domingo, 11 de julho de 2010

Lagoa de Santo André marcada por erro de percurso

(o vencedor masculino, Carlos Alves, em foto retirada do site da Xistarca)
(a vencedora feminina, Maria José Frias)
(o "dream team" Carlos, Sandra e João)
(as bonitas medalhas de barro pintadas à mão, de 2006, 2007, 2008 e 2010)

Falar da Corrida da Lagoa de Santo André, é falar num dia familiar propício a passar numa praia da bela Costa Alentejana, uma estupenda corrida ao final da tarde, culminando com uma festa/churrasco oferecida a todos os participantes e familiares. Isto tudo num ambiente descontraído e muito agradável, com uma organização que sabe fazer as coisas bem.
Na tal corrida de permeio que vai ao cruzamento e retorna, os originais 9 quilómetros, mas onde desde 2008 a volta no pinhal vem abrilhantar a corrida com outra característica de piso, permitindo acertar assim a distância para 10 quilómetros exactos, o que é sempre do agrado dos atletas.

Porém, por vezes, no melhor pano cai a nódoa, e um erro perfeitamente evitável deitou por terra todo o esforço que os organizadores desenvolveram.
Basta notar no estranho facto de entre o 19º e o 20º haver uma diferença de quase 3 minutos para se ver que algo de enigmático aconteceu. A meio do pinhal, tem que se tomar um caminho à esquerda. Os primeiros iam atrás do carro da organização e seguiram por aí. Nesse local deveria estar, naturalmente, alguém da organização a indicar aos atletas que era o sítio por onde cortar. Acontece que essa pessoa, por razões que desconheço, não esteve presente, e chegou uma altura em que um atleta não se apercebeu que os da frente tinham cortado ali e seguiu a direito dando uma volta a mais de, curiosamente, 1 quilómetro exacto. Com o pelotão a serpentear uns atrás dos outros, todos os restantes foram inadvertidamente por esse caminho. Só quando já vinham no regresso do pinhal e viram a placa dos 7 quilómetros, quando já levavam 8 nas pernas, se aperceberam do erro.
Assim, houve 19 atletas a cumprirem 10 quilómetros e os restantes quase 500 a fazerem 11.
Bom... também aqui houve outra falha. É que quando se corta para o pinhal e retorna-se à estrada no ponto à frente, este ano não estava ninguém a impedir que os atletas seguissem em frente, "feito" realizado por alguns que apenas se enganam a si próprios e que no fundo cumpriram apenas 9 quilómetros.

Assim sendo, os resultados, que podem ser aqui conferidos, estão misturados com 9, 10 e 11 quilómetros.

Uma pena que tal se tenha verificado e que tem a sua enorme importância mesmo para os atletas de pelotão que apenas querem participar mas que têm sempre objectivos de tempo e que ao se aperceberem perto do fim que a distância estava adulterada, perderam a sua motivação e empenho para um determinado tempo, numa altura em que as forças começam a ser sustentadas apenas pela "cenoura" de se atingir um dado objectivo.

Em termos competitivos, Carlos Alves do Boavista de S. Mateus venceu em 33.20, menos 31 segundos que João Vaz do Vale Silêncio, com Igor Timbalari das Areias de S.João a completar o pódio.
Pódio que na vertente feminina foi conquistado por Maria José Frias dos Amigos Atletismo Mafra, com 46.39 (já apanhou os 11 quilómteros), seguida por Lúcia Oliveira da Açoreana, que a meio da prova liderava, e Alice Basílio também do Mafra.

Os classificados foram 510, de 597 inscritos, mais 27 que no ano passado mas menos 100 que 2008.

Quanto à minha prova, depois duma semana desgastante no estrangeiro em trabalho, acordei com problemas de estomâgo. Mesmo assim fui bastante bem até aos 6 quilómetros altura em que as cólicas subiram de tom, obrigando a reduzir um pouco o andamento. A partir do momento que vi a distância estava errada, não havia necessidade de ir a sofrer mais por um tempo agradável e limitei-me a arrastar até à meta.

Um comentário:

  1. Olá João,

    Uma vez mais, foi um prazer enorme ter estado na companhia de quem mais gosto de estar, numa prova que está de parabéns pela forma como é feita anualmente.

    Realmente a única coisa que faltou foi a falta de pessoal a controlar as entradas e saídas das ruas no pinhal... Vi pessoas a seguirem em frente sem entrarem na parte do pinhal, assim como houve pessoas a fazerem 10 e 11 Kms, por falta de alguém a controlar...
    O ano passado havia esse controle, não entendo porque como é que este ano, ninguém se lembrou...
    Porque de resto, em termos de abastecimento, foi empecável, havia muitas águas, inclusivé na chegada tinhamos água bem fresquinha.
    A festa em si, está sempre maravilhosa... Disponibilizam-nos a todos (atletas e familiares) um final de dia bem passado, com tudo á descrição. Desde as belas carnes ás belas sardinhas, á fruta, pão, bebidas... e o prazer de podermos conviver na ultima prova da época, com todos aqueles que vamos correndo ao longo do ano.

    Eu pessoalmente, em termos de prova, que tenho asma e que as provas começam sempre onde para todos já acabou... soube-me bem mais um Km. Gostei de o ter feito, mas eu... não vou para tempos, apenas pelo prazer de correr... Compreendo perfeitamente que quem vem a fazer um esforço para 10 Kms, tenha sofrido muito mais ao perceber que eram mais 1000m.

    João, tendo em conta todas as tuas condicionantes a nivel laboral e de saúde, amigo, só podes estar sempre de parabéns, por estares sempre presente e ter o prazer de correr, seja de que forma seja...
    Parabéns.

    Sininho

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