quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Números da Maratona de Lisboa (com 3 records)


A 3ª edição da Rock'n'Roll Maratona de Lisboa confirmou a subida de cerca de mil atletas classificados de ano para ano. Vejamos a evolução:

2013
1.836
2014
2.865
2015
3.828

A particularidade de se manter desde o início na casa das 8 centenas mas subindo um nos milhares.
Foi, naturalmente, o seu record de participação e a 2ª maior em Portugal, batida apenas pela do Porto em 2014 com 4.040 (número que se prevê seja batido a 8 de Novembro).

Um dos records que se bateu foi o maior número de estrangeiros a terminar uma Maratona no nosso país. O anterior máximo era desta Maratona, edição do ano passado, com 1.513 atletas, enquanto este ano tivemos 2.396 estrangeiros a cortarem a meta, um incremento de mais 883.

Mas esse não foi o único record a ser batido. Refiro-me a outro que também pertencia à edição de 2014 desta prova, o tempo mais rápido jamais realizado por uma atleta feminina em Portugal. Pertencia à queniana Visiline Jepkesho com 2.26.47 e este ano a sua compatriota Purity Rionoripo despachou os 42.195 metros do percurso em 2.25.09

E o 3º record foi relativamente ao género. Contabilizaram-se 3.118 masculinos e 710 femininas (18,5%), sendo que nunca uma Maratona no nosso país contou tanta participação feminina. Uma óptima notícia!

(no último quadro estão todos os actuais records de Maratona em solo nacional)

Em relação a países representados, tivemos 55, mantendo-se o record alcançado em 2014 com 56, destacando-se o forte contingente francês com 738 atletas, bem mais do que o dobro de Espanha.

São eles:

Portugal
1.432
França
739
Espanha
298
Itália
260
Grã-Bretanha
240
Holanda
121
Alemanha
109
Polónia
94
Bélgica
82
E.U.América
63
Finlândia
53
Brasil
33
Suécia
27
Suiça
26
Canadá
22
Áustria
19
Hungria
17
Noruega
16
Irlanda
13
Rússia
13
Luxemburgo
12
China
11
Dinamarca
11
Egipto
10
Irão
8
África do Sul
7
Eslovénia
7
Japão
7
Quénia
7
Rep.Checa
7
Roménia
7
Índia
6
Colômbia
4
Israel
4
México
4
Moldávia
4
Costa Rica
3
Hong Kong
3
Marrocos
3
Ucrãnia
3
Venezuela
3
Albânia
2
Austrália
2
Guatemala
2
Lituânia
2
Malásia
2
Sérvia
2
Argentina
1
Chile
1
Equador
1
Estónia
1
Etiópia
1
Islândia
1
Letónia
1
Singapura
1

Espaço agora para os actuais números record de maratona em solo nacional:


Classificados
4.040
Porto 2014
Masculinos
3.611
Porto 2014
Femininos
710
Lisboa 2015
Portugueses
2.986
Porto 2014
Estrangeiros
2.396
Lisboa 2015
Países
56
Lisboa 2014
Marca Masculina
2.08.21
Lisboa 2014
Marca Feminina
2.25.09
Lisboa 2015

Aguardemos por ver o que a Maratona do Porto nos trará este ano.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Relato da que encheu uma mão de Maratonas

Momentos de glória ou como a união faz a força!

Era uma vez um atleta que ignorou as suas poucas capacidades de corrida e sonhou em fazer uma Maratona. 
Demorou 5 anos a decidir-se mas em boa hora o fez, num dia de emoções muito fortes e com um grande grupo de amigos a apoiá-lo por Lisboa.
Sempre a imaginou como a sua única Maratona, convicção que durou quase um mês após. Mas o bichinho estava instalado e veio a que seria a sua segunda. Uma Maratona muito especial por ir apadrinhar uma sua grande amiga.
Quis a crueldade dum imprevisto estragar esse dia, abrir uma ferida que só sarou neste domingo.
Entretanto, esse atleta, não virou costas à luta e foi até Sevilha numa Maratona que estaria perdida à nascença por um problema sério que lhe apareceu nos pulmões. Ainda debilitado e sem preparação, realizou nesse dia a corrida da sua vida, deixando Lisboa de ser a sua única Maratona.
No Porto, cortou a meta com 3 dedos no ar. Para si, ser tri era um número muito marcante.
Concretizou o seu sonho de Maratona na cidade sonho de Paris. E neste domingo, regressou ao lugar do crime, para encher a mão com as Maratonas que já fez.
É este o relato desse dia.   


