terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Valência: A minha décima Maratona foi uma felicidade!


1 - Valencia Ciudad del Running

Sorry New York
Entschuldigung Berlin
Désolé Paris

Valencia única ciudad com 5 etiquetas de la IAAF

Esta frase foi um dos anúncios na revista oficial da Maratona, realçando o facto de Valência ser a única cidade do mundo com 5 provas reconhecidas com medalhas da Federação Mundial de Atletismo (IAAF). Desde o ouro à Maratona e Meia-Maratona, ao bronze dos 10 Km integrados na Maratona, aos 10 Km Ibercaja e aos 15 Km nocturnos.
Daí, e com muito e justificado orgulho, por todo o lado se vê a frase "Valencia Ciudad del Running" como se pode constatar pela foto em cima, nas grades personalizadas da prova.

Qual o segredo de Valência?
Haverá várias razões mas julgo que a mais importante alia a envolvência de toda a comunidade com a cultura desportiva espanhola.   
E se da referida cultura desportiva estamos falados pelo muito evidente que é, e em claro contraste com a escassa dos seus vizinhos, a envolvência prende-se como todos são chamados a respirar e fazer parte da Maratona.

Este evento é um marco para a cidade e todos os que lá habitam, gerando receitas por visões bem orientadas O retorno desta prova é por cada euro gasto recebem 4,8 de impacto económico.
Em 2017 só a receita turística gerada por corredores e acompanhantes foi de 19.950.272 €. O orçamento da prova cifrou-se em 4.234.021 €, sendo 51% oriundos do mecenato da Fundação Trinidad Alfonso, 26,5% das inscrições, 19% dos patrocinadores e 3,5% do município.
De registar que este ano estavam presentes entre atletas e acompanhantes, 50 mil pessoas de fora de Valência. 

A envolvência do comércio e cultura. Recebemos uma pulseira no kit de atleta que permite ter entradas grátis ou a 50% nos museus e diversos descontos em lojas.

E além da paixão natural que os espanhóis nutrem para ir apoiar os atletas, a organização relembra nos meses anteriores, incentivando o público a comparecer. 
Há um site onde cada espectador pode registar em que rua ou ruas vai estar a apoiar, o que ajuda os indecisos a terem a noção de que ruas já têm muito público e as que precisam de mais. 
A isto, junte-se a competição entre bairros, pela glória de serem escolhidos como o bairro mais apoiante, o que leva a unirem-se e apoiarem ainda mais efusivamente do que já é usual. Inclusive, lá para os trintas, a terem travessas com fatias de tortilha e pizza para quem esteja a necessitar. Tudo responsabilidade e vontade desses bairros.

Se em Paris já tinha achado uma coisa inacreditável o existirem 100 pontos de animação (o que dá uma média de um por cada 420 metros), aqui o anunciado eram 210 mas acabando por ser 230 pontos de animação! 

E se a cultura desportiva espanhola já é muito forte, como em cima descrevi, há que trabalhar e reforçar o futuro e, por isso, a organização criou workshops nas escolas que envolveram 10.000 alunos, workshops em si sobre o que é a corrida no geral e Maratona no particular pois, tal como a organização refere, esses serão os atletas e o público de amanhã.
Envolvência e visão!

E nada é deixado ao acaso. Até o simples ciclista que acompanhou a líder feminina. Quem foi? Nada mais que o 5 vezes vencedor da Volta à França. Miguel Indurain! Decididamente, não descuram qualquer pormenor. Como a Pasta Party que em Valência não é Pasta Party mas sim Paella Party, em homenagem ao mundialmente famoso prato originário da cidade.

E se o último quilómetro é arrepiantemente percorrido num corredor com (ainda) mais entusiástico público e placas descendentes de 900, 800, 700 metros até à meta, para recebermos a medalha passamos por outro corredor onde jovens raparigas e rapazes fazem uma festa como se cada um de nós tivesse sido o vencedor. E a verdade é que fomos! 
Este corredor mal espaço dá para passarmos entre braços no ar e gritos de alegria. Agora imaginem o que é a explosão de emoções o cortarmos a meta e pouco depois estarmos neste corredor. 
Antes, durante e após, fazem-nos sentir campeões!

