Disputou-se hoje em Punta Umbria, Espanha, o Mundial de Corta-Mato com uma temperatura primaveril e um percurso que era um autêntico tapete de relva.
Seguindo a ordem do programa, começamos pelos juniores femininos onde Susana Godinho era a única representante nacional. Foi 49ª com 21.41 e em termos europeus apenas 5 britânicas a precederam. Vitória de Faith Kipyegon do Quénia com 18.53, com 2 etíopes a 1 segundo, Genet Yalew e Azemra Gebru.
Colectivamente a Etiópia levou a melhor com 17 pontos, 2 melhor que o Quénia. O Japão fechou o pódio com 75.
Nos juniores masculinos, o nosso representante, o muito promissor Rui Pinto, teve uma semana atribulada com uma gastroentrite. Mesmo assim deu o seu melhor e terminou em 52º (25.01) e 4º europeu. Geoffrey Kamworor do Quénia levou o título mundial, 21.21, seguido pelo ugandês Thomas Ayeko a 6 segundos e o queniano Patrick Mwikya a 11.
Título colectivo para o Quénia, 20 pontos, seguido pela Etiópia, 24 e o Uganda 50.
Em seniores femininos a nossa selecção apresentou-se muito desfalcada, sem as nossas meninas de ouro Jéssica Augusto, Dulce Félix, Marisa Barros (todas no circuito de Maratonas), Inês Monteiro e Ana Dias (ambas a contas com lesões). Assim, restaram dos títulos europeus Sara Moreira e Anália Rosa a que se juntaram as promissoras jovens Daniela Cunha, Ercília Machado, Salomé Rocha e Filomena Costa.
Sara Moreira a provar o seu grande momento, terminou num honroso 20º lugar e 3ª melhor europeia (atrás duma das grandes sensações da prova Charlotte Purdue em 14º, ela que ainda é junior, foi aliás a campeã nesse escalão no Europeu, e a irlandesa Fionualla Britton) com a marca de 26.31. Ercília Machado terminou em 65ª (27.52), Anália Rosa 67ª (27.57), Daniela Cunha 72ª (28.02), Salomé Rocha 78ª (28.25) e Filomena Costa 92ª (29.04)
Mais uma vez a queniana Linet Masai não venceu, sendo 2ª pelo 3º ano consecutivo. Isolou-se perto do final com Vivian Cheruiyot que levou a melhor com 24.58, enquanto Masai registou 25.07, 3 segundos à frente da outra grande sensação, a norte-americana Shalane Flanagan que foi a única a acompanhar o batalhão de quenianas e etíopes, ultrapassando a maioria no final para concluir no pódio.
Colectivamente, vitória para o Quénia, 15 pontos, seguida pela Etiópia 29 e Estados Unidos da América 57. A melhor equipa europeia foi a Grã-Bretanha no 5º posto enquanto Portugal terminou em 12º com 224 pontos.
No sector masculino, Nuno Costa foi o melhor representante nacional ao concluir em 34º (35.54). Seguiram-se-lhe José Rocha 41º (36.05), 48º Manuel Damião (36.17), 66º Marco Morgado (36.48), 67º Licínio Pimentel (36.50), enquanto o campeão nacional Youssef el Kalai desistiu.
A luta pela vitória ficou reduzida no último quilómetro a 4 quenianos e 1 etíope e foi exactamente o etíope Imana Merga que lançou um fabuloso sprint final directo ao título mundial com 33.50, sendo o 2º Paul Tanui a 2 segundos e em 3º Vincent Chepkok a 3 segundos.
O Quénia, naturalmente, venceu colectivamente com 14 pontos, Etiópia em 2º (38) e Uganda 3º (49). A luta pela melhor selecção europeia foi um assunto ibérico, ganhando a Espanha, 8ª com 150 pontos e Portugal foi 9º com 189, à frente dos Estados Unidos.
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