segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Bem vindo Vítor!

A estreia do Vítor com a amarelinha

Apesar de não participar, não quis deixar de estar presente na São Silvestre dos Olivais pois esta foi a prova que o Vítor estreou-se com a nossa camisola dos 4 ao Km.

No seu cantinho, o Vítor explicará melhor o que foi a sua corrida, mas desde já posso adiantar que foi uma excelente prova, para mais com um percurso duro. Esta camisola dá asas! :)

Foi mais um orgulho ver um amigo vestir a camisola desta equipa de amizade e espírito desportivo. E ainda faltam mais duas estreias!

Um bonito casal no mundo das corridas :)

domingo, 29 de dezembro de 2013

O impressionante aumento de participação nas São Silvestres


Por todo o país disputam-se, nesta época do ano, corridas de São Silvestre. Vou debruçar-me nas já realizadas e que viram um número de classificados superior ao milhar. São 4, Porto, disputada a 16, e ontem Lisboa, Santo Tirso e Funchal (esta com o nome de Volta ao Funchal).
Ainda faltam a dos Olivais (a 30) e Amadora (31)

Nas 4 provas supra-citadas, atente-se na participação deste ano em comparação com a do ano passado. Temos um total de mais 5.919 atletas dum ano para o outro, o que representa um incremento de 51,6%!

Local
2013
2012
Diferença
Porto
7.841
4.878
2.963
Lisboa
6.535
4.499
2.036
Funchal
1.752
913
839
Santo Tirso
1.252
1.171
81
Totais
17.380
11.461
5.919

Todas estas provas, não só aumentaram em relação ao ano passado como ao seu anterior record (que era de 2012 para todas com excepção do Funchal que foi alcançado em 2011). Em relação ao anterior record o incremento é de 46,2%

Local
2013
Record
Diferença
Porto
7.841
4.878
2.963
Lisboa
6.535
4.499
2.036
Funchal
1.752
1.338
414
Santo Tirso
1.252
1.171
76
Totais
17.380
11.886
5.494


E se recuarmos 5 anos? Pois a diferença é verdadeiramente abismal. O total destas 4 provas foi de 4.757 e agora de 17.380. Um incremento de 265,4%!!! 

Local
2013
2008
Diferença
Porto
7.841
1.680
6.161
Lisboa
6.535
1.798
4.737
Funchal
1.752
835
917
Santo Tirso
1.252
444
808
Totais
17.380
4.757
12.623

Causas e efeitos deste fenómeno, deixo para os entendidos, apenas refiro aqui a parte estatística. Confesso que não aprecio muito o facto de agora ser moda dizer-se que é moda correr. Na realidade, embirro mesmo com esta frase. Quem sente o prazer de correr a preenchê-lo, não gostará, certamente, desta etiqueta que se está a colar, na minha opinião, abusivamente.  

Nota - Quem consultar a classificação do Porto no site oficial da prova, verá que o último é o 7.812º enquanto na classificação da minha página é o 7.841º. Por qualquer erro no site oficial, há alguns atletas que estão classificados com o mesmo lugar que outros. Na realidade, estão reportados 7.841 e corrigi esse facto na classificação que publiquei.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Parabéns Carla!

O muito simpático casal, Jaime e Carla (Carla acabadinha de fazer sensação!)

Fui hoje assistir à São Silvestre de Lisboa, para estar presente na que seria a estreia de dois novos elementos da nossa equipa 4 ao Km. Infelizmente, o Jaime não pode correr, nem o fará nos próximos tempos, devido àquilo que os atletas mais temem, lesão. Força e uma rápida recuperação, Jaime!

A Carla vestiu pela primeira vez a camisola e só posso dizer que fez uma prova verdadeiramente espantosa, batendo por larga margem o seu record pessoal e quebrando a barreira mítica (e parece que quase intransponível para alguns) dos 50 minutos. Tempo de chip: 49.53!!!


