domingo, 31 de março de 2019

Na sempre exemplar Corrida dos Sinos

O belo sino deste ano, o meu 11º

A equipa 4 ao Km, Vitor, Isa e eu. Falta o Aurélio que também participou
E aqui reforçados com a Tânia

Qualquer prova é especial. O termos condições, forma e saúde para podermos participar, é sempre um privilégio. Mas se todas são especiais, umas são mais especiais que outras. Pelo seu ambiente, organização, localização e outros factores que façam aquela diferença.

Ora, no capítulo de "especiais especiais", uma das imperdíveis é a Corrida dos Sinos em Mafra. 15 quilómetros em percurso desafiante e bem desenhado, com partida e chegada num belo parque, e a mais valia de se cortar a meta em pleno estádio, e ainda com uma organização exemplar feita por atletas que sabem o que os atletas gostam, no caso os Amigos do Atletismo de Mafra que estão, como sempre, de parabéns por mais uma edição de sucesso desta clássica que viu hoje a sua 37ª edição.

Apesar da longevidade, vão alterando pormenores a contento. Como caixas de partida por tempos e um enorme sino (talvez com 2 metros e meio) a servir de ponto de retorno.
E ainda diversos prémios a sortear pelos atletas, tanto da Corrida como Caminhada, onde me calhou em sorte um belo termo em aço.

O meu prémio
Pedro Arsénio do Belenenses (48.14) e Emilia Pisoeiro do Águeda (54.11, a melhor marca  feminina das últimas 7 edições) foram os mais rápidos dos 1.575 classificados, um valor em linha com as últimas edições.

Único ponto a alterar, na minha opinião, a partida da Caminhada ser dada 5 minutos após a da Corrida, para evitar o tráfego nos metros iniciais, apesar de se partir em faixas diferentes mas que pouco mais à frente se juntam.

O dia esteve bonito mas quente. Um pouco quente demais para a época.

Quanto à minha corrida, não me apetece muito alongar sobre a mesma. Não que tenha sido um mau resultado (1.26.00) mas pelas sensações e sofrimento em virtude de mais uma vez estar afectado gastricamente, o que tem sido um carrossel com todas as implicações na forma de correr. 4ª estava mal, mau treino. 5ª e 6ª estava bem e realizei óptimos treinos. Ontem a coisa já estava novamente complicada e hoje péssima, com a barriga exageradamente inchada e pesada.

Assim, foi um sofrimento, mas estando mentalmente forte, fui aguentando e até imprimindo um ritmo muito jeitoso nos primeiros 10 km. Depois tive que abrandar um pouco para recuperar a respiração pois o inchaço da barriga estava a pressionar o diafragma e a dificultar a respiração.

Vamos ver a evolução disto. Tenho feito o necessário para melhorar deste problema que está a ser crónico, tomando o máximo de cuidado mas dias como hoje e ontem deixam-me desanimado. 

Tal como referi na semana passada, espero no dia 28 estar bem pois aí acredito que farei uma boa Maratona. Mas se estiver como hoje, receio imenso não conseguir cortar a meta em Aveiro, o que seria doloroso por todo o empenho que coloco em cada preparação da mítica distância.

Uma boa semana a todos!





E aqui a bela colecção dos 11 sinos

domingo, 24 de março de 2019

Duros 30 para os ovos moles

Passaram-se 5 semanas de Sevilha, faltam 5 semanas para Aveiro. Hoje marcou assim o meio caminho entre as duas aventuras e nada melhor que um treino de 30 para ir preparando a Maratona na bela cidade dos ovos moles.

A semana passada ficou marcada pela muito boa Meia de Lisboa mas o dia de hoje foi o inverso. Um treino muito difícil onde só a ____ permitiu cumprir a distância (preencher o espaço em branco com a palavra que melhor se adequa, teimosia ou persistência).

Costumo dizer que uma preparação para uma Maratona é um carrossel de emoções, neste caso também está um sobe e desce de sensações. 
Tudo provocado pela parte intestinal, com todas as suas sensibilidades, intolerâncias e a gastrite crónica aos saltos.
Daí advém as tais dores nas pernas provocadas por essa instabilidade. 

Estando tudo bem, como no domingo passado, a corrida torna-se uma maravilha, estando com isto, transforma-se num sofrimento. A respiração sempre bem mas as dores nas pernas são difíceis de suportar. E como corremos com as pernas...