E com tudo isto, a organização teve a mais que muito merecida recompensa. Além do brilhantismo e sucesso do evento, o bónus de 3 records em terras espanholas. 
O melhor tempo jamais feito em solo espanhol, 2.04.31, o melhor tempo feminino jamais feito em Espanha, 2.21.14, e a Maratona mais participada de sempre no país, 19.244 atletas (cortaram a meta 19.485 mas o número apresentado já reflecte a purga dos "corta-caminhos"...)

Com esta marca, Valência passou a ser a 9ª Maratona mais rápida do planeta, subindo de 13º e superando Seul, Nova Iorque, Paris e Liubliana.

Foi uma aposta muito forte da organização a nível de presença de atletas de elite e ajustes de percurso e têm agora o grande objectivo de em 2020 ser tentado o record mundial masculino e em 2021 o feminino (o mítico record de Paula Radcliffe que dura há 15 anos). 


2 - Férias!

Já há muito que tínhamos planeado fazer desta viagem umas férias inesquecíveis. 

Foram 13 dias por Espanha, perfazendo 2.400 quilómetros de carro, mas com etapas que não excedessem os 300 quilómetros cada.

O roteiro foi:
27 a 28 - Cáceres
28 a 30 - Toledo
30 a 05 - Valência
05 a 08 - Madrid
08 a 09 - Mérida
E se esses foram os locais de estadia, também houve visitas a Badajoz, Segóvia e Talavera de la Reina.

Foram umas férias fantásticas em locais maravilhosos e cheios de história.

Em Valência, tivemos a sempre excelente companhia da Isa e Vítor entre 6ª e domingo.

Esta foto diz-me muito pois capta toda a euforia e felicidade a 20 metros da meta!
 3 - A minha tão feliz Maratona

Difícil explicar mas desde a 2ª que não me sentia tão receoso. 
Na primeira é fácil de entender o porquê pelo desconhecido Adamastor que tinha à frente. Na segunda que concluí, a infecção pulmonar não dava esperanças credíveis mas sucedeu aí o "Milagre de Sevilha".  
Terminei mais 7 e se estou sempre receoso antes (tal como disse há dias, a Maratona tem que ser muito bem respeitada!), nesta os níveis estavam exageradamente receosos.

Razões possíveis? Além das normais, a dúvida de como se iria aguentar o tornozelo, o limite de tempo, o desgaste dos dias anteriores e aquele que considero a maior razão, o não participar em alguma há 13 meses.

Ora mal termino uma, começo logo a pensar na seguinte. E se costumo fazer duas por ano, em 2018 e devido à operação às cataratas, apenas foi possível esta. O que significa que desde que cortei a meta no Porto em Novembro de 2017 até agora, foram 13 meses a pensar, sonhar e idealizar Valência. 

O desgaste dos dias anteriores prendia-se com o muito que andámos a pé em Cáceres e Toledo, para aproveitar bem a estadia. Mas afinal este facto nada pesou.

O receio do tempo limite (que era de 5.30 em contraste com as 6 horas das anteriores) tinha a ver se tivesse necessidade de gerir o ritmo caso o tornozelo desse de si muito cedo.

Sábado foi dia de ir à feira levantar o material na fantástica e bela Cidade das Artes e Ciências, magnificamente decorada por Santiago Calatrava.

Levantar o dorsal e aperceber ainda mais da grandiosidade deste evento e organização!

É sempre uma emoção e alívio ter o dorsal na mão! Atente-se numa curiosidade. Se o meu número e do Vítor eram seguidos, entre o casal Isa e Vítor a diferença era de exactamente mil números!
Na plataforma flutuante colocada propositadamente para a meta. E este é o único e supremo objectivo. Chegar aqui e cortar a meta!
Depois de tudo recolhido e a paella bem comida, tempo para regressar ao apartamento que alugámos para tentar descansar o resto da tarde. 
Deitar cedo e descansar o corpo pois dormir foi sol de muito pouca dura. Mas isso já sei que é sempre assim em véspera de Maratona. Se até com os campeões sucede o mesmo... 

