Ao desfolhar a Revista Atletismo de Junho de 1995, na minha busca por mais resultados para o histórico de resultados das provas portuguesas, deparei-me com uma notícia deveras curiosa e que ia ao encontro do que continua a ser referido, o facto dos corredores de pelotão não serem contabilizados para o número de praticantes / federados, ao contrário de muitas outras modalidades que apresentam números bastante superiores aos do Atletismo, com todas as vantagens inerentes.
A notícia relatava a criação da CNEC (Comissão Nacional de Estrada e Corta-Mato) e relatava assim:
"O projecto de regulamento da Comissão Nacional de Estrada e Corta-Mato prevê um novo modelo de filiação na Federação, destinado aos corredores que normalmente participam nas provas de estrada: serão os «federados de estrada». As filiações serão feitas nas associações regionais mediante o preenchimento de impressos referentes à inscrição e ao seguro e a entrega dum certificado médico e duas fotografias.
Os atletas passarão a usufruir das seguintes vantagens: isenção de pagamento de seguro nas provas; possibilidade de utilização de algumas pistas reservadas a atletas federados; possibilidade de participação no Campeonato Nacional de Estrada; entrada gratuita em provas de Atletismo e «meetings» com entrada paga."
17 anos depois, onde ficou este projecto?
Parecer-me que a CNEC é mais um organismo que está moribundo!
ResponderExcluirA ideia de federarar os atletas populares que corem em estrada era (é) um excelente ideia e só daria mais força ao atletismo e traria vantagem para ambos os lados (atletas e federação).
Se não estou enganado a federação francesa faz isso e não deve ser a única!
Pela falta de políticas objectivas que agreguem e apoiem os atletas populares em torno da federação é que se vêm coisas ridículas com o golfe parecer muito mais um desporto de massas que o atletismo! É que no golfe, passo o exagero, mal se pega mo taco esse logo federado!
A FPA continua a não ligar nenhuma ao fenómeno da corrida para todos e, digamos, a ter um certo desprezo pelo corredor de pelotão.
Afinal estaremos assim tão longe de quando o movimento da corrida para todos começou em Portugal e eramos brindados com todo a espécie de nomes (coxos, provas dos chouriços, voltas ao correcto etc.) por parte de certas elites do atletismo?
Bem sei que correr esta na moda mas por parte da FPA na pratica quase nada evolui pois o atleta de pelotão continua completamente marginalizado e abandonado.
As provas de estrada - dada a sua quantidade e a quantidade do número de atletas que nelas participam - precisa urgentemente de um organismo que as apoie, que as regule e que evite situações de verdadeiros atropelamentos, que muitas vezes se verificam e que só prejudicam as organizações.
ResponderExcluir