quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Calendário 2012

Já se encontra actualizada a página de Calendário de Provas relativa a 2012.
Assim, e após o mês de Dezembro actual, encontra as datas que já foi possível recolher após todas as pesquisas que efectuei aos mais diversos sites oficiais de provas, estando cerca de metade das provas calendarizadas.
No que à Alta Competição diz respeito, o calendário está praticamente completo.
Para visualizar, clique aqui e comece já a preparar o novo ano com muitas e boas corridas.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Troféu de Oeiras - Bairro dos Navegadores


3ª prova do 30º Troféu das Localidades de Oeiras, o Grande Prémio do Bairro dos Navegadores teve no domingo a sua 4ª edição, regressando ao troféu após um ano de interregno.

E regressou em grande com o maior número de participantes esta época e que passa a constituir novo record nesta prova e por larga margem. De 520 em 2009, estiveram agora presentes 669 atletas em todos os 28 escalões.
Este número poderia ser mais numeroso não fosse o caso do NucleOeiras ter optado por levar um contingente de atletas ao Cross da Amora, situação que terminou com a longa série de 19 vitórias colectivas consecutivas da equipa de Barcarena (as 3 últimas de 2009-2010, todas as 14 de 2010-2011 e as 2 primeiras de 2011-2012).
A vitória colectiva foi assim para os Leões de Porto Salvo (396 pontos), com Os Fixes em 2º (305) e o Linda-a-Pastora a fechar o pódio (284). Em 4º classificou-se o Ribeira da Lage (217) e em 5º a equipa da casa (211).
Apesar do 8º lugar com 175 pontos, o NucleOeiras, fruto do avanço acumulado, continua a liderar confortavelmente a tabela, agora com 1.421 pontos, seguido pelos Leões de Porto Salvo (1.081) e Linda-a-Pastora (954).

Quanto aos 28 vencedores, a relação é: (com * à frente do nome, os atletas que venceram todas as 3 provas já realizadas, e que são 12 atletas em 28 possíveis)

Escalão
Atleta
Clube
Nº atletas
Benjamins B M
António Teixeira *
Cá Te Espero
29
Benjamins B F
Margarida Lopes
Manique de Cima
18
Infantis M
Pedro César
NucleOeiras
30
Infantis F
Micaela Fonseca
Reboleira e Damaia
16
Iniciados M
Miguel Santiago *
Ribeira da Lage
32
Iniciados F
Verónica Tavares
Navegadores Porto Salvo
14
Juvenis M
Uselsany Silva
Reboleira e Damaia
15
Juvenis F
Joana Freire
Leião
11
Juniores M
João Santos
NucleOeiras
16
Juniores F
Catarina Carreira *
Linda-a-Pastora
12
Sub23 M
Nuno Cardoso *
NucleOeiras
16
Sub23 F
Sara Simões *
Linda-a-Pastora
6
Seniores M
Hugo Gonçalves
Leões Porto Salvo
61
Seniores F
Mónica Moreiras *
NucleOeiras
16
M 35
Pedro Gil
Os Fixes
43
F 35
Josefa Bongué
Joaninhas Leião
20
M 40
Luís Allen
Leões Porto Salvo
45
F 40
Susana Almeida
Garmin Olímpico Oeiras
15
M 45
José Martins
Os Fixes
47
F 45
Maria Pedro *
Leões Porto Salvo
18
M 50
João Caldeira
Linda-a-Pastora
63
F 50
Mª Rosa Carita *
Sintrense
11
M 55
Filipe Silva *
Os Fixes
36
F 55
Maria Fatuda
Ribeira da Lage
6
M 60
Mário Gonçalves *
Leões Porto Salvo
29
F 60
Mª Fátima Santos
Leões Porto Salvo
12
M 65
Albino Oliveira *
Benfica Mem Martins
19
M 70
Bernardino Pereira *
Os Fixes
13

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Seleccionados para o Europeu de Cross

Após o cross da Amora ontem disputado, e que viu as vitórias de Dulce Félix e Rui Teixeira nas corridas principais, já foi divulgada a relação dos 35 seleccionados (num máximo de 36 possíveis) para o Europeu de Cross a disputar a 11 de Dezembro em Velenje, Eslovénia.

