quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A penar na São Silvestre dos Olivais

Os 6 atletas dos 4 ao km presentes: Eberhard, eu, João Cravo, Joana, Isa e Vítor

Participei ontem, pela 5ª vez, na São Silvestre dos Olivais, onde registei um dos piores tempos do meu historial de 10 anos. 

Os estragos que um mero antibiótico continua a fazer... Há um mês atrás, na Corrida Juntos Contra a Fome, marquei 52.18, pois ontem "matei-me todo" para finalizar em 1.08.10, 16 minutos mais!

Valeu por ter conseguido 10 km sem nunca parar e principalmente pela companhia da Isa, Vitor e João Branco durante o percurso. Sem a sua companhia, não sei como seria...

A coisa anda complicada a nível de estranhas dores nas pernas provocadas por aquele maldito antibiótico de 3 dias tomado há um mês e não estou a ver como dar a volta rapidamente.
É um final de ano penoso para um 2015 onde andei quase sempre numa excelente forma.

Uma palavra para o São Pedro que, mais uma vez, suspendeu a chuva durante a corrida.   

A prova registou a segunda maior participação de sempre, com 1.434 classificados a apenas 50 do record de 2011 e mais 104 que no ano anterior.

No entanto, a organização tem que levar nota negativa pois falhou naquilo que não pode falhar. Numa prova não pode faltar água e pelo menos os últimos 100 já não a tiveram no reabastecimento dos 5 km.
Como se sabe de antemão quantos participam, não é aceitável.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

São Silvestre do Porto e os números do record nacional de classificados


Até ao início deste ano, nenhuma prova portuguesa tinha ultrapassado a barreira dos dez mil classificados. 
Pois durante este ano três fizeram-no.

A primeira foi a 22 de Março na edição de prata da Meia-Maratona de Lisboa com 10.561 e agora, em dois dias consecutivos, mais duas entraram para este muito restrito lote, as São Silvestres de Lisboa e do Porto com, respectivamente, 10.128 e 10.880.

Assim sendo, a 22ª edição da São Silvestre do Porto apoderou-se do record nacional de classificados, o que justifica ir dissecar esses números.

Começando pelo sexo, terminaram 7.965 masculinos e 2.915 femininas, o que dá uma boa relação de 26,8% (para o que é hábito em Portugal). De realçar este número de quase 3 mil atletas femininas a competir competitivamente.

Em termos de escalões, a primazia vai para os seniores masculinos com 2.728 representantes.

F18
46
F20
1.369
F35
624
F40
876
M18
156
M20
2.728
M35
1.710
M40
1.470
M45
847
M50
526
M55
283
M60
245

A maioria dos atletas, 6.905 (63,5%, perto de dois terços) correu por uma equipa, sendo que os restantes 3.975 foram individualmente.
Registaram-se 1.664 (!) equipas diferentes, sendo a mais numerosa a Vitalis com 92 atletas, seguida pela Liberty 88 e Porto Runners 85
No entanto, das 1.664 equipas, 541 tiveram um só atleta.

O segundo onde mais atletas cortaram a meta foi o tempo de 1 hora 5 minutos e 37 segundos onde só nesse segundo 18 ultrapassaram a linha mágica.
A casa do minuto que mais atletas terminaram foi na hora e 5 com 356 atletas, logo seguido pelos 58 minutos com 355. 
A primeira edição desta São Silvestre, em 1994, contabilizou 391 atletas, pouco mais dos que agora cortaram a meta num simples minuto!

Na casa dos 30 minutos do vencedor até à hora e 44, todos os minutos registaram atletas. O último marcou 1.58.47

Como curiosidade o facto dos últimos 9 vencedores masculinos terem sempre Rui como primeiro nome. Após duas vitórias de Rui Silva e seis de Rui Pedro Silva, foi agora a vez de Rui Teixeira.

Em termos de países, os 10.880 atletas vieram de 34 diferentes, sendo que só os portugueses foram bem mais de dez mil, 10.693, com 187 estrangeiros

Portugal
10.693
Espanha
86
Brasil
28
França
11
Grã-Bretanha
11
Alemanha
5
Bélgica
5
Venezuela
4
E.U.América
3
Polónia
3
Porto Rico
3
Canadá
2
Grécia
2
Itália
2
Moçambique
2
Qatar
2
África do Sul
1
Andorra
1
Angola
1
Colômbia
1
Dinamarca
1
Eslováquia
1
Gabão
1
Guiné
1
Holanda
1
Ilha da Reunião
1
Noruega
1
Nova Caledónia
1
Nova Zelândia
1
Paraguai
1
Perú
1
Suécia
1
Suiça
1
Ucrânia
1



Qual a próxima a bater este record? A que números chegaremos em 2016? 

sábado, 26 de dezembro de 2015

Diz-se que os espanhóis não gostam de bons inícios...

