quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Boa sorte a todos!


Estamos a 3 dias e meio da 10ª edição da Maratona do Porto e não quero deixar passar a oportunidade para desejar a todos os participantes as maiores felicidades e que todos os vossos sonhos e objectivos se concretizem.

Uma palavra especial aos amigos que vão estar presentes. Sabem que estou ao vosso lado a apoiar. Sempre!  

Que todas as vossas passadas se transformem numa enorme felicidade!

domingo, 27 de outubro de 2013

Almeirim a quebrar barreiras

Os 4 ao km presentes, eu, Isa e Eberhard

Clássica e mítica do nosso calendário, cuja história foi alicerçada numa altura que não havia a oferta que há hoje em dia, os 20 Kms de Almeirim tiveram hoje a sua 27ª edição de sucesso, numa prova que se soube sempre reinventar e adaptar, nunca deixando de encantar quem aí se desloca.

Com uma taxa de inscrição muito barata para a distância, diria mesmo que os 5 euros do primeiro preço são meramente simbólicos com tudo o que nos é oferecido de percurso, organização, convívio final com respectiva sopa da pedra, caralhotas, fruta e sumos, e ainda direito a um troféu, quem costuma deslocar-se a Almeirim raramente deixa de o fazer, levando mesmo mais alguém.

E o resultado deste ano foi muito significativo pois a prova desde que se deixou de realizar em Janeiro, há 10 anos atrás, nunca mais quebrou a barreira do milhar, o que veio a suceder hoje com 1.034 classificados na meta, e num dia em que na capital se disputou uma prova (Corrida do Montepio) com 3.754 atletas.
Mesmo com essa concorrência, Almeirim cresceu significativamente, somando 164 classificados aos de 2012.

Mesmo com o aumento de atletas, a confraternização à volta da sopa da pedra não teve tanta fila como no ano passado, devido a uma logística mais eficaz.

O justo homenageado, Professor Mário Machado

Um acto da mais elementar justiça, foi uma reconhecida homenagem que a organização promoveu a um Senhor do atletismo, alguém que todos nós tanto devemos, o Professor Mário Machado!

O tri-vencedor Hermano Ferreira

Desde há muito tempo que a Junta de Freguesia local tinha em seu poder uma enorme taça a ser entregue ao atleta que triunfasse consecutivamente por três vezes.
Pois na 27ª edição tal sucedeu. Hermano Ferreira alcançou o tri, com 1.02.27, recebendo a histórica taça. 

Vera Fernandes corta a meta

Curiosamente, ambos os vencedores foram os mesmos do ano passado, pois Vera Fernandes repetiu o seu triunfo de 2012, mas melhorando a marca em 1.52, marcando 1.18.15

Colectivamente, a vitória foi para os Leões de Porto Salvo.

Últimos metros duma boa corrida!

Se o título deste artigo fala em quebrar barreiras, o sentido é duplo. Após o do milhar de classificados, pela primeira vez desde que a prova deixou Janeiro, também se refere à minha prestação pois retirei 3.52 à minha melhor marca deste percurso e, mais importante, quebrei a barreira das duas horas, realizando 1.59.42

Logo desde o aquecimento que tive uma boa impressão que a corrida ia ser positiva. Arranquei com a Isa e Sandra, Sandra que iria seguir após o primeiro quilómetro, com a sua passada muito certinha. 
Fiquei com a Isa que atravessou um momento mais complicado entre o 3º e 4º quilómetro mas que de imediato recuperou e começou a acelerar de tal forma que por volta dos 7 quilómetros tive que ficar para trás para não colocar em causa os meus restantes quilómetros. Segui então com a Ana Pereira a quem desejo novamente toda a sorte para a semana!

Mais uma vez assisti ao espectáculo de ver a Isa seguir até ficar apenas um pontinho amarelo e depois desaparecer do que a minha vista alcançava, e corri sempre muito regular e a bom ritmo. Comecei então a magicar que mantendo-me assim, poderia lutar para baixar das duas horas. A média apontava para 2.00.15 / 2.00.30, logo a melhor táctica era conseguir manter essa média, não forçando pois ia a raiar o limite, e depois nos últimos dois quilómetros ir buscar as forças finais para esticar.

E foi o que sucedeu, com dois bons quilómetros, em especial o último, cortei a meta feliz da vida com 1.59.42 e a consciência que estou a ficar num bom momento.