São eles:

Séniores Femininos
Ana Dias (Maratona)
Anália Rosa (Maratona)
Doroteia Peixoto (Joane)
Dulce Félix (Maratona)
Ercília Machado (Braga)
Leonor Carneiro (Maratona)

Séniores Masculinos
Bruno Jesus (Maia)
José Rocha (Maratona)
Pedro Ribeiro (Maia)
Rui Teixeira (Maratona)
Tiago Costa (Conforlimpa)
Ricardo Ribas (Maratona)

Sub23 Femininos
Bárbara Ferreira (Braga)
Carla Salomé Rocha (Sporting)
Daniela Cunha (Maratona)
Catarina Ribeiro (Braga)
Sónia Catarina Lima (Várzea)

Sub23 Masculinos
Daniel Gregório (Seia)
Hugo Daniel (Liberdade)
Jorge Santa Cruz (Benfica)
Luís Mendes (Cyclones)
Pedro Vieira (Póvoa)
Ricardo Figueiredo (Seia)

Juniores Femininos
Catarina Carvalho (Marinha Grande)
Catarina Gonçalves (Várzea)
Cátia Santos (Benfica)
Diana Almeida (Benfica)
Marta Martins (Vidigalense)
Silvana Dias (Várzea)

Juniores Masculinos
Adrião Rodrigues (Benfica)
Diogo Lourenço (Vianense)
Emanuel Rolim (Benfica)
Ruben Silva (Benfica)
Rui Pinto (Benfica)
Samuel Barata (Benfica)

Recorde-se quie nas anteriores 17 edições, Portugal alcançou um total de 50 medalhas, só ficando atrás da Grâ-Bretanha (80) e França (55), mas sendo a 2ª potência nas de ouro, 19 (apenas atrás das 32 da Grã-Bretanha)
Das 50 conquistadas, 20 foram individuais (7 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze) e 30 colectivas (12 de ouro, 10 de prata e 8 de bronze)
Nos próximos dias publicarei todos os resultados e estatísticas de todas as 17 edições

domingo, 27 de novembro de 2011

Uma corrida diferente em Mendiga

É sempre bom estar rodeado de amigos: Eu, Sandra Martins, Nuno Espírito Santo, Luís Prego e João Branco

Dificilmente o tempo poderia estar melhor, dado estarmos quase em Dezembro, o que foi mais uma benesse para todos e, em especial, à extraordinária população de Mendiga que se une para dar o seu melhor na organização deste Grande Prémio da Mendiga, que realizou hoje a sua 24ª edição.

A bem recheada montra de troféus

Tal como escrevi no ano passado e não é demais repetir, mais do que uma corrida, é um acontecimento, um verdadeiro exemplo para tantos, numa altura que o individualismo impera na nossa sociedade. Todos unidos em prol do bem comum.

Não é uma corrida, é uma festa, onde no meio há uma prova de Atletismo, seguindo-se um muito bem organizado almoço e a distribuição de prémios.

Depois de a ter conhecido em 2010, só se não poder de todo é que faltarei a alguma edição.

Animação popular
O vencedor masculino, Evans Kiplagat

Competitivamente falando, o queniano Evans Kiplagat venceu com a extraordinária marca de 48.12, a 3º melhor de sempre a 22 segundos do record do seu compatriota David Langat que marcou 47.50 em 2008.

Paulo Gomes (49.27) e Sérgio Silva (50.20) ocuparam os restantes lugares do pódio.

A vencedora feminina, Recho Jerubet

A queniana Recho Jerubet foi a vencedora feminina, também com uma grande marca, 57.59, seguida por Ana Mafalda Ferreira (59.12) e a vencedora da edição transacta, Madalena Carriço (1.00.58)

Colectivamente o Vermoil arrecadou o 1º lugar, numa luta taco a taco com os 3 Santos Populares (35 contra 38 pontos). Fechou o pódio o Barreira com 72

Terminaram 442 atletas, menos 12 que em 2010 e mais 11 do que 2009. Deles, 33 eram femininas (7,5%)

A 200 metros da meta

A minha prova não foi tão boa como no ano passado, onde tinha realizado um grande tempo de 1.28.05, tendo hoje demorado mais 4.29 (1.32.34), por culpa de não ter gerido bem o esforço inicial. Mas mais do que o tempo, senti-me sempre bem e foi uma prova muito agradável, muito tempo acompanhado pelo sempre companheiro João Branco, também colega de viagem tal como a Sandra e o Nuno, o que mais vieram abrilhantar um dia em grande!

