quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Magia em Sevilha - Acto 3

Tudo gente feliz de medalha ao peito: Eu, Raúl, Tânia, Isa e Vitor

Muitos famosos ilusionistas, de um Houdini a David Copperfield passando pelo nosso Luís de Matos, manipulam a sua arte duma maneira que se confunde, aos nossos olhos, com magia, tal o seu grau de ilusão. Naturalmente não há magia. Pelo menos ali. Agora que há alguma magia em certas ocasiões, começo a acreditar que sim. E dou o exemplo da Maratona de Sevilha. Há ali qualquer coisa!

Acto 1 - 2014, 5 semanas antes uma infecção pulmonar, e recordo que sem pulmões a pleno não há resistência, colocou a hipótese de concretizar a Maratona de Sevilha no maior risco. Não estava minimamente em condições sequer para uma Meia ou menos e encontrava-me completamente derrotado. Mas... antes da partida algo mexeu em mim e alterou-me por completo. E fiz aquela que considerei na altura, e mantenho, como a corrida mais inteligente, feliz e emocional. A corrida da minha vida!

Acto 2 - 2017, a Maratona onde estabeleci o record que se mantém e que não sei se alguma vez será batido. Uma corrida perfeita sempre com uma força e energia especial.

Acto 3 - 2019. O que sucedeu? Para o saberem, terão que ler as próximas linhas.

Sexta-feira, arrancámos de manhãzinha para Sevilha. Isa, Vitor e eu, todos a caminho da sua 11ª meta em Maratona, e a Mafalda, imprescindível companheira, fotógrafa e staff. 

Chegada ao apartamento que alugámos. E que excelente escolha num condomínio à volta dum pátio sevilhano e uma varanda de 80 metros quadrados a dar para esse mesmo pátio, onde se estava que era uma maravilha!

Pouco depois da chegada, ir buscar aquilo que não ficamos descansados enquanto não temos na mão, os dorsais!

Com os dorsais na mão e uma bonita mensagem atrás
Há que derrubar o muro dos 30! 
Sábado reservado para regressar à Feira da prova para participar na Pasta Party, uma pequena volta e descansar que havia que preservar energias. E na Feira encontrarmos a Tânia, Raúl, Paulo e Francisco, a que se juntaria depois o Diogo num grupo de 5 estreantes na mítica distância.

Já no apartamento, há quem me pergunte por mensagem se estou bem, se não há mazelas, ao que respondo que está tudo perfeito. Mas... na altura de deitar já sentia algo de estranho. E ao acordar ainda mais. Ida à casa de banho e confirmação que estava com um forte desarranjo intestinal. "Oh pá, a sério?!?", mas logo tentei relativizar e só focar no que era preciso fazer para chegar ao grande objectivo, a meta. 

Como se sabe, tenho grande sensibilidade intestinal, além dumas quantas intolerâncias. Em casa é fácil controlar mas fora, por mais cuidado que se tenha, pode haver surpresas. E foi o que sucedeu na pior altura. 


À saída do apartamento, em pleno pátio, com os bonitos corta-vento que ofereceram
Chegados à zona da partida, mais uma ida à casa de banho para mais uma desgraça e sempre a tentar focar e ignorar o que se estava a passar.

Altura para encontrarmos a Tânia, Raúl e Francisco, com os sempre presentes nervos e excitação à flor da pele, seja a 1ª no seu caso, seja a 11ª no nosso. Maratona é Maratona e está tudo dito.


Francisco. Raúl, Tânia, eu, Isa e Vitor. Nesta altura ainda estava frio, no final já passava dos 20
Uma selfie para a posteridade
Ainda conversámos com um português que ao ouvir que éramos tugas veio falar connosco e que, coincidência, é tomarense como eu.

E hora de partida. Um momento sempre muito emotivo e que os cientistas definem da melhor maneira, apelidando de momento "glup!".

Esteja em forma ou não, a fase inicial duma Maratona, e estando em forma essa fase inicial é até aos 30, caracteriza-se por ir sempre muito bem disposto, feliz, divertido e a interagir com tudo e todos (mas não se interprete que vou a brincar, vou a dar o que posso mas consigo realizar essa multi-tarefa). Porém, no domingo nunca em qualquer momento senti conforto. Derivado desse inesperado problema, fui sempre desconfortável, a sentir a barriga muito inchada e pesada (parecia que estava de 3 meses) e a ter que gerir períodos de maior crise, apelando sempre à força mental para abafar pensamentos negativos.