Daí, aproveitar este espaço para, publicamente, lhe endereçar os mais mais entusiastas parabéns, ciente de que tem muita margem de progressão. Se com poucas corridas no currículo já faz o que faz, e também continuando com aqueles treinos específicos no EUL, até onde irá?

Espaço também para me congratular pelo facto de ter visto, na chamada guerra dos sexos que esta prova tem, as mulheres desfazerem o empate a 2, passando o resultado a seu favor de 3-2. Já sabem como eu sou e quem apoio sempre... Viva as mulheres! :)

Nuno, Carla e Sandra, Sandra que também está muito de parabéns pelo seu 2º melhor tempo de sempre! :)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um dia fazer um bi-diário - Efectuado!


Já há muito que acalentava o desejo de fazer um treino bi-diário. Ora, em vez de simplificar, nada como complicar e realizá-lo no dia semanal de treinos no EUL onde fazemos séries, skipping e outras coisas levezinhas...

Como esse treino dura à volta de 6 kms, ao final da tarde teria que fazer mais 15 para perfazer uma Meia-Maratona.

A Isa juntou-se a esta ideia e de manhã lá fomos para o EUL com a Carla e não facilitámos nada, esquecendo por completo que à tarde haveria mais. Então a Isa, não facilitou mesmo nada... mas isso são novidades para ela contar no seu cantinho. Apenas digo uma coisa: Quem está habituado a ver a Isa correr, não imagina como ela se transfigura em sprints vigorosos e com uma passada perfeita de velocista!
A Carla está no início deste trabalho, foi apenas a sua 2ª semana, mas pelo que vi hoje até aos 300 metros, dêem-lhe mais umas semaninhas e...

À tarde, além dos dois bi-diaristas, juntou-se o Vítor para quem bi-diário é coisa pouca mas isso ele contará também no seu cantinho. E os 15 foram despachados duma forma muito agradável, de tal maneira que nem pareceu que se esteve a correr aquele tempo. E perto do final, até deu para encontrar o grande Pedro Carvalho!

Em conclusão, isto fez-se muito melhor do que esperava e não vou ficar por experiência única. Em especial porque após a Maratona de Sevilha tenho outro objectivo especial à vista e há que dar-lhe forte e feio!
Mas a verdade é que se fez bem devido à companhia, em especial dum casal tão simpático como a Isa e o Vítor que, indo na converseta com eles, os quilómetros voam.

Sozinho, talvez tivesse feito mas o cansaço e o desgaste seriam incomparavelmente maiores e o prazer não tão grande. 
Durante quase toda a minha carreira no Atletismo treinei sozinho. Desde 2006 ao Outono de 2012 contam-se pelos dedos duma só mão os treino que fiz acompanhado. Por causa das Maratonas, e agora deste trabalho específico de treinos no EUL, tenho treinado várias vezes acompanhado. E que diferença! 
Se tivesse possibilidade de correr muito mais vezes acompanhado, com pessoas de ritmo semelhante, tenho consciência que, não só era mais agradável, como progrediria de outra forma pois dá-se mais, quer em ritmo quer em distância.

Sevilha aproxima-se e aquela meta a ser cortada está mais perto!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Revista Spiridon Novembro/Dezembro


Recebi o número de Novembro/Dezembro da Revista Spiridon, como sempre cheio de assuntos que interessam a todos que fazemos da corrida o nosso desporto.

Índice:

- Editorial - Cada vez mais maratonistas
- 180 passadas por minuto e... conseguirá correr mais rápido - Como encontrar a frequência ideal de passada
- Retorno à calma também é treino 
- A influência dos tipos de pisos na corrida
- 17 esquemas de exercícios perigosos...
- Fartlek um método de treino diferente (1ª parte)
- Aprenda a melhorar o seu plano de treino
- Artes do perder peso

Isto além das rubricas habituais.

Para receber esta excelente revista: Publicação exclusivamente dedicada à corrida (6 números por ano). Distribuição apenas por assinatura: Preço da assinatura anual 21 € . Por cheque, ou transferência bancária.NIB = 0010 0000 6176291000127 revista.spiridon@gmail.com

domingo, 22 de dezembro de 2013

Correndo por Lisboa com os olhos em Sevilha

Antes (estava frio!)