Ontem comecei a sentir estes problemas e hoje ao acordar apercebi-me de imediato que iria ter uma manhã difícil.

O plano era (e foi) ir de Carcavelos até Cascais com a Tânia, dar a volta na Boca do Inferno, regressar ao local de partida com 20 quilómetros, a Tânia ficar aí e eu continuar por mais uma dezena.

Aproveito já para agradecer à Tânia a sua companhia pois teria sido muito complicado chegar sozinho até aos 20 com as pernas a não pararem de refilar. Assim, chegado aos 20, um número já começado por 2, os 30 ficavam mais na mira.

A coisa aguentou-se da forma possível até aos 18, depois ficou muito difícil. Felizmente a parte mental estava boa e levou-me até aos 30 onde cheguei com uma marca muito alta, óptimo da respiração, parecia que não tinha feito nada, mas as pernas em estado deplorável.

Na 5ª feira iniciei um tratamento para este problema mas ainda vai demorar até estabilizar.

A sensação que tenho é que se estiver num dia sem estes referidos problemas, como na Meia da Ponte, estou em óptima forma para efectuar uma boa Maratona. Mas se estiver num dia como hoje... não sei se conseguirei chegar à meta, sinceramente. Não imagino como hoje faria mais 12. Vamos esperar que tudo regresse à normalidade.

Para a semana, Corrida dos Sinos em Mafra. Até lá, divirtam-se!

domingo, 17 de março de 2019

Na Meia de Lisboa: Em 10 foi a 2ª

A pouco mais dum quilómetro da meta (obrigado Luís Duarte Clara!)

Hoje estou muito feliz pela prova que efectuei!

Algo de estranho passou-se na semana anterior, como relatei na Corrida Salesianos. Fez na sexta-feira uma semana, acordei com dores musculares nas pernas. Mantiveram-se até quinta-feira. E nesta sexta, tal como apareceram do nada, do nada passaram!

Tanto na Corrida Salesianos como nos treinos durante a semana, foi sempre um esforço pois as pernas não queriam, em claro contraste com a parte respiratória que estava muito bem. Se fosse por estar a exagerar, o cansaço seria geral e não centrado apenas ali. Permanece assim um mistério o que sucedeu mas o que interessa é que já passou.

Nesta sexta acordei e senti as pernas bem. Fiz um óptimo treino e comecei a pensar que se calhar ainda iria realizar uma boa Meia.

E que Meia estou a falar? A Meia-Maratona de Lisboa, mais conhecida pela Ponte 25 de Abril. 
Foi aqui que tudo começou com a minha prova de estreia em 2006, então na Mini. Como já contei várias vezes, um colega meu ao saber que ia à Ponte, perguntou se era Mini ou Meia, tendo eu respondido cem por cento convicto "Mini! Meia não faço nem nunca farei!". 
Na realidade, nessa altura via os 10 quilómetros como o máximo dos máximos e chegar à dezena era já algo a passar todos os meus limites. 
Pois é... no ano seguinte estava ali na Ponte a estrear-me em Meia-Maratona, faz amanhã 12 anos.

Hoje foi a 10ª vez que realizei esta Meia. Com a Mini, 11ª presença neste evento e a 10ª que atravessei a Ponte. Confuso? É que no ano passado não se passou a Ponte devido a intempérie (partiu-se do eixo Norte-Sul).

Ontem, sábado, continuava a sentir as pernas bem e comecei a sonhar em baixar das 2 horas, coisa que nos dias anteriores seria impensável, devido ao tal problema. Pus-me então a calcular o ritmo necessário.

Para mim, baixar de 2 horas em Meia é marcante e não são muitas as vezes que o consegui. Hoje foi a minha 62ª Meia e por 50 vezes fiz uma marca na casa das 2 horas. Com a de hoje, e já me estou a adiantar, consegui baixar do par de horas por 12 vezes.
Mas é curioso constatar que nas primeiras 46 apenas baixei por 3 vezes e nas últimas 16 por 9...

Hoje, acordei e senti logo que iria ser um bom dia. Estava muito focado para isso. De tal forma que ao receber uma mensagem de incentivo por parte da Isa e Vitor, respondi que algo me dizia que iria ser uma boa Meia. Ora eu, que costumo ser muito prudente nas previsões, se respondi assim é que estava mesmo muito decidido.

