domingo, 1 de abril de 2012

A 30ª Corrida dos Sinos


A chuva abençoou a 30ª edição da Corrida dos Sinos de Mafra, o que para a seca que vivemos só pode ser uma excelente notícia. 
E excelente é também o privilégio de ter tido à nossa disposição mais uma edição da emblemática corrida mafrense, depois de no ano passado terem corrido uns rumores pelo pelotão que indicavam que poderia estar em perigo. Realizou-se, recomenda-se e todos nós fazemos muita força para que nunca deixe de se disputar. 
Adaptando um conhecido slogan: Que poderíamos viver sem esta corrida, podíamos, mas não era a mesma coisa, de modo algum!


Foram 1.289 os atletas que se classificaram, menos 35 que em 2011 mas havendo hoje outras corridas em simultâneo. O número de atletas femininas foi de 125 (9,7%)


Rita Borralho foi a primeira vencedora feminina, em 1983, e hoje tornou a vencer pois viu um seu atleta da RB Running cortar a meta em 1º lugar, Hugo Pinto, que registou 47.26, batendo por 1 segundo Carlos Santos e 23 Alberto Chaiça que encarou esta prova como mais um treino para o seu objectivo de alcançar mínimos para a Maratona dos Jogos Olímpicos.

Clarisse Cruz do Sporting repetiu a vitória do ano passado mas agora retirando 2.14 ao seu tempo de então. Registe-se que ontem Clarisse foi também vencer o Grande Prémio Rui Nabeiro em Elvas. 
A 2ª foi Ana Mafalda Ferreira a 46 segundos, com a campeã nacional da Maratona, Anabela Gomes, a fechar o pódio em 57.50

Colectivamente, vitória para o Sintrense a nível feminino e o Gabinete de Fisioterapia no Desporto no masculino.


Os Amigos de Belém, a que se juntaram outros atletas, quiseram prestar nova homenagem a Júlio Pedrosa, tragicamente falecido nos Sininhos de 2010, depositando coroa de flores no local e fazendo a prova juntos. À chegada, os caminheiros da equipa esperaram pelos corredores para, todos juntos, cortarem a meta debaixo duma sentida salva de palmas, como se pode ver na fotografia acima

Na chegada dos Sininhos houve um momento de aflição com um atleta a ter que ser reanimado mas, segundo informações que me chegaram, parece que tudo não passou dum susto. 
Aproveito para desejar uma rápida recuperação à pessoa em questão.


Quanto a mim, o ano passado fiquei a 2 segundos do meu record aos 15 (1.20.20 desde 2007), perfazendo 1.20.22. Este ano voei pela prova, dando sempre o meu máximo e consegui bater esse record e descer da casa do minuto 20, tempo final 1.19.38
Bom... quem esteve em Mafra e me viu, já percebeu... para os restantes apenas digo que hoje tinha que meter a minha mentirinha de 1 de Abril...

É que na realidade o meu tempo foi muito longe desses 1.20.22 de 2011 e de 1.23.30 que ainda há 2 meses e meio fiz em Benavente, ou mesmo o 1.25.26 que marquei há um mês em Tomar. Hoje cortei a meta em 1.31.29 mas muito feliz com a minha prestação pois temos sempre que nos adaptar a cada circunstância. 
O que é um facto é que estou numa quebra de forma como talvez nunca tenha sofrido e, inclusive, irei amanhã marcar consulta para ver o que se passa com a máquina.

Um grande obrigado ao João Cunha pela sua imprescindível companhia!

Daí, ter colocado um ritmo certo que me permitisse não quebrar (ritmo que nesta altura se situa entre os 6.00 e 6.05), tendo a felicidade da companhia de João Cunha (a quem endereço aqui o meu agradecimento), desde os 2 quilómetros, o que se revelou fundamental para levar o barco a bom porto.

Como estou, não se sabe o que pode calhar, por isso ter cortado a meta, tendo feito a prova sempre a correr, foi um momento muito bom para mim.

Logicamente que aquele objectivo que perseguia há 5 anos (baixar dos 50 minutos aos 10 kms) e que me levou a eleger esta época 2011/2012 como o "Ano 49.59", está cancelado e nem sei se alguma vez voltarei a esses ritmos que me permitiram algumas vezes quase alcançá-lo, até porque os anos passam e a idade não perdoa.
O que interessa agora é rever a máquina para ficar descansado que nada se passa, para poder focar-me no meu objectivo superior de conseguir participar e concluir uma Maratona (está agendado para 9 de Dezembro em Lisboa...) 

Eu e a Sandra com o novo elemento dos 4 ao km, Eberhard Wilheml (sim, já temos atletas oriundos de outros países. Estamos a ficar internacionais!)















2 comentários:

  1. João desculpa lá mas deixa-me prestar aqui a minha homenagem a esse grande atleta e esse grande ser humano que é o António BELO e que comigo esteve presente na 1ª edição e hoje fez 1:06:32 classificando em 12º lugar no seu escalão (M60) revelando um frescura e uma longevidade invejáveis.
    Estes são os “meus” campeões!

    No tocante ao que diz respeito à tua prova penso que ela foi excelente tendo em atenção a tua conjuntura actual.

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  2. Caro companheiro e amigo João,

    Bem haja pelas suas palavras quanto ao CAAAmigos de Belém, não fazemos mais do que prestar a devida e justa homenagem ao AMigo Júlio Pedrosa.
    Quanto aos tempos acima de tudo há que certificar o estado de saúde da máquina, ter sempre bem presente o espírito solidário com que nos apresentamos no início de cada prova,que mais não é do que uma saudável confraternização entre pessoas que muito prezam o espírito desportivo.

    Bem haja

    Um grande abraço

    Rui Varela

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