Nos primeiros metros segui com a Tânia e Raúl, um casal que muito significava para mim o serem bem sucedidos pois acompanhei a par e passo toda a sua evolução, grande esforço e empenho para concretizarem o seu sonho.
Depois cheguei-me à Isa e Vitor e tentei seguir um pouco com eles para ver se me distraía da dificuldade que estava a sentir. A respiração estava boa mas as pernas não correspondiam. Estavam pesadas e a parte muscular queixosa. 
Como vi que estavam a ir um pouco acima do que podia, fiquei para trás e a partir daí teria 39 quilómetros pela frente para aguentar.

E esse, entre os 3 e os 6 quilómetros, foi talvez o período de maior crise. Crise ao constatar que as pernas e músculos não estavam bem. Crise ao recear que o fantasma da Rock'n'Roll de Lisboa 2013 pudesse reaparecer. E esse pensamento doeu-me e tentei ir reagindo.


Para a foto ainda havia um sorriso
Após os 6 a coisa melhorou um pouco, mas sem nunca andar bem, e aos 9 nova crise. 
Sabia que ao atravessar a ponte saindo da Cartuja, cerca dos 12, que a Mafalda estaria aí. 
Fui aguardando por esse momento mas ao passar por ela fiz sinal que a coisa não ia bem.


A fazer o sinal à Mafalda que a coisa não ia bem
Aos 15 essa crise atenuou. Reapareceu mais à frente e é essa a história destes 42 km realizados num percurso diferente das anteriores vezes. Tal deveu-se ao encerramento do Estádio Olímpico de la Cartuja por razões de segurança que obrigam a obras urgentes. 
A partida e chegada foi no Paseo de las Delícias, encostado ao célebre Parque Maria Luísa. 
Notei que este ano o apoio popular não foi tão forte como antigamente. Ou explicando melhor, esteve semelhante nos locais onde a Maratona já passava mas nos novos era fraco, talvez por o público ainda não estar habituado ou desconhecer mesmo o novo traçado, o que será a explicação mais provável. 




A Maratona costuma começar aos 30 quilómetros como já se percebeu, para mim começou desde o tiro de partida. Ia colocando objectivo a objectivo e depois dos 30 era a mítica passagem pela Praça de Espanha que estava na mira, sabendo que a Mafalda também iria aí estar.  

Ao entrar no Maria Luísa, foi inevitável comparar com 2014 e 2017 e como aí seguia, em contraste com o sentimento de arrasto desta feita. 
Entro na Praça de Espanha, olho para um lado, para o outro, e não havia maneira de ver a Mafalda até que a vislumbro. A Rosário, mulher do Francisco, veio ter comigo e muito simpaticamente deu umas passadas ao meu lado, não só incentivando como aproveitei para saber como seguiam os restantes. E saber que o Paulo e o Diogo já tinham finalizado nuns brutais 3.40! Que estreia! Soube como a Isa e Vitor tinham passado e onde a aplicação informava onde seguiam a Tânia e Raúl.
Tudo isso me tranquilizou. Muito obrigado Rosário! E a propósito, o Francisco também cortou a meta numa marca espectacular!

A ser informado da evolução dos restantes


E a ficar feliz com as notícias
Lá segui, agora com o fito na Catedral, desta feita para ser feita em sentido contrário ao dos anos anteriores. 

Muito sofrimento mas havia algo que me ia espantando. O relógio estava a ser simpático com os tempos que ia apresentando. Sabe-se lá como!

Após a Catedral, e já a ter visto uma placa começada pela número 4, segue-se o desejo de ver o 41. Será após a fonte, penso. Curvo e noto que a placa ainda está muito lá para a frente. Como é possível estes quilómetros finais serem tão looooongos?!?


Hum... não ia com boa cara...
Na passagem do 41, voluntários frisam bem, em jeito de festa, que é para o último quilómetro. Mas nem consigo reagir. Pala para baixo e tentar chegar à meta. 
Tal como os anteriores, este último quilómetro teve muitos mil metros. Ainda esperancei que a adrenalina da quase chegada fizesse efeito, como por exemplo em Valência onde corri esses mil metros sempre eufórico, euforia que se manteve bem após a meta. 
Nesta, sempre a arrastar, a tentar colocar uma perna à frente da outra. Mas ao mesmo tempo sem perceber o que se passava para o relógio apresentar aquele tempo.

Curvo pela Glorieta de Buenos Aires, vislumbro a meta. Tento ver a Mafalda, sem sucesso (soube depois que se fartou de gritar por mim mas não ouvi). Quase na meta, o Tiago Teixeira da RunPorto grita por mim. Aí começo a levantar os braços e corto a meta. Consegui!!!!!!