Ontem foi dia de treino de 20 kms com a sempre excelente companhia da Carla e Isa.

Com os olhos em Sevilha, andámos pela bonita cidade de Lisboa, despovoada da confusão de trânsito em dias de semana. 

Após o treino no EUL na véspera, onde a Carla se estreou neste tipo de treinos e a Isa voou nos 400 metros, onde eu fiz a minha 2ª melhor marca, idealizámos um treino predominantemente em ciclovias. 

Assim, começámos em Benfica e seguimos por Campolide, Eduardo VII, Campo Pequeno, Campo Grande, Cidade Universitária e regresso a Benfica. Não chegou a 20 mas ficou muito perto (19.430).

Durante (em contra-luz no Eduardo VII)
No meu caso, um pequeno incidente por volta dos 16 kms onde numa curva ligeiramente a descer, coloquei mal a perna e o joelho esquerdo ressentiu-se de imediato. Apesar de estar bem na respiração e pernas, optei por seguir lentamente para evitar algum mal. Após os alongamentos finais passou mas hoje está cá o sinal. Mas isto vai (tem que) ir ao sítio pois na próxima 5ª feira vou experimentar algo que há anos ando para fazer, um bi-diário. De manhã o habitual treino no EUL e ao final do dia o resto (uns 15) para completar uma Meia. Será bem mais fácil correr uma Meia de seguida do que com este intervalo de tempo mas é mais uma experiência. 

Faltam 63 dias para o grande dia! :)

Depois

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Momentos especiais


Partilho aqui o filme da minha chegada na recente Meia-Maratona dos Descobrimentos, por ser um momento especial que muito me diz. 

Em termos estatísticos, e em 30 Meias-Maratonas, foi o meu 3º melhor tempo e a 3ª vez que baixei da barreira das 2 horas. 
Em 2007 tinha realizado 1.56.35 e em 2010 fiz 1.56.53. Agora marquei 1.58.26 noutras condições e idade.

Apesar de terem existido duas com melhor tempo, sinto que esta foi a melhor Meia que já corri, aquela onde dei mais de mim. Foi uma das corridas da minha vida e de forma imprevisível.

Daí, o momento tão especial e tão saído de dentro de mim ao cortar a meta (sim, aquele grito que se ouve é meu!).
Só quem anda lá dentro é que pode compreender estes momentos.

Para quem quiser ver o filme de todas as chegadas desta Meia-Maratona, clique aqui

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Inscrito na Maratona do Porto


Sim... sei que ainda faltam 10 meses e meio para a 11ª Maratona do Porto mas soube pelo Carlos "Papa Kilometros" Cardoso que quem se inscrevesse até final deste mês pagaria apenas o preço promocional de 20 euros em vez de 35.

Só queria pensar nesta Maratona após cortar a meta em Sevilha "pelas razões que se conhecem". Hesitei mas a Mafalda deu-me um boost de confiança ao dizer "Arrisca! Tu vais conseguir" e... estou inscrito! 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A louca corrida às inscrições do Fim da Europa


O Grande Prémio do Fim da Europa durante muitos anos foi uma prova com participação não significativa, rondando até 3 centenas de participantes. Era conhecida a sua dureza e existia alguma aversão a subidas por parte de muitos atletas.

Esse mito, digamos assim, foi desaparecendo, o apelo por desafios tomando conta de muitos, aliando o facto de ser um percurso muito belo.

E a participação disparou, ultrapassando o milhar e meio em 2011. Previa-se à volta de 2 mil em 2012. pois o passa a palavra era muito elogioso, mas nesse ano, em virtude da cega fobia por cortes sem medir o retorno, a prova foi cancelada.


Umas boas centenas de atletas juntaram-se e fizeram um treino como se da corrida se tratasse, forçando o seu regresso em 2013, agora em termos mais adaptados ao momento actual, sem a tenda dos comes e bebes no Cabo da Roca e outras coisas supérfluas, tendo sido decidido limitar a participação a mil atletas. 

