Óptimas condições meteorológicas para correr, em especial tendo em conta a altura do ano, e a habitual boa organização e percurso selectivo, proporcionaram uma excelente noite para todos os 1.210 atletas que concluíram a 24ª edição da São Silvestre dos Olivais.
Apesar de terem sido menos 274 que em 2011, este número é a 2ª melhor participação de sempre, aumentando para 6 os anos consecutivos acima do milhar.
Dos 1.210, registou-se a participação de 145 atletas femininas (12%)
A participação de muitos atletas tem o condão de trazer mais familiares e amigos que nalguns pontos do percurso incentivam os atletas, como se assistiu nesta São Silvestre, tal como na de Lisboa, quebrando o silêncio habitual das ruas despidas de espectadores.
Tiago Marques do Vermoil foi o destacado vencedor em 32.05 e 33 segundos de avanço sobre Pedro Gomes da Odimarq Alumínios. Completou o pódio Nuno Carraça do Abrunheira a 38 segundos.
Vera Fernandes dos Bombeiros Voluntários da Lagoa, Algarve, dominou como quis o sector feminino triunfando em 38.03 e um avanço de 5.19 (!) sobre a 2ª, Rosa Vassindula do Arrudense, e 6.06 sobre a 3ª, Alexandra Alves da Açoreana Banif.
Colectivamente venceu o Benaventense, com 3 atletas nos 10 primeiros, seguidos pelo Vale Silêncio e Vieirense.
Já várias vezes fiz duas corridas em dois dias seguidos, desta vez são três em três. Daí que, sendo esta a do meio, estava a pensar poupar-me mais. No entanto, no início estava a gostar da companhia do João Branco e lá fui com ele. Consegui aguentar até aos 8,5 e depois ele fugiu. O que é certo é que a aproximar-me do retorno, sensivelmente a meio da prova, e constatando que não me estava a poupar nada, pensei fazer uma segunda metade mais calma.
Estava a pensar nisso quando vi, já do outro lado, a Rute que tinha andado à sua procura antes da prova e não a descobri. Calculei que levasse cerca dum minuto de avanço e tive que decidir rápido. Ou baixava o ritmo para me poupar ou aumentava-o de forma a ainda a acompanhar. Por um lado pensei que no dia a seguir tinha a Amadora e doutro que a Rute me ajudou na preparação da Maratona, nomeadamente com a preciosa companhia nos dois treinos longos e portanto merecia o esforço.
Esforço esse que não sabia se iria resultar pois o atraso ainda era significativo, portanto nada como não descurar nenhum momento. O que é certo é que os quilómetros foram passando, a meta aproximando-se e nada de Rute.
A cerca de 500 metros da meta, e na exacta altura que tinha pensado que já não iria conseguir, vejo mais à frente alguém com a sua forma própria de correr e foi questão dum sprint até a apanhar e fazer os últimos metros consigo e o seu pai.
O tempo final foi de 58.13, apenas 2 segundos mais que em Lisboa mas num percurso menos fácil. Curiosamente fiz um minuto exacto menos que no ano passado mas aí não se podem fazer comparações pois em 2011 corri diminuído por um problema na pata de ganso.
Agora... é questão de ter que me aguentar logo na Amadora. Sinto-me fatigado por estas duas corridas mas o público na Amadora irá fazer esquecer isso.
Os dois Joões ladeiam a brilhante vencedora veterana 2, Luísa Espírito Santo