domingo, 26 de julho de 2020

Uma bela caminhada, com o pensamento nos heróis da Beira-Baixa

Mais um domingo, mais uma caminhada maiorzinha. Desta feita com a excelente companhia do Alexandre Duarte.

Arrancámos às 6 da Baía dos Golfinhos pelo Passeio Marítimo Caxias-Cruz Quebrada, percorrendo primeiro a fase inicial da EVA (quem não souber o que é, veja este video).
Ficámos agradados de ver que já estão a começar a ligação para a Senhora da Rocha.

Após o retorno, fomos pelo Passeio de Algés e regressámos à base. 15 muito agradáveis quilómetros realizados em 2.26.16

Lá em cima escrevi que a distância para caminhada era "maiorzinha" pois não tive coragem, pela comparação, de escrever maior ou longa, quando nesta caminhada estive com o pensamento nos 70 heróis da PT281 que, com condições de muito calor, lutaram pelo sonho da chegada, feito realizado por 43.

Todos, finalizadores e não finalizadores, são motivo da maior admiração e merecedores de parabéns pela coragem e tenacidade em enfrentarem 281 km!

Uma palavra muito especial a um grande amigo, Carlos Cardoso, que venceu esta distância com distinção. Grande Carlos!!! Grande orgulho!!!

A classificação pode ser consultada aqui

domingo, 19 de julho de 2020

As certezas quando se tem e a realidade quando não há. E mais uma manhã surpreendente!

É curioso como mudamos as nossas certezas, dependendo quando temos o que queremos ou quando o que tínhamos acabou.

Vem isto a propósito de quando podia correr, e julgava que era algo que me iria acompanhar para o resto da vida, se ouvia alguém dizer "se um dia já não se poder correr, caminha-se", essa frase não encaixava em mim pois não via a caminhada como uma alternativa ao grande prazer da corrida. 

E porque não via como alternativa? Pela simples razão que dava como certa a possibilidade de poder correr enquanto cá andasse. Mas a partir do momento que perdemos algo que damos como certo, a nossa visão muda e passamos a encarar as restantes possibilidades como tábuas de salvação.

Foi assim que agarrei com as duas mãos a possibilidade de fazer caminhadas, enquanto as puder fazer dado que o futuro não é certo.

Claro que não é correr mas isso é o que não posso matutar. Ou penso que não é a mesma coisa, ou fico agradecido por poder praticar algum exercício que me permite mexer e ir criando objectivos pessoais.

Algumas pessoas já me questionaram porque controlo os tempos na caminhada. Ora as caminhadas que faço não são a passear, são a tentar andar o melhor que possa, por todos os benefícios daí inerentes. Além disso é uma forma de mitigar o não poder competir a correr. 

Nunca competi com ninguém nos 15 anos de corridas, apenas e sempre comigo próprio. É a minha forma de estar e de tentar melhorar a cada momento. 

A propósito disso, na semana passada relatei a minha caminhada de 15 km pelo percurso da Corrida do 1º de Maio e onde registei marcas que não julgava possível. 
Hoje tive nova caminhada de 15, desta feita no Passeio Marítimo de Oeiras e não sabia como seria possível fazer melhor do que o anterior "louco" domingo.

Pois não sabia mas... arrasei as melhores marcas em todas as distâncias! O que me deixa orgulhoso e feliz com esta tão rápida evolução desde que me iniciei nas caminhadas, apenas há 7 semanas.
Vamos a números, referindo como estava a melhor marca em cada distância e o que fiz hoje:

- 5 Km: Estava em 49.05, passei aos 5 em 47.36 (média 9.31)

- 10 Km: Estava em 1.39.26, passei aos 10 em 1.34.35 (média 9.27)

- 15 Km: Estava em 2.26.26, fiz 2.20.52 (média 9.23)

- Km mais rápido: Estava em 8.48 e o 14º de hoje foi em 8.40

Como se pode ver, a média veio sempre a descer e se antes de iniciar os 15 na semana passada o Km mais rápido estava em 9.27, a média de hoje aos 15 foi de 9.23…

Para fugir ao calor, comecei às 6 da manhã (para ser rigoroso, o relógio marcava 5.59). 

É a estas alegrias a quem me devo agarrar, com a certeza que, a menos que haja algo verdadeiramente inovador na medicina, a corrida acabou para mim.
Apenas um exemplo: Um dia desta semana, dei um toque com a biqueira do sapato esquerdo num degrau. Esse impacto originou logo uma dor forte no joelho. Tive uma percepção do que seria um impacto da perna a bater no chão quando se corre...

Uma boa semana a todos e a quem vá de férias, umas ricas e bem merecidas férias!
  

domingo, 12 de julho de 2020

Mas que caminhada no percurso da Corrida do 1º de Maio!

Não querendo trazer novamente a discussão das pequenas ou grandes vitórias, tudo dependendo do termo de comparação, posso dizer que a caminhada de hoje deixou-me orgulhoso e feliz, sentindo-a como uma fantástica vitória!

Tal como tinha dito no artigo anterior, hoje ia dar início a caminhadas de 15 quilómetros que pretendo manter aos fins-de-semana, e ia ser no percurso da Corrida do 1º de Maio.