Apesar das inscrições terem aberto 3 meses antes, numa dúzia de dias esgotaram, deixando muitos de fora, pois não calculavam que os lugares disponíveis voassem como voaram.

Para esta edição número 24 do próximo 26 de Janeiro, a expectativa era grande pois havendo novo limite de mil, sabia-se de antemão que esses lugares não demorariam os tais 12 dias do ano passado a serem tomados. Mas também não seria imaginável que eles apenas durassem... meia dúzia de horas!


Pois é, saiu a comunicação da abertura das inscrições, tratei logo de as efectuar e já havia 80 inscritos. Com 2 horas e meia chegava-se à metade e, apesar de ter sido entretanto anunciado que não haveria limite mas sim preços progressivos, ao fim de 6 horas os primeiros mil, com preço de inscrição de 12 euros, esgotaram!
Entre o 1.001 e o 1.500 que ainda há lugares, pelo menos no momento que escrevo estas linhas (estão já 1.100 às 19.30), serão a 15 euros e a partir daí a 18 euros.
(actualização 22 horas depois de abertas as inscrições, estão neste momento 1.300!)

Um bonito lema usado para esta prova foi o "Dificilmente haverá prova mais bonita...", outro que podemos acrescentar é "Dificilmente haverá prova mais concorrida..." em termos de inscrições, pois julgo que deverá ter sido batido algum record nacional de voarem inscrições.

Venha o 26 de Janeiro, venha a sua fabulosa subida inicial de 4 kms, venha a "parede" aos 10 kms e venha, sobretudo, aquela especial sensação de liberdade que se sente em diversos troços.


sábado, 14 de dezembro de 2013

Uma rica manhã com o 7º Treino Solidário Correr Lisboa

O grupo. Fotografia de Rute Ornelas

Estive presente hoje de manhã no 7º Treino Solidário Correr Lisboa, apoiando a Casa Sol, instituição que acolhe actualmente 14 crianças com idades entre os 8 e os 18 anos.

O local escolhido foi excelente, Parque da Tapada da Ajuda, onde se insere o ISA (Instituto Superior de Agronomia), local que desconhecia e que reúne condições excepcionais. Por várias alturas sentia-me em qualquer parte do país menos em Lisboa, pelos seus campos e animais.

Para ajudar, tivemos direito a visita guiada por parte da Isa que andou no ISA e, assim, foi-nos explicando os locais pois foi no ISA que a Isa se formou. (confusos com tanta Isa?)

Com menos presenças que no 6º treino (Parque das Nações), os grupos dividiram-se em 3. Caminhada de 3 kms e corrida de 5 e 10 kms, sendo que os atletas que pretendiam efectuar a dupla légua davam 2 voltas e os de 5 uma volta. 
Fui com a Marta, Isa e Vítor, deixando-os ao final da primeira volta pois pretendi não me desgastar para o Grande Prémio do Natal de amanhã, tendo eles seguidos para mais uma volta àquele belo local.

Eu estou a falar a sério, a fotografia foi tirada em Lisboa!

Mas a manhã começou muito bem com um convite à Marta. Lembram-se de no artigo da Meia-Maratona dos Descobrimentos ter relatado que a Carla, Jaime e Vítor tinham sido convidados e aceite fazer parte dos 4 ao km? Pois na altura escrevi "Já somos 10 ricos elementos mas será que irá haver mais novidades para breve? (não perca os próximos episódios!)" Pois... é que ainda faltava convidar a Marta, que só a veríamos hoje, e o convite foi efectuado pela sua madrinha Isa. A Marta revelou velocidade Boltiana pois a Isa ainda estava a acabar a pergunta e a Marta já estava a responder que sim! 
E assim passamos a ser 11 elementos. E um exemplo em termos de paridade! Enquanto a média feminina nas provas nacionais é de cerca de 16%, temos perto de 50% de atletas femininas (5 em 11)

Depois do agradável treino, altura para concretizarmos o que nos tinha ali levado, irmos entregar os bens necessários à Casa Sol, e com direito a cantarmos 3 músicas de Natal. Além de bons atletas, também somos bons cantores! Não se admirem se começarmos a ser aliciados por agentes musicais! 

