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4 ao Km presentes: Eu, Isa, Vitor e Aurélio (falta na foto o João Cravo) |
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Aqui já com o João Cravo mas sem o Aurélio (não conseguimos uma a 5) |
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E aqui com o Nuno e a Mónica (Obrigado pela foto, Nuno) |
8ª edição da Corrida de Santo António, um evento de sucesso ou não fosse organizado pela sempre espectacular HMS. Para mais, numa noite propícia à prática da modalidade, com temperatura amena e o bónus do vento que soprou com alguma intensidade de manhã e à tarde, ter parado por completo.
Foram 2.661 atletas que cortaram a meta no que foi a 2ª maior participação de sempre, apenas batida pelos 2.778 de 2014. E com novo record de percurso, tendo pela primeira vez sido quebrada a barreira dos 30 minutos. Samuel Barata triunfou na grande marca de 29.40, menos 3.20 que o 2º! Ora como correu a uma média de 2.58, ganhou com um avanço superior a 1 quilómetro!
Doroteia Peixoto foi a vencedora feminina em 34.40, marca que é a 2ª melhor duma vencedora, apenas batida pelos 33.21 de Jéssica Augusto em 2013.
Para mim, esta prova era especial por representar o regresso ao "local do crime". Efectivamente, foi aqui, faz hoje um ano, que fiz a minha mais extraordinária corrida de 10 km, dizimando o record de 48.42 que vinha de 6 meses antes no GP de Natal, tendo parado o relógio nos 48.19, mal me reconhecendo nalgumas partes do percurso, mais parecendo que estava "possuído" da melhor forma.
E ontem foram essas memórias que muito me ajudaram. Tenho uma grande memória para como fiz as corridas que me marcaram (bem ou mal) e o que ia a sentir em cada momento. Posso dizer que fui embalado por essas ditas memórias.
Parti na porta de sub50. Sim, sei que estou a viver dos louros passados, mas esse estatuto termina em Dezembro pois é válido por um ano e o meu último sub50 foi em Dezembro passado, 4 dias antes da primeira operação.
Para ser honesto, devo confessar que quando regressei em Fevereiro apontei para esta prova como a possível para um sub50. Com o tal problema gástrico que me afectou no último mês, logicamente que ficou mais que esquecido.
Após os 58.25 de Alverca há 2 semanas e os 56.06 da APAV há uma semana (seguida dos 58.23 em Belém), a intenção era fazer melhor que os referidos 56.06 da APAV.
E sentia-me em condições para tal pois com a medicação que ando a fazer, os tais ácidos do estômago que se libertaram pela hérnia do hiato e que como que envenenaram as pernas, passaram e deixei de ter aquela péssima sensação de não sentir força nas pernas, o que era aflitivo. Agora sinto-as bem.
O plano era simples, dar o máximo desde o início e tentar aguentá-lo. Foi o que fiz. Tal como expliquei na semana passada na APAV, agora de noite não consigo distinguir os números do relógio e não sabia a quantas ia mas sentia que ia não só no máximo mas mesmo acima do meu limite actual. Mas havia que aguentar pois queria agarrar com as mãos e pernas a melhor marca possível. Até porque a partir de agora o meu foco muda, como adiante explicarei.
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Por volta dos 3 km (Obrigado pela foto, Nelson) |
Houve dois momentos especiais. Um o passar pelo tapete dos 5 km. Foi aqui que no ano passado, ao ver que ia em 24.12, caiu-me a ficha e apercebi que ia era para record (ainda melhorei na 2ª metade com 24.07). O outro foi na placa dos 8 quando me recordei um ano antes tinha chegado ao que parecia o meu limite, teria que abrandar e, em vez disso, deu-me o chamado segundo fôlego.
Embalado por estas recordações, continuei a dar o máximo e apenas no último quilómetro senti que já não tinha mais para dar. Mas com os vapores da meta, lá me aguentei, cortando-a em 52.50, o que me deixou muito feliz.
Fiz assim menos 3.16 que na semana passada e fiquei a apenas 10 segundos do melhor do ano, 52.40 em Constância, antes deste problema.
Mas, oh meus amigos!, há coisas que são difíceis de entender. Dei o tudo por tudo e fiquei a 4.31 do ano passado. Como é que no ano passado consegui correr a menos 27 segundos por km?!? Até parece impossível mas é assim mesmo o fenómeno da forma.
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Com o bem cheiroso manjerico oferecido a todos os participantes |
A próxima corrida é daqui a 4 semanas, as imperdíveis Fogueiras em Peniche. Até lá, muito treino. Vou começar a alongar na distância como pré-preparação para a Maratona de Valência que ontem ficaram a faltar 6 meses exactos.
Tenho muito que trabalhar até lá para recuperar o melhor possível para o grande objectivo do ano.
E para ajudar a não me esquecer desse objectivo, até o meu dorsal de ontem coincidiu ser o 422. Os 42,195 arredondados para uma decimal dá 42,2. Estão a ver que este número está sempre a perseguir-me? Eu que até vivo numa casa que tem o número 42... :)
Uma óptima semana a todos!