O que se passou há três semanas atrás não está de modo algum digerido, muito menos esquecido, mas estou a conseguir transformar essa mágoa em força/raiva para progredir.
Tenho um objectivo muito especial e pessoal em mente para alcançar um dia e não vou deixar de lutar por ele.

Próxima prova, a imperdível  "Mãe" de hoje a duas semanas.




Com duas GRANDES amigas, Isa e Sandra. A amizade como verdadeira riqueza!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Record pessoal dos 400 metros dizimado no EUL


Hoje foi dia de ir fazer séries com a Isa para o EUL (Estádio Universitário de Lisboa), o que foram logo duas novidades. Nunca antes tinha corrido no EUL nem tinha feito séries acompanhado.

Começando pelo local, gostei muito! Óptimas instalações, balneários e possibilidade de percursos variados, além da pista para as séries.

A intenção era, depois duns quilómetros a aquecer, fazer por 5 vezes uma sequência de 100 metros perto do máximo seguidos por 200 a ritmo bom, e acabar com 400 metros onde cada um dava o máximo, como se não houvesse amanhã. Seguia-se uma corridinha sossegada de retorno à calma. 

O plano foi quase cumprido na integra e digo quase pois decidimos incluir uma série de 100 metros no final, antes do retorno à calma, também com cada um a dar o máximo. E aqui em 100 metros, a Isa voa! Aliás, como logo no arranque fiquei atrás dela, pude apreciar a forma como atacava a passada, típica duma sprinter. Quanto aos 400 metros, a Isa nunca os tinha feito mas realizou logo um tempo que, para primeira vez, indicia que tem uma enorme margem de progressão.

E o que me aconteceu? Pois o meu record de 400 metros estava em 1.25,77, feitos no início de Março deste ano aquando do tal desafio que o Nuno me tinha colocado (ler aqui). Há duas semanas fiquei a apenas 32 centésimos de segundo mas foi no primeiro treino que fiz após a falhada Maratona e esse tempo saiu assim tão bom pois estava como "um touro raivoso".

Hoje tinha a curiosidade de ver o que sairia ao correr no máximo, pela primeira vez, com mais alguém. E se resulta! Aliás, séries para darem o efeito máximo devem mesmo ser com mais alguém. 
Tinha a secreta esperança de poder bater esse tal record mas seria sempre marginalmente, nunca imaginei dizimá-lo!

Arrancámos e esses primeiros 100 metros que fomos lado a lado foram muito importantes pois colocaram-me logo em alta rotação, o que permitiu disparar perto dos 200 metros. Aos 300 comecei a sentir o cansaço mas olhei para o relógio o que me permitiu não quebrar pois o que vi era espantoso, o que se confirmou a completar a volta. De 1.25,77 baixei para 1.23,12! 2 segundos e 65 centésimos menos! Ou, por outras palavras, uma média ao quilómetro de 3.27,80 valor que para mim é doutro mundo e que dificilmente se acreditará para quem me vê correr domingo após domingo. Mas o relógio não mente e hoje até tive uma testemunha! :)

Resumindo, um início de dia espectacular e que influencia logo da melhor maneira a boa disposição!  

domingo, 20 de outubro de 2013

Corrida do Aeroporto (com grande salto de participação)

Os 4 ao km presentes (eu, Isa e Orlando, falta o Eberhard) com os amigos Nuno, Sandra, Catita e Gil)

Disputou-se hoje a 5ª edição da Corrida do Aeroporto, de regresso aos 10 quilómetros após as 3 últimas edições com 9. 

E o primeiro destaque vai para o enorme aumento de participação. Na primeira edição registaram-se 825 classificados, tendo de seguida aumentado para 1.172 e 1.349. Apenas diminuiu para 952 o ano passado, pela concomitância com mais provas, mas este ano disparou para 1.914, mais 565 que o record e praticamente o dobro do ano passado.


E esta prova bem merece pela sua simpatia e percurso variado e muito agradável. Saindo do Terminal de Carga, circula pela Alta de Lisboa, dá uma volta à Pista Moniz Pereira, circunda o lago aí existente e tem o ponto alto com cerca de 3 quilómetros pela Quinta das Conchas em piso de terra. Bonito e variado.


José Gaspar tornou-se o 4º vencedor desta prova (Sérgio Dias é o único que já bisou), triunfando em 33.15, 28 segundos à frente de Luís Lima e 55 segundos de Tiago Silva.


No sector feminino, Lucília Soares continua a passear a sua classe, vencendo em 41.00, sendo seguida por Katarina Larsson a 48 segundos e Maria José Frias a 1.40
Em 5 edições temos 5 vencedoras diferentes.