E pronto, uma rica e útil manhã passou-se da melhor maneira. Venham mais!   

O grupo 4 ao Km presente: Isa, Vítor, João e Marta

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sábado - 7º Treino Solidário Correr Lisboa


No próximo sábado, vai realizar-se o 7º Treino Solidário - Correr Lisboa, para ajudar as crianças e jovens da Casa Sol.

Qualquer informação pode ser consultada aqui e reproduzo de seguida o texto e orientações da organização:

7º Treino Solidário Correr Lisboa 
correrlisboa.com/ a pipoca mais doce
14 de Dezembro | 10h00 | Ajuda
Caminhada 3k | Corrida 5k e 10k
Madrinha do treino: Ana Garcia Martins - autora do blogue "A Pipoca mais Doce" 
Vamos correr para ajudar as crianças e jovens da Casa Sol!*

Inscrição gratuita mas obrigatória! Basta enviar e-mail para treinosolidario@correrlisboa.com com nome e distância que quer fazer.

Neste treino solidário o Correr Lisboa vai levar-vos a conhecer um dos lugares mais bonitos de Lisboa: O Parque da Tapada da Ajuda.
Vamos correr/caminhar sempre dentro do Parque, em alcatrão e durante o trajecto para além da magnífica vista pela cidade, pode ser avistada uma enorme diversidade de animais como pássaros, cavalos, esquilos, etc.
Para além da beleza da Tapada, neste Treino Solidário vão encontrar percursos um pouco diferentes do habitual. Não serão totalmente planos, durante os percursos existirão algumas subidas (e descidas, claro!). Os participantes serão divididos em 3 grupos, um de caminhada e dois de corrida, sendo que o grupo dos 10k fará duas voltas ao trajecto e o dos 5k apenas uma. Vai ser uma manhã bem passada. Venham correr para ajudar e deslumbrar-se com a paisagem!

PONTO DE ENCONTRO/ PARTIDA/CHEGADA:
Portão do Parque da Tapada da Ajuda. (Calçada da Tapada. Perto do Pavilhão da Ajuda)
Quem vai de carro pode estacionar nas ruas circundantes.
No final do treino podem ir aos carros buscar os donativos e os vossos gorros de Pai/Mãe Natal, as antenas de rena, os instrumentos musicais, etc e partimos dali todos juntos até à Casa Sol (fica a +/- 500m).

*Lista de necessidades: leite meio gordo e magro; cereais; sumos individuais( lanches para a escola); açúcar; azeite; detergente de loiça e roupa; fraldas tamanho M; resguardos camas; shampoo; gel duche; pasta de dentes; papel higiénico;
guardanapos, sacos para lixo (50L e 100L).

A Casa Sol acolhe neste momento 14 crianças (dos 8 aos 18 anos). Como estamos na época natalícia, presentes para oferecer às crianças também são bem vindos :) (ex: jogos, puzzles, livros, legos, etc).

No fim do treino afinamos as vozes, colocamos o gorro de Pai/Mãe Natal e vamos todos entregar os donativos directamente na Casa Sol e cantar para as crianças uma canção de Natal :) Contamos convosco! 

Convidem amigos, familiares, colegas, vizinhos, ... venham todos! Juntos vamos correr para ajudar as crianças da Casa Sol!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Felicidade! (Um ano)


Se há efeméride que não podia deixar passar em claro é esta, por tudo que me diz.

Após 5 anos a sonhar com algo que parecia impossível para um atleta como eu, faz hoje um ano que cumpri o sonho maior, o equivalente para mim a uma medalha de ouro olímpico. Tornei-me maratonista!

