domingo, 15 de julho de 2018

Na (festa da) Corrida da Lagoa de Santo André

A bela colecção das minhas 12 medalhinhas pintadas à mão com motivos relacionados com a Lagoa de Santo André

Após a ausência forçada e custosa da Corrida das Fogueiras, regressei ontem a uma corrida, com a minha 12ª participação na Corrida da Lagoa de Santo André, o que a torna a prova onde mais vezes cortei a meta.

Seria suposto neste último mês ter aumentado significativamente a carga mas tal não foi possível pelo entorse no tornozelo esquerdo que me obrigou a parar vários dias.

Sou alguém cujas paragens são muito penalizadoras e apenas obtenho resultados que estejam no limite das minhas capacidades quando consigo treinar bastante tempo seguido sem contrariedades como se provou em 2016 e 2017, dois anos livres desse flagelo de lesões.

Em 2017 e até ao mesmo dia da data de hoje, já tinha nas pernas 1.309 quilómetros enquanto este ano, apenas contabilizo 779, o que faz que a meio de Julho apenas tenha corrido 59% da distância que tinha palmilhado no ano passado em idêntico período.

Tudo devido inicialmente à paragem pela operação às cataratas, depois um abrandar por aquele problema gástrico e mais recentemente esta entorse no tornozelo.

Felizmente já me sinto recuperado do tornozelo, agora há que trabalhar muito para recuperar a forma perdida, como se constatou ontem.

Com a sempre excelente companhia do casal Isa e Vitor, os 3 elementos dos 4 ao Km presentes
É sempre um prazer a deslocação à Lagoa de Santo André e por alguma razão haverá para ser, como referi, a prova onde já participei mais vezes, estando ainda a cerca de centena e meia de quilómetros de distância de casa.

Mais do que uma corrida, este evento é uma festa, consubstanciada no convívio final, com febras, pão, batatas, maçãs, bebidas e música ao vivo, tudo incluído no baixo preço de inscrição e com direito a um acompanhante por cada inscrição, transformando-se numa verdadeira festa de final de época.

A partida é às 19 horas mas em várias edições o calor ainda era muito forte, o que não sucedeu nesta. Sim, estava quente mas nada que não fosse suportável. 

As minhas ambições eram simples. Terminar a prova e, mais improvavelmente, fazê-lo abaixo da hora. Não valia a pena comparar com os 51.02 do ano transacto, que foi o meu record de percurso, pois as condições eram muito opostas.

Partimos atrás no pelotão e, como o quilómetro inicial é a subir, fiz gestão de esforço, consciente que esta corrida tinha que ser muito bem gerida. Ao fim da primeira centena de metros, fui mesmo momentaneamente o último do pelotão. 

Passada essa dita subida, altura para começar a marcar um ritmo que fosse o melhor para o momento actual, sem comprometer o chegar à meta nem obrigar a arrastar-me.

Consegui esse equilíbrio e fui fazendo uma prova de trás para um bocadinho menos atrás (dos 534 classificados fui o 426ª. Ora como cheguei a estar um último, ainda ultrapassei uns quantos companheiros de corrida).

O meu maior receio era no quilómetro e meio no pinhal, ainda por cima este ano com mais areia, mas consegui manter o ritmo e assim foi com agrado que cortei a meta em 58.52, abaixo da hora que considerava improvável.

A iniciar o último quilómetro
Sim, fiz quase 8 minutos mais que no ano passado mas provavelmente este ano cansei-me e custou mais.

Agora, altura para recuperar o melhor possível a forma. Para começar, já estarei em condições de recomeçar os treinos diariamente.

Nos próximos 2 meses (até à Corrida do Tejo a 23 de Setembro) apenas irei à Prova do Bodo em Pombal, dia 28 do corrente mês. De resto, muito e muito treino que faltam 140 dias para o grande objectivo da época, a Maratona de Valência. 
Mal posso esperar!


14 comentários:

  1. Vamos lá a esse treino. Xooo lesões e doenças que agora chegou a hora de treinar a sério :) … tudo a correr pelo melhor João.
    Forte abraço

    P.S. Essas medalhas são bem giras

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado grande Carlos! E como estás tu?

      Um abraço

      ps - São mesmo :)

      Excluir
    2. Ontem fui testar (com a devida autorização) e voltei a ressentir aos 2km. Parei, alonguei e voltei a caminhar para casa. Não tendo ficado tão massacrado como das últimas vezes a "coisa" continua por cá. 4ª volto ao tratamento. Tenho que ter paciência. Há coisas piores mas confesso que a vontade em voltar a correr é muita.
      Abraço

      Excluir
    3. Está complicado... Como te compreendo!
      Força!!!

      Excluir
  2. O importante é mexer.

    E ver as lesões ao longe.

    Abraço

    ResponderExcluir
  3. Apesar de tudo, cumpriste o objectivo: chegar ao fim! Agora é deixar de lado as lesões e voltar à tua boa forma, treino a treino :)

    Parabéns por mais esta medalha! E que venha Valência :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Inês!

      Beijinhos e tudo a correr pelo melhor

      Excluir
  4. Parabéns pela corrida!
    Ainda bem que já estás recuperado do tornozelo! Agora toca a melhorar a forma e a construir uma base sólida para o teu grande objectivo deste ano!

    Bons treinos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É o que estou a tentar fazer! :)

      Beijinhos e obrigado!

      Excluir
  5. Para quem tem tido tantas dificuldades em treinar, ...... até foi uma grande prova pois, pelo que entendi, tinha umas subidinhas "manhosas"!
    Bons treinos e, força não é preciso dizer pois, essa , tens tu que sobre.
    Abraço
    MIKE
    Happyrun

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Mike!
      Esperemos que agora tudo volte à normalidade

      Um abraço e força nos teus treinos

      Excluir
  6. João, o importante foi não haver recaídas.
    Foi uma grande prova e um excelente convívio final!

    E agora...venham de lá esses treinos para Valência:)

    Abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigado Vitor!
      Venham eles! :)

      Um abraço e força para os vossos treinos rumo a Valência! :)

      Excluir