CONSEGUI!!!
Eh pá mas custou...
Esse segundo de força logo foi abafado pelo enorme cansaço que sentia. Parei, pus a mão na cara, fiquei assim um pouco e lá fui andando avenida fora, a um décimo da velocidade dum caracol lento, até reencontrar a Isa e Vitor que, mais uma vez, fizeram uma fantástica Maratona!


Visto de outra perspectiva, primeiro braços no ar (Foto Tiago Teixeira)


E logo caídos com o peso do cansaço
E tempo? Pois... aqui é que reside o busílis... 4.51.50 a minha 3ª melhor marca em 11 Maratonas, a apenas 10.10 do record realizado no melhor momento de forma que alguma tive. 
Como foi possível?!? Já perceberam porque repito que há magia em Sevilha? Só pode!!!

Altura então de aguardarmos por um momento muito emotivo que foi o termos o prazer de ver a chegada da Tânia e Raúl! Sem palavras!
Foi o corolário de todo o seu empenho em cumprirem à risca o seu plano. E recordar que em Junho passado a Tânia tinha dificuldade em correr 10 quilómetros... O querer é uma coisa fantástica. Muitos parabéns, maratonistas! 

E todos estamos de parabéns! Nós e os mais de 9 mil classificados. Cada um com a sua Maratona, o seu objectivo, a sua história. E uma palavra de força para os 840 que partiram mas não cortaram a meta.

Tudo isto é a Maratona! E são momentos que se colam bem fundo e não nos largam mais.


A foto da praxe a sinalar quantas estão feitas e já a precisar de fechar uma mão para representar 10
Armada 4 ao Km novamente em grande
Algumas notas adicionais. Pela primeira vez não tomei qualquer gel. Tinha-os comigo mas estava indisposto para os tomar. Limitei-me a tomar uma cápsula de sal aos 10, outra aos 20 e comer uma banana aos 26.

É sobejamente conhecido aquilo que passa pela cabeça por tantos no momento que costuma ser o de maior crise, por volta dos 37. Com o esgotamento físico e mental, é usual pensar-se que não se entra em mais alguma, para ao cortar a meta só se pensar "quando é a próxima, quando é a próxima?!?"
Pois no domingo calhou a minha vez. Aos 37 decidi "Já não vou à Maratona de Aveiro!". Mas isso não era eu, era o esgotamento a falar. Cortei a meta e ao recordar-me disso só pensei de mim para mim "Claro que vou!". Venha ela!


De regresso ao pátio mas agora já medalhados
Quanto à recuperação, está muito mais demorada que das últimas. Se na de Valência na 2ª estava assim-assim e na 3ª já quase recuperado, nesta a coisa está difícil. Sem dúvida que pelas condições em que a fiz.

Um muito obrigado a todos pelo vosso apoio!

E como nota final, faz hoje 9 anos que nasceu este blogue! E o que associo de imediato é aos amigos muito especiais que me permitiu conhecer! E isso é valioso demais!

Custou mas consegui!
A medalha. Réplica da conquistada por Abel Antón quando se sagrou Campeão Mundial da Maratona 1999, há 20 anos atrás precisamente aqui em Sevilha

38 comentários:

  1. Primeiro, muitos parabéns pelos nove anos do teu blogue!
    Um excelente blogue,feito por uma pessoa que adora o atletismo.
    Quanto à maratona de Sevilha, foi aquilo que costumam ser as maratonas,um mundo de emoções, sempre diferente das anteriores.
    No teu relato dizes tudo,a ansiedade antes da prova,as dificuldades durante a mesma, a felicidade no final.
    Nós estivemos lá e vivemos também todos esses sentimentos.
    João, foi um prazer ter-te acompanhado nesta mágica maratona de Sevilha!

    Grande abraço

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    1. Muito obrigado Vitor!
      Mais uma vez, fomos todos muito felizes :)

      Um abraço

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  2. Parabéns!

    Pelo aniversário do Blogue e por mais uma, tirada a ferros.

    Mas, pergunto eu que nunca corri a mítica distância, não serão todas tiradas a ferro?

    É a magia a acontecer, isso e muito trabalho prévio.

    Parece-me que a magia é como a sorte: dá imenso trabalho.

    Grande abraço

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    1. Sim, todas são tiradas a ferro mas umas mais do que outras :)

      Muito obrigado!

      Um abraço

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  3. Muitos parabéns amigo!
    Pelo blogue fantástico que é uma referência a nível nacional e pela tua prova!