Avanços, recuos, receios, necessidade de acreditar que poderia ser possível, tudo levou a que fosse adiando o grande momento. Até que no final de 2011, a 26 de Dezembro, a decisão ficou definitivamente tomada com um ano de antecedência. 9 de Dezembro de 2012 seria o dia!

Se nos anos anteriores sonhava com esse longínquo objectivo, o ano de 2012 foi passado na integra a visualizar o que poderia ser.

Receio, muito receio, mas determinação, toda a determinação, o que me levou a superar o que de mau esse ano me trouxe e agarrasse com maior força a esse objectivo máximo.

E chegou o dia e com ele o meu momento de glória. Tão forte que nem reacção consegui ter no final, tal a emoção.
Não vou aqui repetir tudo que se passou, para tal aconselho a leitura do respectivo artigo, artigo escrito com toda a sensibilidade à flor da pele e que continua a arrepiar-me ao relê-lo.

Dez meses depois tornei a alinhar numa Maratona. Por uma infeliz e cruel partida do destino, não foi possível passar dos 15,5 kms. O meu melhor momento de sempre no Atletismo e, sem dúvida, o meu pior momento, estão ambos ligados às duas Maratonas.

A 23 de Fevereiro, em Sevilha, alinharei novamente numa, mas isso é futuro e o motivo deste artigo é o presente. Sim, o presente e não o passado pois o momento que celebro hoje um ano, está sempre bem presente em mim, no que foi um presente que a vida me deu.

Muito me podem retirar, mas o que nunca deixarei de poder dizer é SOU MARATONISTA! 


domingo, 8 de dezembro de 2013

Às vezes tenho vezes que por vezes não são vezes (ou como soltei o João que há em mim na Meia dos Descobrimentos!)

Antes da partida, com os, já se pode dizer agora, 5 atletas dos 4 ao Km (Orlando, eu, Eberhard, Vítor e Isa)

Que força é essa, amigo 
que força é essa, amigo 
que te põe de bem com outros 
e de mal contigo 
Que força é essa, amigo 
(Extracto de "Que Força é Essa" de Sérgio Godinho)

(neste artigo vou tentar ser o mais racional possível e tentar diminuir o estado de emoção que me encontro, se tal conseguir)

Durante 27 anos, a Xistarca, a quem tanto devemos, colocou de pé a Maratona de Lisboa, evento que foi englobando outras distâncias. Participei entre 2006 e 2012, correndo em tudo. A Mini em 2006, Meia-Maratona entre 2007 e 2010, Maratona por Estafetas em 2011, até atingir o momento mais alto da minha carreira como atleta, a Maratona em 2012, faz amanhã um ano.

Vendida que foi a Maratona à Competitor, a Xistarca, em boa hora, decidiu criar a Meia-Maratona dos Descobrimentos, englobando uma Meia por Estafetas e uma prova de 10 kms.

Na minha preparação para a Maratona em 2012, tive a sorte de apanhar um período fértil em Meias, correndo essa distância (ou 20 kms como em Almeirim), por 6 vezes em 8 semanas, o que me deu muita endurance. Uma coisa são treinos longos, outra é corrermos uma Meia em ritmo competitivo. 

Na preparação para Sevilha, tive no final de Outubro os 20 de Almeirim, duas semanas depois a Meia da Nazaré e, nesses 3 meses de intervalo até Sevilha, apenas estava calendarizada esta Meia.

Por várias razões, apontei-a como uma prova para tentar algo. Para o bem ou para o mal. Precisava de ter uma conversa comigo próprio, precisava de ganhar confiança para Sevilha e queria festejar da melhor forma o aniversário de amanhã da Maratona.

Tudo isto assombrado pelo pesadelo dos 15,5 na maratona de Outubro. E foi esse o momento que mais esteve presente hoje, o que acabou por me colocar uma faca nos dentes. Mas a isso já lá vamos.   