Diz-se que os espanhóis não gostam de bons inícios. Esta frase ganha algum significado por a próxima Maratona ser em Barcelona e hoje ter sido, ou melhor, seria, o primeiro longo na minha preparação.

Como tem sucedido ultimamente, a parte respiratória estava perfeita mas as pernas não. O que condicionou a parar com apenas 10 quilómetros pois não dava para mais, culpa das pernas.

Os estragos que aquele maldito antibiótico provocou, já estão resolvidos, com excepção das pernas que se mantêm estranhamente cansadas.

E digo estranhamente pois já ando nisto das corridas há 10 anos e sei bem o que são pernas cansadas, magoadas ou com dores musculares, e este caso é diferente. Estão estranhas, ainda afectadas por aquele maldito.

Dias 30 e 31 serão dias de São Silvestres, Olivais e Amadora, e domingo 3 será a próxima tentativa de longo.

Espero nessa altura já estar capaz pois nesse dia ficam a faltar apenas 70 dias (2 meses e 10 dias) o que para mim não é muito.

Mas tudo se há-de resolver. Apenas preciso que esta estranha situação que atacou as pernas, passe. 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Santa Maria Maior - Uma São Silvestre simpática e diferente

A armada 4 ao Km presente (Eberhard, João Cravo e eu)

Estive hoje presente na edição inaugural, espero que de muitas, da São Silvestre de Santa Maria Maior.

Uma corrida em Lisboa com o aliciante dum percurso diferente do que estamos habituados, partindo do Largo das Portas do Sol e chegando ao Terreiro do Paço, após passar pelos seguintes locais:




Largo das Portas do Sol / Largo de Santa Luzia / Rua do Limoeiro / Rua Augusto Rosa / Rua Santo António da Sé / Rua da Conceição / Rua da Prata / Praça da Figueira / Rua Condes de Monsanto / Poço do Borratém / Praça Martim Moniz / Rua da Mouraria / Rua do Benformoso / Travessa do Benformoso / Rua da Palma / Praça Martim Moniz / Rua Barros Queirós / Largo de São Domingos / Praça D. Pedro IV / Praça Restauradores / (Regressa) Praça D. Pedro IV / Rua do Carmo / Rua Garret / Rua Serpa Pinto / Calçada do Ferragial / Largo do Corpo Santo / Praça Duque da Terceira – Cais do Sodré / Avenida Ribeira das Naus / Praça do Comércio / Avenida Infante D. Henrique / (Regressa) Avenida Infante D. Henrique / Praça do Comércio / Rua da Prata / Rua do Comércio / Rua Augusta / Praça do Comércio

A juntar a isto, um ambiente simpático numa prova barata para o que tem sido ultimamente praticado, 5 euros com direito, além do prazer do percurso, medalha de participação, um personalizado recipiente para transporte de água e uma t-shirt que, por apenas mais 1 euro, veio personalizada com o nosso nome.

Para dizer a verdade, não conhecia bem a zona da partida e fiquei encantado com a sua beleza típica de Lisboa antiga e virada para o rio. 

Uma das vistas do local da partida

O famoso 28

Miradouro de Santa Luzia

Típica Lisboa

A Sé com a particularidade da Ponte entre as torres
O percurso não é bom para marcas, devido ao piso, nem a prova dava para tal por ter 7.700 metros (única falha na organização, ter anunciado 10.000) mas é daqueles a que adapto-me bem, gostando particularmente da subida da Rua do Carmo e só ficando um pouco aflito na descida após São Carlos, dado que sou um nabo a descer.

Uma muito entusiasta claque de apoio a todos os atletas
Depois dos problemas que me obrigaram a faltar à Meia dos Descobrimentos e a participar mas sem me sentir presente no Grande Prémio do Natal, felizmente que desde 4ª feira comecei a melhorar. Ainda não está bom mas estou a caminho. A forma é que, ingrata como é, desapareceu, mas há que lutar para a recuperar.
Hoje estive bem a nível de respiração, as pernas é que estão mal em virtude do problema que me afectou.

Marquei 44.04 para 7.700 metros, média de 5.42 o que projectaria para 57.00 em 10 km, bastante melhor que 1.02.30 da semana passada no GP Natal. Claro que longe dos 52.18 de há 3 semanas atrás mas há que recuperar e lutar.

