terça-feira, 1 de maio de 2012

Domínio etíope num 1º de Maio com record de participantes

O 1º de Maio é daquelas datas para serem sempre recordadas no intuito de manterem todo o seu significado e reconhecimento a quem tanto lutou por direitos e regalias para todos. Direitos e regalias que, infelizmente, vemos quase diariamente escaparem-se como areia entre dedos, no momento actual. 

Uma das formas ideais para comemorar a data é com uma boa corrida, algo que desde 1982 sucede em Lisboa. A Corrida Internacional do 1º de Maio (31ª edição), uma prova sempre bem participada e que viu hoje o seu record de 1.353 classificados em 1996 aumentar para mais 110, registando-se mais 248 que no ano passado. Um salto que vem ao encontro do esforço dos organizadores que têm sabido manter a sua prova dentro de bons padrões de qualidade.

Destes 1.463 chegados à meta, 200 eram senhoras (13,7%) numa classificação que contemplou 3 escalões de veteranas.

 Os dois primeiros a entrarem no complexo do estádio
Tal como o melhor português, Nélson Cruz

A vitória foi para o etíope Dadi Fikru em 44.29, seguido pelo queniano Cybrian Kotut a 6 segundos e Nélson Cruz do Praia Salema, já vencedor em 2010, a 1.28

A melhor nacional, Ana Mafalda Ferreira, a cortar a meta

Em femininos, Almaz Fekade da Etiópia triunfou na excelente marca de 50.20 com Ana Mafalda Ferreira do Estreito a também alcançar um óptimo tempo, 51.47 e conseguindo bater a queniana Correti Jepkoech por 1.07

Reboleira, Benaventense e Odimarq Alumínios preencheram por esta ordem o pódio colectivo.

Se os anteriores nomes distinguem quem ocupou os pódios, os vencedores foram todos os 1.463 atletas que tiveram à sua disposição as estradas da capital para fazerem aquilo que mais gostam, correr.
E até a chuva quis estar presente na fase inicial da prova. Bem fria, diga-se de passagem, mas na altura de se cruzar a meta já o sol brilhava.

Um desses atletas fui eu, tendo completado a distância em 1.24.38, menos 25 segundos que o meu record deste traçado mas, verdade seja dita, faltaram uns metros para se completar a distância exacta, devido a obras na Praça do Comércio.

Numa altura em que estou a recuperar com calma da forte quebra que tive no início de Março, e que ainda me leva a ter alguns dias menos bons, coloquei o ritmo indicado para fazer bem a prova sem forçar uma eventual 2ª metade mais lenta. Foi assim que por volta dos 2 kms deixei-me ficar, não acompanhando mais a Sandra, cujo momento é muito bom, e que ia uns segundos por quilómetro melhor do que eu poderia aguentar. Segui então à velocidade cruzeiro ideal até ao final, olhando desta vez de forma diferente para a parte do Martim Moniz para cima, pois em Dezembro espero repetir esse troço mas com 37 kms já nas pernas. 

No final, tempo para conviver, aproveitando para tirar a fotografia que se segue, com dois grandes senhores das corridas e não só, Joaquim Adelino e Jorge Branco.




2 comentários:

  1. Boa João.
    E, como dizes, se estás a recuperar que seja com calma.
    Também conto subir a Almirante Reis em Dezembro com os tais 37Km já nas pernas. A ver vamos...
    Abraço.

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  2. Posso dizer que fui muito feliz na Corrida Internacional 1º de Maio tal como noutros tempos!
    Ainda tenho dois diplomas de "antigamente" que têm tal dimensão que permitiram fazer dois quadros e pendura-los na parede!
    Mas quando a essa dois grandes senhores eu protesto!
    Grande senhor é o Joaquim Adelino que tem mais umas boas primaveras que eu e "despacha" provas de grande dificuldade com uma simplicidade enorme para além de ser um atleta fraterno e solidário como infelizmente já há poucos!
    Grande senhor és tu que para além do teu enorme amor para com a corrida tens uns dos melhores blogues de atletismo no que toca à vertente informativa para além de desenvolveres um trabalho enorme na preservação do histórico das provas para não se perder as classificações das mesma.
    Eu sou apenas um modesto e tímido corredor de pelotão que não quer protagonismo. Um velho e manco "raposão" deste mundo da corrida que pouco se vê longe dos seus carreiros Ribatejanos aqui perto da sua "toca".
    Nem sei como a objectiva da Mafalda consegui capturar uma imagem deste Raposão! Não é facíl! Ela já pensou em pedir trabalho na National Geographic? Ia ter muito sucesso! :)
    Lá te espero em Dezembro no Estadio Primeiro de Maio para gritar JOÃO LIMA MARATONISTA!

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