Fui com a Isa e João Branco para Belém e ao chegarmos, deparámos com nevoeiro e muito frio. De imediato encontrámos o Vítor a quem queríamos fazer um convite para entrar na equipa. 
Tinha o discurso bem preparado mas ficou na gaveta pois o João Branco desbroncou-se e o Vítor soube logo do que íamos falar, o que acabou por ter a sua piada.
Temos mais um elemento na nossa equipa de amizade, a que se juntam também o casal Carla e Jaime. Já somos 10 ricos elementos mas será que irá haver mais novidades para breve? (não perca os próximos episódios!)

Depois de muita tremideira (estava mesmo frio!), hora da partida. Aí disse uma frase que parecia uma mera piada à "La Palisse" mas que tinha outro significado. Afirmei "hoje a corrida vai correr bem ou mal". A Isa e o Vítor riram-se mas eu sabia o significado. Ia dar tudo logo desde o início (mesmo respeitando a parte inicial para a pulsação não disparar logo). Tinha a intenção de não me salvaguardar absolutamente nada, mesmo que isso custasse um estoiro que se ouvisse na outra banda.

Vou confessar uma coisa. Hoje levava uma nota de 10 euros no bolso, caso tivesse que regressar ao local da chegada por transportes públicos. E se tivesse que desistir, pelo tal estoiro, saberia que tinha sido por uma boa causa. Daqui se vê o meu empenho.

O tempo que apontava era baixar de 2.07.38 e sentir que tinha feito a melhor Meia dos últimos 2 anos, sendo o ideal menos de 2.04.34 e ser a melhor dos últimos 2 anos e meio, mas isso já parecia um bocado de ambição a mais. 
Baixar das 2 horas, só em sonhos daqueles que já não se realizam mais. Para um atleta com as minhas capacidades, esse é um tempo muito raro de se alcançar e só em condições muito especiais. Fi-lo na Meia de Lisboa, integrada na Maratona de Lisboa 2007 (1.56.35). Após a fractura do pé, tinha consciência que já não o faria mais, mas na Nazaré 2010 marquei 1.56.53, o que motivou uma explosão de alegria na meta.
Mas isso foram tempos passados... Foram? A sério senhor João?!?

Dada a partida, furei entre a Isa e o Vítor (com empurrão e tudo, que mau desportivismo, he he he) e logo de início tivemos a subida para o Restelo. Aí, tentei equilibrar entre o não disparar logo as pulsações e o não perder segundos, o que consegui na perfeição. 

Tal como os melões que apenas depois de abertos se sabe o que valem, também em corrida só após uns metros vemos o que estamos a valer. E a impressão era excelente. Aos 3 kms, baixar dos 2.07.38 já tinha deixado de ser meta que passou para os menos de 2.04.34

Entre os 5 e os 6, a pulsação estava boa e equilibrada e sentia-me cheio de força.  Olhei para o relógio. A média dava para as 2.01/2.02 mas tive a perfeita consciência que podia baixar uns segundos por km e atacar o sub 2 horas! Esse pensamento deu-me uma enorme euforia rentabilizada em força e agarrei o sonho bem apertado com as duas mãos.

Aos 10 kms, tudo estava a correr bem e, apesar de faltar mais de metade do percurso, sentia que HOJE IA SER DIA! Passei pelos amigos Manuel Oliveira e João Branco, que estavam à espera de receber o testemunho da estafeta e gritei "Isto hoje está muito bom!".

Ultrapassei muito atleta, cruzei-me com muitos mais e fui recebendo palavras de incentivo. E acreditem o quanto elas ajudam!!!
Abro aqui um espaço muito especial para referir os jovens que estavam no reabastecimento dos 10 e 15 kms e que foram um espectáculo e exemplo! Não se limitavam a dar água mas sim a incentivar todo e qualquer atleta com frases de apoio espontâneas e que muito bem caem em todos nós que vamos em grande esforço.

Entretanto, não sabia da Sandra e Nuno mas tinha esperança que fossem à frente pois a Sandra bem merecia bater o seu record de 6 anos em Meia, quando realizou o muito curioso tempo de 1.59.59
Quando ia a aproximar-me do retorno, vejo-os já a regressarem. Tinha tudo para bater o seu record. Espantou-se por eu ir já ali (mais energia extra ganha!) e gritei-lhe a melhor palavra que podia dar-lhe: "Acredita!"