Em resumo, gostei e quero estar presente na segunda edição!

A caminho da meta numa foto onde a Mafalda colocou um efeito especial
As próximas provas são a 30 e 31, Olivais e Amadora, sendo a São Silvestre de Lisboa a única que não participo das disputadas aqui na região pois esse fim-de-semana está reservado há muito para o 1º treino longo rumo à Maratona de Barcelona. Vamos ver se melhoro definitivamente até lá.


  

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Revista Spiridon Novembro/Dezembro


Já me chegou à caixa de correio o número 223 da Revista Spiridon, como sempre recheado de boas e elucidativas páginas para a nossa vida de corredores. 

Temas em destaque:

- Running Tracking...
- Situações que detesto quando estou a correr
- Oman Desert Marathon
- Correr dentro dos parâmetros aeróbicos
- Cada vez mais corredores lesionados
- Provas de trail numa encruzilhada
- Envelhecer... correndo!
- Como saber recuperar entre as competições
- Segredos para jovens correrem 10 Km
- A que horas correr?
- O importante é ser visto
- Menor estatura depois de correr!...
- O que se passa no cérebro do corredor

A Revista Spiridon apenas é distribuída através de assinatura anual (6 números por 25 euros). Pedido de informações para o mail revista.spiridon@gmail.com

domingo, 13 de dezembro de 2015

No GP de Natal...

Antes da partida

Não vai ser fácil escrever este artigo. Não tenho grandes capacidades de esconder as minhas emoções, por isso não será fácil esconder a frustração que me invadiu após a meta e que não será fácil de explicar quando há quase 2 semanas que sabia que ia ser assim e o que tinha idealizado estava completamente posto de lado.

Em relação à minha situação que leram no artigo da semana passada da Meia que não fiz nos Descobrimentos, nada de novo, nenhuma melhora. Isto continua muito complicado e só o facto de sair para correr já é um feito.

Fiz a prova possível, na casa da 1 hora e 2 minutos (na prova que deveria ter sido de 49 minutos...), acabei muito desgastado e, mesmo assim, para ter conseguido este tempo, tive a preciosa companhia da Sandra e Mónica. Ir acompanhado quando não se está bem, é o melhor antídoto.

Depois, cortei a meta, estava tudo feito e foi nessa altura que uma enorme frustração caiu em mim. Mais uma vez, e já são demasiadas em 9 anos, preparava-me para alcançar o velho sonho dos sub50 aos 10 e, mais uma vez, aconteceu algo de inesperado, sem sequer me ter sido permitido lutar.

Mas não se preocupem. Quem me conhece bem, sabe que a frustração de agora há-de servir de carburante para um dia. É que o diabo não está sempre atrás da porta e um dia este vosso amigo há-de conseguir vencer esse obstáculo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Revista Atletismo de Dezembro


Eis o número 408 da Revista Atletismo referente ao corrente mês de Dezembro.

Seu índice:

COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

PISTA

Maratona de Nova Iorque

COMPETIÇÕES NACIONAIS

ESTRADA

Maratona do Porto
Corrida Pedro e Inês
Corrida do Montepio
Corrida da Farmacêutica
Run Party Halloween
Corrida das Castanhas
Meo Urban Trail Sintra
Meia Maratona da Nazaré
Corrida D. Dinis (Odivelas)
Meia Maratona de Évora

CORTA-MATO

Crosse de Torres Vedras
Crosse de Barcelos
Crosse de Amora

ENTREVISTAS

ATLETA DE PELOTÃO

Ester Alves

ESTATÍSTICA

PISTA

Balanço da época 2015: Femininos
Balanço da época 2015: Juniores Femininos
Balanço da época 2015: Juvenis Femininos

ESPAÇO TÉCNICO

CONSELHOS

A conquista de horário
Como se proteger de gripes e constipações

TREINO

O treino de base

REPORTAGENS

DIVERSOS

As transferências para 2015/2016
Doping afasta Rússia

CLUBE DE PELOTÃO

Scalabis Night Runner Club

NATUREZA

ORIENTAÇÃO

Campeonato Nacional Absoluto

SECÇÕES FIXAS

Noticiário de saúde
Marcha Atlética
Portugueses no estrangeiro
Desporto Adaptado
Noticiário
Agenda da Corrida
Lazer

INICIATIVAS

REVELAÇÃO DO ANO - REVISTA ATLETISMO

Paulo Rosário (Maratona CP)

Recorde-se que esta imprescindível publicação é distribuída por assinatura. Para toda e qualquer informação, clicar aqui 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Sara Moreira eleita Atleta Europeia de Novembro!