E chegou o dia da prova. O dia do desafio. O dia do tudo ou nada.

A grande dúvida prendia-se com o levar camisola de manga comprida debaixo da camisola da equipa. As previsões apontavam para 20 graus à hora da chegada mas na primeira hora 7 graus. 
Saímos do apartamento e como o sol ainda estava noutras paragens, fazia frio a sério.
Vou com. Vou sem. Vou com. Vou sem.

Chegámos ao pórtico da partida e muito tivemos que palmilhar até chegar ao nosso local de partida, a última porta. A partida era às 8.30 para a primeira vaga e depois de 6 em 6 minutos. A nossa foi às 8.54 e pisámos o pórtico de saída às 9 pois estávamos mesmo no final do nosso pelotão.

A poucos minutos de iniciar mais uma aventura
Antes de irmos para a caixa de partida, tinha decidido que ia com a camisola de manga comprida por baixo e quando tivesse calor, tirava e dava à Mafalda ao Km 24 onde iria estar. E decidi porque estava cheio de frio. Tremia mas não era apenas pelo frio mas também pelos nervos e emoção, muita emoção. Emoção essa que não se explica mas quem já esteve num evento destes compreende.

Frio ou medo? (eu diria os dois...)
O pelotão começou a andar a passo até ao pórtico, que ainda estava distante umas largas centenas de metros, e a Mafalda ia acompanhando do lado de lá das grades. Foi aí que tomei uma decisão repentina mas que se veio a revelar muito sensata. Percebi que estávamos numa estrada à sombra e após o pórtico iria estar sol. Tirei a camisola de manga comprida, dei à Mafalda e comecei assim a prova apenas com a camisola da equipa.
Ao segundo quilómetro já estava seguro que tinha sido a melhor opção pois ao sol estava-se bem e passado pouco a temperatura começou a subir, estando mesmo calor no último terço (clima mediterrânico em Dezembro!).

E, como habitualmente, dá-se a metamorfose. Os receios e nervos eclipsaram-se por completo no pórtico de saída e passei a sorver cada segundo, cada metro desta fantástica Maratona.

Estar numa Maratona é para mim uma felicidade difícil de explicar e, quando se apanha um apoio como lá fora tão bem sabem dar, tudo é mais amplificado.

Coloquei um ritmo agradável e confortável e foi seguir, passada após passada, metro após metro, quilómetro após quilómetro.

Curioso como numa Maratona os quilómetros iniciais parecem mais curtos, em nítido  e flagrante contraste após os 30.

Bombos, Fallas, músicos, animadores de toda a espécie alegravam mais o caminho, criando o paralelismo de os espectadores serem público e participantes e nós participantes e espectadores do espectáculo que nos oferecem.

O meu ritmo sempre muito certinho, "by the book", e um confortável mais vivo do que pensava. 
Passei aos 10, 15, 20, Meia e tornozelo nem vê-lo. Ora o receio de a dor atacar cedo e ter que começar a gerir desde tenra distância, estava dissipado e o tempo limite mais que esquecido. 

Aos 24, altura para olhar para uma margem e outra da estrada a tentar descortinar a Mafalda que lá estava e a quem consegui dar um beijo sem parar de correr.

Lá segui, feliz e contente. Até que aos 26,5... tau! Aí está o tornozelo. 
Tive que começar a gerir. Esta dor quando aparece é por ondas. Dói um bocado, depois alivia, retoma, alivia, mas inevitavelmente a partir do momento que se interrompe o ritmo certinho que se trazia desde o início, já não se consegue readquirir nos momentos que alivia. Mesmo assim tentei o melhor possível.