Ao contrário do que é habitual nesta prova, este ano fui o único representante da equipa. No entanto estive acompanhado pelo Serafim Sousa do CAL, simpático atleta que não conhecia mas que o Carlos Cardoso tinha pedido se era possível levantar-lhe o dorsal. Ora amigo de meu amigo, meu amigo é e o tempo passou rápido até à hora da partida.

Ao arrancar, tive uns primeiros metros de análise e depois coloquei o ritmo ideal para conseguir o desiderato. Nessa altura pensei "pronto, o ritmo já cá está, agora é ver se o aguento 21 quilómetros"

Por volta dos 3, comecei a acreditar plenamente que o iria alcançar. Há dias que sigo de tal forma estabilizado que tenho a certeza que vou aguentar a distância sem quebra.

E lá fui eu, estilo relógio suiço, sempre a dar-lhe bem e a controlar, sabendo que a margem não era grande, portanto não podia haver qualquer quebra.

Os quilómetros foram passando, sempre a esforçar-me bem e a sentir-me feliz e quando falo em relógio suiço, a parte mais impressionante foram os 5 quilómetros entre os 15 e os 20 pois foram todos no mesmo segundo! Incrível! Sempre 5.28, nem mais nem menos 1 segundo que fosse.

No último reuni as forças que ainda restavam e cortei a meta em 1.58.26 e muito mas mesmo muito feliz com a minha prestação!
Em 10 participações nesta prova, foi a minha 2ª melhor marca apenas batida pelas 1.57.15 de 2017. Em termos gerais, é a minha 10ª melhor marca entre 62 Meias (o record é de 1.51.26 no ano mágico de 2017)

De realçar que as condições meteorológicas foram boas e quase por medida. Com sol desde o seu nascer até à hora da partida, o que foi bom para não estarmos com frio a aguardar a corrida, e na hora da partida o sol escondeu-se atrás de nuvens e ficou uma temperatura mais para o baixinho, o que é sempre uma preciosa ajuda.

Uma rica manhã onde o único ponto negativo é o ter que repetir o que já aqui escrevi várias vezes nestas provas mais participadas, uma crítica aos atletas que nos postos de reabastecimento deitam as garrafas no meio da estrada em vez de colocarem nos caixotes para o efeito ou atirarem para a berma, esquecendo-se que atrás vêm colegas seus de desporto que ao pisarem uma garrafa ainda com água, podem torcer um pé. O cúmulo deu-se, uma vez mais, onde ofereciam laranjas e bananas e a estrada estava cheia de cascas. Ora será que não pensam que casca, em especial de banana, é altamente escorregadia e há um pelotão atrás de si? Mais respeito, senhores atletas!!!

A organização foi recompensada com record de participação. Estava em 10.582 (2017) e hoje classificaram-se 10.607 atletas. Foi a 6ª vez em Portugal que uma prova chegou aos 10 milhares, passando esta a ser a 2ª mais participada no nosso país. A 1ª mantém-se a São Silvestre do Porto com 10.880 em 2015.

Entre 10.607, classifiquei-me em 5.015 e no escalão 241 entre 509, portanto na primeira metade em ambos os casos, o que é raro em mim.

Em resumo e repetindo-me, estou muito feliz e orgulhoso com esta minha corrida, feita 4 semanas após a Maratona de Sevilha e a 6 semanas da de Aveiro.

Para a semana, treino de 30 quilómetros. Próxima prova de hoje a 2 semanas na clássica Corrida dos Sinos onde irei buscar o meu 11º sino (já estou perto de ter um carrilhão!).

Uma boa semana a todos e sejam felizes!



A medalha de participação

quarta-feira, 13 de março de 2019

A 25 de Maio, Corrida da APAV - Vamos apoiar quem apoia!


A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social, que tem como missão o apoio às vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais e contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas, sociais e privadas centradas no estatuto da vítima.

A violência doméstica é um flagelo que parece não ter fim e que inexplicavelmente tem aumentado nos últimos tempos. 

As notícias alertam-nos para os assassinatos mas ficam no anonimato os inúmeros casos de violência física, emocional, social, sexual, financeira e qualquer outra que a crueldade crie.  

E este grave problema não é de alguns mas sim de todos. Todos podemos e devemos ajudar, havendo inúmeras formas de o realizar.

Uma é apoiar a APAV com a nossa participação na 16ª Corrida de Solidariedade APAV que se irá realizar no sábado 25 de Maio pelas 19 horas, com partida e chegada na Reitoria da Universidade de Lisboa.

