Se compararem esta fotografia com a última, vão perceber qual foi antes e depois... |
Antes de falar sobre o motivo do artigo, não quero deixar de congratular todos os ultra atletas que disputaram hoje a difícil Ultra Maratona Atlântica Melides-Tróia. Parabéns!!!
Ao pé deles quase que me envergonho de falar dum treino de "apenas" 27 kms mas aqui vai.
Hoje era dia de 27 kms e o trio era composto por um maratonista de ainda apenas uma Maratona, a que se juntaram os Pré-Maratonistas Isa e Vítor.
No meu caso, havia um certo receio pois após os problemas que me afligiram no sábado passado (ler aqui), e ao contrário do que seria de esperar, ainda não estou a 100%, nomeadamente no capítulo energia. Mas a coisa, lentamente, vai melhorando e espero para a semana estar bem melhor.
Hoje escolhemos partir de Cascais, do exacto sítio donde arrancará a Maratona a 6 de Outubro e à mesma hora, 10.05, seguindo pelos passeios marítimos, ou da Marginal na sua ausência, até Belém e depois retornar para Algés onde ficaram os carros.
Reparem bem naquele ponto verde pintado na estrada. É ali o metro 0 dos 42.195 |
A temperatura estava acessível, e assim se manteve até perto dos 16 kms, e inclusive no final do 1º quilómetro pingou um pouco. Eu, nada parecido com a semana passada, seguia bem, feliz e contente, em alegre convívio.
Depois o sol começou a aparecer com alguma força, em especial no passeio da Cruz Quebrada onde parece ser sempre mais forte, o desgaste dos quilómetros a passarem, o ainda não estar a 100% idem, e a coisa começou a dificultar aos 17. O que me custou, e eles vão ralhar-me por dizer isto, mas foi o ter prejudicado a partir daí o bom andamento da Isa e Vítor.
Na sempre temível recta de Algés, comecei a ter uma cenoura à frente do nariz. No final dessa recta, passávamos pelo carro, donde tiraríamos mais águas e aproveitava para comer uma fatia dum bolo de laranja que a Isa levou. E, acreditem-me, ela tem mesmo jeito para bolinhos bons!
Estávamos com 20.300 quando pude degustar o belo bolo e isso deu-me um outro ânimo, recomeçando melhor mas aos 21.500 sofri um pequeno acidente. Meti o pé num buraco e bati com força na zona do dedo grande do pé direito. Não me espalhei mas fiquei queixoso do dedo. Cheguei a equacionar ficar por ali depois de ter ensaiado uma passada e sentido dor no dedo. Após me ter descalçado e ter calçado novamente, mas alargando um pouco o sapato, a coisa ficou suportável e decidi continuar.
Passadas estas horas, e após ter colocado gelo como precaução, concluo que o dedo não está inchado e que a zona do embate foi predominantemente na parte superior da unha.
(Rute, não leias a próxima frase)
Lá será mais uma unha que irá cair.
(Rute, podes retomar a leitura)
Entre os 21.500 e os 25.500 foi o meu período mais complicado, em especial por tentar acompanhar o andamento dos meus dois colegas que, por mais que insistisse, não me queriam deixar para trás. Ora aos 25.500 seguiram e eu adoptei um ritmo que desse para aguentar e aí segui melhor.
Este treino igualou em distância um que fiz na preparação para a primeira Maratona e apenas foi batido por um de 30 nessa mesma altura e, logicamente, pela Maratona.
Gostei muito de ver como a Isa e o Vítor estiveram o tempo todo. Conseguiriam correr mais se necessário. E eu, mais uns dias para recuperar a 100%, estou também no ponto.
O que se conclui é que os nossos grandes adversários vão ser o hipotético calor (já há cunhas metidas ao S.Pedro para esse dia ter uma temperatura fresquinha) e o correr entre as 13 e as 15, mas isso temos que treinar mais.
Eu não disse que as caras não eram as mesmas? |