Apesar de vir a realizar uma óptima prova que até poderia, marginalmente, bater a minha melhor Maratona (Sevilha 2017 4.41.40), não se pense que me afectou, tendo até reagido de maneira positiva pois, na realidade, o expectável seria ter aparecido significativamente mais cedo e só podia estar agradecido por ter sido já na 2ª metade.

Por volta dos 28 apareceram a Isa e o Vítor e fomos os três juntos por um bocadinho até que depois seguiram por estarem melhores.


Fui gerindo a situação que começou a melhorar por volta dos 38. O apoio intensificava-se, o entusiasmo crescia ainda mais dentro de mim e ao passar pelo pórtico dos 40 saiu-me um festejo de euforia (ver no video em baixo) e isso fez-me entrar noutro patamar pois a dita euforia não mais me largou, muito por "culpa" de no penúltimo quilómetro já ver a Cidade das Artes e Ciências onde estava instalada a meta e no último ir no tal corredor onde foi uma festa. Mandei um beijinho à placa do 41, interagi com o público fazendo eufóricos festejos e senti-me leve como uma pena por ir conquistar mais uma meta.

Parecendo tudo o viver dum sonho, entrei na plataforma sobre a água que nos conduzia à meta e quis agarrar esses momentos e não mais os largar.

Na plataforma a ver se descubro a Mafalda
A uns 20 metros da meta vejo a Mafalda e saiu-me aquele festejo que ficou fotografado para a posteridade (3ª foto deste artigo).

Abro bem as mãos, fazendo o 10 com os dedos e corto a minha décima meta em Maratona! Emocionado! 


Vejo a Cristiana com quem por duas ocasiões fizemos uma centena de metros juntos e trocamos um abraço. Passo então pelo tal corredor dos voluntários que nos querem fazer crer que somos tão campeões como a elite (e somos à nossa maneira!) e encontro a Isa e o Vítor, tendo-nos abraçado. 3 atletas felizes da vida!

Felicidade e euforia!
E como bónus, a marca de 4.54.28 que é a 3ª melhor, apesar de vir a gerir desde os 26,5

Todos a fazerem o 10 pela sua décima Maratona!
Sim, eu sei que em Maratona há sofrimento, há dor, mas isso é durante. Mal se corta a meta, tudo se esquece e o que a memória retém é o que realmente conta, a felicidade por mais uma superação. E uma Maratona é sempre uma prova de superação.

Esta é a minha maneira de encarar as Maratonas. Com enorme paixão, respeito e felicidade. Viver e respirar pelo objectivo.
Se poderia encarar de forma diferente? Poder, poderia. Mas não seria eu!

A bonita medalha!
As 10 medalhas maratonianas
O diploma
E o video das minhas passagens. O tempo que aparece em cada passagem é o tempo desde a partida da minha onda. Para o tempo de chip retirar 5.52. 
Note-se a dificuldade com o tornozelo esquerdo aos 30, a euforia aos 40 e o que o locutor diz quando vou cortar a meta. (Clicar no quadrado do canto inferior direito para ver em tamanho maior)

4 - As próximas

A minha regra são duas Maratonas por ano. Mas como não há regra sem excepção, 2019 é a tal excepção com três. Que diga-se de passagem, acaba por compensar 2018 com apenas uma.

E não estão apenas planeadas. Já estou inscrito nas três. 
São elas:

17/02 - Sevilha - A Maratona de Sevilha é uma paixão e as paixões não se explicam! Não só pelo maravilhoso público mas pelo que lá passei em 2014 (o tal "milagre" de Sevilha) na que foi a corrida da minha vida. 
Este ano iremos conhecer um novo percurso. Na semana passada a organização avisou que a chegada já não poderia ser no Estádio La Cartuja pois foi encerrado por necessitar de obras urgentes na cobertura que estava em perigo de poder cair.
Partida e chegada serão no centro da cidade e com a promessa de ainda mais animação (será possível ainda mais?!?). 
Chegar ao estádio era sempre um marco mas a segurança é uma prioridade e confio plenamente nesta organização em que farão algo ainda mais majestoso.