E venha a edição de 2012!


sábado, 26 de novembro de 2011

Nacional de Estrada 2012 nos 15 Kms de Benavente

Os 15 kms de Benavente, prova tradicionalmente disputada em Setembro, terão a sua próxima edição a 15 de Janeiro, sendo Campeonato Nacional de Estrada, englobando igualmente uma Prova Aberta.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Apresentada a Maratona de Lisboa

(Foto Xistarca)

Na passada 4ª feira foi apresentada aos órgãos de comunicação social a 26ª Maratona de Lisboa, a disputar domingo a uma semana, dia 4 de Dezembro.

Este é um evento que mobiliza milhares de atletas pois, a juntar-se à Maratona propriamente dita, também faz parte do programa, a Maratona por Estafetas, Meia-Maratona, Corrida da Família e, em estreia, Corrida do Pequeno-Almoço.

Estão inscritos cerca de mil atletas estrangeiros para a Maratona, provando o grande segredo da data nesta organização, pois quem pretender correr uma Maratona europeia nestes meses de inverno, esta é a possibilidade.

Como novidades, além da Corrida do Pequeno-Almoço no Sábado com o apoio da Associação Salvador e para onde reverterão as inscrições, coincidindo ser o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, temos chips descartáveis e diversas orquestras de tambores que se colocarão em vários locais para criar um clima festivo.
É que em Lisboa, lamentavelmente, as corridas são desprovidas de calor humano do público, salvando-se apenas os familiares dos corredores espanhóis que não se coíbem de aplaudir e incentivar do primeiro ao último, ou pelo menos até à passagem do seu familiar.

No sábado realizar-se-á um colóquio subordinado ao tema "A corrida no século 21", onde serão abordadas as novas tecnologias ao serviço dos atletas e outros temas de actualidade, como as corridas de solidariedade e o crescente aumento do pelotão feminino.
Neste dia, a habitual pasta-party é antecipada do jantar para o almoço.

No que a mim diz respeito, este dia será de estreia absoluta. Não na Maratona, apesar de partir com o pelotão da Maratona, mas por entrar, pela primeira vez, numa Estafeta. E não sou só eu a estrear-me mas todos os restantes 3 colegas da equipa 4 ao Km, Filipe Silva, Virgílio Oliveira e Carlos Mendes.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Não interessa como se cai mas como se reage à queda

Clique aqui para ver este video.

Quando tudo parece perdido... o fraco desiste, enquanto o forte deixa-se levar pelo sonho!

(Obrigado Filipe por me teres enviado este video)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Leonor Carneiro e Tiago Costa vencem em Torres Vedras

A vencedora Leonor Carneiro (foto Atleta Digital)

O Cross de Torres Vedras, elegível para a formação da selecção que nos vai representar no Europeu em Velenje (Eslovénia) a 11 de Dezembro, teve dois vencedores inesperados.

No sector feminino, Leonor Carneiro venceu em 27.26, à frente das suas colegas do Maratona, Ana Dias (27.40) e Anália Rosa (27.46).
Em princípio, estas 3 atletas têm o seu lugar garantido ficando a faltar saber quem serão as restantes 3 que irão defender o título europeu.
Recorde-se que nas 17 edições já realizadas, as nossas meninas de ouro sagraram-se campeãs europeias por 8 vezes, 4 nos últimos 5 anos e vêm de 3 vitórias consecutivas.
A campeã individual em título, Jéssica Augusto, tentou o apuramento, escassas duas semanas após a Maratona de Nova Iorque, mas ressentiu-se do esforço e foi obrigada a abandonar, o que a deixou muito desalentada e a equacionar o não poder estar presente.
Desconheço se Dulce Félix irá tentar para a semana o apuramento na Amora, ela que também esteve na Maratona nova-iorquina, numa selecção também desfalcada de Sara Moreira e Inês Monteiro.

Em Sub-23, a sportinguista Carla Salomé Rocha provou o seu apurado momento de forma, ganhando em 28.07, seguida por Daniela Cunha (28.57) e Catarina Lima (30.55)

Em juniores, os dois primeiros lugares foram ocupados por atletas do Várzea, Silvana Dias (21.59) e Catarina Gonçalves (22.16), seguidas por duas atletas do Benfica, Diana Almeida (22.26) e Cátia Santos (22.47).

O quarteto da frente na prova masculina (foto Atleta Digital)

No sector masculino, Tiago Costa, agora da Conforlimpa, foi o vencedor com a marca de 35.26, com Bruno Jesus a 7 segundos e José Rocha em 3º (36.13)

Nos sub-23, Luís Mendes dos Cyclones triunfou (37.07), à frente de Ricardo Figueiredo (37.14) e Daniel Gregório (37.25).