Curiosa fotografia do Vítor comigo a cruzar-me com a Isa e ambos de thumbs-up

Após o retorno, cruzo-me com a Isa e Vítor e o meu depósito de força foi reabastecido com mais incentivos.

Ainda faltavam 8 quilómetros mas sabia que ia conseguir. Tinha que continuar no meu limite, mas sabia que o iria fazer. É daqueles momentos que se acredita e se sabe.

O ritmo ia excelente, as pulsações idem, e nem sequer me recordava que estava a percorrer aquelas longas rectas Belém-Santa Apolónia-Belém! Quando queremos fazer as coisas bem, não podemos só questionar se estamos a fazer o que é o certo, pois assim passamos também a ser espectadores, reduzindo a concentração. E a concentração era seguir. Seguir. Aguentar. E dar uma grande lição a mim.

Aos 20 kms, a coisa estava garantida e nem seria no minuto 59 mas sim 58. Também sabia que a Sandra ia à frente, o que significava que ia fazer um tempo que bem merecia. Olhei umas duas ou três vezes para trás para ver se via a Isa e o Vítor pois tinha esperança que ela também baixasse, pela primeira vez, das duas horas. Não os vi. Mas o record de 2.02 deveria dar (atendendo onde iam quando nos cruzámos).

Só nestes últimos 1.000 metros senti a grande carga de esforço. O ritmo não baixou mas já estava para além do que aguentava. Mas reduzir? Nunca!

Tenho perfeita consciência que hoje não daria para retirar um segundo que fosse ao meu tempo. Dei, a todo e qualquer momento, tudo o que tinha. Por vezes nem me reconhecia.

Cortei a meta em 1.58.26
Uma rapariga com um bonito sorriso disse-me parabéns e deu-me a medalha. Pego na medalha e, reacção instintiva, dei um sentido beijo na medalha 

Seguiu-se um turbilhão de sensações antagónicas. Tanto me apetecia rir como chorar. Exultar como praguejar. Levantar as mãos como atirar a garrafa com força contra o chão.
Muitos podem entender, mas apenas passando as coisas na primeira pessoa se sabe o que alguns momentos são e significam.

Encostei-me a uma grade para esperar pela Isa e Vítor. Grande alegria! Uns 20 e tal segundos depois chegavam. A Isa também tinha entrado no minuto 58! (ler as suas Meias-Maratonas é constatar uma evolução notável!)

Tempo para encontrar a Sandra e saber do seu record. Tinha esperança do minuto 56. A alegria foi imensa quando soube que foi o 54!

A amizade pode ser um tesouro de valor incalculável, e eu sinto-me extremamente rico e abençoado com a amizade tão especial e genuína que partilho com a Sandra e a Isa, amigas do coração. Daí a minha enorme felicidade com os seus feitos.

No final e no geral, muitos atletas felizes com a sua prestação. (Há alguma dúvida que a temperatura baixa não seja um grande aliado?!?)

Tive momentos de especial emoção. Mais do que uma corrida, tinha estado numa longa conversa comigo. E tal como numa grande conversa entre alguém zangado consigo próprio, ambos os eus acabaram de paz feita.

Tal como disse, houve alturas que nem me reconheci. Resta saber se hoje fui outro ou este é que é o verdadeiro João. Eu não sei responder! Apenas sei dizer que podem ter existido duas Meias onde fiz melhor tempo, mas nessa altura estava noutra forma, condição e idade. Por tudo o que aconteceu hoje, elejo esta como a MELHOR MEIA QUE ALGUMA VEZ FIZ!

Uma fotografia de gente feliz: Orlando, eu, Sandra, Nuno, Isa e Vítor.
Obrigado ao Vítor pela partilha da foto e ao Pedro por ter sido fotógrafo
Se chegaram aqui, parabéns por terem aguentado um artigo tão longo e emotivo!