28/04 - Aveiro - Se Sevilha e Porto já estavam decididos, esta foi a surpresa de final do ano, o anúncio da Maratona da Europa em Aveiro. E vou estar na edição inaugural!

03/11 - Porto - 2018 foi a excepção, devido à proximidade com Valência e era inevitável ir ao Porto pela 4ª vez!

E se isto é em 2019, e como referi já estou inscrito em todas, em 2020 já começa a haver um plano. 
Das 4 mais famosas Maratonas de Espanha, conheço 3: Sevilha, Barcelona e Valência (pela ordem que participei). Falta-me apenas a de Madrid. 
E Madrid está planeada para 2020 com plano idêntico de Valência. Ir de carro e conhecer várias outras cidades (o chamado maraturismo). Será para o norte de Espanha. E aí há muito para ver. Bilbao, Santander, Gijon, Oviedo, Leon, Corunha, etc. É só escolher!

Ufa! Se conseguiram chegar aqui, são mesmo resistentes!

Muito obrigado por todo o apoio! Acreditem que me acompanham em cada uma destas aventuras :)

    

43 comentários:

  1. Caro João,
    Corres tão bem como consegues descrever o impossível: as emoções.
    Mas, como sabemos, "quem não sente, não compreende" e, como eu sinto, compreendo toda a emoção e felicidade que é correr uma maratona num local super especial.
    Os meus parabéns e, em maratonas, lá nos encontraremos em 2019 no Porto.
    Gr abraço
    MIKE
    Happyrun

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    1. Muito obrigado pelas palavras, Mike!

      Um abraço e até ao Porto :)

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  2. Se consegui chegar até aqui? Fácil, fácil!

    Antes de mais não posso deixar de te felicitar por mais uma, pela décima! Ter força para uma já é dose, para dez só significa muita determinação, muita vontade e muita garra, ainda para mais com o tornozelo a dar-te problemas.

    Adorei a tua efusividade ao Km 40, até me arrepiei! Ao ver estas imagens percebemos que nada do que possamos dizer descreve bem aquilo que sentimos em determinados momentos da nossa vida, onde se encaixam também estas provas que são o reflexo de muito trabalho, muita abnegação, muita perseverança! Parabéns pelo excelente exemplo!

    Agora Valência… Depois da tua descrição e das fotos até eu fiquei com vontade de lá ir. Li a primeira parte do teu relato - Valencia Ciudad del Running - ontem enquanto jantava. Li em voz alta para o Pedro absorver também a grandiosidade de algumas provas. Quando cheguei à frase “Inclusive, lá para os trintas, a terem travessas com fatias de tortilha e pizza para quem esteja a necessitar.” Ouvi-o largar um “eh pá, essa convenceu-me!” Ahahahahah. Diz que se vai infiltrar em Aveiro para fazer os últimos 15km comigo e aproveita para “desmarcar” uns ovos moles! :P

    Estou muito feliz por correr a minha 1ª maratona em Aveiro e poder contar com a tua presença e com o teu apoio. És não só um atleta especial como uma pessoa muito especial! 

    Um grande beijinho desta que pretende ser uma pupila da pessoa que és!

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    1. Muito sensibilizado pelas tuas palavras, Fabiana!

      E muita força para Aveiro!!! :)

      Beijinhos

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  3. Enorme João! Arrepiei-me várias vezes ao longo do texto, mas o maior arrepio foi na tua descrição do quilómetro final. Mais uma vez muitos parabéns pela décima e por mais um brilhante texto!
    Abraço!

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    1. Muito obrigado Nuno!
      Os arrepios não teriam sido pelo frio de hoje? :)

      Um abraço e força para Madrid!

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  4. PArabens por mais uma no c.v. Para o ano é que vai ser à grande. Já com planos para 2020. És um campeao. Quando é a ultima? Um abraço

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    1. Muito obrigado Orlando!
      A próxima é sempre a última antes da seguinte...
      Mas tu é que és recordista mundial de últimas Maratonas! :)

      Um abraço e força para a próxima última!

