Mais uma semana passou (ou devo dizer, voou?) e estamos a apenas duas da Maratona de Barcelona.
E a situação continua periclitante mas a apresentar, finalmente, alguma melhoria mas muito ligeira para o que se pretende.
Tudo tenho tentado para debelar ou atenuar esta lesão. Lesão que, a propósito, já se conhece a sua causa. Nada teve a ver com o esforço de Janeiro nem abuso de quilometragem.
Recordam-se do mês de Dezembro onde andei a lutar contra as reacções dum maldito antibiótico em virtude duma infecção num dente? Na altura referia que me tinha atacado as pernas de forma muito estranha. Pois este antibiótico é daqueles que se prolongam no organismo e atacou este músculo. Daí a dificuldade dos especialistas em entenderem porque não reagia ele à contratura.
Com auxílio de agulhas (muito obrigado Orlando Duarte pelo precioso conselho!), pude correr qualquer coisa na 4ª feira, após uma seca de duas semanas e meia.
Não apareceu aquela dor impeditiva de continuar (entre os 200 e os 400 metros), mas sim uma dor perto do quilómetro que me obrigou a parar, alongar, dar um ou dois passos e depois retomar. Isto de quilómetro em quilómetro durante 4 mil metros.
Na sexta feira o mesmo cerca do final do 1º e 2º quilómetro mas depois deu aproximadamente 3 quilómetros seguidos, tal como ontem.
E hoje fiz 7 km mas com as necessárias paragens para alongar. Só que a juntar-se a este problema, desde ontem que tenho uma certa dor na articulação do pé direito (o do gémeo), o que deverá ter sido por postura defensiva.
E hoje fiz 7 km mas com as necessárias paragens para alongar. Só que a juntar-se a este problema, desde ontem que tenho uma certa dor na articulação do pé direito (o do gémeo), o que deverá ter sido por postura defensiva.
Têm sido problemas sobre problemas, obstáculos sobre obstáculos, o tempo a voar e aquela excelente forma que tive até aos 20 Km de Cascais a emigrar para outras paragens.
Cascais foi apenas há 3 semanas mas parece estar já muito longínquo no tempo, tal a maneira como corro agora, pois essa forma volatilizou-se. É incrível como a forma leva um sumiço deste.
Como nos próximos dias não dará para correr mais do que tenho feito, apenas estes treinos curtos para auxiliar o gémeo ir ao sítio o melhor possível, irei alinhar à partida duma Maratona onde nas últimas 5 semanas, passei a primeira metade sem correr e a segunda aos bocejos. A última distância digna de jeito, 5 semanas antes.
Assim, vou alinhar (caso isto não piore) sem resistência nem musculatura treinada para uma distância desta. Com um gémeo "coxo" e a ter que alongar algumas vezes.
Terá lógica alinhar assim, poderão estar a questionar?
Pois entre a razão e o coração, já sabem o que gosto de seguir. Tenho a Maratona perdida, portanto a única coisa que me resta é ir lutar por conquistá-la. Caso não dê, saberei que ao menos lutei até ser completamente impossível, pois enquanto existir uma minúscula grama de esperança, estou na luta!
Tal como em Sevilha, a contas com uma infecção pulmonar (mas ao menos com as pernas boas...), terei que ser bastante inteligente a gerir a prova. O tempo, como sucede em qualquer Maratona que participo, não interessa (desde que dentro do limite). O que conta é a meta e a consciência que dei todo o possível em cada segundo.
Como as coisas andam, só espero é não surgir mais nenhuma contrariedade. O diabo não pode estar sempre atrás da porta.
Espero para a semana poder vir aqui dar um ponto de situação melhor. O tempo está a esgotar-se, mas eu quero escrever história a 13 de Março!