Os quatro 4 ao km presentes e bem identificados
Após a melhor preparação que já tive (para Paris) esta foi pautada por uns quantos problemas. Agosto seria um mês forte no plano mas, à necessidade de adaptar a uma nova situação (procura de emprego), juntou-se uma lesão no pé que me obrigou a 2 semanas e meia de paragem. 
Quando tudo parecia recuperado, um certo reacender temporário das bronquiectasias. 
Momento novamente superado e faltando uma semana para a Maratona, que já era por si um fantasma, o pé deu novo susto.
Como já sabia o que era, ataquei de imediato e, felizmente, 4ª já me sentia capaz de correr. 

Tinha publicado um artigo em que falava de alerta laranja, aludindo ao pé. Não imaginava que passado esse problema, iria era preocupar-me com um verdadeiro alerta laranja!

Se as previsões andaram a mostrar que ia ser um bom dia, de repente o cardápio passou a ser de chuva forte, rajadas fortes, trovoada. 

E na manhã de sábado um temporal diluviano! A marginal, onde iríamos passar no dia seguinte, fechou. Quedas de árvores, placards e até dum semáforo.
Condições que poderiam obrigar a um cancelamento, no que seria o mais terrível anti-climax. 


Com um dos sugestivos cartazes que a Joana desenhou. O referido sorriso é de hoje, amanhã, depois de amanhã, e por aí fora
A tarde acalmou e fez acreditar que o tempo estaria melhor. Apesar de me ter deitado cedo, apenas adormeci perto da uma (e digo desde já que durante a semana até dormi bem e nesta noite, após adormecer, fui de seguida até ao despertador, o que foi bem bom para véspera duma Maratona). Nessa altura, as condições mantinham-se boas.

Despertador às 5.15 e de imediato constato a enorme carga de água que estava a cair. 
Consulto as previsões hora a hora e... 8 horas trovoada... 11 trovoada... 12 trovoada... 13 trovoada. 
Mais um obstáculo e este bem duro.

A chuva manteve-se impiedosa durante mais uma hora. Depois ia caindo e parando. 15 minutos antes da partida, ainda borrifou um pouco. Durante a prova... grande São Pedro!!!!!

Fomos 4 elementos dos 4 ao km, o Orlando a seguir bem mais à frente e depois um trio muito especial pois a Isa e o Vítor ofereceram-me a sua preciosa companhia para apagar da memória o que sucedeu em 2013. Sem mais palavras! 

Mafalda, Joana e Ricardo no apoio, e lá vamos nós rumo à meta.

Muito resumidamente, foi uma Maratona emocional, onde a boa disposição reinou, o ritmo foi o ideal para cada um e quando um estava bem, os outros também iam bem, quando um estava em dificuldades, os outros também. E assim nos entre-ajudámos. 
Até depois da Meia, a sentirmo-nos bem melhor do que o imaginado, na longa recta de Algés começámos a ficar um pouco mais calados e aos 29 ligámos o botão do modo de sobrevivência. A Maratona começou aí.
Com a força do grupo, fomos passando as dificuldades até ao momento único de cortar a meta. 
Feita!!!

E se, resumidamente, foi isto que se passou, espaço agora para diversos episódios que foram sucedendo.


Com a equipa Anacom e a particularidade de ladear o Isaac e o Jorge, ambos colegas de equipa, maratonistas e aniversariantes!
Ambiente de Maratona junto ao local de partida. Aproveitei para dar os parabéns ao Isaac que foi fazer a sua 2ª Maratona no dia do seu aniversário! Ainda não sabia que outro elemento da equipa, o Jorge, era também aniversariante.
Muitos amigos e conhecidos cumprimentados e a troca de força mútua. Especial para os estreantes Joel, Tiago, Luís e Cláudia. 

Vi o Owen e Coleen preparados para uma Maratona demonstrativa que nem uma doença degenerativa impede que se faça o que se deseja (abro aqui um parêntesis especial para congratular a organização por ter aberto as portas à sua participação, coisa que a Maratona de Londres não autorizou). Um verdadeiro exemplo!
Na altura não vi o cão Haatchi mas tivemos o prazer de o ver em Algés e Restauradores onde o grupo que incluía o pai estava presente.


Owen, Coleen e Haatchi antes da partida

E a correrem ao nosso lado!
No 1º km ultrapassaram-nos, depois com a dificuldade de empurrar um carrinho na subida do Estoril, apanhámo-los e fomos ali ao pé por um par de quilómetros. Tocante!

