segunda-feira, 23 de setembro de 2013

25 anos do título olímpico de Rosa Mota


Faz hoje 25 anos que para muitos e bons portugueses, onde me incluo, esta foi noite de directa. Foi a noite da Maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Seul. 

No pelotão, uma pequena atleta (em estatura) mas enorme em garra. Uma atleta que perfumava as ruas por onde corria com a sua passada inconfundível.

Nascida no Porto a 29 de Junho de 1958, Rosa Mota chegou à capital coreana para disputar a sua 13ª Maratona. Era uma das favoritas. Para quem não percebe nada de corridas e muito menos do muito que pode suceder numa prova com a particularidade da Maratona, exigiam-lhe a vitória. Para quem sabe como é o desporto, desejávamos-lhe a melhor das sortes.

Foi uma Maratona extremamente difícil e com muita luta até ao 38º quilómetro. Aí, aproveitando uma descida e o grito de José Pedrosa, presente nesse mesmo local e aconselhando-a a atacar, Rosa atacou. 


Recordo-me como se fosse hoje desses últimos 4 quilómetros da cavalgada para a meta, com uma vantagem sobre a 2ª que não dava sossego. A emoção. A entrada no estádio. O cortar a meta. A vitória!

2.25.39 foi o tempo final (e um avanço de 14 segundos sobre a australiana Lisa Martin) e na sua habitual humildade, Rosa explicou assim a vitória "O Pedrosa gritou 'Rosa, é agora ou nunca', e fui-me embora!"

Foi a segunda medalha de ouro portuguesa (tal como a primeira, de Carlos Lopes, na Maratona) e a primeira feminina.

23 de Setembro de 1988. Quem viu, não esquece!


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