Troféus da prova, onde não falta o busto do Marquês de Pombal
Poderia ser conhecido pelo seu nome, Sebastião José de Carvalho e Melo ou pelo título de Conde de Oeiras, mas ficou para a história como Marquês de Pombal, marcando de forma significativa esta cidade pertencente ao distrito de Leiria, com a extensão de 626 km2 e 17 freguesias que albergam mais de 55.000 habitantes.
Todos os anos organiza a multi-centenária Festa do Bodo, evento a que durante 27 anos se associou a Meia-Maratona do Pombal, alterada nos 2 últimos anos para a Prova do Bodo, de 10 quilómetros, comemorando assim 29 edições.
Foi a primeira vez que participei nesta prova, e também a primeira vez que visitei esta terra, cidade desde 1991, e o saldo é muito positivo.
Idealizaram uma corrida bastante interessante e diferente, cujo percurso consta de 3 voltas, sendo que cada uma retorna pelo mesmo sítio, fazendo que sejamos participantes e espectadores da própria corrida, além de basicamente estarmos no centro, com um bom número de pessoas a assistir e estejamos sempre a ser informados da evolução da corrida pelos altifalantes distribuídos ao longo do trajecto, com o relato directo e integral.
Fotografia da praxe com o João Branco e Sandra Martins, e onde até o polícia a moto esperou pelo clique para poder passar
Torna-se assim uma prova que passa de forma rápida e agradável, deixando a vontade de regressar.
A nível organizativo, e com excepção dum ponto do regulamento que desenvolverei adiante, esteve tudo perfeito. Levantamento de dorsais bem organizado, trânsito completamente cortado e percurso bem identificado, abastecimentos em cada volta e vários chuveiros espalhados pelo trajecto, classificações rapidamente afixadas, muita simpatia e tudo com inscrição gratuita.
E foram devidamente recompensados com um significativo aumento de participantes. Se em 2010, primeira edição com 10.000 metros, foram 317, ontem cortaram a meta 453, mais 136, num aumento de 42,9%.
Os prémios eram aliciantes e, assim, formou-se um pelotão de elevada qualidade, como podemos atentar nos nomes dos primeiros. Destes, os mais rápidos foram os 2 quenianos presentes, com Elicky Mase a triunfar em 29.13 e um avanço de 20 segundos sobre o seu compatriota Peter Korir que distanciou o primeiro português, José Rocha (Maratona), por 6 segundos. Na 4ª posição, e ainda abaixo da meia hora (29.57), o atleta da Conforlimpa Hermano Ferreira, sendo seguido por Fernando Silva (Maratona), Daniel Pinheiro (Maia), Vitor Oliveira (Maia), Roman Prodius (Garmin Olimpico de Oeiras), Bruno Silva (Maia) e, a fechar os 10 primeiros, José Maduro (Maduro Atletics).
A menos dum quilómetro da meta, Mónica Rosa ainda distanciava uns 10 metros Doroteia Peixoto que acabou por ser mais forte no final
No escalão feminino, Marisa Barros do Benfica cedo se isolou para ganhar em 33.30. Na 2ª posição terminou Doroteia Peixoto (Joane), com 34.18 e 3 segundos à frente de Mónica Rosa que a um quilómetro do final ainda seguia na 2ª posição com um relativo avanço mas Doroteia teve uma ponta final bastante forte, conquistando-lhe esse lugar.
4º lugar final para Ana Dias (Casa do Benfica de Faro) que conseguiu aguentar por 1 segundo o final forte da bracarense Filomena Costa.
E neste escalão residiu aquele que é, na minha opinião, o ponto negativo do regulamento. Enquanto no sector masculino atribuíam prémios monetários para os 10 primeiros da geral e os 3 primeiros em cada um dos 5 escalões de veteranos, num total de 25 atletas masculinos premiados, no sector feminino, que até se apresentou bastante forte nesta prova, o escalão era único (seniores, tivessem 20 ou 60 anos) e apenas prémio para as 5 primeiras classificadas.
Infelizmente este procedimento acaba por ser um tanto habitual mas nesta prova foi mais gritante a injustiça se atendermos à qualidade das atletas que ficaram fora da relação de premiadas. Atente-se: 6ª Anália Rosa (Maratona), 7ª Inês Monteiro (Maratona), 8ª Rafaela Almeida (Benfica), 9ª Claudia Pereira (Braga) e 10º Tina Ramos (Valencia Terra y Mar).
Sendo às 19 horas, o tempo estava bom para a prática da corrida, ajudado por a maior parte do percurso ser à sombra.
E foi nesse contexto que a minha prova decorreu de forma que me deixou muito satisfeito, ajudado pelo óptimo dia passado com os amigos João Branco e Sandra Martins, dia que foi um "mix" de convívio, turismo, cultura e desporto.
Estando com apenas 3 semanas do novo esquema de treinos e após umas semanas muito desgastantes a nível profissional, o ter realizado 52.13 enche-me de confiança e esperança que estou no caminho certo para este ser (finalmente...) o ano 49.59
Desde o início que me senti bem e com capacidade para manter um bom ritmo. Fui sempre acompanhado pelo João Branco, ambos puxando um pelo outro. Não tendo sentido nenhum indício de quebra em qualquer altura da corrida, senti-me bem para atacar no final, e após o mesmo João Branco aos 8 ter-me dito para se eu me sentisse bem, continuasse, o que fiz aos 8,5, correndo essa parte final a 4.45, o que me permitiu cortar a meta no tempo real de 52.13 (ou, se preferirem, 49.59 mas 2.14).
Há que continuar o trabalho para os frutos aparecerem.
Agradável piquenique ao almoço. E sem carburante não temos energia...
Uma última palavra para um aspecto que ouvi alguns atletas referirem. Sendo 3 voltas, o pelotão onde me insiro acabou, naturalmente, por ser dobrado pelos primeiros. Segundo parece, nem todos os atletas facilitaram por não se aperceberem que iam ser dobrados.
Este foi um reparo que ouvi e já li mas não me apercebi pois no nosso caso iamos com a atenção devida e cumprimos as regras de bom senso de nos colocarmos em fila indiana e não lado a lado, encostando-nos a uma berma e não ziguezagueando.
Disputou-se igualmente uma Mini de 3 kms (123 atletas), além duma muito participada caminhada, no que foi, como se pode entender, uma prova de sucesso e a regressar.
Espero que estejas no bom caminho para os 49:59, se eu puder ajudar conta comigo, mas acho que podias enviar um email ao nosso amigo e perguntar que tipo de treino poderias fazer para chegar a esse objectivo, com toda a certeza que terias uma resposta.
ResponderExcluirUm abraço
É isto ai, nao podemos parar, força e estamos juntos para os desafios, abraços.
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