domingo, 28 de julho de 2019

No Pombal a fazer os possíveis

Hum... terão colocado esta placa para apoiar a nossa equipa?

No último artigo, redigido há duas semanas atrás sobre a Corrida da Lagoa de Santo André, escrevi que na sexta seguinte, dia 19, iria tentar o tal treino de 25 que tinha ficado interrompido pela queda. Pois... mal imaginava que se aproximava uma paragem de 10 dias, período no qual deveria ter feito 8 treinos e corrido 92 quilómetros mas que ao invés fiquei a zero.

Eu bem dizia que tinha sido uma sorte ter-me magoado apenas no pulso para a muito forte e aparatosa queda... 
Dois dias após a Lagoa andava estranho e no dia seguinte saltou tudo! Muito resumidamente, houve coisas que saíram do sítio, acabando por resultar em costas presas e orgãos magoados. Não deixa de ser curioso como isto só se notou pouco mais duma semana após o incidente. Esteve como que a marinar.

Passei uns dias complicados, inclusive com idas à osteopata e ao hospital, mas na passada 5ª feira pude regressar à corrida e ontem participar na Prova do Bodo no Pombal.

Como sempre sucede, isto faz-nos recordar que pode ser efémero o estarmos bem pois um pequeno instante tudo muda. Felizmente agora está resolvido e a paragem não foi tão prolongada como poderia ter sido. Sorte de ter uma osteopata fantástica chamada Paula Almeida!

Também faz relembrar que o nosso esqueleto não é assim tão forte que aguente tudo. E nesse particular tenho algumas lacunas, pois a minha parte do tronco não é tão consolidada como deveria ser, talvez por ter registado um crescimento não linear. Aos 13 anos media 1,51 e aos 15 já 1,77. 26 centímetros em apenas 2 anos não permitiu a necessária consolidação. Mas é com esta forma que tenho que viver e extrair o melhor que posso sem grandes estragos, como um trambolhão daqueles possa causar.

O que notei desde o regresso aos treinos na 5ª feira foi que, enquanto a caixa estava boa, as pernas apresentaram-se muito cansadas e sem força, não pela paragem mas resultado do que tive.
Mas dava para correr, apesar de muito devagar, o que permitiu deslocar-me pela 5ª vez a uma corrida que aprecio bastante, a Prova do Bodo no Pombal.


Como sempre, bem dispostos!

Foi a 37ª edição deste evento sempre disputado no último fim-de-semana de Julho, integrado nas Festas do Bodo, e cuja distância nas primeiras 27 edições era Meia-Maratona.
Desde 2010 passou a corrida de 10 km, mais em consentâneo com a altura do ano, num percurso de 3 voltas.

Quando se está em forma, o percurso é bom para marcas, como se comprova os 50.20 que aqui marquei em 2016 e que foi na altura a 2ª melhor marca de sempre, a 12 segundos do record. 4 meses e meio depois chegaria a tão batalhada descida dos 50 minutos.

Desta vez, tinha quase a garantia que iria fazer algo que há muito muito tempo não fazia, 10 km acima da hora. Isto pelas indicações que os treinos de 5ª e 6ª ofereceram.

Corrida em clima de festa, cada uma das 3 voltas tem uma ligeira subida ao longo da 1ª metade a que se segue o retorno e a natural ligeira descida.

A acabar a 2ª volta...


... e a iniciar a 3ª
Como estava com as pernas, a intenção era aguentar na subida e tentar soltar um pouco na descida. 
Na 1ª volta até mal dei pela subida, na 2ª já notei qualquer coisa e na 3ª estou convencido que a inclinaram muito mais. Não sei se haverá ali qualquer sistema hidráulico mas em cada passagem a subida pareceu inclinar mais.
Fui sempre com uma margenzinha sobre a hora. Só na parte final da subida na última volta a coisa parecia ir dar o estoiro mas lá me aguentei e foi com muita satisfação que cortei a meta em 58.29, o tempo mais fraco aqui registado nas minhas 5 participações mas que soube-me como um feito pois não estava com pernas para tal. Salvou-me a caixa e a cabeça que foram fundamentais para transmitir o que as pernas não davam.


Com o Arlindo. Conhecemo-nos em plena Maratona de Aveiro 
E foi assim a minha participação nesta corrida que irá iniciar um interregno de mês e meio de provas (só tornarei a participar numa a 14 de Setembro na Corrida Auchan no Autódromo do Estoril) mas não se pense que irei ficar parado, muito pelo contrário! Agora é altura de muito treino em distância para criar uma boa base para o Porto.

O plano que tinha estipulado para o Porto teve que ser rasgado em virtude do sucedido mas já está elaborado um necessariamente mais suave nesta parte inicial.

Estou convencido que em pouco tempo esta afectação das pernas irá passar e poderei regressar a ritmos mais habituais.

Vou dizendo coisas. Fiquem bem desse lado!

domingo, 14 de julho de 2019

Na corrida/festa/convívio da Lagoa de Santo André

Com os amigos Tânia e Raúl

Correndo o risco de me repetir ano após ano, a Corrida da Lagoa de Santo André é mais do que uma corrida. É também uma festa em forma de convívio, como que a encerrar, para muitos, a época desportiva antes das férias.

Daí, não é para admirar que privilegie esta prova, tendo sido a minha 13ª presença em 14 épocas de Atletismo.

Aliás, é a corrida onde tenho mais participações, as citadas 13, seguindo-se 7 outras provas com 11 participações, sendo que duas irão este ano chegar às 12, se tudo correr bem (Corrida do Tejo e S.Silvestre da Amadora).