Quanto aos juniores, o benfiquista Emanuel Rolim cortou a meta em primeiro (26.58), 6 segundos à frente do seu colega Adrião Rodrigues, tendo Diogo Lourenço completado o pódio (27.33)

Resta agora aguardar pelo Cross da Amora no próximo domingo para se conhecer quem irá a Velenje.

A classificação completa pode ser vista aqui

domingo, 20 de novembro de 2011

Um muito agradável sobe e desce em Odivelas

Antes da partida com o "super-sónico" Nuno

Diz a lenda que o rei D.Dinis escapava do Paço Real de Lisboa para, a coberto da noite, vir ter com as suas amantes que viviam no local hoje conhecido por Odivelas.

Pensava ele que a rainha Santa Isabel nem sequer desconfiava mas isso era ignorar o famoso 6º sentido feminino. A rainha sabia e sofria em silêncio, até que decidiu mostrar-lhe o seu conhecimento, tendo pedido auxílio a damas da corte para se colocarem com archotes num local então deserto, hoje Lumiar, por onde passava o rei.

Quando D.Dinis se aproximou, a rainha disse-lhe:
"Ide vê-las. Nós alumiamos o vosso caminho"

Daí, o Lumiar ter esse nome e foi de "Ide vê-las" que se formou o nome Odivelas.

Seja ou não lenda, D.Dinis está ligado à terra pois é no Mosteiro de S.Dinis e São Bernardo de Odivelas, por si mandado erigir, que repousam os seus restos mortais.

Daí, a homenagem consubstanciada no nome da corrida que hoje se estreou, a Corrida de D.Dinis festejando os 13 anos de Odivelas como cidade.

Mais uns momentos e iniciava-se a 1ª edição desta corrida

E foi uma excelente primeira edição, abençoada por um muito bem recebido sol, após as intempéries dos últimos dias.

Organização que nada deixou ao acaso, bom hábito das provas que contam com o apoio técnico da Xistarca, e que os atletas responderam com uma muito boa participação de 759 classificados na prova principal, números a que se juntam os da caminhada.

O percurso foi um constante sobe e desce. É o meu tipo preferido de provas mas sei que é o inverso da maioria do pelotão. No entanto, todas as opiniões que ouvi após a prova eram de muita simpatia pelo trajecto, pois o sobe e desce resultou duma forma muito agradável.

O vencedor masculino, Pedro Gomes, prepara-se para cortar a meta

Pedro Gomes da Odimarq Alumínios foi o mais rápido a percorrer os 10.000 metros, no tempo de 33.35, 7 segundos à frente de David Fernandes do Mirantense e 10 sobre o seu colega de equipa, Luís Batista.

A vencedora feminina, Lúcia Oliveira, momentos após terminar a sua prova

No capítulo feminino, venceu Lúcia Oliveira da Açoreana Banif em 43.31 e um avanço de 14 segundos sobre Marta Fonseca da ADFA e 20 sobre Maria Piedade Alves do Fontainhas.

Colectivamente, a Odimarq Alumínios, com 3 atletas nos 4 primeiros lugares, a que se juntou um 13º, venceram com 21 pontos, seguidos dos Leões de Porto Salvo (37) e do Toledo a finalizar o pódio (82).
De destacar que nas classificações consta, não só o tempo final e de passagem mas também o tempo real (de chip).

Terminaram 95 atletas femininas (11,9%) numa classificação de 4 escalões no sector, o que não é muito habitual mas que se espera seja seguido por mais organizações, sendo mesmo o ideal a uniformização de número de escalões com o masculino, incentivando mais a presença feminina que, paulatinamente, vai aumentando, apesar de ainda longe dos padrões de outros países europeus.

No final, saco com medalha, T-Shirt técnica e um cubo de marmelada branca, especialidade local.

Prova feita e bem feita

A minha corrida deu-me imenso prazer pois correspondi a um aumento de ritmo em relação aos últimos eventos, prova que o mau tempo de baixa de forma que sofri, está a dissipar-se.

O percurso, como já referi, era do meu agrado e realizei 53.26, tendo melhorado a média ao longo dos quilómetros, sinal que estava bem. Uma prova onde me classifiquei melhor, na relação lugar/participantes, do que o habitual, 483º em 759, factor que não me preocupa, só tenho olhos para o tempo, mas que prova que a dificuldade da prova era maior, o que dignifica mais o meu registo.