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  5. Fantástico João … parabéns, muitos parabéns pela 10ª Maratona. Abriste-me o apetite por essa de Valência e não e refiro à Paella (mas tb). E no próximo ano vamos cruzar-nos no Porto … era para ser tb em Aveiro mas com os Pernetas a 3 dias de certeza que haverá muito trabalho para realizar, daí o "juízo" tenho se sobreposto à vontade neste caso.
    Grande Abraço e uma boa recuperação

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    1. Muito obrigado Carlos!

      Vai que não te irás arrepender nada, muito pelo contrário! :)

      Um abraço e, se não for antes, até ao Porto! :)

      ps - Provavelmente foste o único leitor português deste blog a reconhecer aquele palavrão antes de Berlim :)

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    2. Por acaso do muito-pouco-quase-nada que arranho do alemão, essa é das palavras que conheço. :)

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    3. Pumba! Lá se vai o meu "provavelmente", eh eh eh

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  6. Muitos parabéns, amigo João!
    Bela prestação,belas férias e ao que parece, vais ter um ano de 2019 maratónicamente preenchido! ;)
    Muitos beijinhos e continuação de boa recuperação!

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    1. Muito obrigado!
      Mal posso esperar por estas 3 de 2019 :)

      Beijinhos

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  7. Excelente descrição da prova.
    Parabéns.
    Cumprimentos

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  8. Grande João!

    Tenho que deixar de ler estes relatos, além de me arrepiar todo (apesar do forno que o AC empresarial hoje nos brindou) quase que suei dos olhos.

    Essa maratona tem tudo para ser especial, é um verdadeiro prazer ler o teu relato, ver a tua alegria, durante e após a prova.

    Muitos parabéns e espero que o tornozelo já se tenha reduzido à sua (in)significância.

    Grande Abraço

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    1. Muito obrigado jnr!

      O tornozelo, depois de ter estado mais complicado nos 3 dias seguintes, de repente calou-se. Esperemos que se mantenha assim em silêncio :)

      Um abraço!

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  9. Não tive tempo de ler o artigo, confesso. Terei de voltar aqui mais tarde para ler.
    Mas basta-me ver as fotos. Em todas elas espelhas uma felicidade latente. E isso basta-me para te dar os parabéns. Fazer uma maratona e no final espelhar aquele sorriso só pode ter corrido bem, só pode ter sido mais um capítulo da tua já longa história de maratonista.
    Muito feliz por ti, João!
    Beijinho

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    1. Muito feliz que estejas feliz :)

      Neste caso, as imagens dizem tudo, não dizem?

      Muito obrigado, beijinhos Anabela e um abraço ao Paulo!

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  10. Estava pacientemente esperando este "Documentário"
    Sei a forma apaixonada como vives a corrida , tal como eu pelo prazer de correr .A tua descrição de todos os pormenores é fantástica e deixa agua na boca !!!
    Parabéns pela bela participação , pela forma emocionada e sentida como transmites aos outros que afinal somos todos campeões" cada um á sua maneira.
    Um grande e forte abraço que realizes todos esses sonhos de 2019 e 2020

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    1. Muito obrigado Joaquim e desejo de todo o coração que brevemente possas tornar a sentir uma emoção semelhante! :)

      Grande abraço!

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  11. Espetacular, João. Adorei ler. Adorei conhecer a cidade e seguir a tua corrida. Muitos, muitos parabéns! Fico muito feliz por ti, pela Mafalda e restante 4 ao km! Fiquei cheiinho de vontade de conhecer essa maratona! A história dos bairros faz-me lembrar a que fiz no Luxemburgo, também haviam montes de "abastecimentos" caseiros. Grande abraço e boa recuperação. Venha Sevilha!

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    1. Muito obrigado Filipe!

      Fica assim combinado, vais um dia a Valência e eu ao Luxemburgo :)

      Grande abraço!

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  12. Parabéns, amigo João! Desconhecia que a Isa e o Victor completavam,também, a décima maratona. Todos a mostrarem os 10 dedinhos, é para relembrar para sempre. Continuarei a acompanhar-vos, nas que virão, apoiando "cá de fora". Obrigado pelo comentário, onde, senti-me a fazer a maratona. Parabéns.