Após 14 anos com a organização directa do ISCPSI (Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna), com partida nas suas instalações e chegada nos Jerónimos, desde o ano passado que esta prova tem a organização técnica da Xistarca e o seu centro na  referida Reitoria da Universidade de Lisboa.

O evento conta com uma corrida de 10 quilómetros e uma caminhada de 5.

As inscrições estão abertas e todas as informações podem ser obtidas nas seguintes ligações:




No ano passado, devido à mudança de organização, só foi possível anunciar a prova com pouco tempo de antecedência, o que prejudicou a participação mas este ano o tempo é suficiente. 
Os atletas são solidários e decerto que muitos irão inscrever-se nesta prova por uma causa como a da APAV.
Vamos todos apoiar quem apoia os que tanto necessitam!


domingo, 10 de março de 2019

Uma óptima manhã na Corrida Salesianos!

Ena tantos! (Tânia, Isa, Sandra, Eberhard, Raúl, Isabel, eu, Paulo e Vitor)

A armada 4 ao Km (Eberhard, Sandra, eu, Vitor e Isa)

5 maratonista de Sevilha e falta aqui a Isa para sermos 6 (Raúl, Tânia, eu, Vitor e Paulo)

Uma excelente manhã embelezou a Corrida Salesianos, aliando à corrida um são convívio, tudo realizado com uma organização exemplar.
Para ajudar à festa, esta 4ª edição registou record de participação. Após os 1.037 iniciais, seguiram-se 955, 856 e hoje 1.154. A estes números somam-se 1.007 classificados na Caminhada, número que peca por defeito pois houve caminhantes que não colocaram o chip.

Após a minha presença no ano passado, quis repetir a prova e esta ficou como a mais curta (10 km) no plano entre duas Maratonas (Sevilha já disputada a 17 de Fevereiro e da Europa em Aveiro a realizar a 28 de Abril).

A sensação final da minha prestação foi assim-assim. Positiva a parte respiratória que seguiu sempre muito confortável mas negativa as pernas, muscularmente falando. 
Na sexta acordei cansado das pernas e decidi cancelar o treino desse dia (e quem me conhece sabe que para cancelar um treino é apenas por razões fortes). Ontem a sensação manteve-se e hoje também. É estranho pois se estivesse a abusar sentiria cansaço geral mas está localizado apenas na parte muscular das pernas.

Fiz a prova a um ritmo muito certo, parecia um relógio suiço, como se comprova no quilómetro a quilómetro onde apenas o último foi diferente, para mais rápido.

Segui quase sempre sozinho, tendo apenas tido um curto pedaço que fui com a Cheila. E só deu para ir com a Cheila pois ela estava numa muita meritória missão de acompanhar 4 cadeiras de rodas, pois caso contrário não conseguiria acompanhá-la, pois tem outro ritmo.

Ao 4º km (obrigado Isa!)
Mais à frente, acompanhei um atleta que desconheço o nome mas que achei curiosa uma sua observação. Disse que achava estar a ficar velho para correr. Perguntei-lhe a idade, 43! Disse-lhe que só tinha começado aos 45, para o ano fazia 60 e portanto para não se preocupar com isso que ninguém é velho para correr desde que saiba dosear consoante as suas capacidades.

Cortei a meta em 54.37, mais 39 segundos que 2018 mas seguramente menos cansado. Tal como já referi, a pulsação ia como se não fosse nada de especial. As pernas é que iam no limite. Estranho...

Após a corrida, espaço para mais agradável convívio com amigos. E não há nada melhor!

Para a semana farei a minha 10ª Meia-Maratona da Ponte 25 de Abril (11ª presença contando com a Mini na minha 1ª prova de sempre). E por falar na Ponte, à hora que a prova vai começar, e seguindo hoje por percurso que se repetirá, já o calor apertava. Mas atleta que corre ao ar livre, tem que correr em qualquer condição... 😊

Uma boa semana a todos!


domingo, 3 de março de 2019

Na Meia de Cascais (com objectivo extra)

É o cartaz que o diz: Elite na Meia de Cascais! Ou os cinco 4 ao Km presentes: Vitor, Isa, eu, João Cravo e Aurélio