Muitos parabéns a Sara Moreira, justamente eleita a melhor Atleta Europeia de Novembro, repetindo idêntico galardão de 2014, mercê da sua extraordinária prestação na Maratona de Nova Iorque.

Foi a 14ª vez que um atleta português foi distinguido. Eis a relação completa:

03/2007 - Naide Gomes
06/2007 - Francis Obikwelu
01/2008 - Nélson Évora
11/2008 - Rui Pedro Silva
10/2009 - Inês Monteiro
11/2009 - Dulce Félix
11/2010 - Jéssica Augusto
12/2010 - Jéssica Augusto
11/2011 - Dulce Félix
11/2012 - Dulce Félix
11/2012 - José Rocha
04/2014 - Jéssica Augusto
11/2014 - Sara Moreira 
11/2015 - Sara Moreira

Jéssica Augusto e Dulce Félix são as recordistas com 3 distinções, seguidas agora por Sara Moreira com duas.

De destacar que desde 2007, apenas num ano, 2013, não tivemos qualquer atleta distinguido. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

DNS na Meia dos Descobrimentos

(Para quem desconhecer, DNS é a sigla internacional para quem estava inscrito e não participou numa prova, tal como DNF para quem desistiu durante a corrida ou DSQ para quem foi desclassificado)

Fruto do meu bom momento de forma, o amigo Carlos Cardoso, perspicaz como é, tinha perguntado num comentário na semana passada o que andava eu a cozinhar.
Pois o cozinhado não foi possível ser feito.

Desde o verão que tinha apontado, conhecedor que usualmente nos 2 meses a seguir a uma Maratona tenho um pico de forma, que iria tentar no Grande Prémio do Natal, a disputar de hoje a uma semana, bater (finalmente!) a barreira dos 50 minutos aos 10 (o record está em 50.08).
Tudo o que tenho feito após a Maratona tem sido os com olhos postos nesse objectivo. Para quem desconhece, desde 2007 que o persigo e tudo sucedeu. Desde torcer um pé, partir um pé, em alturas que apontava para quebrar essa barreira, até a provas que não chegavam a 10 km, indo eu à média ideal, tudo aconteceu. De tal maneira que até brincava a dizer que no GP Natal se estivesse a aproximar-me da meta para a cortar na casa dos 49 minutos, um satélite cairia-me em cima...

Também tinha apontado para nesta Meia dos Descobrimentos, realizada hoje, baixar das 2 horas e, se fosse possível, bater o meu record que vem de 2007 e se cifra em 1.56.35

Nem record nem sequer participação. Por mais que me custe, e quem me conhece sabe que tenho que estar mesmo mal para faltar a uma prova, fui obrigado a ficar hoje do lado de fora, apenas a ver e apoiar. Desde Fevereiro de 2011 que não faltava a uma corrida, 192 provas consecutivas a nunca faltar, alguma vez teria que suceder. Mas não nesta altura...

Afinal o satélite veio em forma de antibiótico. Já no ano passado tinha tomado um, por uma infecção gengival, que me atacou a parte intestinal de tal forma que andei assim 2 meses. Na altura não tinha a certeza que tivesse sido pelo antibiótico mas quando 6 meses depois tive que o tomar novamente pelas mesmas razões e tornou a suceder o mesmo (só que desta vez "apenas" por uma semana), vislumbrei as razões.

Ora na semana anterior a esta que passou, e agora por uma infecção num dente, o dentista receitou-me um antibiótico diferente, daqueles de 3 dias. Era diferente mas pelos vistos o composto será o mesmo pois tornou a acontecer a mesma questão. Só que desta vez em muito maior força, talvez por ser de 3 dias e ser mais concentrado. 
Mesmo durante aqueles 2 meses nunca deixei de correr, apesar de com dificuldades, e desta vez não consigo. Estou de tal maneira debilitado que foi impossível participar nesta Meia. Vamos a ver se será possível correr no domingo no GP Natal, agora só com o objectivo de terminar.

Como compreenderão, é uma enorme frustração por, pela décima milionésima quadragésima vez, algo acontecer quando estou quase a chegar aos 49.59 

Carlos... não sirvo para cozinheiro... 

Não quero terminar sem referir, pela 2ª semana consecutiva, o João Cravo que hoje tornou a dizimar o seu record dos 10 km. E desta vez não foi um record qualquer. É com orgulho que informo que ele baixou dos 50 minutos!!! Estejam atentos ao seu blogue :)