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    1. Muito obrigado Aurélio!
      Sim, somos todos deca! :)

      Grande abraço e força para as próximas provas

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  13. Relato brutal! Dá vontade de voltar a correr a maratona!!!
    Muitos parabéns e muito sucesso para os projetos do próximo ano 😊

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    1. Muito obrigado Isabel e que concretizes essa vontade de correr novamente uma Maratona! :)

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  14. Já li este post várias vezes, mas só agora consegui vir comentar. Perdoa o atraso :)

    Já te disse o que tinha a dizer mas não podia deixar de reforçar os meus parabéns, e de te dizer que é sempre uma emoção ler os teus relatos! Foi muito bom poder ir acompanhando a tua prova, e ir fazendo contas ao tempo, sabendo que, apesar de tudo, estavas a fazer uma excelente prova! E fizeste! A tua décima Maratona! Muitos, muitos parabéns!

    Fiquei curiosa com a prova de Valência... Dirias que é melhor do que Sevilha? (em termos de ambiente e organização, isto é).

    Espero que as férias tenham dado o devido descanso ao tornozelo, e que estejas bem e recuperado!

    Vemo-nos na São Silvestre?

    Um beijinho

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    1. Muito obrigado pelas tuas palavras e pelo acompanhamento no dia :)
      Sim, parece que o tornozelo está a reagir bem. Pelo menos não se tem queixado e já fiz um treino de 20 km.
      Sobre a pergunta Valência/Sevilha, são ambas fantásticas. Por um lado Sevilha tem um lugar muito especial no meu coração, por outro Valência é considerada das melhores senão a melhor do mundo por quem já esteve no conjunto de Maratonas como Nova Iorque, Berlim, Londres e Paris.

      Beijinhos e bons treinos rumo aos ovos moles! :)

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    2. Vou ficar a pensar em Valência, então :) obrigada!

      Um beijinho

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  15. Muito Bem!
    Parabéns pela décima!
    E que belo passeio!

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    1. Muito obrigado! Foi tudo bom! :)

      Um abraço e boas corridas

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  16. Grande João, valeu a pena esperar pelo relato da prova!

    Ler a descrição das tuas maratonas é sempre um prazer imenso. É como se estivéssemos lá, a correr contigo, ao teu lado e, ao mesmo tempo, sabemos que um texto não consegue transmitir, sequer, uma ínfima parte das emoções que deves ter sentido.

    Aquela passagem do video, aos 40, mostra bem o caldeirão de emoções que já fervia dentro de ti a "apenas" 2 Kms da meta.

    Fiquei contentíssimo por o tornozelo não ter sido impedimento a que cruzasses a meta da tua décima maratona. Estás de parabéns !

    Um grande abraço
    Ricardo

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    1. Muito obrigado pelas tuas palavras, Ricardo!

      Foi isso mesmo, como é sempre, muita emoção :)

      Grande abraço

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  17. Querido João! Que artigo fabuloso!! Que descrição incrível!!! Além de seres um atleta fabuloso, ainda lhe juntas o dom da palavra. Acabas sempre por contagiar qualquer um. E já lá vão 10 :) Parabéns. És o maior. Beijinhos

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    1. Muito obrigado Tânia!
      Quando se fazem coisas por paixão, sai tudo bem :)

      Beijinhos e venha a tua primeira (de muitas...)

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  18. Simplesmente brutal!

    Muitos parabéns amigo!!! 10 Maratonas! Incrível!

    É com enorme gosto que partilhámos contigo este dia fantástico e inesquecível :)
    Valencia tem um percurso fantástico e os valencianos foram incansáveis no apoio aos atletas.

    Uma maratona é mesmo algo de único e maravilhoso e é uma felicidade indescritível!

    Venha a 11ª! =)

    Beijinhos

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    1. Foi uma enorme felicidade para todos!
      Como vai ser a próxima :)

      Beijinhos!

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