Claro que poderia ser melhor caso não me cortasse nas descidas mas esse é um ponto onde tenho sempre muito cuidado para não potenciar eventuais lesões, especialmente numa altura que o joelho me faz lembrar que existe, apesar de eu o tentar ignorar.

Como curiosidade, recebi hoje a minha 80ª medalha de presença em 195 provas, foi a 10ª vez que corri pelos 4 ao Km e estive presente pela 19ª vez num edição inaugural.


sábado, 19 de novembro de 2011

Uma grande ideia para uma Maratona de sonho em Lisboa!

O meu grande amigo Jorge Branco publicou um excelente artigo sobre uma ideia que considero fabulosa para uma Maratona em Lisboa, com um percurso que a tornaria única no mundo.
Não percam de modo algum a sua leitura aqui

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Números finais da Maratona do Porto

A classificação que foi inicialmente publicada da Maratona do Porto, reportava 1.545 atletas classificados.
Após isso, foram efectuadas diversas correcções e agora publicada a definitiva que diminui em 30 o número de atletas classificados, deduzo por terem sido desclassificados, sendo então 1.515 o número de referência e que constitui o record de participação numa Maratona portuguesa.
Curiosamente, todos os 30 atletas que saíram da classificação foram masculinos, mantendo-se as 119 atletas femininas na meta (7,9%)


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Como comecei

26 de Março de 2006, Mini da Ponte. A minha primeira corrida estava concluída!

Cada um de nós tem a sua história de como começou neste desporto que nos vai apaixonando mais e mais.
Esta é a minha.

Sempre gostei de Atletismo mas, como o comum dos mortais, apenas conhecia o mediático e desconhecia por completo os inúmeros eventos que são organizados semanalmente. Apenas sabia da sua existência quando via na televisão as pontes ou quando cortavam a minha rua para a corrida dos Leões de Porto Salvo.

Vibrei entusiasticamente com as façanhas dos nossos atletas, fosse nos Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais ou europeus, mas nunca me passou pela cabeça um dia entrar em provas, muito menos ao lado de alguns desses nomes que nos davam tanta alegria e orgulho.

De vez em quando, ia num sábado de manhã até ao Jamor, percorrer, apenas a andar, uma volta ao circuito de manutenção para fazer os exercícios, e depois corria uma, às vezes duas voltas, à pista onde está agora o Centro de Alto Rendimento. E quando fazia essas duas voltas (800 metros), já achava que tinha corrido muito.
Essas manhãs sabiam-me bem quando saia mas na semana seguinte, por uma desculpa qualquer (há quem lhe chame de preguiça), não ia e passava-se mais um ou dois ou três meses até regressar a outro esporádico sábado.
Na primavera de 2005 lá comecei a ser mais regular, talvez de 15 em 15 dias. Nessa altura pesava entre os 94 e 96 quilos e tinha começado com uma série de sintomas estranhos e alarmantes, em especial por estar com 45 anos e essa idade ter os seus perigos nesses sintomas.
Fiz análises e estava tudo mal! Tinha entrado numa perigosa espiral que me teria levado não sei onde, se não tivesse ido dar uma volta junto ao mar e descoberto o Passeio Marítimo de Oeiras e umas quantas pessoas aí a correrem.
Estávamos no início de Junho de 2005 e decidi ir correr aí no dia seguinte. Assim o fiz e arranquei do metro zero junto à Praia da Torre (o passeio tem placas de 100 em 100 metros a indicar em que extensão vai) só parando de correr na praia de Oeiras, 1.800 metros depois e com o coração a querer saltar boca fora e sem conseguir falar.
Apesar de ter ficado muito dorido muscularmente, adorei a experiência e comecei a frequentá-lo de 3 em 3 dias. Era o meu escape ao stress laboral.
Na segunda vez, esforcei-me ao máximo e consegui chegar ao número redondo de 2 quilómetros e pouco depois fui mesmo até ao final do passeio (na altura acabava no Restaurante Saisa e tinha a extensão de 2.300 metros).
As placas a cada 100 metros eram a minha orientação e nem sabia que havia relógios que marcavam a distância.

