No artigo anterior referi que tinha feito uma ressonância magnética e aguardava resultados.
Estes não foram bons, confirmando-se que a lesão é grave. Mas tem solução.
Por palavras directas, como o médico disse, tinha em cima da mesa duas opções. Ou não ser operado e saber que isso iria implicar não mais correr e daqui a uns tempos ter que colocar uma prótese. Ou ser operado e depois da recuperação poder regressar à vida normal de corridas, Maratonas incluídas.
Perante este cenário, é evidente que a minha resposta foi imediata "quando posso ser operado?"
De amanhã a 2 semanas, 5ª feira 12 de Março, irei ser operado ao menisco no joelho esquerdo em virtude duma rotura horizontal. Um mês depois, irei ser infiltrado com um gel para colmatar os buracos duma condropatia de nível III-IV dum máximo de IV. E este sim, este é que era o problema grave e que poderia obrigar a deixar de correr para todo o sempre. E como podem imaginar, isso seria um verdadeiro drama para mim.
Felizmente que fiz tudo certo, ou seja, deixei logo de correr quando senti dores e mantive-me parado até saber qual o problema, pois assim não agravei a condropatia que estava num nível perigoso de aproximação ao ponto de não retorno.
A condropatia é resultado duma rotura horizontal do menisco que assim ficou a actuar como uma espécie de lixa nas cartilagens, fazendo-as chegar ao mísero estado que estão. E como não têm terminais nervosos, não sentia que havia ali um problema até chegar a um ponto tal que o joelho começou a ficar como que meio solto e a doer. Essa rotura já a teria há um certo tempo, também sem dar sinais de alarme pela sua forma. Por vezes, há lesões silenciosas que não dão qualquer sinal.
Naturalmente perdida a Maratona de Madrid, adiada para 2021, questionei o médico se seria possível pensar fazer a de Málaga em Dezembro, começando-a a preparar em Agosto, ao que me respondeu da forma mais convicta "claro que sim!". E isso foi música para os meus ouvidos, terminado umas horas de angústia entre o ter recebido o resultado da ressonância e ir à consulta, desconhecendo se teria futuro neste mundo das corridas, tão necessário para mim.
Foco total na resolução do problema, para se seguir o foco total na mais correcta recuperação, para finalmente poder regressar às passadas em forma de corrida que tanto prazer me dão!