Herdeira dos 20 Km de Cascais, realizou-se hoje a 3ª edição da Meia-Maratona de Cascais, como sempre com o superior selo de qualidade da HMS e que contou com 2.114 classificados, numa constância de registo, dado que nas 3 edições temos a seguinte sequência de classificados: 2.167 - 2.104 - 2.114, portanto sempre na casa dos 2.100.
Os vencedores foram Nikki Johnstone e Joana Fonseca. Nikki Johnstone é alemão e tem uma particularidade, o muito peculiar recorde de homem mais rápido do mundo a correr uma Maratona disfarçado de Elvis Presley com 2:37:04 em Berlim 2018. Sabemos que transformaram o Elvis num mito mas existirem records mundiais para quem corre disfarçado de Elvis Presley, não será demais? :)

O tempo esteve óptimo para a prática da modalidade, o que implica quase ausência de vento. E falar em ida ao Guincho, é sempre recear o vento pois se está vento na vila, no Guincho está muito vento! Mas até isso colaborou com todos nós. (Este parágrafo não ficou muito bem pois repeti a palavra vento 4 vezes! Olha, passou a cinco!)

Tinha uma certa incógnita de como reagiria nesta Meia. Como se recordarão, a Maratona de Sevilha foi muito dura pelo desarranjo intestinal antes da prova e que condicionou não só a corrida como a recuperação que foi a mais lenta recuperação das minhas 11 Maratonas. (Agora repeti a palavra recuperação. Ai ai que hoje o texto não está muito bem...)

Como sempre, dei um descanso de 5 dias e recomecei os treinos no sábado com 10 km feitos na demasiada lenta marca de 1.10, imaginem!!! No dia seguinte novo treino de 10 e melhorei para 1.06, para no dia seguinte já ter sido 1.00, com a 1ª metade em 32 minutos e a segunda em 28, demonstrando estar no bom caminho. Continuei a progredir mas de 5ª a sábado foram dias muito duros com o falecimento do meu cunhado.

Esta Meia, sendo duas semanas após Sevilha, foi idealizada para ser a um ritmo calmo e foi assim que parti. Até pouco antes dos 3 km fui junto ao João Cravo mas depois acalmei o ritmo para perto dos 5 tornar a apanhá-lo e não mais o largar.

Ao 2º Km (Foto Fernanda Silva)
Ao 4º Km (Foto Fernanda Silva)
O ritmo não era tão calmo como idealizei mas sendo confortável tornava-o bastante bom.  

Pouco depois dos 10 senti que estava com força para aguentar bem o resto e sentindo o João Cravo bem, o objectivo passou a ser tentar colaborar o que pudesse para o João bater o seu record de Meia-Maratona que se situava em 2.08.52

A média dava para 2.07 mas após o retorno aumentámos o ritmo qb e fomos ganhando posições.

Aos 16 o João já manifestava algum desgaste mas sem prejudicar o cronómetro. Tentei incutir-lhe alguma motivação para não descrer, estando tão perto do objectivo, numa altura que o relógio apontava para 2.06 alto a 2.07 baixo. Sem quebra, o objectivo iria ser alcançado.

Já a cheirar a meta no último quilómetro o João foi buscar as energias de reserva e já a descermos para a meta vi que até talvez fosse possível o minuto 5. Muito apertado mas vamos a isso. 

Cortámos a meta em 2.05.59 nos nossos relógios, o que foi um bónus adicional. O João bateu assim o seu record por quase 3 minutos. E essa perspectiva impediu-me de sentir o esforço pois estava focado em tentar ajudar no que fosse possível.

No iniciar o relógio na partida e ao desligar na meta, pode haver uma muito pequena diferença de 1 segundo pois nem sempre conseguimos fazer exactamente no ponto certo ao centímetro.  E foi o que sucedeu. Ao consultar a classificação, a constatação que afinal fizemos 2.06.00
Para mim nada altera mas foi pena para o João pois assim o seu record ficava na casa das 2.05 mas isso é o menos. Esteve muito bem, como está qualquer atleta que logra a sua melhor marca de sempre. Muitos parabéns João! :)

Foi o meu 21º melhor tempo em 61 Meias-Maratonas, claramente na primeira metade, o que para uma Meia sem atacar nos limites foi muito bom. Igualmente muito positivo ter passado aos 10 km no lugar 1847 e terminado em 1661, significando que ultrapassámos 186 atletas nos últimos 11 quilómetros, sinal que íamos bem.

Para a semana a única corrida mais curta até à Maratona da Europa em Aveiro, a Corrida Salesianos com 10 quilómetros. E por falar na Maratona... faltam 8 semanas!

Uma óptima semana a todos!