No final, o habitual sorteio de viagem e 3 mochilas, que só seriam atribuídos a quem estivesse presente e que muitos viriam a perder prémio por já se terem ido embora. 

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Quem não souber quem é, pode ler o nome no dorsal

Após meses a viver uma bonita ilusão, regressei a uma situação tanto nova como já conhecida. Muito mudou, muita coisa se quebrou, a ilusão desvaneceu e impera a necessidade de reconstruir tudo uma vez mais. 

Em relação à corrida de hoje, nem sempre a vontade chega e o tempo que gostaria de alcançar foi de imediato colocado de lado para uma toada que estivesse junto ao limite possível mas sem colocar em causa o resto da prova. Assim, tive logo que desistir de acompanhar a Sandra, pois o seu ritmo estava mais rápido do que poderia acompanhar, sem equacionar o resto da prova. Acabei por fazer a prova em solitário, com excepção da (boa) companhia do Isaac no último quilómetro.

Gostei do meu ritmo nos 7 primeiros quilómetros, mas nos 3 últimos esse mesmo ritmo foi apenas assim-assim. E tal inibiu chegar no minuto 56 como estava a apontar desde os primeiros minutos, cortando a meta no tempo real de 57.14

Para a semana, 20 Kms de Almeirim, essa apenas para desfrutar sem ir atrás de tempos.




terça-feira, 15 de outubro de 2013

Evolução da participação nas Maratonas portuguesas (ou como um patinho feio se tornou rainha)


Durante muitos anos a Maratona não era bem vista, em especial pelos chamados puristas que consideravam apenas o Atletismo resumido à pista.

Se esta era a opinião generalizada, em Portugal ainda mais por sofrer do factor Lázaro.

Daí que se fizermos um estudo do record de classificados nas Maratonas nacionais, os números sejam insípidos durante longas décadas, tendo também em conta o reservado que as corridas estavam exclusivamente a federados.

Atravessaram-se várias fases. Se nas 3 primeiras Maratonas (1910 a 1912, antes do falecimento de Francisco Lázaro) os números variaram entre os 10 e os 22 atletas na meta, de seguida baixaram, chegando-se ao ponto dum hiato de 22 anos sem Maratonas no nosso país (entre 26 de Julho de 1914 e 5 de Julho de 1936).

Após o regresso em 1936, seguiram-se 38 anos e 36 Maratonas onde as mais participadas foram três com 7 classificados, registando-se 14 com 3 ou menos atletas na meta, sendo que a de 1956 apenas teve um classificado, de 8 que partiram.

Apenas se regressou a um número acima da dezena na primeira Maratona realizada após o 25 de Abril, em 1975, para em 1978, e finalmente, se bater o record de 22 classificados alcançados 67 anos antes!

Entretanto, nos finais dos anos 70, início dos 80, duas circunstâncias vêm provocar o início da (r)evolução. Em primeiro lugar, o conceito de "Corridas abertas a todos" e depois o início dos sucessos nacionais nas Maratonas internacionais.

Duas épocas terminaram. A de que as corridas estavam reservadas aos federados, sem acesso ao mais comum dos mortais, e aquela onde se via a Maratona como o patinho feio das corridas, passando para o oposto, a rainha do Atletismo, aquela que todos sonham e têm o maior respeito.

Se em 72 anos o record de classificados tinha aumentado de 10 para 56 atletas, em 1982 dá-se o primeiro grande salto, para 127, mais do dobro e quebrando a barreira da centena, exactamente numa Maratona do movimento Spiridon, aquele de importância fundamental a massificar e democratizar as provas.

Nessa altura, o professor Mário Machado tinha anunciado o seu sonho de ver uma Maratona em Portugal com mil atletas. E esse dia chegou (2008), apesar de ter demorado mais do que o esperado, 26 anos que mediaram entre os 127 e os 1.005 classificados.

Nessa altura já não eram apenas os atletas de pelotão mais competitivos a apostarem na Maratona. De todos os tipos de ritmos, os atletas foram acreditando que também conseguiam, e em 5 anos saltámos dos 1.005 aos actuais 1.836 atletas que cruzaram a meta.

Pois é, o tal sonho do professor Mário Machado já quase que duplicou, e numa prova onde foi o seu director técnico.

Até onde chegaremos?