Na descida para a Baía de Cascais, pudemos ver o, na altura ainda encalhado, petroleiro. Mais à frente, passagem pela estação de Cascais e o apoio do pai da Isa que a partir daí fez uma Maratona de comboio, saltando de estação em estação até ao Cais do Sodré para ir vendo passar a filha.

Entre S.João e Carcavelos, o sol esteve presente. Com ele, uma muito ligeira brisa que não afectava em nada o ritmo, até ajudando a refrescar do sol de frente. 
Depois as nuvens taparam-no o resto do tempo e perto dos 38 km caíram umas muito pequenas gotas que nem serviriam para molhar.
Vento? Népias! Esgotou tudo no temporal da véspera.

Entretanto íamos constatando que ao contrário do primeiro ano, nesta zona da marginal havia algum público e apoiante. Uma muito agradável novidade e surpresa!
Em especial na zona de Oeiras, onde fiz um ligeiro desvio para ir deixar um abraço ao amigo João Branco. 


O prometido manguito no local onde fiquei em 2013
Mais à frente, momento especial. Passagem ao quilómetro 15,5. O tal local onde fiquei em 2013. A Mafalda estava lá e registou o nosso prometido manguito ao local. A Joana, dava música aos atletas, com uma coluna ligada ao telemóvel, além dos seus cartazes que fizeram furor.
E essa foi das poucas vezes que se ouviu música numa prova chamada Rock'n'Roll (apesar de também compreender que as ameaças meteorológicas terão impedido umas quantas bandas, pois passámos por alguns palanques vazios).

Passado aquele sítio, o trauma ficou lá atrás. Era continuar a desfrutar duma manhã inesquecível.

Continuando a passar pelo pai da Isa (chegámos a pensar se seria algum gémeo ou clone que ia trocando com ele), entrámos no passeio das nações. Aquele passeio junto ao mar entre Caxias e Cruz Quebrada, aproveitado pela organização para colocar bandeiras dos países com atletas participantes e os jovens do NucleOeiras a empunhá-las e a incentivar-nos. Bonito!


Se eventualmente alguém duvidar que íamos felizes e contentes...
À saída recebo o apoio da Sofia a quem desejo uma rápida recuperação para que um dia possa cumprir o seu sonho de maratonista. 

Estava cumprida a fácil primeira metade. A segunda, já por si a difícil, trazia consigo as longas rectas (que não sou amigo).


Pronto... tou tramado! Já perceberam qual é o meu "doping"! Se a organização vê isto, ainda me desclassifica!
Em Algés nova passagem pela Mafalda, Joana e Ricardo e mais à frente vemos então o famoso Haatchi, cuja maldade humana lhe cortou uma perna e a quem a sua amizade e cumplicidade com Owen é tocante.

Em frente à Torre de Belém, nova passagem pela Mafalda e filhos. Em Belém, onde pela enésima vez o pai da Isa estava, um episódio curioso com o telemóvel que a Isa contará no seu relato e que pôs todo o pessoal à volta a rir.


Podemos ir felizes mas o Vítor relembra que prá frente é que é o caminho!
Passagem pela Infante Santo e presença e apoio do Egas Branco. Chegada ao Cais do Sodré com novamente a Mafalda, filhos e pai da Isa.

E como íamos de emoções? Sempre bem e com uma única certeza. A meta vai ser derrubada!

Na ida para o Rossio, senti pela única vez uma ligeira impressão no pé. Mas tão ligeira que nem deu para assustar. Curiosamente, desde a Maratona que o sinto a 100%. Devia estar a precisar duma esfrega assim!

Essa parte no Rossio tem uma dificuldade, o empedrado do piso que, para quem já tem 32 km nas pernas, massacra.
Nessa altura, somos passados pela Cláudia que se estreou muito bem na Maratona e quase que ainda apanhava o pai Afonso (chegou só 3 minutos depois dele).

Entrámos então na parte terrível deste percurso, Terreiro do Paço-Parque das Nações. Local deserto de público, longas rectas e paisagem feia de armazéns abandonados. Isto na parte crucial da Maratona.
Mas o caminho era apenas um, em frente!



Começou então a apetecer-me uma banana. Em Algés já tinha sorvido o sumo a uma laranja, agora queria era uma banana. Não havia no reabastecimento do km 34, só desejava que houvesse no 37. E havia! Que grande alegria pode dar uma meia banana! Peguei nela, numa garrafa de água e passados uns metros, não sei se 30 ou 50, e depois de ter bebido, descasco-a, deito fora (para longe da estrada!) a casca e... a banana caiu-me!
Que frustração! Fiquei mesmo furioso comigo. Tanto desejava uma banana e ela caiu-me.
"Voltavas atrás para ir buscar outra" estão neste momento a pensar. Por mais que desejasse comer uma banana, quando se levam 37 km nas pernas, andar uns, não sei se 30 ou 50 metros, para trás e repeti-los, é algo de impensável.
Esta foi a única contrariedade numa prova onde tudo correu maravilhosamente bem. E quando a única contrariedade foi uma banana... 

