marcado por muitas dificuldades para colocar de pé a prova mas recompensada com 786 atletas na meta, mais 63 que no ano passado e a melhor participação das últimas 6 edições, correspondendo a uma organização sem falhas.

Num dia mais quente que os anteriores, Bruno Paixão do Portalegre triunfou em 1.06.45, à frente de Carlos Silva do Sporting (1.07.14) e Nélson Cruz do Praia Salema (1.07.39)


2ª em 2011, Rafaela Almeida do Benfica subiu um degrau no pódio, formando-se assim uma dupla de atletas que se estrearam a vencer na cidade à beira Sado plantada.
Rafaela completou o percurso em 1.19.13, com a sua colega de equipa Vera Nunes em 2ª (1.20.53) e Anabela Gomes do Arrudense em 3ª (1.22.25)


A minha prova foi a possível para o momento actual, onde devido à quebra registada em Março perdi os treinos ideais para uma Meia, completando-a em 2.15.03, mesmo assim 18 segundos melhor que a Meia da Ponte 25 de Abril.

Sei que a Sandra se vai "zangar" por eu escrever isto mas, como me quis acompanhar, foi pena eu ter-lhe prejudicado e muito a sua marca pois estava bastante bem e solta.

Para a estreia na Maratona em Dezembro, muito trabalho há pela frente. Para já, recuperar a forma perdida. Esta tem vindo a reaparecer mas ainda há dias como hoje. As razões e causas estão identificadas, agora há que contornar o momento.



4 comentários:

  1. Boa João, parabéns!
    Estás a melhorar que é o importante.
    E, até Dezembro, tens muito tempo para te preparares.
    Um abraço.

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  2. É um prazer enorme ler um texto como este em que fazes um, excelente, enquadramento histórico, sobre a cidade de Setúbal.
    Para além do “normal” relato de mais uma prova aprende-se muito com textos destes. E para quem gosta de historia como eu é uma maravilha.

    Quanto à tu prestação vai no bom caminho da maratona.
    Provavelmente, e por mais que te custe a admitir e aceitar, na fase chave da preparação para a maratona vais ter de reduzir a tua participação em provas.
    Sei que és muito feliz a participares, intensamente, em provas, ( e a corrida é fundamentalmente para duas coisas quando falamos de atletas de pelotão: ser mais saudável e feliz) mas a preparação para uma maratona implica espaço para treinar e assimilar esse treino coisa que pode ficar muito prejudicada quando se alinha em provas semanalmente.
    Quando falas da tua prestação nesta prova não nos podemos esquecer que alinhaste no primeiro de maio na terça feira e a regra do meio dia por quilometro percorrido para recuperar de uma prova implicava uns sete dias de recuperação.
    Claro que se pode fazer provas mais calmamente mas já sabemos que quando envolvidos numa prova a tendência é para andar mais rápido.
    No tempo em que treinava para a maratona, mesmo a serio, fazia uma prova por mês que se integrava na preparação.
    Não digo que tenhas que te limitar a uma prova por mês mas quatro (ou mais!) provas mensalmente julgo ser mesmo um exagero.
    Mas tudo isto é quanto entrares no ciclo de preparação especifica para a maratona, até lá pode ser muito feliz com as tuas provas semanais!
    Grande abraço.

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  3. Olá João,

    o Atletismo para mim é sinónimo de brincar, de convívio de companheirismo, entre-ajuda, amizade, alegria...

    Esta prova só poderia ser feita assim, acompanhados com amigos... Não é fácil pelo facto de ser monótona.

    Foi uma prova muito agradável...

    Se não fosse da forma como a fiz na tua companhia, não teria conseguido fazer nada de jeito...

    Gostei muito e venha a próxima : )

    Beijinhos e para a maratona, apesar de brincarmos estaremos todos focados no teu objectivo e tu sabes disso :)))

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    1. Olá Sandra,

      Devo dizer que na chegada me fizeste chegar às 190 de pulsação... mais uns segundos e não aguentava...

      Só pelas fotografias vi quem é que estava mesmo atrás...

      Foi a primeira vez que estive numa prova. Vamos ver se tenho coragem para o próximo ano.

      Cumprimentos,

      Vilma

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