Evolução do número de classificados nas Maratonas disputadas em Portugal:

1910-05-02
Jogos Olímpicos Nacionais (Lisboa)
10
1911-06-18
Jogos Olímpicos Nacionais (Lisboa)
22
1978-04-09
Campeonato Nacional (Faro)
23
1979-04-22
Campeonato Nacional (Portalegre)
27
1980-04-20
Inatel (Foz do Arelho)
37
1980-10-12
A.A.L. (Torres Vedras)
45
1981-04-05
Campeonato Nacional (Faro)
49
1982-04-04
Campeonato Nacional (Almeirim)
56
1982-12-20
Spiridon (Autódromo Estoril)
127
1983-12-18
Spiridon (Autódromo Estoril)
176
1984-11-03
A.A.L. (Lisboa)
324
1988-11-06
Xistarca (Lisboa)
442
1990-10-21
Xistarca (Lisboa)
562
1991-10-20
Xistarca (Lisboa)
775
2007-12-02
Xistarca (Lisboa)
825
2008-12-07
Xistarca (Lisboa)
1.005
2009-12-06
Xistarca (Lisboa)
1.153
2010-11-07
Porto
1.180
2011-11-06
Porto
1.515
2012-10-28
Porto
1.671
2012-12-09
Xistarca (Lisboa)
1.681
2013-10-06
Rock'n'Roll (Cascais-Lisboa)
1.836


domingo, 13 de outubro de 2013

Quando uma desilusão nos dá uma força imparável

Antes da Maratona de Lisboa recebi imensas mensagens de felicidades. No entanto, após a mesma, recebi incontáveis palavras de apoio, bem demonstrativo do verdadeiro espírito que norteia o atleta de pelotão. 
Não tenho palavras para agradecer tudo o que me disseram e a importância dessas mesmas palavras e atitudes.

Confesso que passei 5 dias muito difíceis, onde de dia para dia doía mais a desilusão. Mas também sabia que tinha que passar por esse processo regenerativo e que passada essa fase sairia mais forte.

Exactamente, o que se passou no domingo foi a hérnia do hiato que saltou. Quando tal sucede, liberta uma série de ácidos que funcionam para o organismo como que o envenenando. Na altura não se sente isso e é fácil confundir com um forte desarranjo. No dia seguinte confirmei o sucedido e a coisa foi tratada.
Este problema não me acontecia desde Março de 2012 e sucedeu logo no dia que não podia de modo algum.
Daí, estando o organismo nesse estado de, digamos, envenenado, as forças eram completamente nulas. Levando mesmo a médica a interrogar-se como aguentei mais de 15 quilómetros. Nem eu sei. Ou melhor, era a enorme vontade de concretizar aquela Maratona que seria a dois.

Foi uma nova realidade para mim. Eu que sempre pensei que a força mental superaria qualquer coisa, dei por mim com uma vontade mental férrea mas completamente incapaz de prosseguir pois não havia qualquer vestígio de força física.

Como disse, doeu e ficará sempre uma mágoa, mas a boa notícia é que já superei o momento. E sinto-me muito mais forte!
Estou com uma força imparável dentro de mim, uma determinação ainda maior da que costumo ter e só tenho olhos para a meta de Sevilha. Essa, no momento de a cortar, vai ser de raiva!    

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Maratona - Números (records)


Relativamente aos números desta primeira edição, bateram-se dois records em Portugal. O de melhor tempo realizado em solo português e a mais participada. 

O record de Maratona em solo português era pertença do queniano Philemon Baaru que na Maratona do Porto 2011 marcou 2.09.51
Pois o vencedor da prova de ontem, o queniano Paul Lonyangata, conseguiu tirar 5 segundos, fixando assim em 2.09.46 o novo melhor tempo. Curiosidade para o facto de ter participado como lebre e ter, afinal, ganho.

Quanto ao número de classificados, não pára de aumentar em Portugal. Note-se as 3 últimas disputadas no nosso país: No ano passado, no Porto, atingiram-se os 1.671, no mês seguinte, em Lisboa, bateu-se para 1.681 e agora, 1.836 


A segunda edição já tem data marcada, 5 de Outubro de 2014 e, atendendo à altura do ano, historicamente quente, seria de toda a conveniência o seu início mais cedo. 10.05 é tarde demais e, sabendo-se que o grosso do pelotão chega na casa das 4 horas, significa correr até às 14.05 / 15.00

Sabemos que esta altura do ano pode ser quente durante o dia mas ao amanhecer e ao anoitecer, é mais fresco, nada que se compare com o verão. Recordo que quando cheguei à zona da partida (9 horas), estava bom. Às 10 o calor já incomodava.
Ora, se a Maratona tivesse a sua partida às 8 horas? Entre as 8 e as 10, corria-se com boa temperatura, o que equivalia a cerca  de metade da prova. Depois, como o sol fica a pique e os raios solares fazem os maiores estragos, meio-dia, é quando começava a chegar a maioria do pelotão, fugindo assim da agrura de correr às 13 e 14 horas, e beneficiando do facto de o grosso do pelotão da Meia-Maratona estar nesse percurso coincidente, facilitando a vida aos maratonistas que vão na fase em que a energia é uma miragem, evitando-se assim verem-se isolados como ontem sucedeu com boa parte da segunda metade.