E se assim o disse, melhor o fiz. Correu tão bem que até custa-me a acreditar que tenha sido tão bom!
Comecei às 6.20 para fugir do calor e apanhar as ruas quase desertas. Senti-me bem e fui impondo um bom ritmo de passada. Quilómetro a quilómetro ia olhando para o relógio e surpreendendo-me com o que via. E quando se está bem, as boas indicações que o relógio dá servem como incentivo extra. 

Indo directo aos números, há 2 semanas fiz 10 km a uma média de 10.30/Km e na semana passada 12,5 km a uma média de 10.23/Km.
Hoje a média começou a cair, cair, baixou dos 10.00 e comecei a acreditar que conseguiria manter esse valor. Afinal ainda desci mais e cumpri os 15 km em 2.26.26, média de 9.46/Km, o que era algo de absolutamente impensável para hoje, até atendendo a este percurso que quem conhece a prova sabe bem não ser fácil.

Pelo caminho, ficaram mais records. A melhor marca aos 10 era de 1.44.03 e hoje passei aos 10 em 1.39.24 (quase 5 minutos menos) e o melhor km era de 9.27 e hoje baixei para 9.23. Mais à frente no km mais improvável (vindo da Almirante Reis, passando pela Alameda e subindo para o Areeiro) quase que o batia (9.24 nesse km, no que é uma "jóia da coroa") e no 14º arrasei com tudo ao registar 8.48!!! 

Enfim, não sei o que dizer mais, apenas saborear este momento que compensa um pouco o que passei nestes últimos meses.

Uma boa semana a todos!

domingo, 5 de julho de 2020

Caminhadas e regras


As minhas caminhadas continuam bem, obrigado! 
Depois da consulta que tive na passada 2ª feira, e que já relatarei, decidi fixar-me em 4 por semana. 5 km às 3ª, 4ª e 6ª e no domingo uma maior de 15 km.

Naturalmente não poderia dar o salto para 15 sem intermédios. Fiz em 2 domingos 10 km e hoje 12.5, com a condição de cumprindo o objectivo em cada, passar aos 15. Caso não cumprisse, repetiria até chegar lá. Felizmente foi tudo à primeira.

No dia 21 eram 10 km abaixo das 2 horas (média inferior a 12/Km), tendo cumprido em 1.57.50 (11.47 de média). No dia 28 baixaria da hora e 50 (média abaixo de 11/Km), o que seria mais ambicioso mas não só baixei da 1.50 como quase ia sendo abaixo da 1.45, faltou pouco (1.45.05, média de 10.30).

Hoje, foram 12.5 para baixar das 2.17.30 (tal como nos 10, a mesma média inferior a 11). Comecei cedo, às 6.45 pelo calor previsto e confirmado na parte final, e excedi o que esperava de mim pois foram quase 8 minutos menos do que o limite, 2.09.40, sendo que a média nestes 12.5 foi de 10.23, melhor que os 10.30 nos 10 km da semana passada.

Assim, luz verde para a partir de domingo fazer uma caminhada maior aos domingos, 15 km com um tempo abaixo das 2.45, preferencialmente menos de 2.40
Para primeiro, apetece-me ir a Lisboa cumprir o percurso dos 15 km da Corrida do 1º de Maio, agora em versão caminheiro.

Tal como acima referi, na 2ª feira tive consulta de controlo com o ortopedista que me operou.
A última tinha sido no dia da infiltração. Relatei-lhe que não registei a mínima melhoria, ao que me respondeu que eram más notícias e sinal que a condropatia estava demasiado avançada. E que mais cedo ou menos tarde, terei que colocar a prótese.
Quanto às caminhadas, em ritmo activo, disse-me que não havia problema desde que respeitasse 3 regras:
- Ténis (ou sapatilhas para os amigos do Norte) com bom amortecimento
- Só andar em pisos direitos e regulares (não se refere à altimetria mas sim à qualidade do piso)
- Usar uma joelheira com talas laterais para o joelho não oscilar

Ora em relação aos sapatos, os que sempre usei são esses, com muito bom amortecimento.
Os pisos são também os que tenho usado. Ainda pensava no futuro caminhar igualmente em natureza mas assim está fora de questão.
A joelheira é a novidade. Fui de imediato adquirir uma, que pode ser vista na foto no início do artigo. Devo confessar que no primeiro quilómetro que efectuei com ela, foi tudo estranho mas rapidamente passou e agora já me esqueço que a uso.

Completamente fora de qualquer hipótese, mesmo com a joelheira, dar alguma passada de corrida, em virtude do impacto.

E é este o ponto de situação.

Antes de terminar, quero realçar que tenho visto mais gente a correr e caminhar do que anteriormente. Será que o tempo de confinamento despertou a vontade de se mexerem ao ar livre? Será pelo tempo que dispuseram nesse período em contraponto com o tempo sem tempo que viviam anteriormente? Seja pela razão que for, é sempre muito bom aperceber que as pessoas estão preocupadas com a saúde através do exercício libertador no aspecto físico e mental.
Claro que nesta altura as condições climáticas ajudam. Os verdadeiros, e que irão continuar, vêm-se sempre quando o tempo está mau e mantém-se activos.

Seja a correr, caminhar ou qualquer outra actividade, mexam-se pela vossa saúde!

E para quem vai de férias, bom e divertido descanso! Aproveitem bem (sempre dentro das actuais regras e necessários cuidados).