Sendo a mais de 150 quilómetros de minha casa e sendo aquela onde participei mais vezes, algo de especial tem que ter.
E tem! Um local muito agradável e aprazível, um percurso com o seu quê de selectivo e que aprecio, e o tal convívio/jantar que simpaticamente é oferecido a todos.

Cheguei a recear não poder participar nesta prova em virtude da enorme queda que sofri no sábado anterior e que relatei no último artigo. Felizmente a recuperação foi muito boa e não houve mais complicações, além das dores naturais pela queda. 
Tive que parar até 4ª e depois recomecei os treinos, com cuidado redobrado a olhar para o chão pois outra queda com isto do pulso tão fresco, não seria nada bom.

E é tendo em conta esta semana mais complicada que passei que o resultado final de ontem considerei-o muito bom e bastante melhor do que esperava.

Nos primeiros metros
Fiz uma prova tanto de controlada como a dar o possível para a ocasião, cortando a meta em 55.56, o que muito me agradou. 

A maior dificuldade foi o calor que se fez sentir mas que também consegui gerir da melhor forma.


Ambas as fotos a entrar para o último km

E no mesmo local mas agora visto de trás
A próxima prova é daqui a duas semanas, a Prova do Bodo no Pombal, e além dos habituais 5 treinos semanais, na próxima sexta é dia de repetir o tal treino de 25 (tentando baixar das 2.30) pois esse na semana passada ficou-se pelos 21 em virtude da queda.

Se vou conseguir ou não, sexta direi.

Até lá, sejam felizes!


sábado, 6 de julho de 2019

E aos vinte e um... catrapum!

Há duas semanas fiz um longo de 20 km onde a intenção era marcar menos de duas horas. Mais fácil em corrida, rodeado por outros atletas e a estrada cortada, em treino é menos acessível mas consegui, o que para início de preparação para o Porto foi muito positivo.

Hoje o plano marcava 25 km mas menos de 2.30. Indo a ritmo de salvaguarda, conseguiria chegar aos 25 sem muitos problemas, mas a ter que ser nesse ritmo e sempre sozinho, logo se via. Ao menos ia tentar.

Arranque às 7.30, pouco calor e céu encoberto, foram uma boa ajuda.

Até aos 15 a média estava muito "rés vés Campo de Ourique" mas após uns km mais vivos, cerca dos 21 já apontava para umas 2.28

Já sentia algum natural cansaço mas com a sensação que iria manter o ritmo e atingir o objectivo, a menos que algo sucedesse. E sucedeu...

Mais ao menos na parte de passeio em frente à estação de Caxias, pouco depois de ter saído do passeio marítimo Cruz Quebrada-Caxias, tropecei em algo e dei um mo-nu-men-tal tralho!

Foi daquelas quedas que nem deu tempo para aperceber, foi estar em pé e de imediato no chão. Caí com o lado direito e com o embalo, fiz uma espécie de cambalhota, meio para frente, meio para o lado. Ainda fiquei um par de segundos no chão a tentar perceber o que tinha acabado de acontecer e veio em meu auxílio uma rapariga que estava a correr na minha direcção. 

Julgo que estava mais assustada do que eu ao ver aquele aparato, deve ter pensado que me tinha partido todo. Fiz um rápido check-up e disse que parecia estar bem. Ela aconselhou-me, e bem, a não correr mais pois podia ter magoado qualquer coisa e não sentir por estar quente e ir agravar. Agradeci-lhe, apesar de ainda estar meio abananado com a queda. Se por alguma razão estiver a ler isto, um enorme agradecimento pela pronta e simpática assistência!

Estava a 4 km do carro e fui a andar muito calmamente. E a aperceber-me dos danos, todos do lado direito. Tinha esfoladela no joelho, anca, mão, cotovelo (que rapidamente ficou com um alto) e ombro. 

Pouco depois vi que ao relógio GPS saltou-lhe o botão de ligar/desligar, terei que usar agora um palito ou similar, além duma cobertura de borracha que também desapareceu.

Regressei a casa a conduzir, passado um bocado saí e conduzi. Regressei a conduzir e tudo bem. Refiro o conduzir por utilizar as duas mãos. Só quando estava a almoçar, cerca de 4 horas após o esbardalhanço, é que comecei a sentir uma dor no polegar esquerdo. Quase de seguida deixei de conseguir pegar em objectos com essa mão e uma dor forte no pulso que foi aumentando.

Decidi então ir a uma urgência. Assustei-me pois os sintomas sugeriram ao médico que podia ter fracturado o escafoide, algo que felizmente o raio x desmentiu.

Fiquei sim com o tendão e escafoide magoados, o que obrigou a colocar uma ligadura de imobilização. E ainda bem pois não estava a ter posição para aguentar a dor e com a imobilização a coisa aguenta-se.

Terei que parar uns dias, por causa dos impactos, mas se tudo evoluir como se espera, de hoje a uma semana estarei na Lagoa pela 13ª vez.

Claro que tenho diversas dores pelos sítios onde bati e sei que nas próximas horas aumentarão para depois passarem. 

A queda foi tão rápida e aparatosa que não percebo como danifiquei o pulso esquerdo quando caí todo para o lado direito. Necessitava do VAR para analisar a coisa mas segundo parece, não estava ali presente...

Não me posso queixar muito pois foi apenas a minha 4ª queda em 14 anos de corridas, uma em prova e 3 em treino. 
Mas sem cair já parti um pé e torci outro...

Uma pequena nota que estou a constatar: No dia a dia nem nos apercebemos da série de coisas em que utilizamos as duas mãos...  

Uma boa semana a todos, de preferência sem qualquer contratempo!