    Foram dias muito agradáveis em Sevilha, com o ponto alto no domingo ao completarmos os 3 a nossa 11ª maratona e ao vermos todos os nossos amigos estreantes a conseguirem completar a sua 1ª maratona, momentos que me emocionaram. E é isso mesmo que é uma maratona, uma mistura de sentimentos e um pouco de magia :) E tu mais uma vez provaste a fibra de que és feito!

    MUITOS PARABÉNS E VENHA A PRÓXIMA!!!

    Beijinhos

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    1. E vocês também provaram toda a vossa fibra! E que fibra!!! :)

      Venha a próxima, sim (ai ai!)

      Beijinhos e muitos parabéns para o ultra-casalito

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  4. Antes de mais os parabéns pelos 9 anos desta "casa" Foi graças a este blogue que ganhei um mano "bue" de mais velho! E Sevilha foi magica de novo para ti e fizeste uma maratona com o sofrimento de uma ultra. Aliás nas 12 horas acho que sofri menos!... Campeão, é campeão e ainda para mais Torpedo Amarelo!

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    1. Muito obrigado Jorge!
      Sim, foi através do blogue que nos conhecemos, depois de te ter visto nos Trilhos de Monsanto.

      Um abraço a um Ultra

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  5. Mais um excelente texto sobre uma Maratona excelente, sofrida mas cheia de valor tb por isso. Muitos parabéns João!!! Muitos parabéns tb pelos 9 aninhos do teu menino, que tb é um bocadinho meu, pelo menos venho cá muitas vezes e sinto-me sempre em casa pois identifico-me muito com o dono do tasco - e foi este blogue que me permitiu conhecer-nos e só por isso já valeu a pena. Muitos e bons é o que desejo a este cantinho, sinal que o "capo" anda a correr por aí e consequentemente tem histórias para contar.
    Forte abraço

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    1. Muito obrigado Carlos e, sem qualquer dúvida, este canto é também muito teu.
      Olha que foi a primeira vez que alguém me chamou "capo", eh eh
      Grande abraço e excelentes corridas!

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  6. Oh João! Uma pessoa lê uma coisa destas e não aguenta!

    Em primeiro lugar, muitos parabéns pelo blogue! É uma referência incontornável no atletismo nacional e uma das razões para isso são estes relatos incríveis que nos fazem sentir como se tivéssemos lá estado contigo :)

    Em segundo lugar, e mais uma vez, muitos parabéns pela tua prova! Não imagino o que seja fazer uma Maratona inteira em desconforto... Mas, sabes, acho mesmo que não é Sevilha que tem magia. Acho mesmo que és tu que és mágico, e tens em ti uma força incrível que te permitiu gerir aqueles 42km, um de cada vez, um passo a seguir ao outro, sempre focado no teu objectivo! Não é para qualquer um! E com um tempo espectacular! És o nosso Houdini das corridas e um exemplo de força e determinação :) Mil vezes parabéns!

    Por último, curiosa a tua referência ao número de atletas que começaram e não terminaram... Nunca nos lembramos deles, não é verdade? Mas ainda foram um número significativo e custa pensar no desespero que poderá ter sido para quem teve de tomar a decisão de desistir.

    Um beijinho e que já estejas mais recuperado!

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    1. Muito obrigado Inês!
      No comentário anterior disse ao Carlos que ninguém ainda tinha-me chamado de capo, agora digo-te que também és a primeira a chamar-me de Houdini das corridas, eh eh.

      Sim, ninguém se lembra dos que ficaram pelo caminho mas sei bem a dor que é...

      Quanto à recuperação, esta está a ser mais lenta, agora aumentada pelo tal dente que tirei ontem.

      Beijinhos e em força para o que faltam 66 dias :)

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    2. desculpem lá os dois, mas o Houdini das corridas sou eu, titulo mais que merecido depois de ter feito um numero de desaparecimento num buraco de mais de 2m num Trail na ilha do Faial nos Açores :):):)

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    3. Tens toda a razão! Esse é que foi um número incrível!!! :)

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  7. Esta foi realmente tirada a ferros João! Parabéns!

    Mas realmente a tua evolução ao longo dos anos tem sido muito boa! E esta maearoma é um exemplo disso, mesmo em dificuldades fizeste um excelente tempo!

    Um grande abraço

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    1. Muito obrigado Vitor! Foi mesmo a ferros!!!

      E mais uma vez, muitos parabéns pela tua estreia e pelo brilhante título de melhor português :)

      Grande abraço

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  8. Caro João,
    Pois é.
    Foi por este blogue que te conheci.
    Sou mais um a juntar a uns tantos "sortudos" que t~em o prazer de ter contacto contigo.
    Fazer uma maratona em condições de desarranjo intestinal , é, ............. obra !
    Só a tua grande, grande força mental conseguiu superar esse "azar".
    Tivesse o Fernando Mamede um quarto da tua força mental e, a esta hora, estaria com o peito carregado de medalhas olímpicas.
    Muitos parabens (mais uma vez), ohhhh grande campeão :)
    Abraço
    MIKE
    Happyrun


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    1. Muito obrigado Mike!