  

domingo, 6 de outubro de 2013

Isa Maratonista!


Em primeiro lugar, a minha grande alegria de ter visto a Isa concretizar o seu grande sonho de ser Maratonista. Com apenas 25 anos e um ano e pouco de competição, ser já maratonista prova o grande talento e dedicação que tem!

Hoje foi um dia de grandes emoções, boas e más. Boa já se sabe qual, má porque tive que tomar a mais difícil decisão numa corrida. Fui obrigado a desistir aos 16 kms por estranhos problemas intestinais que me atormentaram desde a partida. Não, não foi por estar nervoso, que não estava, nem comi nada que não devesse (tive o maior dos cuidados). Por vezes tenho situações destas e esta aconteceu no pior dia.

Fiquei completamente inconsolável mas não por não cumprir a minha segunda Maratona. O que para mim foi uma autêntica facada no coração, foi o ter deixado a Isa sozinha!
Por mais palavras de motivação que pensasse (e recordei-me de todas as que me enviaram), por mais querer, fisicamente estava incapaz de aguentar o esforço. É um desespero completo quando queremos com toda a força seguir e o corpo não o permitir. Isto porque quando tenho estes problemas, fico sem qualquer condição e energia.

Foram 7 meses de cumplicidade com a Isa e o sonho de cortarmos a meta juntos que eu vi desvanecer aos meus olhos. Mas tudo se compôs por a Isa ter demonstrado todo o seu ENORME valor e ter seguido e bem rumo à meta. Apesar de ter sido algo fora do meu controlo, nunca me perdoaria se tivesse estragado o seu sonho de Maratonista.

Quanto a mim, e a desistência propriamente dita, sei que o que aconteceu não se deveu a falta de preparação ou capacidades. Aliás, para quem tanto treino longo fez, não era ao fim de 10 kms que já misturava caminhada e corrida, como sucedeu, e desistia aos 16. Aconteceu, siga em frente! E o seguir em frente é hoje mesmo ter concretizado a inscrição para 23 de Fevereiro, Maratona de Sevilha.

Não quero terminar sem agradecer todo o apoio de tanta gente, antes, depois e após.
E congratular TODOS os participantes pelo feito de terem terminado mais uma Maratona ou a sua primeira!

Nota - Apareço classificado com a marca de 5:16:20 mas já contactei a organização para explicar o sucedido e corrigirem. Ao desistir, tirei de imediato o dorsal e coloquei-o na mochila da Mafalda quando a encontrei. Nunca mais nos lembrámos e quando a Mafalda estava a tirar fotografias junto à meta, terá passado junto ao sensor que disparou com o dorsal que estava na mochila. Portanto, estou classificado mas irei desaparecer... como é evidente para quem não cortou a meta.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Dorsais, treino e Jornadas Técnicas

 

E o dorsal já cá canta! 2839, digam lá se não é um bom número para uma Maratona? Não me perguntem porquê, concordem apenas!

A vontade de ouvir o tiro de partida está cada vez maior e mais cresceu com a ida à Feira.


Depois foi altura de a Isa e eu realizarmos o treino número 55 do plano da Maratona, último treino e que foram apenas 20 descansados minutos que passaram muito rápido e deixaram vontade de correr muito mais, mas é assim mesmo pois temos que ir para uma Maratona com fome de correr!

A meio da tarde fui assistir às Jornadas Técnicas, muito interessantes e que me ensinaram várias coisas a nível de lesões e sua prevenção e a nível de alimentação e hidratação.
Pena que a parte com o Carlos Sá tenha sido cancelada por, subitamente na véspera, Carlos Sá ter avisado da sua indisponibilidade por um imprevisto.

A próxima vez que escrever aqui no blog, já o farei como bi-maratonista e com a grande alegria de ter visto a Isa estrear-se como maratonista. 

Venha o tiro de partida!

Somos dois e a equipa nº 2