Se no início víamos as placas de km passarem rapidamente, esta é a altura que cada placa demora horas a aparecer. 35... 36... 37... 38... 39... E ainda começam todas por 3.
Ao aproximar-nos do Parque das Nações, começo a ficar assim daquela maneira, percebem, não percebem? A coisa está quase!

Passamos pelos 40 e até uma festa fiz na placa. Placa que já começa por um 4!
E chegamos à recta paralela à da chegada! Cruzamos com o Sobral e Umbelina que nos incentivam (e já tinham sido eles a darem-nos os sacos na sexta). Mais à frente está a Mafalda com o Nuno e Sandra que tinham feito a Meia. Estes momentos são só de festa.


Como prometido, mãos dadas e sorriso na cara

ÉS NOSSA!!!!!
Festa que vai durar até ao momento que, por mais Maratonas se façam, é sempre algo de inenarrável. Meta cortada. De mãos dadas e sorrisos na cara.
Somos penta-maratonistas!

Quanto ao que se passou em 2013, está morto e enterrado. Foi vingado com juros muito saborosos!




Soltar as emoções em forma de abraços
Emoções soltas, e esquecida a banana, só queria era um gelado com chocolate. Vou às bancas onde dão os Olás e recebo um Magnum de chocolate e double caramel. Feliz, digo à rapariga " este vai saber-me pela vida!"

Obrigado a todos, todos!
E Isa e Vítor... sabem bem o que significou para mim!

E o tal atleta, em Março, terá que usar uma segunda mão, quando cortar a meta em Barcelona!  


Historial 


Gente feliz!

domingo, 18 de outubro de 2015

Acabou!

Felicidade!

Acabou a dor por aquele dia há dois anos.
Acabou o fantasma desta Maratona.
Acabou a ansiedade e o receio.
Acabou olhar para trás para agora só ver em frente.

Um enorme, reconhecido e emocionado MUITO OBRIGADO a todos que me apoiaram antes e durante a prova, tornando mais fácil o desafio.

E um agradecimento do tamanho do mundo à Isa e ao Vítor que me ofereceram a sua companhia nesta Maratona. Sem eles, o significado era muito diferente de ser o que foi.

Estou feliz. Estou muito feliz! E daqui a um par de dias relato tudo. Agora... deixem-me tomar fôlego e recuperar (além de começar já a pensar em 13 de Março e Barcelona, na que será a minha sexta, ih ih).

Nota final com uma mensagem pessoal: Caro S. Pedro, ontem de manhã pregaste-nos um grande susto. Hoje, a 3 horas da partida, descarregaste autênticos baldes de água. Influenciaste as previsões para um menu assustador. Mas... na verdade, e quando contava, brindaste-nos com um óptimo tempo. És um grande amigo dos atletas! 

domingo, 11 de outubro de 2015

Fechar um capítulo + Alerta laranja


Nota prévia - Este artigo deveria chamar-se apenas de 'Fechar um capítulo' e foi escrito na 6ª feira para ser publicado hoje. Infelizmente, tive que acrescentar no final uma parte intitulada 'Alerta laranja', redigida hoje.


Fechar um capítulo
(escrito 6ª para ser hoje publicado)

De hoje a uma semana a esta hora, estarei a realizar a 3ª Rock'n'Roll Maratona de Lisboa na tentativa de alcançar a minha 5ª meta em Maratona.

Cada Maratona é diferente de qualquer outra mas esta traz consigo uma marcante diferença. Enquanto cada uma começa com o tiro de partida e acaba umas horas depois, esta começou às 10.05 de 6 de Outubro de 2013. 15,5 km depois, ficou em suspenso.

Para quem não sabe, e apesar de estar bem preparado, fiquei nesse dia no caminho da que seria na altura a minha 2ª Maratona. Soltou-se a hérnia do hiato que me deixou como que envenenado. Como consegui chegar ao km 15,5 é uma prova do quanto tentei até não ser mais possível. 

E se cada Maratona é especial, essa mais era, acrescida por uma responsabilidade que não foi possível concretizar.

