Em primeiro lugar, quero deixar aqui os meus sentimentos a todos os familiares e amigos do atleta tragicamente desaparecido ontem ao oitavo quilómetro do Columbus Trail na ilha de Santa Maria.
Também, mas de sentido muito contrário, os meus parabéns a todos os que participaram na Maratona de Sevilha hoje disputada. Particular referência a 4 atletas que acompanhei a sua preparação, mais de perto ou mais longe, o João Cravo da nossa equipa, a Oriana (ambos passaram a ser bi-maratonistas), o Nelson Barreiros e o António Almeida (que cumpriu o seu enorme desafio de sub 3 horas!).
Muitos parabéns a todos por essa maravilhosa Maratona que é a de Sevilha!
Participei hoje pela 7ª vez no Grande Prémio do Atlântico na Costa da Caparica. Mas se entre 2007 e 2013 apenas falhei no ano do pé partido (2009), nas últimas 4 edições não participei em virtude das Maratonas que cumpri na primavera (Sevilha 2014, Paris 2015, Barcelona 2016 e Sevilha 2017).
Regressei assim hoje, onde parti do 4º local diferente nas 7 edições que aí fui.
A recuperação da forma não tem sido tão célere como gostaria, mas isso é absolutamente natural.
A diferença é a memória recente onde corria com facilidade em 5 e pouco ou mesmo 4 e tal, e onde correr a 6 era um ritmo muito calmo e de recuperação, e agora dou por mim a esforçar-me bem, a pensar que vou num ritmo melhor, olhar para o relógio e ver que afinal tanto esforço dá apenas 6 e tal...
Quando regressei aos treinos após a paragem forçada de 7 semanas, pensei que em princípio já baixaria da hora na Costa. Mas durante a semana apercebi-me que dificilmente o faria pois os músculos ainda precisam de recuperar mais.
Tentei fazer a melhor corrida possível mas a primeira metade não foi fácil, mesmo sendo mais rápida do que andava a treinar. Passei aos 5 quilómetros em 30.44 (perspectivava-se um tempo final de 1.01.28), média de 6.09 e aproveitando a parte que tivemos o vento a favor. Agora seria o contrário, vento contra.
Mas... ao passar pelos 5, senti uma energia adicional. Daquela energia diferente que o ambiente de corrida nos oferece e aumentei a passada, passando a rodar no minuto 5 e tal, fazendo o melhor em 5.36
Um pouco ao estilo noite e dia.
Indo naquela parte do pelotão, isso fez que começasse a ultrapassar pessoal atrás de pessoal, o que aumenta a inspiração, e comecei a objectivar tentar fazer abaixo da hora, apesar da média estar fora.
Após um bom paredão, entrei no último quilómetro faltando 5.24 para a hora, o que tornaria improvável a empreitada mas não desisti, tentei dar o máximo que desse. Se não conseguisse, ficaria muito perto.
Acabei por realizar 5.19 no último quilómetro, cortando assim a meta em 59.55 (1ª metade 30.44, 2ª metade em 29.11), o que me deixou muito feliz para o momento actual.
O título deste artigo acaba por ter duplo sentido pois estou a recuperar, calmamente, a forma perdida, como acabou por ser uma prova de recuperação.
A corrida teve o nível habitual, com todos os requisitos necessários, sendo a 19ª edição dum evento marcante no calendário. Boa organização!
No próximo domingo irei participar na 2ª Corrida dos Salesianos, onde tentarei continuar a senda evolutiva. Calma e paulatinamente para não forçar etapas. Uma coisa é certa, não havendo problemas, já estarei na forma ideal bem antes da Maratona de Valência :)
Uma boa semana a todos!