Numa altura cheguei aos 2.300 e dei a volta correndo mais 100 metros, e depois comecei a aumentar o regresso. Lembro-me da grande festa que fiz quando completei 3 kms, o que já me parecia uma distância enorme para correr de seguida.
Quando cheguei aos 3.500, o meu objectivo passou a ser conseguir fazer ida e volta (4.600), o que consegui ao fim de quase 3 meses a percorrer aquele passeio.
Isso, pareceu-me o cume a que poderia chegar e era a minha meta. Umas vezes não conseguia chegar até lá mas depois comecei a fazê-lo com constância e o objectivo passou a ser quantos treinos seguidos conseguia completar a ida e volta sem nunca parar.
Estamos em Novembro e já ia em 18 vezes seguidas, a lutar para chegar às 20, quando aconteceu algo que mudou tudo.

Estava a ler o Oeiras Actual, publicação da câmara de Oeiras, quando me chamou a atenção uma reportagem sobre a Corrida do Tejo que se tinha disputado no mês anterior.
Pum pum. O coração bateu mais apressado com a ideia. E se eu entrar nesta corrida no próximo ano?
O problema é que eram, imaginem, 10 quilómetros! Mas tinha 11 meses pela frente. Se eu fosse aumentando um quilómetro para aí de mês e meio em mês e meio...
A ideia de ir participar numa corrida impulsionou-me de tal maneira que no treino seguinte ao chegar ao final do regresso na Praia da Torre, virei e ainda corri mais 400 metros perfazendo 5 exactos.
Em Dezembro cheguei aos 6 e em Janeiro aos 7. A coisa compunha-se!

Novo momento marcante. Final de Janeiro de 2006, um colega meu oferece-me um folheto para fazer a Ponte a pé. Ora que rica ideia! Eram pouco mais de 7 quilómetros, dava para tentar.
E eis que a minha experiência numa corrida é antecipada de Outubro para Março. Afinal a Corrida do Tejo ia ser a 2ª (pensava eu...)
Na semana anterior fui até à outra banda para fazer de carro o percurso e ver com o que podia contar. Eu que só estava habituado ao passeio de Oeiras.

Dias antes, um colega meu perguntou-me se eu ia à Mini ou Meia. respondi com toda a convicção "Mini! Meia não faço nem nunca farei!". Se já achava 10 quilómetros uma distância de outro mundo só ao alcance de alguns iluminados, 21 era mesmo para super-atletas.
Um ano depois, nesta mesma corrida, estava a estrear-me numa Meia...

Chegada da 2ª corrida, APAV. Ao lado, sem ainda a conhecer, está a Sandra Martins

Fui logo no primeiro dia da feira levantar o dorsal. Ao passar numa banca, oferecem-me um folheto duma corrida de apoio à APAV, a realizar 2 semanas depois. Olha que rica ideia! Mas eram quase 10... distância que nunca tinha feito. Mas inscrevi-me!

Chega o dia da Ponte e delirei com todo aquele ambiente e mar de gente. Recordo-me do momento emocionante de começar a correr e pensar "estou numa corrida!"
Foi uma experiência inesquecível e fiquei a ansiar que as duas semanas voassem para chegar a APAV.
No domingo do meio entre as duas, arrisquei-me a tentar treinar 10 quilómetros. Consegui e senti que tinha alcançado um feito sensacional. Apesar de mal me conseguir mexer mais nesse dia e seguintes.

Ao levantar o dorsal na APAV, vi um folheto da Maratona Carlos Lopes, que se ia disputar no domingo seguinte, e onde havia uma prova aberta. Mas com 11 quilómetros...
Ao chegar à meta estava tão feliz que decidi cometer a loucura de arriscar os 11 na semana seguinte.

A chegada dos 11 quilómetros, com Adamastor vencido!

Confesso que andei uma semana a dormir mal e fui por 3 vezes (!) de carro reconhecer o percurso. Estava completamente aterrorizado com a subida do viaduto!
Muito receoso, fui para a partida. Mas ao mesmo tempo muito concentrado na tarefa hercúlea que tinha pela frente, 11 quilómetros, e com o Adamastor da subida.
Receei tanto, tanto, tanto essa subida que quando a acabei pensei "Mas afinal era só isto?"

Nunca parei, tendo conseguido correr a loucura dos 11 quilómetros seguidos!
E soube através dum folheto que a 25 de Abril se ia disputar outra corrida.

E pronto! Nessa altura já estava completamente viciado. E o resto é história. História que, se tudo correr como planeado, chega à corrida número 200 na São Silvestre dos Olivais.

Ah! E a tal Corrida do Tejo onde me ia estrear afinal foi a minha corrida número 16...

A cortar a meta na minha 10ª corrida, 9 quilómetros da Lagoa de Santo André. Aqui, já de amarelo!