domingo, 19 de fevereiro de 2023

Em busca da forma perdida

Este blogue, que faz amanhã 13 anos, tem andado muito parado. Porém, dantes quando podia correr, havia muito mais assunto. Provas que disputava, treinos especiais, preparação para algum objectivo, etc

Por falar no tempo que podia correr, hoje está a disputar-se a Maratona de Sevilha, no mesmo dia que nesse mesmo local, há 6 anos, estabeleci aquele que ficou como o meu record na mítica distância. Fica a efeméride duma recordação que se cola à pele.

Como referi em artigos anteriores, tive covid em Junho, covid que deixou uma série de sequelas, o chamado covid longo, nomeadamente a nível de cansaço diferente de todos os que já tinha experienciado, com particular incidência em tudo o que fosse subir, mesmo tratando-se de escassos degraus.  

No último artigo que publiquei, quando fiz a Corrida do Tejo a caminhar, tinha terminado com a esperança que os sintomas que sentia desaparecessem rapidamente. 

Não foi o caso, e de tal maneira que na semana seguinte, tive que tomar a sempre difícil mas inevitável decisão de ter que parar por uns tempos. As caminhadas são para promover o bem estar e saúde e estavam a fazer-me mal pelos tais sintomas.

Foram 2 meses de paragem e retomei-as no início de Dezembro. Primeiro muito lentas e com distâncias muito curtas, depois a coisa foi melhorando lentamente e agora já consigo estar mais tempo e a um ritmo melhor, apesar de a anos-luz do que fazia. Mas essa comparação não tem sentido agora.

O que ainda se mantém, é a dificuldade nas subidas. Não por falta de treino mas por limitação física causada pelas sequelas do covid longo.

Se andar em plano, tudo bem, ando, ando. Se apanho uma subida, a pulsação dispara, a energia seca e já não recupero. O mal está naquilo em que era melhor, a subir.

Acredito que com o tempo vá passar mas duvido que possa regressar àquela forma fantástica que tinha antes do covid e que permitia ter ritmos muito fortes e aguentar distâncias como de Maratona. O covid tem o condão de ir despertando doenças que estavam adormecidas e deixar marcas.

Mas se neste momento é improvável tornar a realizar uma Maratona a caminhar, já me conhecem, enquanto houver 1% de hipótese, não desisto! 😀