domingo, 6 de fevereiro de 2011

Grande Prémio José Afonso em Grândola

Antes da prova com o criador do símbolo da revolução que não só transformou o país como deu outra projecção a Grândola
Sprint final pela vitória onde Hélder Ornelas já conquistou o avanço necessário sobre José Maduro
Evgeniya Sukhoruchenkova corta a meta como vencedora

Não escondo que nutro por esta prova uma simpatia muito especial. E os factos justificam-na. O pelotão é recebido com todo o carinho pela população e organização que não regateia esforços para que tudo corra pelo melhor, como foi mais uma vez o caso.
Este ano o Grande Prémio José Afonso teve a sua 9ª edição e nada foi deixado ao acaso. E mais uma vez contou com a preciosa ajuda de "quem gere o clima" e que nos últimos tempos tem demonstrado ser bastante amigo dos atletas. Um dia lindo, com temperaturas após o almoço que ultrapassaram ligeiramente os 20 graus, o que tornou mais saborosa a vinda a esta terra de Grândola.
A informação antes da prova foi precisa, os dorsais entregues com a eficácia que a Xistarca nos habituou, a partida a horas, o percurso bem marcado e em boas condições, não faltando as placas quilómetro a quilómetro e o reabastecimento a meio. Chegada sem confusões, além da t-shirt uma recordação local, sorteio de diversos prémios entre os atletas e o direito de usar os balneários do pavilhão, com controlo de entradas para evitar aglomerações nos balneários, e água bem quentinha.

Sendo limitada a 800 inscrições, a prova não pode registar aumentos de atletas, sendo a 5ª vez em 9 anos que ficou na casa dos 700, no caso 731, sendo o record 768 em 2006.
Hélder Ornelas da Conforlimpa e José Maduro da Maduro Atletic discutiram a vitória até aos metros finais valendo o sprint do primeiro cortando a meta num excelente 29.52, com Maduro a 2 segundos. Mas o 3º também ficou perto, João Vieira do Reboleira, ainda abaixo dos 30 minutos, 29.59, batendo o russo Yuri Abramov.
E foram duas compatriotas suas que dominaram o sector feminino com Evgeniya Sukhoruchenkova a ser a primeira cortar a meta, registando 35.03 e um avanço de 41 segundos sobre Yuliya Yelistratova. Vera Nunes do Benfica completou o pódio com 36.45 e um avanço de 34 segundos sobre Susana Francisco do Lourinhã.
Colectivamente, o Reboleira triunfou com 59 pontos, colocando os 5 atletas que contavam para a pontuação até ao 22º lugar, e um largo avanço para os 2º, Leões de Porto Salvo que totalizaram 230. Em 3º com 245, o Macedo Oculista à frente do Mafra com 262

No meu caso, andando a perseguir o record dos 10.000, feitos exactamente aqui há 4 anos, esta era uma prova ideal para o tentar, além que seria "giro" bater tão longínquo record no mesmo local. E já nem digo o velho sonho dos 49, mas pelo menos bater os referidos 50.37
Porém, no início da semana perdi as esperanças quando engripei. Ainda mal curada a gripe, e com as dificuldades respiratórias que me provoca, tinha consciência que não estava em condições para um tempo desses mas em vez de adoptar uma prova normal, quis dar o máximo que podia (como se o fosse tentar bater), tendo a plena consciência que iria quebrar, só não sabia quando, mas que era inevitável pela dificuldade de respiração que me aumenta e muito a pulsação.
E o que é certo é que fui em bom ritmo até perto dos 5. Quando dobrei a metade, já ia em dificuldade mas ainda marquei 25.14 o que daria para record se não quebrasse. E o anunciado estoiro veio logo de seguida, criando-me uma 2ª metade complicada. Em contraponto aos 25.14 da 1ª légua, 27.05 na 2ª, o que mesmo assim deu para 52.19, tempo que não era expectável em virtude de como estava.
Mas o meu "fado" continua. Em provas sem a distância correcta ou cujo percurso não dá para bater, estou sempre muito bem, quando é a prova ideal, acontece-me sempre algo. Mas não há mal que sempre dure e qualquer dia... é o dia!

Resultados: Individual Colectivo

2 comentários:

  1. Uma questão de trabalho, e nunca baixar os braços.. que o tempo que desejas chegara.. boa semana

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  2. Obrigado Carlos.

    Isso está melhor?

    Um abraço

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