quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Paragem forçada prevista até meio de Maio

No artigo anterior referi que tinha feito uma ressonância magnética e aguardava resultados.

Estes não foram bons, confirmando-se que a lesão é grave. Mas tem solução.

Por palavras directas, como o médico disse, tinha em cima da mesa duas opções. Ou não ser operado e saber que isso iria implicar não mais correr e daqui a uns tempos ter que colocar uma prótese. Ou ser operado e depois da recuperação poder regressar à vida normal de corridas, Maratonas incluídas.

Perante este cenário, é evidente que a minha resposta foi imediata "quando posso ser operado?"

De amanhã a 2 semanas, 5ª feira 12 de Março, irei ser operado ao menisco no joelho esquerdo em virtude duma rotura horizontal. Um mês depois, irei ser infiltrado com um gel para colmatar os buracos duma condropatia de nível III-IV dum máximo de IV. E este sim, este é que era o problema grave e que poderia obrigar a deixar de correr para todo o sempre. E como podem imaginar, isso seria um verdadeiro drama para mim.

Felizmente que fiz tudo certo, ou seja, deixei logo de correr quando senti dores e mantive-me parado até saber qual o problema, pois assim não agravei a condropatia que estava num nível perigoso de aproximação ao ponto de não retorno.

A condropatia é resultado duma rotura horizontal do menisco que assim ficou a actuar como uma espécie de lixa nas cartilagens, fazendo-as chegar ao mísero estado que estão. E como não têm terminais nervosos, não sentia que havia ali um problema até chegar a um ponto tal que o joelho começou a ficar como que meio solto e a doer. Essa rotura já a teria há um certo tempo, também sem dar sinais de alarme pela sua forma. Por vezes, há lesões silenciosas que não dão qualquer sinal.

Naturalmente perdida a Maratona de Madrid, adiada para 2021, questionei o médico se seria possível pensar fazer a de Málaga em Dezembro, começando-a a preparar em Agosto, ao que me respondeu da forma mais convicta "claro que sim!". E isso foi música para os meus ouvidos, terminado umas horas de angústia entre o ter recebido o resultado da ressonância e ir à consulta, desconhecendo se teria futuro neste mundo das corridas, tão necessário para mim.

Foco total na resolução do problema, para se seguir o foco total na mais correcta recuperação, para finalmente poder regressar às passadas em forma de corrida que tanto prazer me dão!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Dez anos de blogue e actualização da paragem


Completam-se hoje 10 anos que nasceu este blogue. 

Há duas vertentes a destacar, sendo a mais importante tanta e tão boa gente que permitiu-me conhecer. E isso é impagável!

A outra é a parte estatística onde posso dizer que em 10 anos escrevi 1.724 artigos e registaram-se 700 mil visitas.
Isto tendo em conta que tenho o total do blogue separado do total da página onde constam o calendário e histórico de resultados, sendo que aí há perto de 5 milhões e meio de visitas nestes 10 anos, totalizando assim cerca de 6,2 milhões, número verdadeiramente impensável quando criei estes cantinhos. Mas mais impensável é verificar que já registei visitas de 213 países, o que é algo de surreal e um pouco incompreensível.

Uma dezena de anos é sempre algo para festejar mas coincide na maior paragem desde que criei este blogue (paragem maior apenas quando parti o pé no final de 2008). 

Efectuei hoje uma ressonância magnética pois há a desconfiança de poder haver algo no joelho esquerdo que, a existir, obrigará a alguma intervenção. Saberei resultado na próxima terça-feira.
Espero que não se confirme mas o que é certo é que vai para 2 meses que estou parado e sem perspectiva de retomar, já faltei à Corrida com os Campeões e à Meia-Maratona de Cascais e arrisco a faltar às próximas, onde se inclui a que me irá doer bastante não poder participar, a Maratona de Madrid.

Com tão longa paragem e já pouco tempo a faltar, e sendo realista, Madrid já voou mas... enquanto houver uma ínfima percentagem de esperança, não desistirei. Deixem-me sonhar! 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Uma entrevista e ponto de situação duma paragem forçada

Depois de no último artigo, no passado dia 26, parecer que tudo estava a ficar bem, após um Janeiro quase sempre parado, eis que logo nesse próprio dia tudo voltou atrás.

Seria fastidioso relatar todos os acontecimentos, mas efectivamente aqueles problemas resultaram numa lesão no joelho e a forçada paragem desde então.

Dias houve (até ontem) que coxeava de forma significativa e após uma consulta de urgência, a marcação duma ecografia para avaliar danos.

E aqui havia uma dúvida que me atormentava. Se seria apenas uma lesão ou algo estrutural ou degenerativo que colocasse em perigo a minha continuidade na corrida. Podem imaginar como andei...

Felizmente que do mal o menos e o que a ecografia disse é que se trata "apenas" duma lesão, estando menisco, rótula e ligamentos bem, nada havendo estruturalmente danificado. Ufa...

Tudo o recomendado estou a fazer certinho, envidando todos os esforços e mais alguns para que a paragem seja o mais breve possível. 

Não há qualquer previsão de tempo, podendo ser dias ou semanas. 

Não estou preparado para perder a Maratona de Madrid, embora reconheça que cada semana que passa fica mais improvável mas não desisto de lutar por poder estar presente.
Podendo ir, não será com a preparação ideal, longe disso, mas aí terá que ser com muita cabeça e foco, como sempre, na meta. 
Deixem-me continuar a sonhar!

Entretanto, em Novembro passado tive o prazer de ser entrevistado por um grande atleta, João Silva, com uma história muito grande de superação a nível de peso e com resultados fantásticos em termos cronométricos. 
A entrevista foi agora publicada no seu excelente blogue e pode ser lida aqui
Um muito obrigado ao João pelo reconhecimento!