      Eu é que precisava de ter nem que fosse 1% da velocidade do Fernando Mamede :)

      Um abraço e boas corridas!

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    2. Lamento interromper o comentário de outro mas tenho mesmo que concordar!

      E o que eu gostava de o ver correr mas a verdade é essa, o "diamante em bruto" do Prof. Moniz nunca foi bem lapidado, infelizmente...

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  9. Ok agora acho que vai . Gostei. Grande reportagem. Nao falta nada. Parabens . É mais uma. Segue se abril e novembro. E muitas mais. És um campeao. Continua com esse espirito. Um grande abraço e maus uma vez parabens. Um abraço

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    1. Muito obrigado Orlando!
      Espero que sim! :)
      Grande abraço

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  10. Parabéns pela conclusão :)

    Imodium rápido dá sempre jeito :)

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  11. "Tudo isto é a Maratona!"

    Na verdade, um dicionário ilustrado do atletismo português teria que ter a tua fotografia ao lado da definição de Maratona. Obrigado por mais um relato que nos deixa quase tão cansados e felizes quanto tu ficaste.

    Venha a 12ª, venha Aveiro!

    Grande abraço!

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    1. Muito obrigado Nuno, apesar do exagero da fotografia no dicionário :)

      Venha Aveiro, no dia a seguir a teres feito história em Madrid :)

      Um abraço e força nesses treinos

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  12. A prova justa, apesar de tudo. Parabéns, João! Foi um prazer ir contigo na caminhada até àquela fotografia espetacular de braços no ar.

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    1. Muito obrigado Filipe! :)

      Um abraço e boas aventuras épicas!

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  13. Muitos parabéns, amigo João! Grande marca, facto ampliado pelas circunstâncias em que te encontravas. A vontade firme de chegar à meta e a luta titânica que travaste com os "demónios" que te fustigavam corpo e alma! És um exemplo!
    Continuação de boas corridas!
    Beijinhos!

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    1. Muito obrigado!
      A meta vale aguentar qualquer demónio! :)

      Beijinhos

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  14. Há mesmo magia em Sevilha, João! Mas convenhamos...também muito trabalhinho nesse corpo! Muitos Parabéns! E venha pois, Aveiro! Boa recuperação

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    1. Muito obrigado Ana e espero que esteja tudo bem contigo :)

      Beijinhos

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  15. Nunca apareço nas fotos!! ehehe, sou bicho do mato e vou logo para a frente!!!
    Bela descrição da prova.

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    1. És voador!!! Mas a primeira foto foi tirada por ti! :)

      Obrigado, um abraço

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  16. João!!!! Querido amigo que a corrida nos trouxe. Primeiro treinador, depois uma amizade do outro mundo. Devo-te tudo o que aconteceu nos últimos meses. A ideia de uma maratona, a primeira mensagem, as dúvidas e a tua força, incentivo e claro, o plano de treinos!! Nunca teria feito esta maratona se não tivesse o plano que fizeste. Mais uma vez obrigada. Foi um caminho longo, bonito, mágico e cheio de cumplicidade. Fim-de-semana após fim-de-semana, lá estávamos nós a partir do Inatel para o nosso "treininho". Eu sem ritmo para conseguir conversar e correr e isso trouxe-me tanto... tantas histórias contadas por ti, tantas! As memórias, as pessoas (Isa, Vitor, Mafalda, Sandra e tantos outros)... A determinada altura do plano e quando tínhamos de correr a tarde e más horas motiva-me o orgulho que sei que sentirias em cada treino que fazia. No dia da maratona foi duro gerir uma digestão parada, uma porcaria de dor-de-burro mas chegar ao fim e ter-vos à nossa espera será sempre das coisas mais bonitas que vou recordar na vida. Todas as lágrimas vertidas foram de felicidade, agradecimento e superação. O nosso abraço filmado pela Isa é para mim "o momento" de todo este percurso. É impossível colocar em palavras o que senti naquele momento. Obrigada por tudo e sabes que eu e o Raúl estaremos sempre aqui :) Beijinhos.

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    1. Tânia... fico sem palavras para responder a este teu comentário!

      Para mim foi uma grande felicidade ver-vos cortar a meta e um enorme prazer ter seguido convosco aqueles meses.
      Muito obrigado por tudo!

      Beijinhos :)

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