Entretanto, cumpri as de Sevilha, Porto e Paris, mas aquela ficou em suspenso, sempre a martirizar, martirizar, martirizar.

Apesar de ser isento de culpa, nunca me conformei com essa desistência. Tive que aprender a viver com isso, o que no início, confesso, custou-me imenso.

Agora, quero fechar este capítulo, cicatrizar esse dia, atirando-o para trás das costas, redimindo com a sua concretização.

A preparação foi longe de ser a ideal. Uma lesão que me obrigou a quase 3 semanas de paragem, o que danificou o plano, um reacender das bronquiectasias, além da mudança de rotina de vida e estabilidade que a recente situação de desemprego criou.

A isto, junte-se um percurso que está longe de ser o ideal para mim, pois não me dou bem com longas e monótonas rectas, como acontece na 2ª metade, além do deserto de público que Lisboa costuma oferecer.

No entanto, o objectivo é um e um só, aquela meta. Não quero saber de tempos (em Maratona nunca é objectivo meu).

Se antes pode não parecer, durante qualquer corrida o meu ponto forte é a cabeça, o querer, a vontade. Podem discordar comigo mas eu conheço-me bem e sei que não tenho aptidões físicas para ser maratonista, apenas o sou por esse factor que me leva até à meta.
No entanto, é exactamente a cabeça que receio me possa trair daqui a uma semana. Precisamente por tudo o que já referi e que me leva a encarar esta doutra forma, menos positiva.

No entanto, vou ter uma preciosíssima ajuda nos 42.195 metros. A Maratona vai ser a três, com o Ultra-Casal Isa e Vítor.
Com a Isa, será o refazermos o que não foi possível há 2 anos, com o Vítor será o garante de optimismo e calma para chegarmos ao grande objectivo.
Será sem dúvida uma bi-companhia que fará desta Maratona ainda mais inesquecível.

Daqui a uma semana, a esta hora, estaremos a lutar por isso.

Obrigado a todos pelo apoio que me têm dado. E sobre este "discurso", já sabem que gosto sempre de ser sincero e transmitir o que me vai na alma.


Alerta laranja
(escrito hoje)

Inesperadamente, ontem tornei a sentir uma dorzinha onde tive a lesão no pé direito. De imediato ataquei com gelo e transact.

Hoje a coisa parecia dominada e fui treinar. Logo reapareceu essa dorzinha. Não aumentou, mas manteve-se sempre presente.

Dos 12 km planeados, reduzi para 5, para não forçar. Passada agora uma hora, mantém-se igual, não sei como será mais à frente.

É certo que ainda não estou em pânico, mas já estou a bater à sua porta.
Duma semana que pretendia calma qb, ficará esta dúvida do que vai suceder a seguir, além dos treinos de manutenção planeados estarem agora em banho-maria.

Não precisava, nem merecia, mais este obstáculo. 
O que é certo é que para daqui a uma semana, estou preparado para tudo, TUDO, menos não fechar este capítulo...

sábado, 3 de outubro de 2015

Uma muito agradável Corrida da Água

Os 4 ao Km presentes (eu, Isa e Eberhard)

Com a passagem pelo Aqueduto entre os 8.5 e os 9.5 como seu ex-libris, teve hoje lugar a 5ª edição da Corrida da Água.

A antecipação, por razões eleitorais, de domingo para sábado, não pesou muito na participação (de 839 em 2014 para 708 hoje, uma pequena quebra natural). A organização esteve em bom plano, numa corrida onde os vencedores deram pelo nomes de Tiago Lousa e Chantal Xhervelle, que bisa a vitória de 2012.

Não estava no meu plano vir a esta prova mas proporcionou-se e em muito boa hora assim sucedeu pois foi uma muito agradável corrida e é sempre muito compensador rever amigos.

A duas semanas do grande dia, a ideia era ir com a Isa e rolarmos calmamente. Digamos que esse plano de ritmo foi cumprido apenas nos primeiros mil metros. A partir daí, e sem termos combinado, começámos a imprimir um ritmo muito jeitoso.

O resultado final foi de 58.02, bom para uma prova com estas características. E até pelas condições meteorológicas que, falsamente, parecia estar ameno mas afinal estava com um grau de abafado que nos fez suar bastante.

No ano passado, esta corrida foi 2 semanas antes da Maratona do Porto e registámos 59.53. Este ano também se realizou 2 semanas antes da Maratona que vamos disputar (Lisboa) e tirámos quase 2 minutos (1.51).
Vale o que vale mas como qualquer aspecto que seja positivo a dias duma Maratona vale muito, é sempre bom realçar.



Mais uma meta vencida